Unos 1,5 millones de neoyorquinos, en una ciudad de casi nueve, dependen hoy del reparto de alimentos para subsistir. Es la nueva pobreza derivada de la covid-19, que engorda unas filas del hambre no inéditas, pero sí sonrojantes en algunas áreas. “Yo pateo mucho mi barrio, y cada día me encuentro decenas de nuevas personas sin hogar, la situación es alarmante”, explica Ramos, savia nueva del Partido Demócrata, especialmente combativa en una emergencia “abocada a un invierno muy crudo” y en vísperas de unas elecciones en las que, en los programas económicos de los candidatos, entre la vanagloria prepandémica de Trump y el brindis de Biden a la clase media, no parece haber espacio para los nuevos parias.
sexta-feira, outubro 30, 2020
Las colas del hambre recorren Nueva York
EUA: Trump ganha algum terreno no voto popular
A campanha entra na reta final e o republicano ganha terreno, embora ligeiro, nas intenções no voto popular para as presidenciais. Na média das sondagens nacionais, Trump está nos 42,9%, ou 8,9 pontos percentuais atrás de Biden, face aos 9,5 pontos de há dois dias. No voto colegial, tudo na mesma, com Biden a liderar com 232 votos, contra 125 de Trump, e 181 indefinidos (Infografia do Jornal Económico, de Mário Malhão)
Venezuela: El opositor Leopoldo López anuncia que su intención es “regresar para liberar a Venezuela”
Bajo un rótulo del Centro de Gobierno de Juan Guaidó —el presidente interino reconocido por unos 60 países— y flanqueado por una bandera venezolana, el líder opositor ha estado acompañado por su padre , Leopoldo López Gil, eurodiputado del PP; su esposa, Lilian Tintori; y sus hijos. López ha iniciado sus palabras agradeciendo “a Dios, a los españoles y al Gobierno de Pedro Sánchez” su libertad. “Yo no quería salir de Venezuela. Las circunstancias me han llevado a ello. Recojo las palabras de Rómulo Betancourt [expresidente de su país]: Volveremos. Los venezolanos en el exilio vamos a regresar a Venezuela”.
Venezuela: El Gobierno de Venezuela confirma la detención de Roland Carreño, periodista crítico con Maduro
Varias ONG y periodistas mantiene que el periodista fue enviado a la cárcel del Servicio Bolivariano de Inteligencia (Sebin) conocida como El Helicoide, aunque otras fuentes aseguran que está en los calabozos de la Policía Nacional Bolivariana y ya pudo hablar con su abogado. El régimen chavista no ha formulado cargos de manera oficial. El Colegio Nacional de Periodistas y el Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa (SNTP) han estado haciendo una intensa campaña para que se informe sobre su paradero y sea liberado.
Venezuela: La huida de Leopoldo López agrava el choque diplomático entre Venezuela y España
Las circunstancias
de la salida de Leopoldo López de Venezuela el pasado sábado han desembocado en
el enésimo choque diplomático entre Caracas y Madrid. El Gobierno de Nicolás
Maduro acusó a España de participar en el operativo que permitió al dirigente
opositor salir de la residencia del embajador, Jesús Silva, donde llevaba un
año y medio resguardado, y abandonar el país sorteando los controles de las
fuerzas de seguridad chavistas. Sin embargo, el régimen bolivariano se limitó a
la escalada retórica y evitó, de momento, adoptar medidas concretas.
La huida de López, que el domingo llegó a Madrid para reunirse con su familia, despertó dudas, también en las filas opositoras, sobre los detalles de la operación. La residencia de la Embajada de España se encuentra en la urbanización Country Club, la más exclusiva de Caracas y, desde el alzamiento del 30 de abril de 2019 que llevó a la liberación del político de su arresto domiciliario, está permanentemente rodeada de agentes del Servicio Bolivariano de Inteligencia (Sebin) y, a menudo, de patrullas de las fuerzas especiales e la Policía.
29% dos portugueses sem capacidade para suportar despesas extras
O "Retrato de
Portugal na Europa" - edição de 2020 - é uma publicação lançada pela
Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos,
na data em que se assinala o Dia Europeu da Estatística.
A publicação, que
reúne dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE),
compara, sempre que possível, vários indicadores socioeconómicos de Portugal
com os restantes 26 Estados-Membros, incluindo população, rendimentos,
educação, saúde, emprego, proteção social, macroeconomia, ciência e tecnologia,
ambiente, energia, turismo, justiça e segurança.
As estatísticas mais atuais disponíveis centram-se nos anos 2018 e 2019 (com exceção das relativas à proteção social, que recuam a 2017).
O que nos distingue dos outros europeus? Estudamos menos, ganhamos mal e vivemos mais tempo
Os números são
apresentados pela Pordata no âmbito do Dia Europeu das Estatísticas, que se
celebra esta terça-feira. Segundo a base de dados estatísticos da Fundação
Francisco Manuel dos Santos, Portugal fica também bastante aquém do resto da
comunidade no que ao saldo migratório diz respeito (diferença entre os
imigrantes e os emigrantes), mas alcança, ainda assim, a 7.ª posição.
Por cá, 4,7% da
população é estrangeira, o que compara com os 47,4% do Luxemburgo, por exemplo.
No sentido oposto, apenas 0,6% das pessoas que residem na Roménia são de outras
nacionalidades.
Já quando o assunto é idade, Portugal é um dos mais envelhecidos da Europa: está no 25.º lugar no ranking referente à população com menos de 15 anos, uma vez que apenas 13,8% corresponde a este grupo etário. A média da UE27 é 15,2%, mas o grande destaque vai mesmo para a Irlanda, onde 20,7% da população é menor de 15 anos.
TAP perdeu €60 milhões por mês. Sangria vai continuar
Há uma catástrofe
a pairar sobre a indústria da aviação que se adensa à medida que o inverno
avança, as reservas desaparecem a ritmo acelerado e a procura cai a pique. Os
números do primeiro semestre da TAP não são animadores, e a perspetiva de uma
nova vaga de covid-19 piora a situação. Nos primeiros seis meses do ano, a TAP
perdeu, em média, €134 milhões de receitas por mês. Uma quebra acompanhada por
uma pequena almofada, já que os custos também encolheram, recuando €76 milhões.
Ainda assim, esfumaram-se da TAP quase €60 milhões por mês, em média, na
primeira metade do ano face a 2019.
A aproximação do
inverno faz temer o pior, e a empresa lamentou esta semana a perspetiva de uma
acentuada descida da procura. Os custos fixos da TAP, como de qualquer
companhia aérea, são pesados. Só os trabalhadores custaram €221 milhões no
primeiro semestre — ainda assim houve um ‘alívio’ de €111 milhões, fruto do
lay-off e da menor atividade. Há milhões a evaporar-se, e a própria lucrativa
Lufthansa já admitiu ter perdas de €500 milhões por mês.
A administração da TAP, sabe o Expresso, acredita que a companhia irá conseguir aguentar-se com os €1,2 mil milhões até março de 2021. Um montante que conta adicionalmente com o conforto de uma garantia de Estado para um empréstimo de mercado no valor de €500 milhões, que fará subir o apoio público para €1,7 mil milhões. As contas da transportadora terão ainda um reforço adicional com a possibilidade de os €1,2 mil milhões de auxílio poderem vir a ser convertidos em capital, reforçando os capitais próprios, o que irá acabar por acontecer, em princípio, na altura em que entrar em vigor o plano de reestruturação, nos primeiros meses de 2021.
Economia portuguesa muito vulnerável à segunda vaga
Portugal é das
economias mais vulneráveis na Europa ao agravamento da pandemia. “A
especialização produtiva nacional é tal que quanto maiores as restrições à
circulação e os receios das pessoas, mais duradoura e profunda é a crise”,
alerta José Maria Brandão de Brito, economista-chefe do Millennium bcp. Em
causa estão, sobretudo, o turismo e o comércio, que são, precisamente, dois
sectores com forte peso na economia nacional e onde esse peso é superior à
média da zona euro.
Dados do Banco de Portugal (BdP) sobre o peso dos diferentes sectores no Valor Acrescentado Bruto (VAB), em 2017, mostram essa diferença na especialização produtiva (ver gráfico). Nos serviços, em particular, Portugal apresenta um peso superior no comércio (13,8% contra 11,1%) e no alojamento e restauração (5,9% contra 3%) e inferior nas atividades profissionais, técnicas e científicas (2,9% contra 3,5%). Ora, de acordo com o inquérito rápido e excecional às empresas, do BdP e do Instituto Nacional de Estatística, o impacto da pandemia foi transversal, mas mais negativo nos serviços e, em especial, no alojamento e restauração (quebra de 71% no volume de negócios entre abril e junho). E, nos últimos anos, o alojamento e restauração até aumentou o seu peso no VAB, nota o BdP no Boletim Económico de outubro, salientando que a maior especialização de Portugal face à área do euro neste sector “traduz-se numa maior vulnerabilidade da economia portuguesa ao impacto da pandemia”.
ERC RECOMENDA QUE TELEVISÕES GENERALISTAS APRESENTEM MAIOR DIVERSIDADE E PLURALISMO NOS TELEJORNAIS DA NOITE
A ERC - Entidade
Reguladora para a Comunicação Social publica hoje o Relatório sobre o
cumprimento das obrigações de Pluralismo e Diversidade, no ano de 2019, pelos
telejornais do horário nobre (20/21 horas) dos serviços de programas
generalistas nacionais de acesso não condicionado livre, RTP1, RTP2, SIC, TVI e
de acesso não condicionado com assinatura, CMTV.
Nesse documento o
Conselho Regulador recomenda que os operadores generalistas diversifiquem os
telejornais de horário nobre para além dos temas política nacional, desporto e
ordem interna, política internacional (no caso da RTP2) e sistema judicial (no
caso da CMTV).
A ERC específica
como formas de diversificação a cobertura de modalidades desportivas para além
do futebol, a não restrição da ordem interna à atualidade trágica e a garantia
de pluralismo cultural. O predomínio da Grande Lisboa leva também o regulador
da comunicação social a alertar para a necessidade de se diversificar a
informação noticiada por outras regiões.
A ERC considera ainda que as fontes de informação e os protagonistas das peças deveriam representar mais contextos sociais e ser dada mais voz e destaque a pessoas do sexo feminino. Também se sugere que os cidadãos portadores de deficiência, migrantes e representantes de minorias étnicas, religiosas, linguísticas e culturais mereçam «maior cobertura informativa» por parte dos operadores.
quinta-feira, outubro 29, 2020
Covid-19: Cientistas alertam para nova variante com origem em Espanha que se está a espalhar pela Europa
Uma variante do
coronavírus que teve origem em trabalhadores agrícolas espanhóis espalhou-se
rapidamente por grande parte da Europa desde o Verão, e é agora responsável
pela maioria dos novos casos de covid-19 em vários países, indica um novo
estudo. Uma equipa internacional de cientistas que tem acompanhado o vírus
através das suas mutações genéticas descreveu a propagação da variante, chamada
20A.EU1, num artigo de investigação publicado esta quinta-feira no MedRix.
A investigação sugere que as pessoas que regressaram de férias em Espanha desempenharam um papel fundamental na transmissão do vírus através da Europa, levantando questões sobre se a segunda vaga que está a percorrer o continente poderia ter sido reduzida através de um melhor rastreio nos aeroportos e em outros locais. Uma vez que cada variante tem a sua própria ‘assinatura’ genética, pode ser rastreada até ao local de origem.
“A partir da propagação de 20A.EU1, parece claro que as medidas [de prevenção de vírus] em vigor não foram muitas vezes suficientes para parar a transmissão das variantes introduzidas este Verão”, disse ao Financial Times (FT) Emma Hodcroft, uma geneticista da Universidade de Basileia, na Suíça, e principal autora do estudo.
TAP precisa de mais de 100 milhões por mês até final do ano
O Plano de Tesouraria da TAP para 2020 mostra que a companhia aérea nacional precisa de mais apoio financeiro do que aquele que vai ser concedido pelo Estado. De acordo com o Observador (acesso pago), serão precisos, em média, mais de 100 milhões de euros por mês até ao final do ano para suprir as necessidades de liquidez. O Estado vai emprestar à TAP 1.200 milhões de euros este ano, mas esta vai precisar de bem mais para suprir as necessidades de liquidez. De acordo com o documento que foi entregue à Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças esta semana, consultado pelo Observador, o ritmo de necessidade de liquidez da companhia aérea tem sido de 120 milhões de euros por mês, em média, desde maio. E, até ao final do ano, as necessidades de liquidez esgotam praticamente o empréstimo concedido pelo Estado — que tem ainda reservados mais 500 milhões de euros para 2021 — e autorizado pela Comissão Europeia. Assim, para colmatar estas dificuldades, a TAP tem de avançar com o plano de reestruturação logo no início do ano para baixar os custos (ECO digital)
Covid-19: Casos mais graves da doença podem envelhecer o cérebro até 10 anos, diz estudo
A covid-19 pode afetar o cérebro. De acordo com um estudo realizado pelo Imperial College de Londres, no Reino Unido, o impacto do novo coronavírus nas funções cognitivas pode equivaler a um envelhecimento de dez anos do cérebro. Assim, as pessoas que recuperam da covid-19 podem sofrer danos significativos da função cerebral, com os piores casos de infeção ligados ao ‘declínio mental’. Os resultados do estudo, ainda não revisto por pares, foram publicados online na MedRxiv, que distribui versões pré-publicação de artigos científicos sobre ciência da saúde, mas a investigação ainda precisa de ser submetida à revisão da comunidade científica. A equipa analisou os resultados de 84.285 pessoas que completaram um estudo chamado “Great British Intelligence Test”, um teste cognitivo que avalia a ‘destreza’ do cérebro.
“As nossas análises estão alinhadas com a ideia de que existem consequências cognitivas crónicas de ter covid-19”, escreveram os investigadores num relatório citado pela agência Reuters. “As pessoas que tinham recuperado, incluindo as que já não relatavam sintomas, apresentavam défices cognitivos significativos”, acrescentaram. O estudo concluiu também que os défices cognitivos eram “de efeito substancial”, particularmente entre as pessoas que tinham sido hospitalizadas com o novo coronavírus. Os piores casos mostraram impactos “equivalentes ao declínio médio de 10 anos no desempenho global entre os 20 e os 70 anos de idade”. Este tipo de exames cognitivos avalia a destreza do cérebro a realizar determinadas tarefas, como memorizar palavras ou juntar pontos num puzzle. Estes testes são usados para avaliar o desempenho cerebral e também podem ajudar os médicos a avaliarem défices cognitivos temporários (Executive Digest, texto da jornalista Mara Tribuna)
Quase 200 aeroportos europeus enfrentam insolvência, alerta ACI Europe
Avizinham-se “meses especialmente difíceis” para o turismo, diz secretária de Estado
"Tínhamos as estimativas de terminar 2020 com uma quebra de 50%" face às receitas conseguidas em 2019."Provavelmente, já não será assim", disse a secretária de Estado do Turismo. A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, alertou esta quarta-feira que se avizinham “meses especialmente difíceis” para o setor que tutela, devido às restrições impostas devido à pandemia de coronavírus. Durante a assinatura do auto de consignação da empreitada da ecopista do Vouga, Rita Marques lembrou que, em agosto, havia “uma estimativa de poder ter uma redução das receitas turísticas na ordem dos 50%”, mas essa percentagem deverá ser maior. “Em 2019 tivemos um total de receita turística de 18 mil milhões de euros e, portanto, tínhamos as estimativas de terminar 2020 com uma quebra de 50%. Provavelmente, já não será assim”. Segundo a secretária de Estado, fruto das restrições que têm sido impostas e da evolução da situação epidemiológica nacional e mundial, provavelmente o setor será “ainda mais fustigado, alinhando às estimativas da própria Organização Mundial de Turismo, que apontavam para uma quebra na ordem dos 60/70%”. “Portanto, vamos ter de acompanhar a situação de uma forma muito atenta, muito ativa, no sentido de garantir que esta pandemia não nos leve tudo o que fizemos e construímos durante estes anos”, frisou.
Covid-19: As razões para as mortes não estarem a aumentar, apesar do crescimento de infeções nesta segunda vaga
Os mais recente
dados disponíveis indicam que a taxa de mortalidade não está a acompanhar a
subida de casos. Mas nem tudo são boas notícias. O fenómeno é global: tanto a
Europa como os Estados Unidos enfrentam agora uma segunda vaga da pandemia de
Covid-19, registando subidas diárias de infeções pelo SARS CoV-2 – mas, segundo
a estatística esse aumento não se verifica nas taxas de mortalidade. “A nossa
estimativa atual é que esse valor possa aumentar um pouco, mas de forma alguma
a valores próximos dos que vivemos anteriormente e é pouco provável que isso
mude”.
Quem fala assim é Jason Oke, especialista em estatística do Departamento de Ciências da Saúde do Instituto Nuffield, no Reino Unido, que tem estado a acompanhar as taxas de mortalidade de Covid-19. Segundo as suas pesquisas, no final de junho, a taxa de mortalidade era ligeiramente inferior a 3%, no Reino Unido. Em agosto, tinha descido até aos 0,5% – e atualmente, situava-se nos 0,75 por cento. “Pensamos que é muito devido ao facto de os novos pacientes serem mais novos, mas também por outros fatores, como o tratamento”, sublinhou. Não é um exclusivo da Europa; nos Estados Unidos verifica-se o mesmo. Segundo um estudo da NYU Grossman School of Medicine, publicado no Journal of Hospital Medicine, enquanto em abril 6,7 % dos casos resultou em morte, agora a mesma taxa não alcança os 2 por cento.
A maioria dos casos são em jovens mas nunca houve tantos idosos infetados
Na última semana foram diagnosticados com covid-19 mais de 2 mil idosos com mais de 70 anos. “A maior parte da população de risco não vive em lares. São avós, tios, vizinhos”, alerta o virologista Pedro Simas. Portugal atingiu ontem um novo máximo diário de casos de covid-19 e as diferentes projeções que têm sido conhecidas apontam para um agravamento nos próximos dias, sendo esperado que o país passe os 4 mil casos diários. Na distribuição por faixa etária, os dados da Direção-Geral da Saúde mostram que a maioria dos contágios surgem na população mais jovem, mas a subida de casos que se acentuou no último mês verifica-se em todas as idades e também nos idosos – um aumento na casa dos 40% na última semana.
De 12 a 26 de outubro, os últimos dados analisados pelo i referentes ao período entre segunda-feira e domingo, os casos detetados em pessoas com mais de 70 anos, os grupos de maior risco, passaram mesmo pela primeira vez o patamar dos 2 mil novos infetados. Foram ao todo 12% dos novos casos, uma percentagem que se tem mantido estável, mas foram 2325 novos casos em pessoas com mais de 70 anos, 1110 em septuagenários e 1215 em pessoas com mais de 80 anos. Na semana anterior, de 12 a 19 de outubro, tinham sido 1657 casos nesta faixa etária, na anterior 978 e na anterior 884, números já bastante superiores ao que aconteceu em setembro. Nas últimas duas semanas superou-se mesmo o que aconteceu no pico da epidemia, em abril, quando, percentualmente, esta faixa etária era mais afetada: na semana de 6 a 13 de abril, aquela em que se registaram mais casos de covid-19 no país antes desta nova vaga de infeções, foram diagnosticados 1539 casos em idosos nesta faixa etária. Ao mesmo tempo têm agora aumentado as mortes, a maioria nestes grupos etários, e tudo faz prever um agravamento da mortalidade nas próximas semanas, como aconteceu na primeira onda de infeções. Desde o início do mês foram reportadas 418 mortes por covid-19 no país, mais do dobro dos 153 óbitos registados no mês de setembro. Em março foram registadas 187 mortes por covid-19 em Portugal. Em abril, o número subiu para 820 óbitos.
Turismo sem sinais de recuperação em setembro. Ainda assim portugueses preferem o Algarve e o Alentejo
O setor do
alojamento turístico, em setembro passado, deverá ter registado 1,4 milhões de
hóspedes e 3,6 milhões de dormidas, o que corresponde a variações de -52,2% e
-53,4%, respetivamente (-43,2% e -47,1% em agosto, pela mesma ordem). de acordo
com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta
quinta-feira.
As dormidas de portugueses terão diminuído 8,5% (-2,1% em agosto) e as de não residentes terão decrescido 71,9% (-72,0% no mês anterior), estima o INE. Em setembro, 24,3% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (21,2% em agosto). Em setembro de 2020, o setor do alojamento turístico deverá ter registado 1,4 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas, correspondendo a variações de -52,2% e -53,4%, respetivamente (-43,2% e -47,1% em agosto, pela mesma ordem).
As dormidas de residentes terão diminuído 8,5% (-2,1% em agosto) atingindo 2,0 milhões, representando 57,2% do total, enquanto as de não residentes terão decrescido 71,9% (-72,0% no mês anterior), situando-se em 1,5 milhões. Os hóspedes residentes terão sido 890,3 mil, o que se traduz num decréscimo de 15,1% (-4,6% em agosto) e os hóspedes não residentes terão atingido um total de 492,7 mil, recuando 73,3% (-70,1% no mês anterior). O Alentejo terá continuado a apresentar a menor diminuição no número de dormidas, apresentando uma descida de 19,9% (-15,3% no mês anterior). É ainda de salientar os crescimentos das dormidas de portugueses no Algarve (+10,3%) e Alentejo (+5,2%) (Executive Digest, texto da jornalista Sónia Bexiga)
Turismo da Madeira (Março a Agosto): o que diz a Estatística
Resultados preliminares – março de 2020
Em março de 2020,
o sector do alojamento turístico registou variações historicamente negativas
nos principais indicadores, influenciado sobretudo pelos condicionalismos da
actual pandemia COVID-19, embora o efeito calendário do período do Carnaval
que, este ano, ocorreu em fevereiro e, no ano anterior ocorreu em março,possa,
em muito menor medida, também ter influenciado.
As primeiras
estimativas da atividade turística na RAM relativas ao mês de março de 2020
apontam para umdecréscimo de 49,9% no total de dormidas no alojamento
turístico, em comparação com o mês homólogo. Em termos absolutos, foram
registadas na RAM 328,0 milhares de dormidas no mês em referência. De sublinhar
que excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do
alojamento turístico apresentam um decréscimo de 51,7% relativamente a março de
2019. No país, as dormidas no respetivo mês registaram uma quebra de 58,7%.
As dormidas da
hotelaria (80,2% do total do alojamento turístico) apresentaram em março de
2020 um decréscimo de 51,9%, com uma variação negativa mais acentuada nos
hotéis e hotés-apartamentos, que registaram no seu conjunto uma quebra, em
termos absolutos, de cerca de 263,9 mil dormidas comparativamente a março de
2019
De acordo com as
estimativas do mês de abril de 2020, o impacto da pandemia COVID-19 e das
medidas restritivas adotadas conduziram a uma interrupção quase total da
atividade turística na RAM, com cerca de 97,0% dos estabelecimentos de
alojamento turístico encerrados ou sem movimento de hóspedes. O segmento mais
afectado foi o turismo no espaço rural com 100% de encerramentos ou com
ausência de movimento, seguido da hotelaria e do alojamento local, com percentagens,
para aquela situação, de 97,4% e 96,8%, respetivamente.
No mês de abril de
2020, com um decréscimo de 99,0% em comparação com o mês homólogo, estimou-se
um total de 7,0 mil dormidas no alojamento turístico. De sublinhar que
excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento
turístico apresentam um decréscimo de 99,1% relativamente a abril de 2019.
No país, as dormidas no respectivo mês registaram uma variação de -97,0%. É importante destacar que a hotelaria apresentou um decréscimo de 99,8%, totalizando apenas cerca de 1,1 mil dormidas neste segmento
Covid-19: Afinal, quem pode ficar apenas dez dias em isolamento?
Tem gerado muitas dúvidas a alteração à norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) que determina que, em situações específicas, uma pessoa que tenha testado positivo à covid-19 tem alta clínica e pode sair de casa ao fim de dez dias desde que não apresente sintomas há mais de três, sem ter necessidade de apresentar um teste negativo. A alteração às regras gera mais confusão quando posta a par das orientações para os casos suspeitos que tiveram contacto com um caso positivo: estes continuam a ser obrigados a manter-se em isolamento durante 14 dias, ainda que testem negativo. Visto deste prisma, algo parece não estar bem decidido: uma pessoa que confirmadamente tem a doença pode sair de casa ao fim de dez dias e quem não se sabe se é ou não portador do vírus é obrigado a manter-se em quarentena durante mais tempo.
Porque mudou o
período de isolamento face à covid-19?
A decisão de reduzir o período de isolamento de um caso covid-19 positivo – quer apresente ou não sintomas –, para dez dias em algumas situações baseia-se sobretudo na análise da evidência científica e nos novos estudos que têm sido efetuados ao modo como se comporta o novo coronavírus. Em primeiro lugar, é do conhecimento científico que o facto de se testar positivo, ou seja, de ser detetado ácido ribonucleico (RNA) viral num teste molecular usado para pesquisa do novo coronavírus (RT-PCR), não significa necessariamente que a pessoa possa transmitir o vírus. Os fatores que determinam o risco de contágio são a capacidade de replicação do SARS-CoV-2 (ou seja, se o vírus é ou não competente), se o paciente tem sintomas (como tosse, que pode disseminar gotículas contaminadas) e o comportamento do doente aliado a fatores ambientais (por exemplo, se consegue manter o distanciamento social e se frequenta ou não espaços fechados que sejam devidamente arejados).
Covid-19: Que países regressaram ao confinamento? E quais impuseram recolher obrigatório?
A França anunciou
na quarta-feira um novo confinamento à escala nacional para tentar travar a
propagação do novo coronavírus, juntando-se assim à Irlanda e ao País de Gales,
os únicos na Europa que avançaram, até à data, com esta medida. Segundo o
Presidente francês, Emmanuel Macron, que falava num discurso transmitido pela
televisão, é necessária uma “travagem brutal nos contágios” para evitar o colapso
dos hospitais. O novo confinamento, que vigorará pelo menos até 1 de dezembro,
começará sexta-feira, mas as escolas permanecerão, para já, abertas. As novas
medidas em França preveem o encerramento de bares e restaurantes durante o
período do novo confinamento.
Na Europa, apenas
o País de Gales (Reino Unido) e a Irlanda voltaram a confinar toda a sua
população antes do anúncio desta quarta-feira do Presidente francês, Emmanuel
Macron. Para tentar lidar com uma segunda vaga da doença covid-19 (provocada pelo
novo coronavírus SARS-Cov-2), os quase cinco milhões de irlandeses foram os
primeiros na Europa a entrar neste novo período de confinamento na passada
quinta-feira. A medida foi decretada para um período de seis semanas.
Já os cerca de três milhões de galeses entraram em confinamento no dia seguinte, na sexta-feira passada, e terão de permanecer em casa o maior tempo possível durante cerca de duas semanas, ou seja, até 9 de novembro. No entanto, ao contrário do confinamento decretado na primavera passada, as escolas permanecem abertas. Numa escala mais pequena, cerca de 150 mil habitantes de três municípios do norte de Portugal – Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira – também entraram na passada sexta-feira num “semi” confinamento.
Portugueses querem recolher obrigatório mas não confinamento
81% dos inquiridos numa sondagem defendem a instituição do recolher obrigatório à noite para tentar travar a pandemia. Novo confinamento é bem menos consensual. Vários países europeus estão a adotar o recolher obrigatório à noite para ajudar a controlar a pandemia e a medida merece o apoio da maioria dos portugueses. Uma sondagem de opinião da Aximagepara o Jornal de Notícias (acesso pago) e TSF (acesso livre) concluiu que 81% dos inquiridos é a favor de regras que obrigam a ficar em casa à noite. (acesso pago)
Em sentido
inverso, um novo confinamento como o de março e abril é menos consensual e não
granjeia apoio dos portugueses: 50% dos portugueses mostram-se contra a medida,
sobretudo aqueles que têm mais de 65 anos. Perante o aumento acentuado no
número de novas infeções, o Conselho de Ministros tem reunião extraordinária
marcada para sábado, onde serão discutidas novas medidas de controlo da
pandemia. O Governo tem ouvido epidemiologistas, parceiros sociais e partidos,
estando ainda marcado um Conselho Europeu para esta quinta-feira, por
videoconferência, para avaliar a situação pandémica no continente (ECO digital)
Risco de pobreza ou exclusão social em Portugal superior à média da UE
No final do ano passado, 21,1% da população da União Europeia (UE), o equivalente a 92,4 milhões de pessoas, encontrava-se em risco de pobreza ou exclusão social. Portugal está ligeiramente acima dessa média (21,6%), e as mulheres são as mais afetadas, segundo os dados divulgados pelo Eurostat. O gabinete de estatísticas europeu revela que, em 2019, mais de um quarto da população estava em risco de pobreza ou exclusão social em sete Estados-Membros: Bulgária (32,5%), Roménia (31,2%), Grécia (30,0%), Itália e Letónia (ambos 27,3%, dados de 2018 para a Itália), Lituânia (26,3%) e Espanha (25,3%). As percentagens mais baixas de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social registaram-se, por outro lado, na República Checa (12,5%), Eslovénia (14,4%), Finlândia (15,6%), Dinamarca (16,3%). %), Eslováquia (16,4%), Holanda (16,5%) e Áustria (16,9%) (MSN)
Portugueses davam um terço do salário para acabar com a pandemia, revela inquérito
Um inquérito internacional feito no âmbito da pandemia revela que os portugueses davam cerca de 30% do seu salário para acabar com a pandemia de covid-19. Foi perguntado a quase 500 portugueses quanto estariam dispostos a oferecer do seu salário para que a pandemia terminasse. Em média, dispensariam 28,5% do seu salário, sendo que a população mais jovem daria um valor maior do que a mais velha. Os jovens entre os 18 e os 25 anos disseram ser capazes de oferecer 40% do salário. A percentagem para pessoas com mais de 45 anos foi de apenas 24%. Além disso, quase metade (42%) gostaria que a vacina chegasse primeiro a Portugal. Já 52% considera que a vacina deveria chegar a todo o mundo, isto é, a todos os países em simultâneo, e 6% defende que devia ser o país mais afetado pelo novo coronavírus a recebê-la primeiro.
Neste ponto, os Estados Unidos são o país mais ‘egoísta’ – tem a maior percentagem do grupo de países da amostra no que toca à disponibilização de uma vacina no seu país. Ou seja, mais americanos querem ser os primeiros a receber a vacina à frente do resto do mundo. De referir que, a nível global, os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia. Têm o maior número de casos e de mortes: 8,7 milhões e 226 mil, respetivamente, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O inquérito internacional em causa recolheu dados de quase 12 mil pessoas, de 137 países. Em Portugal teve como parceiro o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).
Foi coordenado por
investigadores do Centro de Segurança e Desenvolvimento Internacional, do
Instituto Mundial de Investigação em Economia do Desenvolvimento da
Universidade das Nações Unidas, do Instituto Leibniz de Culturas Vegetais e
Ornamentais e do Instituto de Estudos de Desenvolvimento (Executive Digest,
texto da jornalista Mara Tribuna)
Covid-19: Uso generalizado de máscaras na rua pode travar 45% das mortes, indica estudo
Um estudo desenvolvido pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, sobre a situação da pandemia em Portugal revela que o uso generalizado de máscaras na via pública, como a medida que entrou em vigor esta quarta-feira, pode reduzir o número de mortes em 45% já no final de Novembro. O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington fez uma projeção sobre a evolução do número de óbitos por covid-19 em Portugal tendo em conta dois cenários diferentes – com e sem máscara.
A projeção indica
que o seu uso generalizado nos espaços públicos poderá permitir chegar ao final
de Novembro com uma média diária cerca de 45% inferior no número de mortes pelo
novo coronavírus. Quanto ao número de infetados, o cenário indica que pode
haver uma redução de 50%, no mesmo período. O uso obrigatório de máscara na via
pública entrou em vigor esta quarta-feira. O incumprimento da medida pode levar
a multas entre os 100 e os 500 euros. A obrigatoriedade do uso de máscara
estende-se, no mínimo, por três meses, ou seja, até dia 5 de Janeiro do próximo
ano (Executive Digest, texto da jornalista
Mara Tribuna)
Primeiras vacinas? “Provavelmente serão imperfeitas”, diz especialista
A primeira geração de vacinas contra a Covid-19 “provavelmente será imperfeita” e “pode não funcionar para todos”, afirmou, esta quarta-feira, a presidente da ‘task-force’ de desenvolvimento de vacinas do Reino Unido, Kate Bingham. “No entanto, não sabemos se algum dia teremos uma vacina. É importante prevenir-se contra a complacência e o excesso de otimismo”, escreveu Bingham num artigo publicado no jornal médico ‘The Lancet’.
“Nenhuma vacina na
história da medicina foi tão esperada quanto a que protege contra a síndrome
respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2). A vacinação é
amplamente considerada como a única estratégia verdadeira de saída da pandemia
que atualmente está a espalhar-se globalmente”, pode ler-se na sua análise.
“Não sabemos se algum dia teremos uma vacina. É importante prevenirmo-nos contra o otimismo excessivo. É provávell que a primeira geração de vacinas seja imperfeita e devemos estar preparados para que não previna a infeção, ainda que reduza os sintomas e, mesmo assim, podem não funcionar para todos ou por muito tempo”, ressalvou a especialista. Bingham reconhece que “muitas, e possivelmente todas, as vacinas podem falhar”, acrescentando que o foco tem sido nas vacinas que devem provocar respostas imunológicas na população com mais de 65 anos, mas que a capacidade de produção global de vacinas é extremamente inadequada para os biliões de doses necessárias.
A produção da vacina no Reino Unido está a ser ‘igualmente escassa’, frisa a especialista. Um estudo realizado por cientistas do Imperial College London, divulgado esta terça-feira, descobriu que os anticorpos contra o novo coronavírus diminuíram rapidamente na população britânica durante o verão, sugerindo que a proteção após a infeção pode não ser duradoura, aumentando a perspetiva de diminuição da imunidade na comunidade. Segundo avançou o ‘Telegraph’, o governo britânico está a trabalhar com a suposição de que a segunda onda de coronavírus será mais mortal do que a primeira (Executive Digest, texto da jornalista Sónia Bexiga)
Sondagem: 85% dos portugueses a favor do uso obrigatório de máscara na rua
A grande maioria dos portugueses, 85%, é a favor do uso obrigatório de máscara na via pública, uma medida que entrou em vigor esta quarta-feira, revela uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias (JN) e a TSF. De acordo com o inquérito, 60% “concorda totalmente” com a obrigatoriedade do uso de máscara, em particular os cidadãos mais velhos – a sondagem revela que 73% dos que são desta opinião têm 65 ou mais anos.
Além disso, mais de metade (68%) dos inquiridos garantiu que já usava máscara na rua antes, sendo que, mais uma vez, o nível de adesão é maior nas pessoas mais velhas, com 65 ou mais anos. A medida, publicada em Diário da República (DR), entrou em vigor esta quarta-feira. O incumprimento pode levar a multas entre os 100 e os 500 euros.~A obrigatoriedade do uso de máscara estende-se, no mínimo, por três meses, ou seja, até dia 5 de Janeiro do próximo ano.
“É obrigatório o uso de máscara por pessoas com idade a partir dos 10 anos para o acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”, indica a lei.
Há quatro exceções. Nomeadamente, mediante apresentação de atestado médico de incapacidade multiusos ou declaração médica; declaração médica que ateste que a condição clínica da pessoa não se coaduna com o uso de máscaras; quando o uso de máscara seja incompatível com a natureza das atividades que as pessoas se encontrem a realizar; em relação a pessoas que integrem o mesmo agregado familiar, quando não se encontrem na proximidade de terceiros (Executive Digest)
Madeira: por favor mantenham políticos, partidos, caganças, vaidades e manipulações fora do debate sobre o futuro do nosso turismo
O turismo depende de haver ou não turistas,
não do que dizemos, escrevemos ou queremos. Mas para haver turistas, mais do
que as precauções tomadas por hotéis e restaurantes - que no caso da Madeira
reconheço que têm realizado um grande esforço para corresponderem às exigências
de segurança sanitária um momento tão estranho e deprimente como este que ainda
vivemos - precisamos apenas de ter turistas.
Numa conjuntura marcada por falências no sector, em que há companhias aéreas que não vão resistir, (e ninguém sabe o que vai acontecer à TAP), quando já temos mais de 200 aeroportos europeus falidos ou à beira da falência (e garante a ACI que esse número vai aumentar), o que precisamos enquanto destino diferenciador, é de discutir o futuro (o passado passou a ser lixo, nada valendo, e presente tem um prazo de validade que nunca foi tão reduzido), definir prioridades promocionais, adoptar medidas selectivas que evitem a proliferação descontrolada de empresas prestadoras de serviços, funcionando porta-sim-porta-não, ou frente-frente uma da outra, sem qualidade e que de forma leviana provocaram concorrência selvagem, uma espécie de caos empresarial no sector turístico (prestação de serviços periféricos), perceber se é recomendável estarmos numa terra como a nossa onde fecham negócios e se abrem tascas e restaurantes uns atrás dos outros, dezenas deles sem alguma vez terem tido qualquer qualidade e que se encontram hoje encerrados sem possibilidades de reabrirem (poderia falar, por exemplo, de rent-a-car que nem parques de estacionamento próprios foram obrigadas as ter, de pequenas tascas ou restaurantes em zona turística que nunca tiveram a visita de uma inspeção de controlo sanitário e de qualidade....).
quarta-feira, outubro 28, 2020
Biden mantém vantagem de quase 10 pontos, mas a corrida ainda tem muitas curvas
A média das sondagens nacionais das intenções de voto dos americanos para as presidenciais de 3 de novembro tem colocado o democrata Joe Biden perto de 10 pontos à frente do republicano Donald Trump (Infografia do Jornal Económico, por Mário Malhão e Shrikesh Laxmidas)
Açores: PCP com a pior votação de sempre e Bloco com a melhor de sempre
Conclusões: CDS com a pior votação nas regionais dos Açores desde 1996. O PCP com o pior resultado de sempre nos Açores desde 1976 até hoje! Bloco c om a melhor votaçlao de sempre, abaixo dos 4 mil votos, mas com cerca de mais 500 votos que os obtidos em 2016
terça-feira, outubro 27, 2020
Açores: evolução comparativa do PSD e do PS nas regionais
segunda-feira, outubro 26, 2020
Porto faz contas ao peso da TAP no Norte
Região pede todos os números das taxas de ocupação da companhia aérea
e diz ter alternativas. No dia 15 de outubro, o aeroporto de Lisboa registou
209 partidas e chegadas, com a TAP a responder por mais de 50% destes voos. O
aeroporto do Porto, no mesmo dia, registou 86 voos, com a TAP a assumir aqui
uma fatia de 25%. Para Álvaro Costa, professor da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, estes números “refletem a diferente abordagem da
companhia aérea aos dois aeroportos: a quota da TAP em Lisboa vai variando
entre os 50% e os 60%, tal como antes da pandemia, enquanto no Porto fica nos
20% a 25%”.
Especialista em transportes, atento aos números do sector, Álvaro Costa
admite que uma estratégia assente em questões de rentabilidade e taxas de
ocupação “se torna difícil de gerir quando está em causa uma empresa pública” e
quando há um histórico de “mudanças sucessivas na abordagem” à região.
Na frente política, a polémica do momento centra-se nas declarações do
ministro Pedro Nuno Santos no Parlamento. Se as quatro rotas criadas no Porto
depois de o Estado reforçar a posição na TAP (Amesterdão, Milão, Zurique e
Ponta Delgada) têm uma ocupação média de 46% e dão prejuízo, o presidente da
Câmara do Porto, Rui Moreira, pede a divulgação de todos os números. Exigir
dados sobre taxas de ocupação é uma reivindicação comum a autarcas, associações
empresariais e operadores turísticos. “Há companhias aéreas que dão esses
números, mas a TAP não”, comenta Nuno Botelho, presidente da Associação
Comercial do Porto, sem esquecer que já houve rotas canceladas, como a ligação
a Milão, “com taxas de ocupação de 90%”. “Porque não mostram os mapas com as taxas
médias de ocupação?”, insiste Condé Pinto, da APHORT — Associação Portuguesa de
Hotelaria e Restauração.
Questionada pelo Expresso, a TAP diz apenas que “o planeamento da rede de destinos e de voos e a retoma da operação são efetuados de acordo com as contingências da evolução da pandemia, oportunidades de procura detetadas e rentabilidade das rotas, tendo em vista a sustentabilidade”.
ADSE acaba com saldo positivo ano marcado pela pandemia
Excedente da ADSE vai crescer em 2020 “pelos piores
motivos”
Houve uma redução de 35% das faturas apresentadas pelos beneficiários à ADSE em 2020. Tal deverá levar a um excedente superior aos 50 milhões de euros registados em 2019.
A presidente da ADSE (Instituto de Proteção e Assistência na Doença)
admite que o excedente da operação em 2020 será superior ao do ano passado por
causa da quebra da despesa devido à pandemia. “Pelos piores motivos“,
classifica Maria Manuela Faria, explicando em entrevista ao Jornal de Negócios
e à Antena 1 que os custos diminuíram porque houve menos consultas devido ao
“medo no recurso aos cuidados de saúde” no início da pandemia.
Em 2019, a ADSE conseguiu um saldo positivo de 50 milhões de euros, o
qual deverá ser superado este ano com a quebra do número de consultas e meios
de diagnóstico verificada até ao verão. Em concreto, houve uma redução de 35%
das faturas apresentadas à ADSE pelos beneficiários. Quanto aos atrasos nos
reembolsos, a presidente assegura que a regularização passará a ser de 60 dias,
graças ao recurso a serviços externos, existindo neste momento 230 mil
reembolsos por fazer.
Maria Manuela Faria também esclareceu que as negociações com os privados
relativamente aos valores das tabelas estão a “correr bem”, após o confronto do
ano passado. A presidente da ADSE garante que a revisão não se traduzirá num
aumento exponencial de transferências financeiras para os privados. Contudo, as
novas tabelas não deverão estar prontas para entrarem em vigor em janeiro do
próximo ano (ECO)
Pandemia desequilibra sistema de Segurança Social
***
Pandemia encurtou em 10 anos almofada financeira das pensões
Na notícia avançada pelo “Público”, na análise da sustentabilidade do
sistema de Segurança Social, o Governo, 2020, apontava que os primeiros saldos
negativos do sistema providencial chegassem “no final da década de 2020”.
Agora, na proposta de OE para 2021, os números apresentados mostram que na verdade
o primeiro défice é agora esperado alguns anos mais cedo.
Bastaram dez meses para que se tivesse encurtado em uma década o prazo
previsto até ao esgotamento do fundo que serve de almofada financeira para o
sistema de pensões. Este tombo nas pensões foi provocado por uma contracção
recorde da economia e um aumento abrupto das necessidades de apoios sociais por
parte dos portugueses motivados pela pandemia.
Segundo a notícia avançada pelo “Público“, este domingo, no Orçamento de
Estado (OE) para 2020, na análise da sustentabilidade do sistema de Segurança
Social, o Governo apontava que os primeiros saldos negativos do sistema
providencial chegassem “no final da década de 2020”. Agora, na proposta de OE
para 2021, os números apresentados mostram que na verdade o primeiro défice é
agora esperado alguns anos mais cedo.
Nos números publicados, referentes apenas aos últimos anos de cada
década (2030, 2040, 2050 e 2060), verifica-se que se está a antecipar um défice
bem mais elevado em 2030. No OE 2020, o défice projectado era de 424 milhões de
euros e agora é de mais do dobro: 987 milhões. Um resultado mais negativo que
faz supor que o primeiro défice se possa verificar alguns anos antes do final
da década.
Depois, relativamente ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, que começa a ser usado a partir do momento em que se registam défices, as diferenças entre as projecções feitas no OE2020 e no OE2021 são muito significativas. Há dez meses, o executivo previa “um esgotamento do fundo na segunda metade da década de 2050”. Agora, estima que “o fundo se esgote na segunda metade da década de 40” (Jornal Económico)