quarta-feira, abril 30, 2008

PSD: como é que Jardim não tem razão?

Li hoje no Publico a transcrição de um take da agência Lusa, com o título "Jardim só reconhecerá novo líder se obtiver maioria absoluta", segundo a qual o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, disse hoje que "o PSD da Madeira nunca reconhecerá como líder do partido, em termos legais e estatutários, um candidato que não obtenha pelo menos 50% dos votos dos seus militantes. A Comissão Política Regional do PSD-M, reunida na noite de ontem, alertou para o facto de que o próximo líder nacional do partido poderá ser eleito com apenas 21% dos votos dos seus militantes dado o número de candidaturas existentes e por não estar previsto nos seus Estatutos a realização de uma segunda volta."Estando previstas as eleições directas para o último fim-de-semana de Maio e o congresso para o primeiro fim-de-semana de Junho, isso quer dizer que, nas eleições que se vão realizar no final de Maio, não haverá segunda volta, ou seja, ganha o candidato que mais votos tiver na única eleição que está marcada e que os estatutos prevêem", lembrou o dirigente do PSD-M, Miguel de Sousa, no final da reunião da Comissão Política Regional do partido."Havendo cinco candidatos - continuou Miguel de Sousa - teoricamente e num exercício de matemática mas que pode perfeitamente acontecer, três candidatos poderão ter 20% , um candidato 19% e um outro 21% e esse candidato, com apenas 21 por cento, será o líder do PSD nacional"."Tudo isso mostra o ridículo em que caiu o PSD", reage Alberto João Jardim quando instado a comentar a reunião do Conselho Regional do PSD-M. "Obviamente que o PSD-M não reconhece um líder que tenha menos de 50%, não será pura e simplesmente reconhecido", assegura. Não existência de segunda volta mostra desorientação do partido. "Os estatutos do PSD da Madeira, onde o voto é também directo e secreto, prevêem uma segunda volta para o líder ter sempre maioria absoluta, o que se está aqui a passar no seio do PSD é absolutamente ridículo e demonstra a desorientação absoluta em que o partido está caído", salienta o presidente do Governo Regional. Alberto João Jardim revelou ainda que a Comissão Política Regional do PSD-M está preocupada com a fragmentação do partido e "sobretudo pela tentativa de uma certa burguesia dos salões de Lisboa e do Porto, com o apoio de um conhecido empresário de televisão, tentar desvirtuar um partido popular e social-democrata como é o PSD"."É uma burguesia que se apresenta com o título de "elite" julgando que cultura é sinónimo de um título académico e que faz, assim, uma camuflagem perante o país das suas incapacidades", declara. "Obviamente o futuro do PSD-M, e ainda ontem (terça-feira) assentamos nisso, nunca será ao lado desta gente", referiu, acrescentando que "vários cenários se puseram". "Os meus companheiros de partido continuou estão cientes de que eu não devo arriscar no meio dos aventureirismos que estão patentes e que só devo avançar numa solução de união, coesão, federação que não quer dizer contar com as pessoas que fizeram todo este mal ao partido". Confrontado se as preocupações dos conselheiros do PSD-M vão no sentido de sugerir que não se deve candidatar à liderança nacional do partido, Alberto João Jardim responde que essa hipótese "não é remota, nem é próxima". "O partido está a recolher as assinaturas que ficam de reserva para, se chegarmos a um período em que o partido esteja completamente esfrangalhado, então, vamos tomar decisões", adiantou. João Jardim admitiu mesmo que "a hipótese da reformulação de um novo espectro partidário perante o que está gerado não está posta de lado". "Nós não nos revemos na burguesia de Lisboa e do Porto", acentua". Como é que Jardim não tem razão ao advertir o partido para este cenário? Comentários para quê?

PSD: o olhar atento de Henrique Monteiro











Henrique Monteiro é um cartoonista com provas dadas e que revela uma extraordinária qualidade, sentido crítico e grande humor. Descobri o seu site por recomendação que me foi enviada hoje por correio electrónico. Vejam só o trabalho que ele apresenta, tendo a situação no PSD nacional por pano de fundo. Divirtam-se.

Transportes aéreos: nem uma vírgula

Repito, não retiro nem uma vírgula ao que aqui escrevi. Quanto ao facto do sr. CP querer ou responder ou comentar o que escrevo, confesso que me é absolutamente indiferente que o faça ou não. Não me diz respeito essa decisão. Não se faça é de vítima. Que o sr. CP tem sistematicamente a mania que só ele sabe, que só ele tem razão, que só ele tem solução e que o resto não passa de uma cambada de incompetentes, anormais ou corruptos? Mas tem dúvida que é isso que, pelo menos, permite que possamos dizer? Basta ler o que escreve no seu blogue e em que termos. Nem sequer sei onde se pode "ofender" tanto com o que escrevi. "Esquizofrenia" por resolver consigo? Por acaso alguma vez falei consigo? Quero lá saber quais são os seus problemas ou quem os tem consigo. Problema vosso. Consultar os diários da Assembleia? Eu? Por acaso achará que eu quero saber o que o sr. CP disse ou não nas reuniões plenárias? Continue a fazer o que bem entender porque não tenho nada a ver com isso. Mas não me venha com moralismos que pode ter a certeza que os devolvo à procedência. E insisto: eu não sei qual deles - se o Governo Regional se o Governo central - é o culpado da "porcaria" que, pelos vistos, funciona mal. Porque não sei que negociações existiram e tenho a certeza que o sr. CP também não sabe nada do que se passou. O que precisamos é de soluções que evitem prejuízos que alguns andam esforçadamente, mas sem sucesso, a tentar minimizar ou branquear contando as histórias como melhor lhes serve. E deixe-se de demagogia: então só o Governo Regional é que tem a obrigação de defender a Região?! E o Governo da República tem o dever de quê? De a entalar e prejudicar deliberadamente? Que raio de critério mais esquisito! O texto está lá, não engana nem pode ser branqueado. O resto é pura perda de tempo.

PSD: já subscrevi

Acabei de subscrever, na minha qualidade de militante nº 838 do PSD nacional - portanto não sou um "cristão novo"... - o documento disponibilizado na internet (http://www.albertojoaoapresidentedopsd.pt.vu) do intitulado "Movimento de apoio de militantes do PSD, a nível nacional - Alberto João Jardim a Presidente do PPD/PSD". Fi-lo por uma questão de princípio, e de coerência com aquelas que têm sido as minhas posições e opiniões sobre este tema, embora reafirmando a convicção de que cabe apenas a João Jardim, quando entender decidir, e fazendo-o de uma forma devidamente ponderada, sustentada e estudada, aceitar ou não o desafio que ele próprio tem feito questão de afirmar que continua em aberto.

TC dá "luz vermelha" à Madeira (II)

(...)"Parâmetros de validade jurídica da Lei de Finanças das Regiões Autónomas

7. De tudo o que anteriormente se expôs decorre a necessária conclusão de que, por força da repartição constitucional de competências, os parâmetros de validade jurídica das normas relativas às relações financeiras entre o Estado e as Regiões Autónomas se devem procurar na Constituição e não nos Estatutos Político-Administrativos das Regiões Autónomas.
Assim, o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira não é, no que respeita às “relações financeiras entre o Estado e as Regiões Autónomas”, o referente de validade da Lei das Finanças das Regiões Autónomas. Pois, nos termos da Constituição, é a essa Lei, cuja aprovação e iniciativa competem em exclusividade à Assembleia da República, que cumpre regular as referidas relações financeiras. À Assembleia da República cabe, pois, concretizar, na Lei de Finanças da Regiões Autónomas, os termos exactos do princípio da autonomia financeira e do princípio da solidariedade nacional em matéria financeira; pode também definir a forma de cálculo das transferências orçamentais e, ainda, a possibilidade de prestação de garantias aos empréstimos contraídos pelas regiões autónomas.
Pelo que deve, nesse plano, obediência à Constituição da República Portuguesa. Terá, nomeadamente, de respeitar a exigência da forma de lei orgânica, prescrita no artigo 166º, n.º 2, e as demais normas e princípios constitucionais, incluindo o princípio da solidariedade nacional (decorrente do nº 2 do artigo 225º, da alínea j) do nº 1 do artigo 227º e do nº 1 do artigo 229º, n.º 1 da Constituição), cujo alcance foi discutido, em sede de fiscalização preventiva da constitucionalidade, no Acórdão n.º 11/2007. Não está, contudo, a Assembleia da República impedida pelas normas do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira de regular, da forma que entender mais adequada, no quadro normativo dos preceitos e princípios constitucionais, as matérias relativas às relações financeiras entre o Estado e as Regiões Autónomas.
Nos termos da Constituição da República Portuguesa, essas relações financeiras entre o Estado e as Regiões Autónomas devem ser reguladas por uma lei de valor reforçado da Assembleia da República que possa ser modificada por iniciativa parlamentar, ou seja, pela lei orgânica que define o regime das finanças das regiões autónomas (artigos 229.º, n.º 3, 164.º, alínea t), e 166.º, n.º 2). Ora, assentando o presente pedido de declaração de ilegalidade de normas da Lei das Finanças Regionais no valor supra-legislativo dos Estatutos Político-Administrativos da Regiões Autónomas e no carácter de subordinação da Lei das Finanças das Regiões Autónomas a esses Estatutos, prejudicado fica, desde logo, o conhecimento das concretas questões de ilegalidade que vêm suscitadas.
Essa apreciação apenas se justificaria se pudesse concluir-se pela superioridade paramétrica dos Estatutos Regionais relativamente à Lei de Finanças das Regiões Autónomas, caso em que se tornava ainda necessário verificar se existia uma efectiva contrariedade, conforme vem alegado, entre as impugnadas normas desta Lei e as disposições do Estatuto Político‑Administrativo da Região Autónoma da Madeira.
Não existindo, no entanto, essa alegada primazia normativa, o pedido terá necessariamente de improceder (...)"
. (fonte: acórdão do Tribunal Constitucional
nº 238/2008)

TC dá "luz vermelha" à Madeira (I)

Simultaneamente, e na sequência de uma notícia hoje veiculada pelo DN do Funchal - segundo o qual o TC não deu razão ao presidente da Assembleia Legislativa da Madeira que tinha pedido a declaração de ilegalidade de normas da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, de 19 de Fevereiro de 2007, alegando entre outros fundamentos o valor supra-legislativo dos Estatutos Político-Administrativos da Regiões Autónomas e o carácter de subordinação da LFRA a esses Estatutos - ficamos a saber que o TC, através do acórdão nº 238/2008, relativo ao processo nº 513/07 e que teve como relator o conselheiro Carlos Fernandes Cadilha deu "luz vermelha" a esta iniciativa, no fundo reconhecendo à Assembleia da República competência para legislar sobre esta matéria. O acórdão de 22 de Abril e que ontem foi disponibilizado no site do Tribunal pode ser lido, aqui. O que posso dizer, face a esta decisão, e salvo melhor e mais habilitadas opiniões, é que a mesma, oriunda de onde é, constitui um revés para a Região e que provavelmente a iniciativa legislativa do parlamento regional relacionada com uma proposta de alteração à lei de finanças regionais, já entregue em São Bento, dificilmente se livrará do caixote do lixo...

TC à luz verde à CDU nos Açores

O Tribunal Constitucional através do Acórdão nº 240/2008 referente ao processo nº 352/08 (2.ª Secção) e que teve como relator o Conselheiro Mário Torres deu luz verde à viabilização da coligação CDU às regionais dos Açores a terem lugar em Outubro próximo. Da decisão destaca-se a seguinte passagem: "Nada haver que obste a que a coligação constituída pelo Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes” use a denominação CDU – Coligação Demo­crática Unitária, a sigla PCP – PEV e o símbolo constante dos autos com o objectivo de con­correr à eleição dos deputados à Assembleia Legislativa Regional dos Açores a realizar no presente ano".

Transportes aéreos: bom ou mau?

Vamos a ver se nos entendemos. Quem disser que o novo modelo tarifário a aplicar nos transportes aéreos entre a região e o Continente – vamos utilizar Lisboa, por exemplo - é o que melhor serve os Madeirenses está a mentir descaradamente. De resto, o desafio que aqui deixo aos meios de comunicação social é o de pedir que contactem as agências de viagens, peçam os diferentes tipos de tarifas existentes, façam simulações não com “brincadeiras” na Internet) – comprando só ida, comprando um bilhete completo sem alteração das datas de regresso, comprando um bilhete completo mas com a previsão de ter, depois que alterar o regresso, comprando na véspera uma viagem a Lisboa por precisar que realizar por qualquer imprevisto, etc - indiquem os valores a serem pagos para cada caso (valores totais, não misturem reembolso com tarifas pagas, porque as pessoas já sabem que têm direito a receber 60 euros, depois de comprovadamente realizarem a viagem respectiva) para depois explicarem as novas opções de tarifas, as diferenças quantitativas entre as tarifas praticadas até hoje e os novos valores, as opções mais recomendáveis que agora se colocam aos passageiros (por exemplo comprar apenas uma ida e depois, quando quiser regressar, comprar no Continente uma vinda) a “impossibilidade” de comprar uma ida e deixar o regresso em aberto, porque nesse caso a viagem vai-lhe para quase 500 euros, etc.
Hoje termina o prazo para que as agências de viagens emitam os bilhetes, em função das reservas já feitas, aplicando ainda as tarifas antigas. Ou seja, as agências de viagens vão estar de plantão pelo menos enquanto tiverem viagens para emitir. A partir de amanhã aplica-se o novo modelo e as novas tarifas. Pouco me importa a questão de andarem na internet e fazerem ”brincadeiras”. O problema é que as tarifas mais baixas estão condicionadas à oferta de lugares. Por exemplo, nas alturas de ponta – tipo Natal e Páscoa – em que a afluência de turistas à Madeira é (ou era?) grande, os lugares disponibilizados para tarifas mais baratas, em determinados horários ou já desaparecerem no tal “leilão” da TAP ou só serão marcados se aplicada a tarifa máxima. Neste contexto os estudantes madeirenses que estejam em Universidades continentais, ficarão prejudicados e o desafio que deixo aos que fazem uma “festança” com o novo modelo é este: deixem as coisas como estão, caso queiram, por exemplo até ao Natal e depois a gente fala! No passado dia 23 de Abril realizou-se no Funchal uma reunião entre a TAP (e convém esclarecer que a transportadora nacional, neste caso, não tem nada a ver com o assunto, limita-se a aplicar legislação aprovada) e os agentes de viagens que no dia 24 de Abril começaram a contactar os clientes para emissão de bilhetes, apenas em função das reservas confirmadas até 24 de Abril, terão e que impreterivelmente terão que ser emitidos até hoje. Não podem ultrapassar esta data. Obviamente que quem vem para a blogoesfera falar por falar, sem conhecimentos concretos, corre o risco de dizer asneira, sobretudo os “artistas” que misturam política com tudo. Os que tem filhos têm a estudar fora obviamente que não sabem que a realidade é esta: hoje, 30 de Abril, se quiserem emitir o bilhete da viagem para o(a) filho(a) em para Setembro deste ano (retoma do novo ano escolar) com regresso ao Dezembro (Natal) ou fazem-no ainda com base na tarifa antiga, mas o passageiro (estudante) não pode alterar datas – se o fizer pagará a diferença entre a tarifa actual e a nova tarifa, o que pode atirar o custo do bilhete para m ais de 450 euros – ou ou mantém a reserva, compra o bilhete mais tarde porque os estudantes não conhecem os horários das aulas nem as datas dos exames das datas de viagens do(a) filho(a) mas já fica a saber que vai ter que pagar as novas tarifas.
Então – perguntarão as pessoas – fizeram uma alteração à lei para ficar tudo pior do que estava? Isso mesmo. E sabem porquê? Apenas por um motivo: este novo modelo funcionaria normalmente, pelo menos é isso que os especialistas dizem, se existissem mais do que uma companhia a operar na linha. Com duas ou mais empresas, a oferta aumentaria e a concorrência do tarifário entre elas beneficiaria as pessoas. Por isso, penso que pelo menos até a entrada na linha de mais pelo menos um operador, estes novos procedimentos agora adoptados deveriam ser imediatamente suspensos. E porquê? Porque a alegada entrada da “Easyjet” na linha Madeira-Continente-Madeira (só Lisboa? Ou Lisboa e Porto?) – que foi anunciada há meses e que poderá explicar que este processo de tivesse desenvolvido normalmente – está longe de se concretizar até porque a empresa pretende negociar previamente compensações financeiras com o Governo Regional num esquema semelhante ao que se passa nas ligações com Londres (curiosa a revelação que esta empresa transportou desde Outubro de 2007 quase 94 mil passageiros entre a Madeira e a Inglaterra…). Quanto à SATA, recordo que esta empresa trabalha em “code share” com a TAP e não vejo interesse na companhia açoriana em libertar-se desse acordo e passar a trabalhar sozinha, sem a bengala do operador nacional que ainda por cima comprou a Portugália. Estão a perceber o puzzle?

Solidariedade com Basílio Horta

Fiquei a saber ontem, pelo Correio da Manhã, que na sequência de uma colisão frontal no IC1, no Algarve, causou morreu a juíza Raquel Lemos Azevedo de Mendonça Horta, 39 anos, a filha mais velha de Basílio Horta, que foi colhido pelo drama quando no âmbito das suas funções de presidente do conselho de administração da Agência Portuguesa de Investimento estava nos Estados Unidos a poucos minutos de entrar no avião e regressar a Portugal. Eu só vos digo uma coisa: deve ser um dos momentos mais terríveis para qualquer pessoa. Façam um esforço mental e coloquem-se na posição de Basílio Horta. Basta isso... “Foi uma terrível tragédia que se abateu sobre a nossa família” disse àquele jornal o próprio Basílio Horta à chegada ao Algarve. A filha de Basílio tinha ido passar o fim-de-semana com o noivo, a Olhos d’Água, onde a família tem uma casa. O acidente deu-se quando já regressavam a Lisboa. Raquel Horta era juíza [nos Juízos Criminais de Lisboa]. Gravemente ferido no acidente que vitimou a noiva, o procurador adjunto David Manuel Mendes Pinto, de 47 anos, que conduzia o MG onde seguia o casal, continuava internado no Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Barlavento Algarvio, em Portimão. Ao antigo dirigente do CDS/PP e ex-candidato à Presidência da República a minha manifestação pessoal de respeitosa solidariedade num momento de reconhecida dor familar e pessoal.

Portugueses menos críticos com políticos

Em Abril, os resultados do Barómetro Político Marktest mostram avaliações mais positivas da generalidade dos líderes partidários. Luís Filipe Menezes foi o único que viu o seu índice de imagem baixar ligeiramente. Em Abril de 2008, 32.0% dos residentes no Continente com 18 e mais anos inquiridos no Barómetro Político Marktest consideraram positiva a actuação do primeiro-ministro José Sócrates, contra os 49.6% que a consideraram negativa e os 18.4% que não quiseram emitir opinião. Estes valores mostram que o índice de imagem de José Sócrates voltou a subir em Abril, embora se mantenha negativo (-14.4%), o que significa que a avaliação da sua actuação é maioritariamente negativa. Já Luís Filipe Menezes, pelo contrário, viu novamente ser-lhe atribuída em Abril pior classificação que no mês anterior, com 17.1% de inquiridos a classificar positivamente a sua actuação, contra 45.5% que a classificaram de forma negativa e 37.4% que não quiseram ou não souberam dar opinião. O seu índice de imagem baixou assim para os -17.8%. No dia 17 de Abril, Luís Filipe Menezes veio a demitir-se deste cargo.

Para além do Presidente da República, que se mantém com um saldo positivo bastante elevado (de 45.6%), apenas Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa conseguem valores positivos (11.1% e 6.1%, respectivamente). Paulo Portas, pelo seu lado, mantém-se como o líder político com pior saldo de imagem (com o mesmo valor do ex-líder do PSD, -17.8%). A evolução deste indicador nos últimos meses mostra que a imagem do Presidente da República está muito acima dos restantes e evidencia uma certa estabilidade. Os líderes dos partidos de esquerda, os únicos actualmente com um saldo de imagem positivo, e o líder do CDS-PP, este em terreno negativo, também revelam uma tendência de estabilidade, embora com oscilações mensais, ao passo que o líder do PSD mostrava uma tendência de quebra neste indicador. O primeiro-ministro, pelo seu lado, vinha também evidenciando uma tendência de quebra, que foi contrariada nos últimos dois meses, com avaliações mais positivas.

Este índice resulta da diferença entre as opiniões que classificam positivamente a actuação do líder e as que a classificam negativamente, ponderada pelo peso das respostas expressas (fonte: Marktest.com, Abril de 2008)

Agradeço a simpatia

De um visitante deste blogue que me pediu o direito à confidencialidade da sua identificação, publico um excerto de uma missiva que ontem me foi enviada por correio electrónico, a qual agradeço, dela retirando naturalmente passagens que ajudariam a identificá-lo, já que se trata de um cidadão com um percurso político de grande responsabilidade no passado recente:
"(...) Em Julho de 2005, desfiliei-me do PSD, onde militara 10 anos, e (desde que me lembro) acompanho atentamente a vida política (...) Foi com esperança e expectativa que assisti às declarações do Dr. Alberto João Jardim, quando há dias, na "receita" que AJJ apresentou ao PSD, destacou a necessidade imperiosa de se constituir uma grande força de centro/direita através de uma nova AD, posição de fundo que, de resto, não é nova, para quem segue as grandes linhas do pensamento estratégico de AJJ, que há muito clama por uma frontal, clara e diferenciada contraposição de "blocos", rompendo-se com o "bloco central" e oferecendo alternativa aos portugueses. Na verdade, também estou convicto que "a solução nacional" passará inexoravelmente pela AD, projecto cuja força e sabedoria de Alberto João Jardim, bem como apoio dos social-democratas madeirenses é fundamental e tem um nome - urgente causa patriótica! Até lá! Bons "posts" e saudações democráticas!". Limito-me a registar o seu contributo e a agradecer a atenção.

Branquear os que também fizeram a festa?

Diga o que disser o senhor CP - quer cada vez mais parece ter solução para todos os problemas, mas não passa disso mesmo, de dizer que as tem... - mantenho o que disse sobre a problemática dos transportes aéreos, particularmente das tarifas e dos novos procedimentos de marcação de reservas e de reembolsos, etc. O problema dos transportes aéreos, à luz das recentes decisões partilhadas, é demasiado sério para andarmos a perder tempo com menoridades. De certeza que as omissões e os erros, caso existam, não se resolvem com sub-comissões, porque isso revela oportunismo. Mais nada. O que queremos todos, o que eu desejo, é a verdade dos factos: ficaram os madeirenses a ganhar com as novas medidas ou não? A ganhar como? Ficaram os estudantes madeirenses que frequentam universidades no Continente a ganhar ou a perder? Como? Quanto às restantes considerações - que valem o que valem - não venha o senhor CP com conversas da treta que não adiantam nada, não esclarecem nada e muito menos resolvem seja o que for. Ou será que também nesta questão tenta branquear (ir) responsabilidades?! Ou já se esqueceu de quem também fez a festa? Se for o caso, recomendo que leia... Quanto a responsabilidades isso pouco me importa. De certeza que o senhor CP não as tem porque não tem responsabilidades de coisa nenhuma. Mas, repito, o que as pessoas desejam saber é a verdade, por exemplo saber se existiram outros interesses ligados ao sector que também tiveram uma (má) palavra a dizer nestes alterações. É que isso corre... Sub-comissões? Para quê se estamos a falar de matéria da competência dos governos. Deixem-se disso.

PSD: Jardim foi 2º nas televisões

A Marktest.com distribuiu o seu habitual barómetro das televisões, relativo à 16ª semana do ano. Recordemos os indicadores apurados:
Top programas



Protagonistas

PSD: Pacheco Pereira tem razão

Pacheco Pereira apoiante e grande impulsionador, segundo me constou, da candidatura de Manuela Ferreira Leite, denunciou no seu blogue Abrupto estranhos procedimentos de algumas distritais do PSD, situações que revelam que às vezes, mais vale que fiquem quietos e não façam rigorosamente nada do que andarem envolvidos em iniciativas aparentemente com alguma "credibilidade" e consistência mas que são facilmente demonstáveis qual castelo de cartas soprado pelo vento...

terça-feira, abril 29, 2008

PSD: quanto tempo mais?

Quanto tempo mais vai precisar Pedro Santana Lopes para perceber que nunca deveria ter avançado com a sua candidatura à liderança do PSD, condicionando tudo e todos, e que ainda está a tempo de desistir de a formalizar, permitindo desta forma que o PSD possa sonhar? Será que Pedro Santana Lopes - que ainda por cima garantiu na SIC Notícias que os figueirenses querem muito que ele regresse à respectiva Câmara Municipal - acredita que as bases do partido lhe perdoaram a responsabilidade pelo descalabro eleitoral do PSD nas eleições legislativas de Fevereiro de 2005, mesmo que tenham sido, e foram, co-responsáveis ou cúmplices (escolham o que quiserem), na aceitação de um cenário que podendo servir então as elites partidárias lisboetas do partido, e que estavam no poder, não serviam, como se viu, nem o PSD e muito menos o País? Ou será que a eleição de Berlusconi, que nunca deixou de ser o líder do seu partido, mesmo depois de ter perdido as eleições para Prodi, estará a servir de inspiração? Uma nota final: nada de move contra PSL nem o que ele diz ou faz ele me tira o sono. Mas, se o partido livremente o eleger como líder, por ter sido essa a vontade das bases, então o PSD deve respeitar essa vontade, para o bem ou para o mal. Não é sequer um assunto que me tire o sono, porque no meu caso, é tudo uma questão de crença. Talvez por isso, acredito que no final de 2009, mais tarde no início de 2010, o PSD nacional estará uma vez mais a repetir a mesma novela que agora assistimos. Então talvez com mais radicalismo fundamentalista que me parece ser o ingrediente que tem faltado neste momento. Mas uma coisa é o que eu penso de PSL, outra é ter a convicção de que ele deveria tomar a única decisão, a única atitude plausível, que neste momento lhe ficaria bem. Caso não aconteça, e porque sei o que a "casa" gaste e como se comportam certas "tropas" cá ficarei à espera que me preguem na cabeça com uma cópia da douta e magna "Cartilha", tão pomposamente anunciada.

PSD/Madeira: não haverá declaração sobre candidaturas

Alberto João Jardim preside hoje à noite, no Funchal, à reunião da Comissão Política Regional do PSD da Madeira, que dispõe de uma agenda essencialmente "regional", ou seja, preenchida com assuntos que dizem respeito à actividade política e partidária na Madeira, embora dela conste, como é habitual, a análise da situação política nacional. Sei que Alberto João Jardim - que faz sempre uma intervenção política inicial - dará a conhecer aos seus companheiros de partido episódios relacionados com o actual momento do partido a nível nacional, e com algumas situações que o envolvem, mas nenhuma declaração final será feita - e está definitivamente excluída - de anúncio de candidatura pelo próprio. Isso é um dado adquirido.

Jardim vai a Londres

Alberto João Jardim parte no próximo dia 3 de Maio para Londres onde ficará pelo menos até 11 de Maio. Respondeu a um convite, antigo, da comunidade madeirense para se associar a ela num programa de iniciativas culturais, sociais e políticas que todos os anos se realiza por esta altura do ano. Hoje à noite preside à reunião da Comissão Política Regional que deveria ter-se realizado no passado dia 23 de Abril, tendo sido adiada devido ao Conselho Nacional que se realizou em Lisboa nessa altura.

PSD: a encenação e o "pano de fundo"

Foi tudo uma tremenda encenação, reconheço que devidamente preparada, mas da qual resulta, para efeitos de opinião pública, a percepção de que ali estavam caras do passado, muitos dos quais nada dizem ao partido, e que impediam a ousadia de alguém falar em renovação. Falar em renovação do PSD, naquela sala, naquele momento, com aquele "pano de fundo" humano a rodear a candidata, daria vontade de rir a qualquer um - por muito respeito que tenhamos que ter, e eu tenho, por Manuela Ferreira Leite - e seria um paradoxo. Esse talvez o seu principal erro, deixar-se envolver por oportunismos e por oportunistas que ela certamente conhece, os quais, a reboque do seu nome e da respeitabilidade que a senhora realmente garante, estão mais a pensar em coisas que lhes interessam, ou aios "lobbies" de que são parte, mas que nada têm a ver com o projecto político que MFL diz querer defender para o partido e o país. Quantos deles estiveram, num passado recente contra ela e a favor de outros? E quantos estiveram com ela e agora viraram-se, sobretudo por causa do que acabo de referir, para outras opções, por exemplo como ainda hoje ficamos a saber que acontecerá com Miguel Frasquilho - eu sei que um simples deputado - que foi secretário de estado de MFL quando ela foi ministra das finanças? Outro registo, uma vez mais a tentar colocar-me na perspectiva das pessoas que a ouviram - já que naquela sala não estava de certeza o PSD profundo, as bases, mas apenas sectores elitistas antecipadamente convocados por SMS, telefone ou fax - e que tem a ver com o tipo de mensagem que MFL passou, a de que quase foi "obrigada" a tomar uma decisão, que aquela tinha sido "uma das piores, senão mesmo a pior decisão" da sua vida política, enfim um floreado que deixa transparecer uma falta de convicção e até falta de vontade em se envolver numa disputa para a qual, resta perguntar, precisamos saber se foi ou não empurrada. Fica, para análise posterior, a pretensa natureza cavaquista" (porque supostamente emergindo do que vulgarmente se designa de "cavaquismo" no PSD) subjacente a esta candidatura, e que não existe, de facto. Mas repito, o facto de eu ter a convicção que MFL não se envolveu nesta disputa partidária, por vaidade pessoal, por interesse, ou motivada por ambições ou procura de protagonismo pessoal ou mediático, o facto de acreditar que, pelo seu passado, o esteja a fazer por julgar que desta forma ajuda o PSD, isso não me impede de ter a opinião pessoal - que admito possa estar errada e nem seja subscrita por muitos dos que me lerem - de que dificilmente o seu nome se associa a qualquer conceito de renovação que o PSD precisa neste momento e que dificilmente ela consegue desligar-se de uma imagem de dureza e intransigência excessiva que, diga-se em abono da verdade, acabou por também contribuir, num passado recente (foi Ministra de Barroso) para o acelerar a queda do PSD até ao descalabro de Fevereiro de 2005.

PSD: mantenho o que aqui disse

Manterei o que ontem escrevi neste blogue, a minha intenção de não abordar durante algum tempo, aspectos relacionados com a eventual candidatura de João Jardim á liderança do PSD, na medida em que recomenda o bom senso que se aguarde a tomada de uma decisão definitiva do próprio sobre este tema. Eu tenho uma opinião, a minha opinião, que admito seja nalguns aspectos diferente da que Alberto João Jardim defende, mas não devo esquecer que como é ele o principal interessado e que, para haver uma candidatura será a dele e de ninguém mais ninguém. Por isso, por precaução, para evitar a especulação e porque há uma data estabelecida pelo próprio para uma decisão, esta é a melhor opção. Uma coisa é certa, o assunto está a ser devidamente preparado para que a decisão, quando for tomada, esteja fundamentada e assente em indicadores reais e não manipulados.

segunda-feira, abril 28, 2008

Custo das viagens: o assunto não se resolve com oportunismos

Fiquei a saber hoje, pela imprensa madeirense online, que o PS vai propor a criação de uma sub-comissão na Assembleia Legislativa da Madeira, com o objectivo de acompanhar o impacto da chamada liberalização dos transportes aéreos e respectivo impacto para a Região. os socialistas vão pedir ao Presidente do parlamento uma sub-comissão na Comissão de Economia e Turismo "para acompanhar a liberalização do transporte aéreo entre a Madeira e o Continente", reconhecendo o líder parlamentar socialista que o processo de liberalização do transporte aéreo entre a Madeira e o Continente "foi consensual no seio dos governos da República e Regional" embora reconhecendo haver um aumento nos preços dos bilhetes comprados à ultima hora. "Propomos a criação de uma Sub-Comissão na Comissão Especializada de Economia, Turismo e Transportes para analisar nos próximos seis meses a evolução dessa liberalização de modo a aferir os seus aspectos positivos e negativos". Confesso, embora caiba ao PSD uma decisão sobre esta proposta dos socialistas, que não vejo qual a utilidade, em concreto, na criação de mais um grupo de trabalho, não só porque estamos perante matéria da competência dos governos - como aliás o dirigente socialista reconhece - como também não acredito que a Comissão Parlamentar de Economia, Turismo e Transportes, tenha assim tanto trabalho que a impeça, ela própria, de dedicar essa pretendida atenção ao tema. O que eu continuo a pensar é que precisamos de saber a verdade dos factos, porque a opinião pública madeirense não tem a noção do impacto das medidas agora anunciadas, sobretudo ao nível dos preços de viagens que, em determinadas circunstâncias, quer para madeirenses residentes, quer para estudantes universitários que frequentem Universidades fora da Região, quer mesmo para turistas continentais que pretendam visitar a Madeira, podem ultrapassar os 500 euros. Esta informação foi-me prestada por vários hoteleiros. O que precisamos saber,m de facto, é qual o impacto destes novos preços e procedimentos dos passageiros, no turismo regional e quais os encargos adicionais, em concreto, que resultam desta liberalização no bolso dos madeirenses. O resto é pura perda de tempo em torno de uma questão demasiado séria para servir de instrumento de disputas políticas ou partidárias.

PSD: João Jardim "aguenta"...

Parece-me evidente que Alberto João Jardim está pressionado pelos acontecimentos no PSD, protelando para meados de Maio uma decisão que, repito, até porque ontem já aqui o disse, continuo a pensar que teve um momento próprio para ser tomada, pelo que, mesmo que continue a poder ser decidida, no prazo legalmente estabelecido, possivelmente não disporá hoje as condições que tinha há uma semana. Esta minha percepção, falível como todas, de que Alberto João Jardim optou claramente por esperar que, até 15 de Maio, os candidatos já conhecidos se envolvam em acesas disputas internas das quais possam resultar efeitos nas candidaturas, parece-me evidente. Ainda hoje a agência Lusa distribuiu duas notícias que o comprovam. Uma primeira, emitida de manhã, referia que "Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira, disse que reserva a possibilidade de avançar com uma candidatura à liderança do PSD até 23 de Maio, último dia do prazo. O líder do PSD/Madeira reiterou que o PSD caminha para o "suicídio" e que está dominado pela "comunicação social" e pelos "situacionistas" que não têm ambição para ganhar as eleições a José Sócrates. Jardim voltou a defender que só uma "revolução" no partido contra "barões e baronetes" por parte das "bases e dos dirigentes patriotas" poderá suster esta caminhada para o "suicídio". "O partido continua a caminhar para o suicídio. Está sem visão de Estado e não está a proceder para ganhar as eleições nacionais, mas sim as eleições internas", disse hoje Alberto João Jardim, sublinhando ter "até ao último dia [23 de Maio]" para apresentar uma candidatura. "Eu tenho tido muitos apelos mas o problema é o facto da comunicação social apresentar estes seus candidatos do regime como dados certos e obstaculizando o aparecimento de outros", acrescentou". A segunda notícia, divulgada no final da tarde, dava conta que "o presidente do Governo Regional da Madeira e líder do PSD madeirense, Alberto João Jardim, revelou que tomará a decisão de avançar ou não para a liderança nacional do partido na Comissão Política Regional dos social-democratas madeirenses de 15 de Maio. "A Comissão Política Regional do PSD reúne-se a 15 de Maio e, a partir daí, não vale mais a pena estar a hesitar, ou sim, ou sopas", disse Jardim. "Eu não estou na corrida, nem estou fora da corrida, estou a ver, mas nunca antes da Comissão Política de 15 de Maio porque primeiro quero ver e ter a noção se as bases e os dirigentes patriotas aceitam esta balcanização do partido", comentou. Jardim disse ainda estar numa posição de "evitar conversar" porque, segundo sustentou, "de conversa está este país cheio". "Eu estou a pensar com a minha cabeça e estou a ouvir pessoas que não estão nas primeiras filas da plateia política porque, para mim, o essencial, é ver o que é que o país, as bases, os dirigentes patriotas querem", acrescentou "São todos muito importantes, eu sou amigo de todos mas, desculpem, eu não acredito naquilo", adiantou quando confrontado se tinha conversado hoje com o candidato Pedro Santana Lopes".
Perante estas decisões agora reveladas, acabei por ficar perante num dilema, resultante do facto de que, tendo enviado para o "Jornal da Madeira", no princípio da tarde, o meu artigo de opinião que dediquei a este tema, confronto-me agora com a inevitabilidade - porque não podia retirar o texto - de ser acusado de meter água, dado que a minha interpretação dos factos, incluindo a questão dos prazos de decisão, colide com os cenários, agora revelados pelo próprio - e que são os que prevalecem - a que se junta a declaração de que "eu não estou na corrida, nem estou fora da corrida, estou a ver". Quer isto dizer que, no essencial, continua a não haver uma candidatura. Perante estes factos, entendo que, a partir de hoje, nem neste blogue, nem nos meus artigos de opinião, devo abordar mais esta temática, até que uma decisão, inequívoca, seja tomada pelo próprio. Porque não retiro uma vírgula que seja a tudo o que até hoje aqui comentei.

Futebol: o "nosso" Ronaldo cada vez maior

O futebolista madeirense e internacional português Cristiano Ronaldo, do Manchester United, "entrou para a história do futebol inglês, ao tornar-se o segundo futebolista a vencer duas vezes consecutivas o prémio de melhor jogador da Premiership. Ronaldo repetiu este ano o triunfo do ano passado, na atribuição do prémio da Associação de Futebolistas Profissionais (PFA), igualou o francês Thierry Henry (vencedor em 2003 e 2004). Num take distribuído pela agência Lusa, o madeirense diz que "quando se treina toda a época para se jogar bem, para se fazer algo pela equipa e, no final da época, se recebe o prémio da PFA, é um grande momento, uma honra, um prazer". Ronaldo marcou esta época, que não acabou, 28 golos no campeonato. Caso queira saber todos os anteriores vencedores do prémio de melhor jogador da Premiership, recomendo este link.

"Bem-vinda, dra. Manuela"

Retive - e não posso deixar de chamar a atenção para o mesmo - um artigo do antigo Ministro da Saúde, e actual professor universitário, Correia de Campos, com o título em epígrafe, publicado hoje no Diário Económico, jornal que chama a atenção para o texto sublinhando que "Correia de Campos diz que a ex-ministra das Finanças vai “ajudar a focar” o PS".Vale a pena ler pelo que, com a devida vénia, transcrevo a seguinte passagem: "(...) Vou dar-lhe algumas das razões pelas quais um socialista também pode ficar satisfeito com a sua candidatura. Em primeiro lugar, para o bem do PS que fica estimulado a não adormecer e a não enviesar a linha reformista que o distingue do resto da esquerda e do PSD dos últimos doze anos. Depois, por tornar claro ao eleitorado da esquerda o que distingue o PS do PSD, alertando para o que esse eleitorado perde se o PS perder a maioria. Mas também por revigorar a direita, estendendo-a ao seu território real e não ao das sondagens do desagrado, o que reforça a autonomia do PSD e previne participações cruzadas e espúrias com o PCP ou o BE, a que o líder cessante não foi capaz de resistir, na ânsia de capitalizar descontentamento. Finalmente, a sua candidatura dá alegria a muitos dos meus amigos do PSD que levam a sério estas coisas da governação. Todos gostamos de ver os amigos felizes.Mas os seus trabalhos vão ser grandes, muito grandes. Em primeiro lugar, unir o PSD, antes de chegar ao poder e longe da perspectiva de o alcançar; às actuais forças centrífugas juntam-se sempre as futuras. Depois, terá que resolver o problema do seu grupo parlamentar incluindo a respectiva chefia; nada fácil. Terá que escolher uma lista de deputados e avalizar as candidaturas autárquicas; aprovar propostas de candidatos a deputados é mais difícil que escolher um governo; leva mais tempo e a roupa suja é toda lavada na rua. Uma das tarefas mais duras será aguentar o périplo pelo território, com as refeições de bacalhau com natas ou vitela assada, as salas que enchem ou vazam ao sabor da sua simpatia entre as concelhias, os longos quilómetros, os beijos lambuzados, os abraços asfixiantes. Mas no campo dos conteúdos, terá que se demarcar do PS e da sua vasta, ambiciosa e parcialmente já conseguida política reformista, o que lhe dá pouco espaço para não ser vista como o “Sócrates de saias”. Terá pela frente um PS forte, moralizado, especialmente na recta final e disposto a vender cara a maioria absoluta. Finalmente vai ter dificuldades em lutar contra um bom governo. Se tem dúvidas, coteje, pasta a pasta, o governo PS com os dois anteriores governos, a um dos quais a dra. Manuela pertenceu (...)". Interessante, não acham?

PSD: Manuela Ferreira Leite formalizou

Já formalizou a sua candidatura, conforme tinha anunciado. Ferreira Leite justifica a decisão de avança para poder "contrariar o sentimento de desgosto, desânimo e preocupação que caracteriza actualmente o partido e para que este recupere a força e a credibilidade e seja uma alternativa séria de governação socialista". A antiga ministra da Educação de Cavaco e das Finanças de Durão Barroso afirmou que não avança “por ambição política ou vaidade”, considerando que "esta foi uma decisão difícil mas que foi tomada após uma profunda reflexão” nomeadamente depois de ouvir “as vozes dos militantes e da sua própria consciência”. “Por isso peço o vosso apoio por sentido de responsabilidade ao meu país e ao partido”. Para um partido que procura a unidade e que tem que eleger um líder com uma percentagem de votos que o credibilize, interna e externamente, são já cinco os candidatos: Manuela, Santana, Passos, Patinha e Neto.

Futebol: Jardel e a cocaína

Foi um dos melhores jogadores, incluindo no meu Sporting. Depois perdeu-se. Agora ficamos a saber os motivos de tudo o que se passou com este antigo suplente do Vasco da Gama que um dia o treinador brasileiro Luis Filipe Scolari contratou para o Grémio:

PSD: militantes madeirenses lançam movimento de apoio a AJJ

Dois militantes madeirenses do PSD lançaram esta semana na internet um site de apoio à eleição de Alberto João Jardim para a liderança do PSD nacional. O site - intitulado "Movimento de Apoio de militantes do PSD a nível nacional" - prevê um espaço próprio para que filiados do partido subscrevam um documento de apoio a Jardim o qual, no momento em que escrevo este comentário tinha 17 assinaturas...

PSD: CPR da Madeira reune-se amanhã

A Comissão Política Regional do PSD da Madeira reúne-se amanhã à noite no Funchal, num encontro que tinha sido agendado para 23 de Abril passado. Adiada devido à presença de Jardim no Conselho Nacional em Lisboa, é de prever que esta reunião, embora mantenha uma ordem de trabalhos essencialmente "regional", possa dedicar especial atenção à análise da situação política nacional, particularmente à situação no PSD e ao enquadramento de Jardim neste contexto. Contudo, tal como hoje se ficou a saber, nada de concreto sairá deste encontro.

domingo, abril 27, 2008

Sócrates "versus" Santana

Palco: Assembleia da Repúbica. Data: 11 de Abril de 2008
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PSD: a exigência irrealizável de João Jardim (II)

Tenho acompanhado ao longe a "novela" em torno da candidatura de Alberto João Jardim que em meu entender insiste numa exigência irrealizável, que condiciona qualquer decisão sua (que começa a ser demasiado tardia) mas que obviamente não creio que possa travar o posicionamento das distritais e de outras figuras do partido em relação às candidaturas já existentes. Se Jardim diz, e bem, que não decide sob pressão e que "quem quiser esperar espera, quem não quiser que faça o que lhe apetecer" parece-me evidente que o dirigente madeirense tem que dar idêntica liberdade de decisão às estruturas nacionais do partido para se pronunciar quando e como bem entender, sem estar condicionado por calendários ou outros cenários de candidatos ou pretensos candidatos. O que me faltava agora era voltar a ver Alberto João Jardim, depois das cenas e das histórias mal ou não contadas sobre o que se passou no Conselho Nacional do PSD, falar de mudança apoiando Santana Lopes que foi a causa da "desgraça" eleitoral do PSD, em Fevereiro de 2005 e de tudo o que desde então vem afectando o partido. Li que João Jardim insistiu hoje na desistência das restantes candidaturas - ou num projecto federador - para combater Ferreira Leite. Mas não foi isso que PSL lhe disse que queria fazer quando o informou que ia formalizar a candidatura e que a manteria até ao fim? E não foi isso que, desde início, fez AJJ hesitar por temer que por causa de uma colagem da candidatura de Ferreira Leite a Cavaco Silva, em caso de derrota daquela nas "directas", tal desfecho pudesse ser "alargado e envolvendo indirectamente o próprio Presidente, podendo (?) afectar a normalização de relações institucionais entre o Funchal e Belém que Jardim quer manter totalmente imunes a este tipo de acontecimentos partidários. Sabendo-se - e Jardim sabe-o desde a reunião do Conselho Nacional - que nem Santana Lopes nem Ferreira Leite desistirão das suas candidaturas, não terá chegado o momento para que AJJ se decida, de uma vez por todas, o que vai fazer, sem mais exigências, sem hesitações ou protelamentos de decisões que apenas o prejudicam? Eu admito que, caso Alberto João Jardim tivesse formalizado esse avanço, na reunião do Conselho Nacional, nem um (PSL) nem outra (MFL) provavelmente avançariam, por óbvia falta de espaço político no seio do partido mas sobretudo por temerem ser confrontados com a acusação de que seriam candidaturas do "passado" incapazes de renovarem fosse o que fosse, além de que dificilmente recuperariam o eleitorado que o PSD perdeu, ainda por cima por causa deles. Não só, obviamente, mas também por causa deles.
Finalmente há uma questão não menos importante, que não pode ser escamoteada: com “directas” marcadas para 31 de Maio, os candidatos estão já no terreno, com escolha de mandatários, com slogans, com cartazes, com folhetos promocionais, com sedes de campanha, com estruturas de apoio à campanha, etc. Alberto João Jardim não pode ter a veleidade de julgar que consegue mobilizar apoio das bases, o tal “PSD profundo”, sem ir ao encontro delas, sem lhes falar. E isso implica uma "ronda" por todos os distritos do Continente e Açores, porque as base precisam de ouvi-lo, de perceber o que ele quer mudar, como quer mudar, de propostas tem para o País, que garantia de unidade para o partido, que soluções proporá, caso vença, na economia, nas finanças públicas, na saúde, na educação, na economia, no emprego, no fundo os sectores-chaves do descontentamento existente em relação ao governo socialista. As bases querem perceber o que difere o PSD do PS, querem ter a certeza de que estas “directas” não serão uma perda de tempo, para dividirem ainda mais um partido já esfrangalhado, e servirão para alguma coisa de plausível e útil. E isso não pode ser feito indirectamente, através dos meios de comunicação social. Eu não tenho dúvidas: se Jardim quer avançar (e a posição do PSD do Porto hoje anunciada revela isso mesmo, que é urgente uma decisão, que mais cedo ou mais tarde se propagará às demais estruturas que estão ainda em compasso de espera, caso do Algarve), tem que decidir rapidamente, sob pena de quanto mais tarde não valer a pena, por ser tarde demais. Aliás, escrevi há dias que já não acreditava nesse desfecho, e continuo até hoje a pensar que nada aconteceu que fizesse alterar a minha opinião. Se Jardim avançar, estarei com ele, para a vitória ou para a derrota. Se Jardim não avançar, estarei com Pedro Passos Coelho, já aqui o disse. Mas parece-me importante que o líder madeirense, mais do que protelar demasiado este assunto, tenha presente que, não avançando para a disputa eleitoral interna, não se deve vincular a nenhuma das candidaturas, para que possa, eventualmente, no pós-2009 surgir como uma alternativa aglutinadora.

PSD: a exigência irrealizável de João Jardim (I)

Li hoje no Publico, presumo que um take da agência Lusa de informação, que "o líder do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, pondera entrar na corrida à liderança do partido, mas com a condição de todos os outros candidatos se juntarem a ele para derrotarem a ex-ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite. “Não quero ser mais um metido num saco de gato de candidaturas que não merecem sequer qualquer confiança”, disse Jardim. O líder madeirense considera que a candidatura de Ferreira Leite é a dos que “querem manter tudo na mesma, que o Sócrates ganhe outra vez e da comunicação social de esquerda”.Alberto João Jardim afirmou, ainda, que sabe que a ex-ministra não vai desistir “porque o regime lhe deu todo o apoio”, pelo que lhe resta esperar para ver se “nas outras listas há capacidade de união contra Manuela Ferreira Leite”.Contudo, o líder do PSD/Madeira avisou que, caso entre na corrida, a sua candidatura será “dirigida às bases do partido e aos dirigentes patriotas”, mas avisou que ninguém o condiciona, pelo que lhe “porem prazos desde o início é errado”.Jardim falava à margem de uma iniciativa de entronização de novos confrades da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira. Hoje, Jardim ironizou que “só falta mesmo Miguel Beleza candidatar-se”.Jardim disse, ainda, que o PSD, “que tem tão grandes responsabilidades democráticas ante todos os portugueses e governa a Madeira”, não pode continuar “fraccionado, balcanizado, nestes grupos e grupelhos”, pelo que apelou “uma solução que una as bases e os dirigentes patriotas”. “O futuro social-democrata, e sobretudo o futuro de Portugal, não pode estar nas mãos destes barões e baronetes do PSD”, concluiu o líder”.
PSD/Madeira: Alberto J. Jardim impõe condições para avançar para a liderança - Alberto João Jardim lança impõe condições para se candidatar à liderança do PSD: apoio das outras candidaturas com exepção da de Manuela Ferreira Leite. O líder madeirense quer combater aquela que diz ser "a candidatura do regime" e apela deste modo à união dos militantes. Para ouvir, aqui Também segundo a RTP "o presidente do Governo regional da Madeira admite avançar à candidatura do PSD, mas impõe uma condição. Jardim quer que todas as outras as candidaturas se juntem a ele contra Manuela Ferreira Leite" (veja aqui o video da notícia da RTP).

PSD: e agora dr. Jardim?

Marco António líder do PSD do Porto (a maior estrutura social-democrata do país), revelou hoje no final de uma reunião alargada da estrutura social-democrata do Porto, não anunciar o apoio a Santana Lopes, optando por convocar uma assembleia distrital a 12 de Maio aberta a todos os candidatos, numa decisão exemplar e democrática. Marco António revelou que nos últimos dias ouviu dirigentes do partido, quadros que desempenham funções no partido em órgãos externos de eleição, para que percebessem o sentimento reinante entre os militantes. Marco António diz que de acordo com os relatórios foi possível concluir que existe um sentimento de gratidão do Porto a Filipe Meneses, e acho bem que o tenham feito. Outra posição não seria pensável. A segunda questão tem a ver com a clarificação de todos os candidatos em assumir uma carta de compromisso público que garanta que o resultado a sair de 31 de Maio seja respeitado pelos que perderam e os que perderam demonstrem ou não, já, se estão ou não disponíveis a ajudar o novo líder nos combates políticos que se seguem. Queremos saber se todos os candidatos se vencerem as eleições estão disponíveis ou não para assumirem um compromisso de unidade posterior que respeite e envolva todas as sensibilidades. Queremos saber se vale a pena o partido ir a eleições. O tempo não é de ambiguidade, numa indirecta a Jardim. E por isso pediu aos dirigentes do Porto que lhe dessem uma ideia quanto ao sentimento existente entre as bases e que estas insistiram na necessidade de uma mudança assente no pressuposto que não é com caras antigas que o PSD encontrará espaço na sociedade portuguesa. E consideram que a candidatura que neste momento está em condições de garantir a mudança é a candidatura de Pedro Passos Coelho.

PSD: insistir na descarada mentira

Ouvi as declarações de PSL na SIC Notícias. Infelizmente ele insiste na hipocrisia. Pedro Santana Lopes no fala verdade e insiste nessa falta de verdade. Antes da reunião do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa, Santana Lopes informou Alberto João Jardim (era tal a ansiedade frenética de ter esse encontro, aliás viabilizado por Guilherme Silva que não sabia o que é que PSL queria de Jardim) que apresentaria uma candidatura e que a levaria até ao fim. Mais. Santana Lopes, não só pretendia desta forma pressionar Jardim a não avançar, porque se o fizesse isso colocar-lhe-ia problemas de espaço e motivos, como condicionou tudo o que pudesse acontecer a partir de então. Santana Lopes passou esse dia em movimentações de bastidores - a que não faltaram notícias dando conta de uma pretensa e falsa negociação entre Jardim e ele próprio que continuaria a ser presidente do grupo parlamentar caso o dirigente madeirense concorresse e ganhasse as "directas". Santana avisou claramente Jardim - e hoje voltou a insistir na SIC Notícias - nesse encontro prévio ao Conselho Nacional que considerava estava em condições de ganhar o partido, que tinha a certeza que ganharia a Sócrates e, que queria enfrentar Manuela Ferreira Leite nas directas. Foi isto o que se passou. Agora, as pessoas é que sabem, ou acreditam no que PSL diz ou admitem alguma veracidade no que aqui revelo, e que trago a este espaço apenas devido à descarada insistência na mentira hipócrita.
É falso que Jardim tenha falado na candidatura do "Pedro" sem que este soubesse de nada. Jardim incluiu essa passagem no seu discurso quando percebeu que com Manuela Ferreira Leite e agora com PSL seria aventura a mais ter que disputar o partido aos dois personagens. Alguém com bom senso acreditaria que Alberto João Jardim foi ao Conselho Nacional do PSD - onde raramente ia, sendo representado por Correia de Jesus, fazer a apologia da candidatura de Santana Lopes. Mas será que alguém acredita em semelhante enormidade!? Ainda por cima cancelando uma reunião da Comissão Política Regional do PSD da Madeira, a primeira depois do Congresso Regional, que passou a estar agendada para 29 de Abril.

A sociedade mudou...mesmo!

Boicotar os Jogos? Deixem-me rir.....

PSD: as "consultas" em Braga...

A estrutura do PSD de Braga - como conheço bem esta... - resolveu não alinhar com nenhum dos candidatos à liderança dos social-democratas. O seu actual Presidente, que finalmente conseguiu ser o que sempre ambicionou - vice-presidente da bancada parlamentar do partido em São Bento, cargo que foi Santana Lopes quem agora lhe propiciou - resolveu fazer uma consulta às bases. Acho bem. Aliás, li uma notícia segundo a qual "a distrital de Braga do PSD vai lançar um processo de consulta e debate junto dos militantes sobre as cinco candidaturas à liderança do partido, com reuniões nas respectivas secções, disse, hoje, à Lusa o seu presidente. Virgílio Costa adiantou, em conferência de imprensa, hoje realizada em Braga, que a Distrital não apoia nenhum dos candidatos, mas frisou que, ele próprio, escolheu já um dos cinco candidatos à liderança do PSD, de que se escusou a revelar o nome, "por respeito aos militantes". Embora o líder da Distrital não tenha querido adiantar o nome do candidato que apoia, dois outros dirigentes de concelhias do partido, garantiram à Lusa, sob anonimato, que Virgílio Costa, que é vice-presidente da bancada parlamentar, apoia, "a título pessoal", o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes". Curiosa esta colagem a Santana Lopes, a qual, por coincidência (e que não partiu do próprio...), apareceu publicada no mesmo dia em que era anunciada a "consulta" às bases. Já estou a ver o tipo de consulta: "você é livre de escolher quem quiser para líder do nosso partido. Por isso, sem manipulações, escolha em liberdade, qual das alternativas:
- ou quem anda a falar sempre em Sá Carneiro;
- tenha sido primeiro-ministro, líder do PSD e presidente do grupo parlamentar e derrotado nas eleições que deram ao PS a sua primeira maioria absoluta;
- tenha Pedro, Santana e Lopes no seu nome e apelido".

E será que o Povo o conhece?

Chama-se Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza, economista. Nasceu em Coimbra a 28 de Abril de 1950. No XI Governo Constitucional foi Ministro das Finanças. Foi governador do Banco de Portugal de 1992 a 1994. Demitiu-se por conflito com o ministro das Finanças Jorge Braga de Macedo. Miguel Beleza trabalhou no Banco de Portugal, como técnico assessor e consultor, de 1979 a 1987, tendo sido administrador de 1987 a 1990. Foi ministro das Finanças entre 1990 e 1991. É professor na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Em entrevista ontem ao DN de Lisboa disse, entre outras lucubrações, que no Continente ninguém leva Alberto João Jardim a sério. Em Itália também ninguém levava Berlusconi a sério e veja-se a maioria absoluta nas duas Câmaras! Pelos vistos, o País é que não levou a sério este douto Beleza. Um ano ministro das Finanças deve ser recorde. Coisa rara nos tempos que correm pelo que, das duas uma: ou transbordava na altura inteligência e sabedoria a mais para um governo de mentecaptos, liderado por Cavaco Silva, ou, pelo contrário, não soube perceber a temnpo que não tinha perfil para o cargo, muito menos num governo que pretendia ser eficaz. Para quem não o conhece - e julgo que muitos milhares de portugueses nem sabem de quem se trata - deixo uma pequena reprtodução de uma entrevista a uma televisão (julgo que em 2005), no qual, pela clarividência de ideias, pelo discurso facilmente perceptível, pela fluidez de pontos de vista, certamente ficam agora a saber de quem se trata...

Blogosfera madeirense: um novo espaço

Cesário Camacho é o coordenador do "Madeira Rádio", um projecto do "Cantinho da Madeira" com música 100% madeirense e que pode ser visiutado aqui. Segundo o seu responsável "trata-se de um projecto, ainda em fase experimental, que pretende divulgar os artistas madeirenses quer estejam na Região Autónoma ou nas comunidades emigrantes espalhadas pelo mundo". Felicidade se boa sorte.

III Concurso Literário “Francisco Álvares de Nóbrega – Camões Pequeno”

Desde cedo a Junta de Freguesia de Machico , reconhecendo as potencialidades de um adequado fomento à produção cultural, cogitou a criação de um Concurso Literário, cuja pertinência se fundamenta nas muitas solicitações que, ao longo dos tempos, a Junta de Freguesia tem vindo a receber, o que vem demonstrar os muitos interessados que esperam uma oportunidade de mostrar as suas criações. Sendo um Concurso já existente (lançado em 2001 pela Câmara Municipal de Machico ) de índole anual, a Junta de Freguesia de Machico vê-se na necessidade de aprovar, a cada edição, o regulamento, apesar do texto base se manter quase inalterado. O Concurso Literário em epígrafe, agora relançado pela Junta de Freguesia de Machico , traduz-se na atribuição de um prémio de valor pecuniário aos vencedores que se apresentem a concurso com um texto inédito, sob a forma de conto. A metodologia para recepção dos trabalhos garante, por um lado, o anonimato dos autores (o qual só é revelado em sessão pública e presencial) e por outro, impõe-se ao Júri o exame das obras a concurso. Saiba mais em www.jf-machico.pt

PSD: apoios a Jardim (III)

Não desista ainda Companheiro que a Luta Valerá a Pena!Portugal Precisa do Dr. Alberto João para se cumprir aqui também o Sonho!Pelo Sonho nós Somos Capazes! E Pelo Sonho daremos essa enorme Alegria ao PSD e aos Portugueses! Primeiro os Nossos se unirão em torno da Grande Candidatura de Alberto João e depois este Portugal cumprir-se-á como sonhou cumprir o Nosso Fundador! NÃO DESISTA POR FAVOR!
QUEREM MESMO SABER QUANTO VALEM?

POIS BEM, CANDIDATE-SE ALBERTO JOÃO
E REDUZA ESTES GRUPOS AO QUE VALEM
DE INTELECTUAIS SEM QUALQUER EXPRESSÃO
POR MAIS QUE SE VANGLORIEM E FALEM

VENHA DAÍ PARA FAZER A GRANDE FACÇÃO
A ESMAGADORA, A DE TODO O PSD, TODOS NÓS
VENHA SENHOR DOUTOR ALBERTO JOÃO
PARA DEMONSTRAR AQUI QUEM TEM MAIS VOZ!

E VÓS PSD JÁ SEM QUALQUER ESPERANÇA
VOTEM EM CONSCIÊNCIA DE VERO LUSITANO
E FAÇAMOS PENDER O PRATO JUSTO DA BALANÇA

SEM EQUÍVOCOS VACILAÇÕES OU ENGANO
PARA A SOCIAL-DEMOCRACIA QUE JÁ AVANÇA
NA LINDA MADEIRA A TODO O PANO!

Lisboa, 26 de Abril de 2008
Paulo César Alves Nunes (Militante do PPD/PSD nº. 150239)

PSD: tudo será preparado com o maior cuidado

A estratégia está montada, os procedimentos estatutários exigidos vão ser preenchidos antecipadamente, tudo ficará concluído a tempo, considerando que o prazo de apresentação de candidaturas à liderança do PSD termina a 23 de Maio, já que as "directas" foram marcadas para 31 de Maio e o congresso para 6, 7 e 8 de Junho, em Guimarãres. De acordo com o regulamento, aprovado por unanimidade, podem votar os militantes que paguem as quotas até 21 de Maio. O prazo de candidaturas à liderança do PSD termina em 23 de Maio. Depois resta aguardar e ver o que acontece, provavelmente já na próxima semana...

PSD: apoios a Jardim (II)

"Estou quase 100 % de acordo com a sua analise , ao facto de o momento perfeito para Alberto João Jardim lançar a sua candidatura já passou! No entanto tem que se encontrar uma nova janela de oportunidade para que João Jardim lançe a candidatura á liderança do PSD , ou outra pessoa de igual credibilidade , quem não sei! Pois a candidatura de Pedro Passos Coelho é a candidatura (...) Basta ver quem o rodeia e quem foram os mais entusiastas apoiantes de uma candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD (...) Se o momento perfeito já passou hà que pressionar o seu amigo Alberto João Jardim à liderança num momento imperfeito!!! Santana Lopes já perdeu o juizo em relação aos seus actos... Manuela F. Leite é passado. Passos Coelho representa a ala que apoia as causas fracturantes da esquerda ou pelo menos se coloca numa posição de neutralidade. Por tudo isto, Alberto João Jardim é o unico que representa verdadeiramente o PPD. Diga ao seu amigo para se candidatar num momento imperfeito... Luis".

PSD: apoios a Jardim (I)

São muitas as manegans que por correio electrónico nos chegam fe apoio à candidatura de João Jardim. Como esta: "Na qualidade de militante do PSD, mas não integrado no bando dos "politicamente correctos" e homens de "meias tintas", venho manifestar ao Sr. Dr. Alberto João Jardim a minha certeza de que os militantes do nosso Partido estão, na sua grande maioria, dispostos a apoiá-lo activamente nas próximas "directas", se decidir concorrer.É evidente que a candidatura do Sr. Dr. Alberto João Jardim não agrada àqueles que, durante o curto mandato do Sr. Dr. Filipe Menezes, tudo fizeram para o desgastar publicamente, aproveitando-se, de forma desleal e desonesta, do facto de terem sempre à sua disposição os microfones da comunicação social, quase toda ela dominada pela esquerda, nomeadamente pelos "comissários políticos" do PS.Em minha opinião, o Presidente do Governo Regional da Madeira, que tem muita obra feita, e bem feita, é o único para, com desassombro e muita clarividência, falar aos portugueses na campanha eleitoral de 2009, a fim de mobilizar o eleitorado a favor do PSD e derrotar o Sr. Eng. José Sócrates. E, pelas conversas frequentes que tenho com outros militantes amigos e conhecidos, estou absolutamente convicto de que o Sr. Dr. Alberto João Jardim conseguirá uma retumbante vitória nas próximas "directas", se decidir avançar contra tudo e contra todos, designadamente contra os tais muito "politicamente correctos", mas que não atam, nem desatam, e sobretudo contra verrinosos e arrogantes comentadores de certos programas da TV, inequivocamente orientados para destruir a credibilidade de pessoas sérias e bem intencionadas, conforme o fizerem relativamente ao nosso companheiro Sr. Dr. Luis Filipe Menezes.Avance, por favor, Sr. Dr. Alberto João Jardim, que não lhe faltarão as tropas de que necessita para vencer o "combate" das "directas", muito embora eu saiba que se trata de uma tarefa que exigirá de si um enorme sacrificio em termos pessoais. Mas olhe que o País e o Partido precisam de si!... J.SOUSA E SILVA - Jurista".

PSD: Jardim está preparado...

Hoje foi um dia "movimentado". Vários foram os contactos mantidos que pretendiam saber o que é que Alberto João Jardim vai fazer. Guilherme Silva, que por razões pessoais, não se deslocou ao Funchal este fim-de-semana, tem sido diariamente contactado porque as pessoas querem saber o que é que AJJ vai decidir. Existe uma grande desilusão, a convicção de que o PSD não pode perder mais tempo com disputas internas que fragilizem ainda mais a sua imagem e desmobilizem as bases que, desiludidas, se afastam dessa disputam, recusando participar nas "directas". O pior que pode acontecer ao PSD, neste momento, é ter um líder miseravelmente eleito por uma insignificante percentagem de votos, e pior ainda, com uma insignificante afluência de filiados às urnas. O futuro líder do PSD tem que ser um líder forte, eleito pelas bases com números inquestionáveis. Neste momento - e ninguém sabe se hoje falei com ele... - posso assegurar que Alberto João Jardim está preparado, que tem confiança nas suas tropas, na sua calma, que recomenda que não elas não saiam dos quartéis, que não se deixem iludir por promessas ou por "ofertas" de lugares. Porque, pelo sim pelo não, existem procedimentos que já na segunda-feira serão tratados. Pelo menos ficam preenchidos os requisitos. E tal como Alberto João Jardim referiu, se é um facto que, neste contexto, ele é o "general", há que ter presente que numa organização militar, a ligação entre a estrutura hierárquica mais elevada e as estruturas intermédia e inferior tem que ser perfeita e eficaz.

Ambição e Poder

"Examinemo-nos no momento em que a ambição nos trabalha, em que lhe sofremos a febre; dissequemos em seguida os nossos «acessos». Verificaremos que estes são precedidos de sintomas cuirosos, de um calor especial, que não deixa nem de nos arrastar nem de nos alarmar. Intoxicados de porvir por abuso de esperança, sentimo-nos de súbito responsáveis pelo presente e pelo futuro, no núcleo da duração, carregada esta dos nossos frémitos, com a qual, agentes de uma anarquia universal, sonhamos explodir. Atentos aos acontecimentos que se passam no nosso cérebro e às vicissitudes do nosso sangue, virados para o que nos altera, espiamos-lhe e acarinhamos-lhe os sinais. Fonte de perturbações, de transtornos ímpares, a loucura política, se afoga a inteligência, favorece em contrapartida os instintos e mergulha-os num caos salutar. A ideia do bem e sobretudo do mal que imaginamos ser capazes de cumprir regozijar-nos-á e exaltar-nos-á; e o feito das nossas enfermidades, o seu prodígio, será tal que elas nos instituirão senhores de todos e de tudo. À nossa volta, observaremos uma alteração análoga naqueles que a mesma paixão corrói. Enquanto sofrerem o seu império, serão irreconhecíves, presas de uma embriaguez diferente de todas as outras. Tudo mudará neles, até o timbre da voz. A ambição é uma droga que faz um demente em potência daquele que se lhe entrega. Esses estigmas, esse ar de fera desvairada, essas linhas inquietas, e como que animadas por um êxtase sórdido, quem não os tiver observado nem em si próprio nem em outrem permanecerá estranho aos malefícios e aos benefícios do Poder, inferno tónico, síntese de veneno e de panaceia" (Emil Cioran, "História e Utopia")

Manuel Alegre

"(...) Num partido político há vários níveis, o das estruturas dirigentes, o das estruturas intermédias, as bases e ainda há os votantes. Aquilo que eu chamei de nomenclatura, bem, hoje é uma coisa impenetrável", Manuel Alegre numa entrevista ao Público.

sábado, abril 26, 2008

As tropas continuam nos quartéis...

Hoje foi um dia - mais um - "complicado", sobretudo pelas pressões que têm a ver com a dúvida sobre o que fará Alberto João Jardim, depois da pequena declaração ontem proferida no Funchal. Tudo porque as pessoas, o PSD mais profundo, que não precisa de se "revoltar" para mostrar que pensa e decide por si próprio. Embora ontem estivesse descrente quanto ao desfecho de tudo "isto", enquanto for tempo, temos sempre que tentar dar um passo em frente, invertendo cenários, torneando obstáculos, reconhecendo erros e aceitando desafios. Eu fiquei a saber que as tropas, que ainda não se envolveram seja com quem for, continuam nos quartéis...

Convicções

Na política não há espaço a hesitações. Na política há sempre um momento próprio para decidir. E quando existe convicção, não pode haver recuos, por muito fortes que sejam as pressões, por muito "convincentes" que sejam as "ladainhas" de ambiciosos que têm a habilidade, para além do mediatismo que facilmente conquistam na comunicação social, transformam as mentiras em verdades e optam por dar voltas ao "bilhar", tantas quanto forem necessárias, tudo para apresentarem a sua versão dos factos, alindando-a q.b. O pior que pode acontecer a um político que luta por convicções, que se envolve por convicções, que se empenha por convicções, que aponta para objectivos por convicções, é desistir, e pior ainda, desistir no momento mais impróprio para isso, deixando-se arrastar inadvertidamente pelas teias de projectos pessoais ambiciosos. Por isso, quando se chega a um estado de coisas em que o descaradamento ultrapassar os limites do imaginável, nada melhor do que aproveitar o fim-de-semana para reflectir, acreditando no partido de que faz parte, acreditando no que realmente o próprio vale, acreditar nas pessoas, que são os alicerces de um partido, procurando responder com lealdade às suas esperanças, expectativas, desejos e sonhos, apostando, apostando realmente tudo na validade e consitência do no seu projecto, com ética, com elevação, sem atropelar terceiros, usando sempre da verdade. Perdendo ou ganhando. Se porventura ficar atolado num lamaçal de manipulação, há sempre uma última decisão, a denúncia de procedimentos e de pessoas, deixando a quem tem, de facto, o poder de decisão a opção, com liberdade, sem manipulação, legitimando pelo voto a sua vontade e um líder. Um líder com que legitimidade percentual?

Reflexão...

- "Cometem-se muito mais traições por fraqueza do que em consequência de um forte desejo de trair", François La Rochefoucauld
- "Os acontecimentos fazem mais traidores do que as opiniões", François Chateaubriand
- "Nenhum homem merece uma confiança ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma tentação suficiente", Henry Mencken
- "A traição nunca triunfa. Qual o motivo? Porque, se triunfasse, ninguém mais ousaria chamá-la de traição", J. Harington
- "Das grandes traições iniciam-se as grandes renovações", Vassili Rozanov
- "César declarou... que amava as traições, mas odiava os traidores", Plutarco
- "Traímos a maior parte das vezes por fraqueza e não por um desejo premeditado de fazê-lo", François La Rochefoucauld.

Preparem-se

Pois é quem sabe se este blogue... "oficial", não vai inventar uma ainda esta noite...

Dia de Sol no Norte...

Hoje esteve um excelente dia de sol no Norte do País. Um tempo que nos ajuda a pensar, a reflectir e a admitir outros cenários, mesmo que não acreditemos. O que não podemos tolerar é que a mentira se transforme em verdade e que ninguém tenha a coragem de desmentir os mentirosos.

Acreditem...

Santana Lopes nega que tenha traído Alberto João Jardim - Garante que só avançou com a candidatura à liderança do PSD, depois de ter a certeza de que Luis Filipe Menezes se tinha colocado de fora. Numa entrevista à SIC Notícias, o líder parlamentar do partido, garantiu também que não se teria candidatado, se Marcelo Rebelo de Sousa estivesse na corrida (veja aqui o video da notícia emitida pela RTP)

Crédito malparado aumenta

Noticiava recentemente o Diário Económico, num texto do jornalista Pedro Duarte que "o crédito de cobrança duvidosa concedido pelas instituições financeiras a particulares atingiu no segundo mês do ano os 2,39 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 10,44% face ao período homólogo de 2007. Segundo o Boletim Estatístico de Abril do Banco de Portugal, em relação a Janeiro o crédito malparado registou um crescimento de 4,96%.A mesma fonte acrescenta ainda que, em Fevereiro de 2008, o crédito total concedido atingiu os 128,91 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 10,5% relativamente ao mesmo mês de 2007 e de 0,63% em relação a Janeiro. O crédito malparado representa assim 1,86% do crédito total.O Banco de Portugal precisa ainda que 79,2% do crédito total concedido é para a Habitação, tendo este aumentado 9,8% em termos homólogos em Fevereiro. Ajustado de operações de titularização, o crescimento homólogo do crédito à Habitação concedido é de 8,3%". Temática esta igualmente noticiada pela RTP, segundo a qual "dados do Banco de Portugal revelam que, no último ano, os créditos de cobrança duvidosa cresceram quase 230 milhões de euros" (veja aqui o video da notícia da RTP). Obviamente que vivemos num "paraíso" na versão propagandística do governo socialista. Imaginem que estávamos afinal às portas do "inferno"! Estes valores o que não seriam...

TVE de Canárias com nova directora

Li no "La Provincia" que "la periodista Lourdes Santana Navarro ha sido nombrada directora del Centro Territorial de TVE en Canarias a propuesta del director de TVE, Javier Pons, informó este martes RTVE en un comunicado. La designación de Santana Navarro, que sustituye en el cargo a la periodista Clara Rivero, coincide con los cambios y mejoras que el Consejo de Administración de RTVE quiere implantar en las Islas, según se anunció el pasado 16 de abril. Lourdes Santana, de 38 años y nacida en Las Palmas de Gran Canaria, es licenciada en Ciencias de la Información por la Universidad Complutense, y procede de la Televisión Canaria, de cuyo equipo fundacional forma parte desde 1999. En la Televisión Canaria ha sido directora de los Servicios Informativos, directora de gabinete y directora de Comunicación y Marketing. Además, antes de incorporarse a la Televisión Canaria, Lourdes Santana desempeñó diferentes responsabilidades en el periódico "Canarias 7". La semana pasada el Consejo de Administración de RTVE anunció su intención de "dotar de un marco de actuación estratégica a Canarias", a donde viajarán próximamente el director general Corporativo, Jaime Gaiteiro, y el director de TVE, Javier Pons. El objetivo de esta visita es "conocer de primera mano la opinión de directivos, profesionales y representantes sindicales" sobre el futuro del Centro Territorial y de la sociedad filial PROCASA, según el comunicado".