quarta-feira, setembro 14, 2022

Estado alemão vende últimas ações da Lufthansa, depois de salvar grupo aéreo da falência

O Estado alemão vendeu as últimas ações que detinha do grupo aéreo Lufthansa, no qual chegou a ter uma participação de 20% em 2020, no âmbito de um plano para salvar a empresa durante a crise pandémica. O fundo de estabilização económica, o organismo público que detinha as ações, informou que “vendeu as suas últimas participações a (…) investidores internacionais”. A Lufthansa foi salva da falência pelo governo alemão em junho de 2020, depois de ter sofrido perdas maciças devido à pandemia da covid-19. Berlim concedeu ao grupo um enorme pacote de ajuda de nove mil milhões de euros, que previa uma participação pública de 20%, que foi sempre considerada temporária pelas autoridades públicas, e que devia cessar assim que a situação melhorasse. As autoridades já tinham reduzido a presença pública para 14,09% em 2021 e 9,92% em julho.

A venda destas últimas ações rendeu 1,07 mil milhões de euros ao Estado, para quem a operação foi globalmente rentável, com um “saldo positivo de 760 milhões de euros”. “O plano de ajuda do governo ajudou com sucesso a empresa a ultrapassar esta crise”, disse o fundo de estabilização, em comunicado. O grupo, proprietário da Austrian, Swiss, Eurowings e Brussels Airlines, apresentou, pela primeira vez desde a pandemia, um lucro líquido no segundo trimestre deste ano, impulsionado pelo negócio de cargas. Depois de 2020, a Lufthansa cortou mais de 30 mil postos de trabalho, mas planeia contratar cinco mil pessoas este ano, e um número equivalente em 2023 (Sapo)

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