sexta-feira, abril 25, 2008

O peso de 2009

Começo a desconfiar que andam por aí certas estratégias de bastidores, e por isso mesmo claramente "envergonhadas" (ou escondidas) que encontraram os pretextos (?) que desejavam para a retirada a tempo de certos protagonistas fragilizados, atirando simultaneamente outros à "fogueira" (leia-se, ao ciclo eleitoral de 2009), esperando que o seu partido "bata de frente" para que depois, os tais retirados, insensíveis aos efeitos negativos que um desfecho dessa natureza possam resultar para o PSD (o que demonstra o quão maquiavélico por aí anda à solta, provavelmente fruto de uma visão iluminada de vendedores de banha-da-cobra transformados em assessores de imagem, mas que não conseguem dar votos a quem não os consegue...),ensaiem o regresso, utilizando exactamente os mesmos procedimentos e recursos que antes os favoreceram. Ficamos todos, as bases do PSD, com a clara sensação que todas estas "guerras" se passam "lá longe" nos patamares privilegiados dos corredores do poder, onde se movem oportunistas e interesses, onde se luta pela sobrevivência política (aí as listas de candidatos em 2009...) onde se procura garantir antecipadamente um tacho qualquer, etc. Para as bases, tudo isso é conversa de iluminados, que passam uns pelos outros desconfiados, olhando para a rectaguarda por temerem as facadas pelas costas por parte dos tais "amigos da onça" (quase sempre grandes especialistas no fomentar da hipocrisia, na manipulação mafiosa dos factos e nas espalhafatosas palmadinhas nas costas), gente que usa os mesmos restaurantes dos seus "alvos", almoçando ruidosamente nas mesas uns dos outros, gente medíocre, sem escrúpulos e sem princípios, mas que atraiçoa para defender as sua ambições, gente que se diverte com as intrigas palacianas nos podres corredores do poder central, mas que escondem o propósito único de se derrubarem uns aos outros, inclusivamente passando para a comunicação social, notícias e informações que visam a destruição ou o descrédito dos seus "parceiros", porque olhados como potenciais obstáculos. É a política na sua vertente mais rasca e nojenta, da qual poucos falam, provavelmente porque nela existem muitos protagonistas que não apenas os políticos e porque todos gostam que ela sobreviva assim, num ambiente de imundice. É neste contexto, e conhecendo o que "a casa gasta", que desconfio que certas reacções, umas conhecidas, outras que a seu tempo ficaremos a conhecer, mas umas e outras relacionadas com esse pós-2009 de que falava anteriormente - um cenário previamente pensado, com um determinado enquadramento político e com protagonistas específicos. Pedindo a tolerância dos que me visitam e perdem tempo a ler o que aqui escrevo, apetece-me dizer que há partidos que nem com as "armaduras" dos guerreiros de outros tempos e "cuecas de aço" estamos seguros...

Sem comentários: