domingo, fevereiro 28, 2021

NASA’S Perseverance Rover’s First 360 View of Mars (Official)

 

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Entrevista ao Presidente no 117.º aniversário do SL Benfica (na íntregra)


Bancos lucram mais de 3 milhões por dia


Provisões para fazer face à pandemia ditaram quebra dos resultados dos quatro maiores bancos que, ainda assim, juntos apresentam lucros superiores a mil milhões em 2020. Num ano de pandemia, os quatro maiores bancos a operarem no mercado nacional conseguiram lucrar mais de três milhões por dia em 2020 – ainda assim, longe dos quase 5,3 milhões obtidos no ano anterior. Juntos, BCP, BPI, Caixa Geral de Depósitos e Santander Totta lucraram 1117,8 milhões no ano passado, bem longe dos 1,9 mil milhões registados em 2019 ou dos 1,8 mil milhões obtidos em 2018, interrompendo assim esta trajetória de crescimento. Feitas as contas, as provisões registadas pelos bancos para fazerem face a eventuais perdas futuras, nomeadamente as relacionadas com créditos de clientes, levaram as quatro maiores instituições financeiras a ‘perder’ quase 800 milhões de euros no espaço de 12 meses.

A redução de balcões e do número de trabalhadores (ver texto ao lado) continua a marcar a estratégia do sistema financeiro, a par da pressão para o aumento de comissões. Este ano, a novidade diz apenas respeito à concessão de moratórias. O BPI contava com 108,6 mil contratos, no valor de 6127 milhões de euros. A Caixa tinha 77 mil créditos em moratória no final de janeiro, o que representa, ainda assim, uma redução superior a 111 mil face a julho passado. Também o BCP contabiliza menos 600 milhões de euros em moratórias; no final do passado contava com 8568 milhões. 

Covid19: situação em Portugal

 


Covid19 na RAM: a situação em vários quadros

 










sábado, fevereiro 27, 2021

Falências de empresas ainda vão aumentar

 


Ainda estamos no meio do turbilhão. Não podemos fazer um balanço final das perdas para a economia porque ainda se vão avolumar mais.” As palavras são de Miguel Cardoso Pinto, líder da EY-Parthenon, o braço de estratégia da consultora EY. E aponta que, ao nível dos encerramentos de empresas, por exemplo, “o cenário, daqui a alguns meses, pode ser bem pior do que agora”. Afinal, num estudo recente do Banco de Portugal, “42% das empresas de restauração disseram só ter capacidade para sobreviver mais cinco meses”, lembra.

Com empresas e famílias ligadas, em muitos casos, ao ventilador — leia-se os apoios extraordinários criados pelo Governo para fazer face à crise asso­ciada à pandemia de covid-19 (ver caixa) —, o número de empresas a fechar portas em 2020 até ficou abaixo de 2019, indicam os dados da consultora Informa D&B. O recuo nos encerramentos foi de 24,7%, para as 13.424 empresas. Olhando apenas para as falências, registaram-se 2273 novos processos de insolvência, mais 3,5% do que em 2019, assinala a Informa D&B. E o sector em destaque pela negativa é o alojamento e restauração, com um aumento de 58%, para 293 novos casos. Ora, este é precisamente um dos sectores mais vergastados pela crise.

A era dos juros mínimos chegou ao fim

 


Os chefes dos dois maiores bancos centrais não preveem o disparo da inflação, mas financiar a dívida vai começar a ficar mais caro. O fantasma do disparo da inflação regressou, este ano, para assombrar os mercados da dívida. O primeiro sinal está a ser dado pela subida dos juros da dívida pública nos EUA e na zona euro desde meados deste mês e pelo desagravamento nas taxas negativas da Euribor projetadas para os próximos cinco anos. Apesar de Christine Lagarde e Jerome Powell, os dois principais banqueiros centrais do mundo, negarem que um disparo da inflação está no horizonte, o ciclo de mínimos históricos nas taxas da dívida parece que terminou. O que isso significa é que financiar a dívida vai ficar um pouco mais caro para Estados, famílias e empresas, ainda que os níveis previstos estejam longe de assustar.

O ‘fogacho’ de reservas dos ingleses


Hotéis sentiram aumento logo após o desconfinar anunciado por Boris Johnson. Mas estas reservas ainda são só virtuais. Já era esperado: logo que Boris Johnson anunciou o plano de desconfinar faseado no Reino Unido, com abertura de viagens prevista para 17 de maio, os britânicos apressaram-se a fazer reservas em Espanha, na Grécia e em Portugal. “É verdade, estamos no Algarve com um aumento de reservas dos britânicos para o verão que percen­tualmente é enorme, pois não tínhamos absolutamente nenhumas”, adianta Elidé­rico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreen­dimentos Turísticos do Algarve (AHETA). “Mas é prematuro, são reservas individuais que podem ser canceladas a qualquer momento sem custos, nada nos garante que esses britânicos não estão a reservar para vários sítios ao mesmo tempo. E os operadores turísticos ainda nem sequer abriram programas para Portugal e o Algarve.”

“O desespero é grande, e logo que surgem alguns sinais começa-se a embandeirar em arco”, nota Elidérico Viegas. “O desconfinar no Reino Unido é bem-vindo, mas por cá ainda há muitos imponderáveis por ultrapassar para se poder falar no regresso dos britânicos.”

Madeira: As ilhas onde se vive a vida quase normal


 

São três da tarde e a esplanada do bar. Os Castrinhos está quase cheia. Os clientes vêm pelas sandes e, claro, pela poncha, que tem fama de ser das melhores. Três jovens sentados numa mesa à sombra vieram por isso e para socializar. Luana Sousa está no secundário, Pedro Andrade e Carlota Mota entraram em setembro para a Universidade de Évora, mas a pandemia trocou-lhes as voltas. Ainda aguentaram os primeiros meses, vieram de férias no Natal e regressaram ao continente, mas a 10 de fevereiro decidiram que, se era para ter aulas online, era melhor tê-las em casa, na Madeira.

“Fomos poucas vezes à universidade e não tivemos praxe, nada do que é a vida académica.” Depois de ponderar todas as variáveis, Pedro, que entrou em Desporto, decidiu arrumar as malas e fazer o resto do semestre em casa. “Ao menos aqui temos qualidade de vida”, explica Carlota, que anda no 1º ano de Enfermagem e acredita que, se calhar, no próximo ano, terá direito a experimentar o ambiente universitário. Por enquanto, a melhor opção é estar onde, pelo menos, é possível beber uma poncha de maracujá com os amigos.



A vida na Madeira segue de facto mais ou menos como antes. Não foi decretado o confinamento geral pelas autoridades de saúde e, por isso, Anselmo Castro, sócio deste bar da poncha, pode manter as portas abertas. “Perdemos 60% do movimento, os clientes não podem consumir de pé, nem se podem encostar ao muro e beber lá, está proibido o consumo na via pública, mas é melhor estar aberto, sempre dá para pagar aos empregados e manter o negócio. As quebras, mesmo assim, são grandes, perdemos os clientes que vinham à noite.”

Caso EDP: Sócrates levanta suspeitas contra o PSD e o MP


O ex-primeiro-ministro quer intervir no processo EDP e aponta para pagamentos que levaram o MP brasileiro a relacionar dinheiro da Odebrecht com a campanha do PSD para as legislativas de 2015. Sócrates pergunta: “Porque é que não querem que me constitua como assistente?” A questão é dirigida aos procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto, os titulares do processo EDP que se opuseram ao pedido do ex-primeiro-ministro para ser assistente no caso que já está a ser investigado há nove anos e tem como principal arguido Manuel Pinho, ex-ministro da Economia de um dos Governos de Sócrates, e ainda António Mexia e Manso Neto, que lideravam a EDP. “O que leva os procuradores a usar argumentos tão estapafúrdios na oposição ao exercício de um simples direito?”, continua José Sócrates em declarações ao Expresso.

E que argumentos “estapafúrdios” são esses? Na resposta ao pedido de José Sócrates para ser assistente no processo, o Ministério Público alegou que Sócrates estava a “instrumentalizar” essa função, prevista na lei para auxiliar a investigação, apenas para ter acesso “antes de ser chamado” a um processo em que “como bem sabe” é “interveniente” em “parte dos factos que estão a ser investigados”. Está, por isso, a cometer um “abuso de direito”.

Na contestação a esta posição do MP, o ex-primeiro-ministro argumenta que o processo é “público” e que “qualquer pessoa pode ter acesso aos autos, nesta fase, para consulta e obtenção de cópias, extratos e certidões”. Segundo o “Observador”, a decisão final será do juiz Ivo Rosa, o mesmo que vai decidir por que crimes será Sócrates julgado na Operação Marquês ou se é ilibado sem julgamento. “Diz o senhor procurador que, constituindo-me como assistente, tenho a pretensão oculta de ter acesso aos autos”, continua o ex-PM. “Acontece que eu já tenho acesso aos autos porque o processo é público e não está em segredo de justiça. É, portanto, absurdo acusar alguém de ter intenção de vir a ter acesso àquilo a que já tem acesso.”

Covid-19: IATA desenvolve plano com 33 países para reabrir tráfego aéreo


A Associação Internacional de Transporte Aéreo está a desenvolver uma abordagem comum com 33 países para reabrir o tráfego aéreo afetado pelas restrições de viagem relacionadas com a pandemia covid-19, revelou hoje o presidente da IATA, Alexandre de Juniac. O objetivo é chegar a um plano até ao fim de março com estes 33 países, representativos dos maiores mercados para a aviação, disse, num ‘webinar’ intitulado “Pandemia, Controlos nas Fronteiras e Viagens Internacionais”, organizado pelo instituto britânico Chatham House.

“Estamos a pedir aos governos para adotarem um plano e terem uma estratégia de reabertura consistente com estratégia de política de vacinação. (…) É possível estabelecer um plano que inclua reduções significativas do risco de infetar população”, afirmou Juniac.

P&R. A vida dos independentes está mais difícil? Sim. Quem a complicou? O 'cartel' PS e PSD. Lei autárquica vai ser corrigida? Talvez


Os candidatos independentes estão obrigados a recolher milhares de assinaturas diferentes para as câmaras, assembleias municipais e e por cada junta de freguesia. E têm de apresentar-se com siglas e nomes diferentes a vários órgãos. A via-sacra piorou com a revisão da lei no verão passado que, agora, PS e PSD admitem ter sido um "erro". Foi tudo feito discretamente, no final do verão passado: no Parlamento, PS e PSD juntaram-se para mudar as regras para os candidatos independentes, tornando (ainda) mais difícil a via sacra para se apresentarem a votos. Os independentes protestaram, Rui Moreira (no Porto) até admitiu criar um partido novo para contornar as novas regras. Agora, um ano passado, o Bloco Central admite voltar atrás. Eis o que está no centro da polémica, em sete perguntas e respostas.

QUANTAS ASSINATURAS SÃO EXIGIDAS AOS MOVIMENTOS INDEPENDENTES NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2021?

A nova Lei Eleitoral Autárquica, aprovada em julho pelo PS e PSD e promulgada em agosto de 2020, obriga os Grupos de Cidadãos Eleitores (GCE) a recolher nos concelhos com mais de 135 mil eleitores exatamente 4 mil assinaturas para a Câmara, mais 4 mil para a Assembleia Municipal (AM). Para concorrer às freguesias, o mínimo são 3% de proponentes do universo de eleitores por cada Junta. Os proponentes têm de estar recenseados no concelho em causa e as assinaturas feitas presencialmente. “Antes eram recolhidas junto a locais de ajuntamentos, como hipermercados, agora com o confinamento é uma via dolorosa, porta a porta, porque as pessoas na rua resistem à proximidade”, diz Aurélio Ferreira, o presidente da Associação Nacional dos Movimentos Autárquicos (AMAI).

“A discussão foi mínima”, “as coisas nem sempre são bem feitas”. PS recua na lei sobre candidatos independentes

Companhias aéreas devem continuar com liquidez negativa em 2021, diz a IATA


"Os adiantamentos de reservas para o verão (julho-agosto) estão atualmente 78% abaixo dos níveis de fevereiro de 2019", avança a IATA. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) piorou as suas previsões para 2021, afirmando agora que as companhias aéreas vão ficar com liquidez negativa este ano, quando anteriormente previa uma melhoria no quarto trimestre.

“A Associação Internacional de Transporte Aéreo divulgou novas análises demonstrando que a indústria da aviação deverá permanecer com liquidez negativa durante 2021“, pode ler-se num comunicado de imprensa divulgado na quarta-feira. A IATA lembra que os dados anteriores, de novembro de 2020, “indicavam que as companhias aéreas iriam ter liquidez positiva no quarto trimestre de 2021”, sendo que agora esse cenário só deverá ocorrer em 2022.

“Estima-se que as perdas de liquidez em 2021 atingiram agora 75 mil milhões de dólares [cerca de 62 mil milhões de euros] a 95 mil milhões de dólares [78,5 mil milhões de euros], depois dos anteriormente antecipados 48 mil milhões de dólares [39,7 mil milhões de euros]”, pode ler-se no comunicado. A IATA atribui a revisão em baixa um “fraco começo” em 2021, sendo agora “claro que a primeira metade de 2021 será pior que o anteriormente antecipado”.

sexta-feira, fevereiro 26, 2021

Mais de 424 mil desempregados em Portugal

 

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Mais de 136 mil trabalhadores precários perderam emprego



Moratórias para crédito à habitação terminam no final de Março...


Covid-19: britânicos já estão a marcar férias para o Algarve


Embaixadora da Venezuela junto da União Europeia considerada "persona non grata"


2020 regista a pior recessão anual desde o 25 de abril


Sondagem: Mais de um terço crê que a vacinação está a correr mal

 


Confiança no Governo para a execução do plano de imunização contra a covid em queda. Portugueses rejeitam inoculação prioritária a deputados e autarcas. Os portugueses estão divididos, mas 35% entendem que a implementação do plano de vacinação está a correr mal. Menos de um terço (31%) dá nota positiva e a maioria recusa que seja concedida prioridade à imunização de políticos, sobretudo de presidentes de Câmara e de deputados.

E, no momento em que cerca de 250 mil pessoas já possuem a vacinação completa em Portugal, a confiança no Governo para concluir o plano dentro do prazo estipulado está em queda. Se em dezembro, antes do arranque da imunização, 38% dos inquiridos na sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF manifestavam confiança no Executivo PS para levar o plano a bom porto, dois meses depois tudo se inverteu: 43% têm pouca confiança e só 28% continuam a acreditar no respeito das metas.

O crédito do Governo é maior entre os idosos (45%) e menor nas faixas etárias dos 18 aos 49 anos. É na Grande Lisboa, e entre os eleitores do PS (60%) e da CDU (55%), que a confiança no Executivo de António Costa se mantém alta. A descrença é superior nas regiões do Centro e do Sul e ilhas e entre os simpatizantes de Iniciativa Liberal, Chega e Bloco de Esquerda.

Portugal abaixo de Espanha e Reino Unido na transmissão do vírus


O índice de transmissibilidade do vírus em Portugal situa-se em mínimos desde o início da pandemia. Comparando com a Europa, tem também o valor mais baixo. Portugal tem o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais baixo da Europa, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Situa-se assim atrás de Espanha e Reino Unido, que também contam com um número baixo neste indicador.

O valor do Rt em Portugal, ou seja, o número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado, é estimado em cerca de 0,67, adiantou o especialista Baltazar Nunes na chamada reunião do Infarmed, esta segunda-feira. Este “é o valor mais baixo desde o início da epidemia”, sendo que se encontra “abaixo de 1 em todas as regiões do continente e das regiões autónomas”, sublinhou.

TAP perde mais de 900 milhões de euros com Covid-19 em 2020

 


Companhia aérea terá tido um resultado operacional consolidado (EBIT) negativo de 907 milhões de euros, segundo as projeções enviadas para Bruxelas pelo Governo português. A TAP fechou 2020 com um resultado operacional consolidado (EBIT) negativo de 907 milhões de euros. A projeção, que está presente no documento enviado a meio de dezembro para Bruxelas pelo Governo português, a que o ECO teve acesso, aponta para que as receitas terão rondado os mil milhões de euros, isto num ano fortemente marcado pelas restrições à aviação causadas pela pandemia.

A “crise sem precedentes” para a aviação e para a TAP está a penalizar fortemente as contas da empresa, explicaram tanto o CEO Ramiro Sequeira como o chairman Miguel Frasquilho esta terça-feira no Parlamento. Alertaram para o impacto da pandemia na operação da companhia aérea, que está à espera de “luz verde” de Bruxelas para avançar com um plano de reestruturação.

As projeções presentes neste documento, a que o ECO teve acesso, indicam que o resultado operacional (EBIT) da TAP SA ter-se-á situado em -907 milhões de euros em 2020, o que compara com 47 milhões de euros positivos no final de 2019. O “buraco” deve-se à queda na operação já que a empresa perdeu 13 milhões de passageiros no ano passado. As estimativas apontam uma quebra de 69% nas receitas para 1.025 milhões de euros (face a 3.299 milhões em 2019).

Sondagem: 82% querem escolas fechadas mais duas semanas

 


Quatro em cada dez inquiridos apontam a Páscoa como data para o regresso às salas de aula. Mais de metade critica rendimento escolar do ensino à distância. A renovação do estado de emergência será aprovada amanhã, no Parlamento, e a larga maioria dos portugueses (82%) entende que deve manter as escolas fechadas até 15 de março. Uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF mostra que 42% dos inquiridos defendem as aulas presenciais só depois das férias da Páscoa, que começam a 26 de março. Apesar disso, os portugueses entendem que o ensino à distância fica aquém da qualidade do presencial: 54% asseguram que aprender pela Internet e televisão será pouco ou nada rentável e 40% criticam a forma como o Governo preparou a escola para aulas virtuais.

A má nota dada ao ensino remoto, todavia, não impede os portugueses de querer os portões das escolas trancados, sobretudo no Norte (84%) e no Sul e Ilhas (83%). Olhando às características das pessoas que mais o defendem, encontram-se linhas bem marcadas quanto à idade e rendimentos: o fecho é pedido sobretudo por mulheres (84%), idosos (88%) e pessoas com menor capacidade económica (classe D, 89%).

É um contraste forte com a opinião dos jovens (até aos 34 anos, o fecho "´só" é pedido por 76% dos inquiridos) e das pessoas com mais rendimentos (nas classes A e B, 78% defendem-no). Quanto à orientação política, destacam-se os eleitores da CDU: 96% dizem que as escolas devem continuar fechadas.

Reabrir só depois da Páscoa

Saber até quando as aulas devem ser virtuais é outra questão. Aqui, a opção que mais respostas recebe (42%) atira a reabertura para depois das férias da Páscoa. O regresso às salas de aula a 5 de abril é pedido sobretudo pelos eleitores da Direita (59% do Chega e 53% do PSD) e por quem vive nas cidades médias ou no interior, já que tem menos apoio nas áreas metropolitanas do Porto (38%) e Lisboa (40%) - não porque queiram um regresso mais cedo, mas porque são quem mais defende o ensino remoto até ao final do ano letivo. Na média nacional, 16% querem aulas online até ao verão. O facto de a grande maioria dos inquiridos querer, pelo menos, mais duas semanas sem aulas presenciais, todavia, não significa que façam uma apreciação positiva das aulas online. Mais de metade dos inquiridos (54%) acredita que o ensino remoto será pouco ou nada rentável.

Sondagem: Metade dos portugueses antecipa confinamento até à Páscoa

 



Atual período de restrições mais difícil de suportar que o do ano passado (56%). Nem os cidadãos (68%) nem o Governo (56%) se prepararam de forma adequada para a terceira vaga da pandemia. O atual confinamento está a ser mais difícil que o de março do ano passado (52%), depois das falhas do Governo (56%) e dos cidadãos (68%) na preparação para a terceira vaga. A solução parece ser, por isso, prolongar as medidas restritivas: 80% dos portugueses quer o país fechado durante mais duas semanas, revela uma sondagem da Aximage para o JN, o DN e a TSF. E cerca de metade (46%) acredita que as restrições se vão manter até à Páscoa.

O número de novos infetados desce de forma acentuada desde o início de fevereiro. Os internamentos e as mortes acompanham a tendência, ainda que de forma diferida. Mas, na memória da maioria das pessoas estará ainda a situação difícil de janeiro, em que Portugal acusou os piores registos mundiais de covid-19. Também por isso haverá tantos a concordar com o que o Conselho de Ministros deverá formalizar hoje: mais duas semanas com comércio, restaurantes e escolas fechadas, proibição de viagens entre concelhos e recolher obrigatório.

O apoio ao prolongamento do confinamento por 15 dias é generalizado (80%) e é quase unânime entre os cidadãos mais velhos (88%) e os mais pobres (90%). Há também uma grande maioria que acredita num período de restrições ainda maior: 46% acham que vai durar até à Páscoa (opinião maioritária em todos os segmentos da amostra e em particular entre as mulheres); 10% até maio (sobretudo os mais jovens); 14% até ao verão (os habitantes da região Sul são os mais pessimistas). Feitas as contas, 70% antecipam que o confinamento que hoje vai ser decidido não será o último.

Resgate suave põe SATA a dar lucro em 2023

 

Com custos 40% mais baixos do que a TAP, SATA aplica cortes salariais de 10%. Plano prevê saída de 150 trabalhadores. O plano de reestruturação da SATA seguiu esta semana, quinta-feira, para Bruxelas, levando na bagagem propostas menos agressivas do que as previstas no plano da TAP e a perspetiva de um regresso aos lucros já em 2023. Se tudo correr como prevê Luís Rodrigues, o presidente da transportadora açoriana, a SATA vai conseguir tornar-se sustentável dentro de três anos, revertendo um ciclo de prejuí­zos que começou em 2013. O plano prevê cortes de 10% na remuneração mensal bruta e a saída de mais de 100 trabalhadores. Estão fechados os acordos com todos os sindicatos e não haverá despedimentos. As saídas serão feitas através de reformas e pré-reformas.

A SATA recebeu em agosto €133 milhões de auxílios do Estado, ao abrigo do artigo de resgate e restruturação, montante que permitirá à companhia viver mais uns meses sem asfixia financeira. Adicionalmente, o Governo Regional pediu, e teve autorização de Bruxelas, para receber mais €18 milhões extra, ao abrigo de medidas para minimizar o impacto da pandemia.

TAP: número de voos cai 72% em janeiro deste ano, com a maioria dos aviões em terra

 

Com a procura deprimida e a generalidade dos países confinados, a TAP teve um janeiro com a atividade muito reduzida. O número de voos caiu 72% face ao mês homólogo de 2019. A TAP reduziu, em janeiro deste ano, o número de voos em 72% e a capacidade em 70% em relação ao mesmo mês de 2020, devido às medidas restritivas decretadas por todo o mundo para controlar a pandemia.

Na sua ‘newsletter’ interna, a que a Lusa teve acesso, a companhia aérea adiantou que “em janeiro manteve-se a tendência decrescente a que se assistiu em novembro e dezembro, no que respeita a número de voos e capacidade (ASK – Available seat kilometer), comparando com o período pré-pandemia”, acrescentando que “reduziu em 72% o número de voos e em 70% a capacidade face a janeiro de 2020”. A companhia nota que esta “tendência decrescente é também visível na evolução do número de voos, ao longo dos últimos meses, após a ligeira recuperação que se verificou no verão”, adiantando que “a taxa de ocupação média global da TAP, quando ponderada com o volume de voos realizados em cada mês, entre setembro e novembro de 2020, é de 50%, vinte e nove pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019”.

“Esta tendência resulta do agravamento que temos vindo a assistir das medidas restritivas, em todas as regiões do mundo, na sequência da 2.ª e 3.ª vagas, bem como da identificação da nova estirpe do novo coronavírus”, segundo a transportadora.

Estudo: Portugueses estão pessimistas e adiam grandes decisões de vida e investimentos

 

Mais de três quartos dos portugueses afirmam-se pessimistas quanto à evolução económica, pelo que grandes decisões como mudar de emprego, casar, ter filhos, comprar casa ou carro estão fora dos seus planos para 2021, revela hoje um estudo. Elaborado pelo Instituto Superior de Administração e Gestão (ISAG – European Business School) e pelo Centro de Investigação de Ciências Empresariais e de Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC), o estudo ‘Lifestyle e decisões de investimento das famílias portuguesas em 2021’ procurou “compreender quais as principais expectativas das famílias portuguesas para 2021, no adverso contexto trazido pela covid-19” e demonstrou ainda que “o desconforto financeiro foi agravado pela pandemia”.

Com 76,2% dos inquiridos a admitirem estar pessimistas ou muito pessimistas acerca da evolução da economia portuguesa, o trabalho mostrou que “este será um ano de estagnação no que diz respeito às grandes mudanças de vida e investimentos”.

“Desde logo, uma mudança de emprego estará fora dos planos para 77,9% dos inquiridos e 84,7% indicaram mesmo que não estavam à procura de novo trabalho. Nas decisões familiares, casar não será opção para a maioria e ter filhos não acontecerá, em 2021, para 94,1% dos inquiridos que já os têm e para 89,8% dos que não têm filhos”, conclui. Valores semelhantes foram encontrados relativamente às decisões de investimento, como comprar casa ou carro: 82,8% dos inquiridos que não têm habitação permanente não procurarão comprá-la em 2021 e, entre os que já a têm, 91% não irão fazer nova compra, enquanto no que se refere ao automóvel, 85% revelaram não pretender fazer uma primeira compra em 2021 e 94,2% dos que já têm veículo próprio afirmaram não querer voltar a investir.

Sondagem: Portugueses consideram que o processo de vacinação está a correr “mais ou menos”

 

Apesar de a task-force se mostrar satisfeita com a evolução do processo de vacinação contra a Covid-19, o mesmo não se pode dizer dos portugueses, de acordo com o mais recente barómetro CM/Intercampus. Os últimos dados revelam que 21,5% dos inquiridos consideram que a vacinação está a correr mal e 14% acham que está a correr muito mal, com apenas 19,7% a referir que está a correr de forma positiva.

No limbo estão 33,5% que dizem que decorre «mais ou menos», não manifestando também muita confiança nesta matéria. Quando questionados sobre quem terá culpa no mau funcionamento do plano, a grande maioria, cerca de 35%, dizem que é a equipa que comanda, no entanto, uma percentagem significativa de 25% considera que «todos» são culpados, não havendo por isso ninguém em concreto para assumir responsabilidades. Já no que diz respeito às causas para que o ritmo do processo seja tão lento, 21,2% apontam razões políticas e 15% dos inquiridos considera que se trata de falta de vacinas, que contribuem para que o plano não evolua de forma mais rápida. Dos 21% que falam em motivos políticos, 11% culpam concretamente a ministra da saúde, Marta Temido e 10,2% o primeiro-ministro, António Costa.

O coordenador da task-force de vacinação, Almirante Gouveia e Melo, disse na segunda-feira que a redução da entrega de vacinas no primeiro trimestre continua a confirmar-se, apesar de ser menor, havendo expectativas «muito mais positivas» relativamente aos trimestres seguintes. Assim, confirmando-se estas expectativas é possível que o objetivo de vacinar 70% da população, alcançando a desejada imunidade de grupo, possa acontecer mais cedo do que o previsto, passando para inícios de agosto, em vez de ser só no final do verão, disse o responsável ressalvando que para já «não passam de expectativas».

O especialista anunciou ainda que vai ser possível aumentar a velocidade de vacinação para cerca de 100 mil vacinas por dia, «o que fará com que se tenha que pensar em modelos alternativos aos centros de saúde, para que o processo decorra sem problemas». Gouveia e Melo disse ainda que chegaram cerca de um milhão de vacinas a Portugal, das quais mais de 680 mil já foram aplicadas no continente, 29 mil nos Açores e na Madeira. Para além destas, chegaram hoje mais 230 mil, que serão aplicadas esta semana. «Isto mostra uma execução muito elevada no processo de vacinação», sublinha.

«Neste momento, sem contar com as vacinas que vão ser aplicadas esta semana, já temos sete habitantes em cada 100 com pelo menos uma inoculação, 4,5% da população com a primeira dose e 2,7% da população com a segunda dose», adiantou ainda o responsável (Executive Digest)

Estudo: Maioria dos portugueses não tenciona comprar carro ou casa este ano

Um estudo elaborado por investigadores do ISAG-European Business School e do Centro de Investigação de Ciências Empresariais e de Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC) mostra que 82,8% dos portugueses inquiridos que não têm habitação permanente não procurará comprá-la em 2021. Entre os que já a têm, 91% não tenciona fazer nova compra

O cenário é semelhante quanto ao possível investimento num carro: 85% não pretende fazer uma primeira compra em 2021 e 94,2% dos que já têm veículo próprio não quer voltar a investir este ano. Ainda assim, há algumas diferenças a apontar entre gerações. Os Baby Boomers (dos 61 aos 78 anos) estão disponíveis para gastar mais dinheiro tanto em investimentos financeiros (numa média superior a 61 mil euros) como na compra de carro (mais de 39 mil euros). No que à casa diz respeito, a Geração X (dos 40 aos 60 anos) destaca-se como aquela que pretende gastar mais, com um investimento médio de mais de 482 mil euros. No geral, o estudo “Lifestyle e decisões de investimento das famílias portuguesas em 2021” mostra que a pandemia veio abrandar ou mesmo travar as decisões e grandes investimentos dos portugueses para este ano.

19,6% dos inquiridos admite que a sua situação financeira é desconfortável ou muito desconfortável, o que compara com os 7,3% que dizia o mesmo antes da pandemia. Verifica-se também uma quebra de 66,6% para 52% no número de inquiridos que se dizem confortáveis ou muito confortáveis. Além da questão financeira, surgem ainda preocupações com a crise sanitária. Para mais de 85% dos inquiridos, a Covid-19 é vista como uma doença perigosa e com graves consequências para a saúde (Executive Digest, texto da jornalista Filipa Almeida)

Sondagem: Maioria dos portugueses quer Marcelo mais exigente com Costa

 


Além de uma maioria que acreditar que Marcelo devia ser mais exigente com Costa, 65,5% dos portugueses acha que o Presidente da República baixou os níveis de exigência semanas antes das eleições presidenciais. Uma sondagem da Intercampus revela que 80% dos inquiridos acreditam que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa deve ser mais exigente com o primeiro-ministro, António Costa. A sondagem realizada, para o “Jornal de Negócios” e “Correio da Manhã“, revela que 16,4% defendem que Marcelo não deve ser mais exigente com António Costa. O mesmo estudo indica que 65,5%, os inquiridos dizem que o Presidente da República baixou os níveis de exigência semanas antes das eleições presidenciais. Apenas 25,8% dos portugueses entrevistados pela Intercampus dizem que Marcelo foi mais exigente com o Governo antes das presidenciais.

Além de as relações entre Presidente da República e primeiro-ministro, a sondagem também avaliou os resultados de André Ventura nas presidenciais. Concluiu-se que 42,5% das pessoas inquiridas sublinharam que o resultado do líder do Chega – 11,9%, uma percentagem próxima da ex-eurodeputada Ana Gomes – se deveu ao facto de “muita gente” concordar com as suas ideias. Por sua vez, 19,4% dos inquiridos dizem ser “por causa da fraca oposição que o PSD está a fazer” e 13,5% associam o resultado ao facto de o PS “estar a governar mal” (Jornal Económico, foto do Expresso)

Açores: confusões....socialistas


 fonte: Público

O meu bloco de notas tontas sobre o processo autárquico-2021 na RAM

  • Porque motivo parece-me existir um certo complexo do medo  face a uma eventual candidatura no Funchal de pessoas não identificadas plenamente com a nomenclatura laranja?
  • Não é arriscado transmitirem aos eleitores a ideia de que a prioridade da nomenclatura elitista é apenas a sobrevivência no poder a qualquer preço? Lembro que Albuquerque foi visado em 2019, depois das regionais, por alguns sectores laranjas por alegadamente dar demais ao CDS, para garantir o poder ao PSD-M. Mas é ou não verdade que o PSD-M é hoje um partido refém de factores que não controla e com os quais nunca antes se confrontou?
  • A saída de Calado, que está longe de ter a certeza de que ganha a CMF, pode ou não enfraquecer o GRM e deitar tudo a perder em termos das suas naturais ambições políticas pessoais, caso seja derrotado por Miguel Silva? Mas sobre este tema, confesso que me estou nas tintas para o que façam. Desisti de alertar para a asneirada. Perdi a pachorra para aturar certas coisas, muito menos caprichos.

  • Sem Calado é ou não factual que poderemos ter um GRM politicamente mais fraco, numa altura em que a RAM está a braços com problemas financeiros e orçamentais que precisam de pulso firme quer a concordar quer a discordar? É bem possível que sim, mas alguns teóricos acham que o blá-blá-blá do costume resolve tudo…
  • O actual Vice do GRM – que presumo que  se for candidato à CMF terá que abandonar o GRM antes de formalizar a candidatura -  corre ou não o risco de ser acusado pela oposição (entre outras questões incómodas que serão por ela suscitadas e que podem abanar o eleitorado…), de ter abandonado o  GRM antes que a situação na RAM se agrave, complicando deste modo a sua candidatura. Afinal, estamos a falar de uma governação virada para 250 mil habitantes que será trocada por uma governação de uma cidade com 110 mil habitantes…
  • Alguém  consegue explicar aos eleitores que é mais importante a CMF do que a governação regional? E quem impede os eleitores de concluírem que há uma ambição corporativista e de grupo subjacente a algumas das manobras que visam o assalto à CMF, falhado em 2017 com a candidatura de uma ex-vereadora de MA (Rubina Leal) e que não saiu nada bem desse confronto eleitoral contra Cafofo?

 

PSD – 17.971 votos, 32,1%

PS (coligação com BE, JPP, NC, PDR) – 23.577 votos, 42,1%

 

  • Calado quer sair do GRM pela ambição de ser Presidente da CMF? Se for isso, trata-se de uma decisão pessoal, e contra isso nada a dizer. Cada um toma e assume as suas opções. Calado não pode estar a ser empurrado para uma eventual derrota que o impedirá de ter espaço político próprio, no futuro, permitindo que deixe de constituir uma “ameaça” seja para quem for, quando o PSD-M for confrontado com a inevitabilidade de uma discussão interna, que neste momento ninguém equaciona, mas que um cenário de trapalhadas e de sucessivos tiros-nos-pés,  pode acelerar?
  • É factual, embora não constitua um impedimento, que Pedro Calado, tal como o actual autarca do Funchal, nunca foi candidato (cabeça de lista) a nenhuma eleição. Caso venha a sê-lo nas autárquicas deste ano, é óbvio que não pode contar com uma campanha eleitoral à moda antiga, que seria importante, devido aos condicionalismos do covid19 a que se juntará um potencial agravamento da situação regional em termos sociais, económicos e orçamentais.
  • É verdade, sim ou não, que a candidatura de Calado irritou umas tantas (poucas) ambições pessoais de figuras menores da nomenclatura laranja, que sonhavam com a candidatura à CMF, mas que não conseguem perceber  se seriam ou não candidaturas ganhadoras?
  • Os resultados das presidenciais na Madeira, acabaram por ser uma “contrariedade” para Albuquerque que várias vezes criticou Marcelo por não fazer nada a propósito dos problemas colocados por Lisboa. Lembro que MA chegou mesmo a anunciar a possibilidade de ser candidato presidencial, propósito que obviamente nunca foi seriamente assumido.
  • É ou não factual que um secretariado de um partido tem que estar regularmente presente no terreno, junto das suas estruturas de base, falando com elas, ouvindo-as, construindo um retrato fiel da realidade ao nível do sítio, da freguesia ou do concelho?
  • A valorização política da CMF é obsessiva? Será que alguém já explicou às pessoas a lógica da teoria de que a CMF é fundamental para a eficácia e o sucesso da governação regional, e que não é verdade, o que alguns dizem, que seja uma estranha teimosia?
  • Alguém já explicou aos eleitores funchalenses - porque os eleitores dos demais concelhos estão-se borrifando para estas diatribes na capital – a lógica de tudo isto, incluindo todas as manobras de bastidores por causa do Funchal?
  • E se tudo isto “der no porco”, como diz o povo, o que é que se vai passar a seguir? Alguém vai assumir responsabilidades políticas? Ou essa responsabilização política vai morrer soteira?
  • No PSD-M existem grandes dúvidas no Porto Santo, a que se junta a estranha continuação de divisões e “sacanagens” pessoais na Ponta do Sol, tudo por causa de infindáveis intrigas, muitas delas com origem no Funchal, construídas sobre uma potencial destruição eleitoral causada pelos "donos" (políticos) dos concelhos.


  • Começa a ser óbvio que há o receio do crescimento eleitoral do Chega, tal como aconteceu nos Açores, e da fuga de eleitorado para essa área. Um Chega que nunca seria olhado como o tal partido de extrema-direita, e apoiado como tal, mas antes por ser um partido anti-PSD-M.
  • Há ou não estruturas de base queixosas por estarem sem reuniões e sem serem ouvidas porque ninguém foi ao seu encontro depois dos ”negócios” políticos firmados com o CDS-M ainda antes das desastrosas regionais de 2019 onde o  PSD-M, apesar de ter sido o mais votado, não alcançou a maioria absoluta, ficando por isso refém de uma realidade política que continua a ser politicamente instável, pelo menos até ser consolidada no tempo?
  • A presença do líder em encontros com as bases, onde este tema das autárquicas deve ser discutido abertamente, sem veleidades e sem imposições, não deveria ser um trabalho político periódico? Os militantes e simpatizantes não podem ser olhados de forma distante só para sacar votos.
  • Os números indiciam grandes dificuldades eleitorais do Funchal, que começaram com a derrota em 2013, teve consequências em 2017 e pelos vistos, perante a queda constante de votos na capital, poderá repetir-se de novo em 2021, realidade que tem múltiplas explicações algumas das quais são incomodativas. Lembro que o PSD-M também perdeu para o PS no Funchal nas regionais e legislativas de 2019 sem que o CDS-M, numa lógica de coligação, compense essas perdas.
  • E em São Vicente como vai ser? O actual presidente terá regressado ao PSD-M e a uma militância que tinha abandonado em 2013 para ser candidato em lista de cidadãos, obrigado a isso pela legislação. Será o PSD-M a formalizar candidatura ou o autarca nortenho vai liderar de novo uma lista de cidadãos, voltando a ter que se desfiliar do PSD-M numa palhaçada política vergonhosa? Obviamente com o Chega atento…

  • E na Ribeira Brava não estaremos a caminho do definhar do PSD-M, tudo por causa do que foi feito em 2017 ao autarca em funções e que pretendiam escorraçar como se se tratasse de um “bandido jardinista”? Obviamente com o Chega atento…
  • E em Santana, cada vez mais um problema político complexo para o PSD-M e para os social-democratas neste concelho que dificilmente aceitarão no futuro um maior envolvimento no partido. Seria mau demais aceitarem ser ignorados e diminuídos e depois obrigados a apelarem ao voto numa solução que não querem. E é simples perceber. O CDS-M sabe que conquistou aquela edilidade nortenha em 2013 e 2017 devido aos erros cometidos pelo PSD-M conjugados com a mais-valia que Teófilo Cunha foi para o partido de Barreto. O actual autarca centrista, tal como o seu colega no Funchal, nunca concorreu a eleições e nunca ganhou qualquer acto eleitoral. Os resultados nas regionais e nas legislativas de 2019 mostraram um PSD-M distante (e ganhador) do CDS-M. Temendo perder a única Câmara que alguma vez liderou na Madeira, o CDS-M não quer arriscar a concorrer em listas separadas, pelo que precisa de vergar o PSD-M e nada melhor que a imposição de uma coligação onde o partido mais forte e com mais votos é relegado para uma posição secundarizada. Se não se entenderem a alternativa será concorrerem com listas próprias o que não significa que o PSD-M tenha a garantia de uma candidatura ganhadora em Santana. Resta saber o que vão dizer nas urnas os eleitores do PSD-M em Santana. E claro, com o Chega atento a estas manobras e a um eventual descontentamento dos eleitores laranjas que duvido votem numa coligação dominada pelo CDS-M mas sem Teófilo Cunha.
  • O PSD-M comete um erro de análise: quem garante que os dois partidos no poder regional conseguem segurar o seu eleitorado com a imposição de coligações autárquicas? Câmara de Lobos e Calheta estão fora destas manobras, Ribeira Brava volta a ser “sui generis” porque acho que as bases de um PSD-M desactivado não parecem ter queixas de Nascimento. São Vicente será uma novela pelos motivos já referidos, Ponta do Sol pode nem mudar de mãos, uma vez mais, se não existir unidade, inteligência política, escolhas sensatas e ganhadoras e uma liderança política forte, que corte as amarras com o passado e trave todas as pressões externas ao antigo bastião autárquico social-democrata. O Porto Santo volta a ser uma incomodativa incógnita porque não há sangue novo no PSD-M e as alternativas, dadas algumas recusas, não apresentam grande pujança. No Porto Moniz a alternativa parece ser a decisão de recomeçar tudo do zero – depois do falhanço de 2013 e 2017 – tentando lançar as sementes para o futuro que dificilmente será este ano. Até porque parecem ser demasiadas as indisponibilidades, o que é revelador do estado anímico a que chegou o PSD-M. Dúvidas que se repetem em Machico e Santa Cruz onde sobram as hesitações e são raras as convicções. A teoria de candidaturas “milagrosas” - para ganhar a autarcas no poder, suficientemente experimentados, matreiros e organizados no terreno, sem que haja da parte do PSD-M um “trabalho de casa”, eficaz, contínuo e visível no terreno – não exclui a possibilidade de todas estas invenções de gente (no Funchal) sem experiência e pragmatismo político baterem no fundo.




  • Dúvida final: quando vai o PSD-M realizar o seu Congresso Regional para que os dirigentes expliquem às bases os acontecimentos políticos regionais desde o último Congresso (realizado em 2017), os resultados eleitorais de 2019 e as decisões tomadas em termos de presidenciais e autárquicas de 2021?

Duas notas finais:

- sendo certo que Câmara de Lobos e Calheta estão fora de qualquer cenário de coligação, teremos PSD-M e CDS-M no terreno, com listas próprias, a brincarem às eleições, guerreando-se uns aos outros para  gáudio da oposição?



- É um facto que a coligação PSD-CDS não pode concorrer no Funchal e ser derrotada por uma candidatura do PS-M (em coligação) liderada por Miguel Silva (que pela primeira vez se apresentará a eleições…) porque poderia fragilizar demais a governação e a própria coligação. E eventualmente torna inevitável uma remodelação governamental que será maior se Calado sair da vice-presidência para concorrer à CMF (LFM)

quarta-feira, fevereiro 24, 2021

Deco recebeu mais de 30 mil pedidos de ajuda de famílias sobreendividadas


Nota: caso perdido!

Pelos vistos das duas uma: ou Pedro Calado quer fugir do governo Regional antes que a situação se agrave, ou está rendido a uma patética ambição doentia e  corporativista de um pequeno grupo com saudades de mandar na CMF e que a julga uma "coutada". Falta o essencial: saber se é de propósito para fugir ao GRM e arranjar um pretexto para o fazer ou se está a ser obrigado a isso para que o queimem politicamente (LFM)

Nota: benefício da dúvida

Eu hoje vou fazer algo que nunca pensei fazer: vou recuar, dar o benefício da dúvida e esperar que Cafofo consiga concretizar tudo o que terá sido delineado no processo negocial com vista à revisão da Lei de Finanças Regionais e outras iniciativas pendentes, incluindo uma revisão constitucional. Se a ideia é fazer uma festança apenas com a LFR, então vou ali e já venho... E não, não achem estranho o que acabo de afirmar! (LFM)

terça-feira, fevereiro 23, 2021

Nota: Calado mostrou hoje que não deve sair do GRM nem pela CMF


O Plano de Recuperação e Resiliência da RAM foi hoje apresentado por Pedro Calado. Confesso que não liguei rigorosamente nada aos números ou as rubricas porque o que me importa é a versão final do documento ainda em fase de discussão pública. O que desta cena retive, foi que Pedro Calado mostrou, mais uma vez, na lógica do PSD-M, e se dúvidas existissem, que não deve sair do GRM - que ficaria demasiado banalizado e fragilizado politicamente - e que não deve ser candidato à CMF porque além de não ter a certeza de que seria eleito - tudo depende dos negócios entre partidos que serão feitos até ao Verão - poderia ser o rastilho para uma crise política e governativa regional a prazo. Só um idiota não vê o que se passa. A Madeira vai entrar no pior momento da sua história píos-25 de Abril devido aos efeitos da economia em várias frentes, pelo que, neste quadro,  um governo fragilizado será um primeiro passo para uma crise política pela qual, caso ela se concretize, alguém terá que responder e ser penalizado. Será que tudo o que se passou com o primeiro governo regional do PSD-M na anterior Legislatura (2015-2019), não serviu de lição a alguns "inteligentes" que andam na política regional? (LFM)


Covid19: dados sanitários das cidades e da RAM

 


Ontem (22.2.2021) em Lisboa, na reunião do INFARMED (onde foi destacada a evolução positiva global na RAM em termos de números de casos covid19), a DGS retratou a situação nos concelhos da Madeira (atualizado a 22 de fevereiro):

- Funchal está em risco muito elevado com 561 casos/100.000 habitantes

- Calheta  está em risco moderado com 64 casos/100.000 habitantes

- Câmara de Lobos está em risco muito elevado com 947 casos/100.000 habitante

- Machico está em risco elevado com 415 casos/100.000 habitantes

- Ponta do Sol está em risco muito elevado com 791 casos/100.000 habitantes

- Porto Moniz está em risco moderado com 128 casos/100.000 habitantes

- Ribeira Brava está em risco elevado com 346 casos/100.000 habitantes

- Porto Santo está em risco moderado com 77 casos/100.000 habitantes

- Santa Cruz está em risco elevado com 426 casos/100.000 habitantes

- São Vicente está em risco moderado com 39 casos/100.000 habitantes

- Santana está em risco moderado com 119 casos/100.000 habitantes

No caso dos Açores seleccionei três exemplos:

- Angra do Heroísmo está em risco moderado com 12 casos/100.000 habitantes

- Horta está em risco moderado com 21 casos/100.000 habitantes

- Ponta Delgada está em risco moderado com 28 casos/100.000 habitantes

Quanto à situação nalgumas das principais cidades continentais:

-  Lisboa está em risco muito elevado com 721 casos/100.000 habitantes

- Porto está em risco elevado com 261 casos/100.000 habitantes

- Coimbra está em risco muito elevado com 841 casos/100.000 habitantes

- Braga está em risco elevado com 282 casos/100.000 habitantes

- Leiria está em risco elevado com 293 casos/100.000 habitantes

- Évora está em risco moderado com 202 casos/100.000 habitantes

- Setúbal está em risco extremamente elevado com 1073 casos/100.000 habitantes

- Faro está em risco elevado com 408 casos/100.000 habitantes

- Vila Real está em risco elevado com 276 casos/100.000 habitantes