quinta-feira, setembro 29, 2022

PSD foi “a reboque” do Chega e do PS. E precisa de arrumar uma bancada “ferida de morte”

Em dois dias consecutivos, Montenegro teve de vir desmentir uma aproximação ao partido de Ventura e viu-se comprometido “para futuro” com a solução a adotar para o aeroporto. Deputados do PSD não escondem o “desconforto” e esta quinta-feira Miranda Sarmento tem novo teste frente ao primeiro-ministro. “Já chega de andarmos com o Chega ao colo! E a oposição ao Governo não se faz?” O desabafo parte de um deputado do PSD que não gostou de receber, tal como os restantes colegas de bancada, um email do seu líder parlamentar para votar favoravelmente Rui Paulo Sousa, o terceiro nome indicado pelo Chega para a vice-presidência da Assembleia da República. Ainda para mais, quando se sabia que à terceira não seria de vez, pois o PS, que dispõe de maioria absoluta, já tinha deixado claro que votaria contra. O email seguiu na manhã de quinta-feira, horas antes de uma votação condenada à partida, e não surtiu efeito: além da barreira socialista e da restante esquerda parlamentar, pelo menos um terço dos deputados sociais-democratas não seguiram a indicação de Joaquim Miranda Sarmento, concertada com o presidente do partido. No dia seguinte, Luís Montenegro, acompanhado pelo vice-presidente Miguel Pinto Luz, reuniu-se com o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas para se fechar um acordo sobre o novo aeroporto de Lisboa.

Sondagem: Mulheres mais pessimistas com evolução da guerra na Ucrânia

 

Um terço das inquiridas prevê escalada para conflito direto entre NATO e Rússia (24%) ou uso de armas nucleares (9%). Dois terços dos portugueses (67%) defendem que os países da NATO devem continuar a dar ajuda militar à Ucrânia e cerca de metade (49%) acredita na vitória dos ucranianos, de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. A guerra, no entanto, vai prolongar-se no tempo (45%), ou escalar para um conflito direto entre Rússia e NATO (21%). Para uma minoria, será pior ainda: 7% dos inquiridos temem que termine numa guerra nuclear. Quando se pergunta aos portugueses sobre as suas expectativas de evolução do conflito, fica evidente que estão em clara maioria os que adivinham que a guerra, que já leva sete meses, será longa. Apenas uns escassos 15% acreditam que o desfecho será breve, seja porque haverá um acordo entre as duas partes (9%), seja porque a Ucrânia cederá território à Rússia (6%).

Sondagem: Governo passou do céu ao inferno em seis meses

PSD ainda não capitaliza as opiniões negativas sobre o Executivo. Chega e Ventura a subir. Jerónimo tem a maior queda entre os líderes partidários. Foi uma lua de mel intensa que levou a uma separação muito rápida. Em apenas seis meses — de março, quando o Expresso publicou o estudo pós-eleitoral e o Governo tomou posse, a setembro —, o Executivo liderado por António Costa passou da sua melhor avaliação de desempenho para a pior dos últimos três anos. Essa mudança, contudo, ainda não se reflete nas indicações de voto, que conti­nuam a ser lideradas pelo PS, com o PSD a recuperar muito pouco em relação ao resultado eleitoral de janeiro. De acordo com a sondagem feita pelo ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC, mais de metade dos portugueses consideram que o desempenho do Governo é “mau” (35%) ou “muito mau” (13%). Apenas 1% respondeu “muito bom”, enquanto 41% consideram que o desempenho é “bom”. Quando se cruzam as linhas entre os que avaliam o trabalho do Governo como “muito bom/bom” e os que o avaliam como “muito mau/mau”, é ainda mais fácil ver como a lua de mel existiu e durou tão pouco. Em março, dois meses depois das eleições e mês em que o Governo finalmente tomou posse, 65% dos inquiridos faziam uma avaliação positiva do Executivo. Era a melhor avaliação desta série de estudos, 10 pontos percentuais acima da segunda melhor, que tinha sido registada em abril de 2021.

Madeira, Açores e Canárias juntos no combate à poluição luminosa

 

Madeira, Açores e Canárias estão a criar em conjunto planos diretores municipais de iluminação pública para combater a poluição luminosa. A novidade foi avançada numa conferência promovida pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, no Caniço, que contou a participação de investigadores dos três arquipélagos. A medida faz parte do projeto Life Natura Night, que tem como objetivo reduzir a poluição luminosa que afeta as áreas protegidas da Macaronésia.

Cotrim de Figueiredo denuncia «esquadra chinesa» na Madeira

 

No debate na Assembleia da República, o deputado João Cotrim de Figueiredo (IL), denunciou que há esquadras chinesas a atuar em Portugal para repatriar cidadãos, uma delas na Madeira. “Há duas municipalidades chinesas, e possivelmente não são as únicas, que instalaram dezenas de esquadras informais de polícia em vários países do mundo para monitorizar, investigar e repatriar sob coação cidadãos de origem chinesa residentes nesses países. Três dessas esquadras informais estarão instaladas em Portugal, nas regiões de Lisboa, Porto e Madeira, onde conduzem essas atividades ilícitas sem conhecimento das autoridades portuguesas”, revelou o deputado liberal João Cotrim de Figueiredo. Segundo o mesmo, há “indícios de que estas esquadras se articulam com a rede do designado Departamento Frente Unida do Partido Comunista chinês, que é responsável pela propaganda favorável aos interesses da China comunista por todo o mundo. Portanto, temos alegações gravíssimas, quer do ponto de vista dos direitos humanos, pessoas com residência em Portugal que sob ameaça são repatriadas à força”. Uma questão, levantada pelo deputado, de fora da esfera de conhecimento de António Costa, que revelou não ter “nenhum conhecimento e, seguramente, os serviços também não têm, caso contrário já me teriam dado.”

ESTUDO PÓS-ELEITORAL: Nunca tantos portugueses decidiram o voto no dia da eleição

Estudo do ISCTE-ICS mostra recorde de decisão na última hora. Há 6% de eleitores PS arrependidos, mas são mais no PSD e BE. Nos últimos 20 anos, desde que há registo de estudos pós-eleitorais, nunca os portugueses guardaram tanto para o último dia a sua decisão quanto ao sentido de voto: foram 14% nestas últimas eleições, um valor que ganha peso se comparado com as anteriores legislativas. Até agora, o recorde tinha sido registado em 2005, quando 8% decidiram à última hora em quem votar, e desde então que a percentagem vinha a descer: foi de 3% em 2011 e de 5% em 2015. Estes são dados do estudo feito pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) para o Expresso e SIC e que tem por base uma sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 11 de fevereiro e 7 de março de 2022 — com trabalho de campo realizado pela GfK Metris. Agora, como nessa ida eleição de 2005, a decisão à última hora favoreceu o PS. Ao que conta o relatório do estudo, 28% dos que afirmam ter decidido no próprio dia da eleição votaram no PS, quase três vezes mais do que os que votaram no PSD (11%), e muito acima dos 6% que escolheram o Chega, 5% o BE, 3% a CDU e 2% a IL. Ao todo, 9% dos votos que o PS teve (mais de 2,3 milhões) terão sido de indecisos até à última hora, sem eles não haveria maioria absoluta.

Há 98% de probabilidades de haver uma recessão global


As luzes de alerta estão a piscar na economia global, à medida que a inflação elevada, os aumentos drásticos das taxas de juro e a guerra na Ucrânia mostram o seu preço. Existe atualmente uma probabilidade de 98,1% de haver uma recessão global, de acordo com um modelo de probabilidades gerido pela Ned Davis Research. Os únicos outros momentos em que esse modelo de recessão mostrou probabilidades tão elevadas aconteceram durante graves recessões económicas, mais recentemente em 2020, e durante a crise financeira global de 2008 e 2009. “Isto indica que o risco de uma recessão global grave durante algum tempo em 2023 está a aumentar", escreveram os economistas da Ned Davis Research, num relatório de sexta-feira passada. À medida que os bancos centrais aumentam os seus esforços para controlar a inflação, os economistas e investidores estão a ficar com perspetivas cada vez mais sombrias.

Maduro acusa EUA e Europa de "suicídio económico" para punir a Rússia

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos e a Europa de optarem pelo "suicídio económico" com o propósito de punir Moscovo pela invasão da Ucrânia. “Na Europa anunciam uma recessão da economia, porque a Europa e os Estados Unidos optaram pelo suicídio económico, tentando matar a Rússia”, disse o governante, durante um ato público transmitido pela televisão estatal venezuelana.

Maduro previu que “se anuncia uma grande recessão mundial”, numa altura em que a Venezuela “bate o recorde mundial de crescimento económico da economia real, não petrolífera”, que disse ser superior a 20% no atual trimestre. “Há que estudar as repercussões da recessão mundial sobre a economia da América Latina e da Venezuela”, frisou. “A Europa e os Estados Unidos decretaram o suicídio económico e social das suas sociedades, das suas economias, para prejudicar, para acabar com a Rússia”, disse o Presidente da Venezuela.

O melhor onze de sempre de Portugal para a Globe Soccer Awards? Não concordo totalmente

A Globe Soccer Awards publicou o melhor onze de sempre de Portugal. A dupla de ataque, como seria de esperar, fica entregue a Cristiano Ronaldo e Eusébio e há mais dois jogadores da década de 60 na equipa ideal. O que acha desta seleção nacional portuguesa? Trocava alguém? Eu sim, trocava

Dionísio Pestana já passou sete crises e espera no seu grupo atingir receitas-recorde de 500 milhões de euros em 2022

 

“Nunca desistrir e ter sempre um plano B”, é a fórmula do maior hoteleiro português para “sobreviver a crises”, apesar de reconhecer que está “preocupado com o que aí vem”. “É preciso ter sempre um plano B, ter confiança e nunca desistir”, enfatizou Dionísio Pestana, fundador e presidente do maior grupo hoteleiro português, na cimeira em Lisboa promovida pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Ao longo dos 50 anos do grupo Pestana, “já passámos por sete crises” e “quando se fala da inflação poder atingir 4%, eu já vivi tempos após o 25 de abril em que estava a 20%”, realçou.

“O modelo repete-se, quando o investimento está feito e se começa a consolidar, vem uma crise”, explicita Dionísio Pestana. “Acredito que é preciso ter sempre um plano B, com tesourarias alternativas se algo corre mal”. A crise da covid foi forte “e houve uma altura em que tivemos 100 hotéis fechados, com cinco mil trabalhadores à espera de salário, e conseguimos”. Em 2022, Dionísio Pestana espera atingir no seu grupo com 107 hotéis “um ano recorde, com 500 milhões de euros de receitas”. Com a atual crise aberta com a guerra na Ucrânia, Dionísio Pestana diz-se “preocupado com o que aí vem”, mas também “confortável com a solidez” do seu grupo (Expresso, texto da jornalista Conceição Antunes)

Crise energética. Regressa o teletrabalho e desligam-se as luzes

 


O Governo já tem preparadas as medidas para poupar energia. O Natal vai este ano ter menos luz, e serão impostos limites de temperatura nos edifícios da administração pública, com janelas e portas fechadas. O Governo vai voltar a recomendar o teletrabalho.

Combate à crise. Centeno alerta para efeitos negativos


Mário Centeno alerta para os efeitos negativos que medidas como apoios às famílias e corte de impostos podem ter. O governador do Banco de Portugal dá como exemplo o que aconteceu e está a acontecer noutros países.

Previsões do BCE. Marcelo preocupado com declarações de Lagarde

 

Christine Lagarde afirmou que a situação vai piorar antes de melhorar. Marcelo Rebelo de Sousa está apreensivo com as reações das economias e mercados financeiros.

Salário mínimo nacional vai perder poder de compra

 

Os trabalhadores que recebem o salário mínimo vão perder poder de compra, pela primeira vez, desde 2013. A evolução da taxa de inflação e a incerteza económica fazem com que os aumentos salariais anunciados tenham menos impacto nas contas dos portugueses.

Presidente do Banco Central Europeu critica política económica de Portugal

 

A presidente do Banco Central Europeu avisou que a situação económica vai piorar antes de melhorar. Christine Lagarde disse que as medidas orçamentais de cada Estado têm de ser temporárias e focadas nas famílias mais vulneráveis. O BCE criticou governos, como o português, por terem adotado medidas transversais.

Liga das Nações: quem vai à «final four», quem sobe e quem desce

Terminou a fase de grupos da Liga das Nações e já está tudo decidido quanto ao acesso à «final four», subidas e descidas de divisão e manutenções. Com os desfechos desta noite, no grupo 2 da Liga A, a Espanha garantiu em Portugal a última vaga na «final four» e a Suíça assegurou a manutenção na principal divisão. A República Checa desce à Liga B. Na Liga B, a Escócia e a Sérvia garantiram a subida à Liga A, depois de levarem a melhor na decisão direta com Ucrânia e Noruega, respetivamente. Já a Irlanda e a Eslovénia garantiram a manutenção e, assim, Arménia e Suécia descem à Liga C. Na Liga C, Kosovo e Irlanda do Norte garantiram a permanência e Chipre junta-se ao lote de quatro seleções que vai disputar o play-off para não descer à Liga D.

TUDO O QUE FICOU DECIDIDO:

QUALIFICADOS PARA A «FINAL FOUR»:

Croácia (A1), Espanha (A2), Itália (A3), Países Baixos (A4)

PROMOVIDOS:

Da Liga B à Liga A: Escócia (B1), Israel (B2), Bósnia (B3), Sérvia (B4)

Da Liga C à Liga B: Turquia (C1), Grécia (C2), Cazaquistão (C3), Geórgia (C4)

Da Liga D à Liga C: Letónia (D1), Estónia (D2)

DESPROMOVIDOS

Da Liga A à Liga B: Áustria (A1), República Checa (A2), Inglaterra (A3), País de Gales (A4)

Da Liga B à Liga C: Arménia (B1), Rússia (B2)*, Roménia (B3), Suécia (B4)

Vão disputar o play-off para não descer à Liga D: Lituânia (C1), Chipre (C2), Bielorrússia (C3), Gibraltar (C4)

*Automaticamente despromovida na sequência da suspensão aplicada pela UEFA às equipas russas (Maisfutebol)

Madeira: Economia regional abrandou ligeiramente

O Indicador Regional de Atividade Económica (IRAE) revela que, no mês de junho de 2022, a atividade económica regional mantém-se em crescimento, embora de forma menos pronunciada do que no mês anterior. Como a DREM referiu na primeira divulgação do IRAE, em outubro de 2017, o objetivo do mesmo é “sinalizar o comportamento da atividade económica, nomeadamente no que se refere à sua direção e magnitude das flutuações: se esta se encontra em terreno positivo ou negativo, as acelerações, desacelerações e a identificação de pontos de viragem”. O seu valor quantitativo, assume por isso uma importância secundária, não se apresentando o mesmo como um substituto da variação real do Produto Interno Bruto, a ser apurada com um conjunto mais variado e completo de informação estatística, muito embora haja uma forte correlação entre as duas variáveis.

No 2.º trimestre de 2022: Venda de alojamentos familiares na RAM continuou em alta

No 2.º trimestre de 2022, transacionaram-se 1 100 alojamentos na Região Autónoma da Madeira (RAM), o que representa um aumento trimestral de 7,4% e homólogo de 14,6%. Do total de alojamentos vendidos no trimestre, 927 diziam respeito a alojamentos existentes (84,3% do total), sendo os restantes 173 (15,7%) alojamentos novos. Face ao trimestre anterior, estes dois tipos de alojamentos evidenciaram evoluções contrárias, ou seja, as vendas de alojamentos existentes aumentaram 11,8% e as vendas de alojamentos novos diminuíram 11,3%. Quando feita a comparação com o trimestre homólogo, verificaram-se, pela mesma ordem, variações de +14,3% e +16,1%.

Madeira: Dívida bruta da Administração Pública Regional situava-se em 4 968,7 milhões de euros (final do 2º trimestre de 2022)



No final do 2.º trimestre de 2022, a dívida bruta da Administração Pública Regional (APR) situava-se em 4 968,7 milhões de euros, tendo diminuído cerca de 300,7 milhões de euros (-5,7%) face ao final do trimestre anterior e aumentado 2,6 milhões de euros (+0,1%) comparativamente ao período homólogo. A diminuição da dívida da APR verificada neste trimestre é explicada pela amortização de empréstimos utilizando para esse efeito quer a emissão obrigacionista ocorrida em março de 2022, quer receitas próprias da Região. Analisando a evolução da composição da dívida bruta por instrumento financeiro observa-se que o peso dos empréstimos diminuiu de 51,2% para 46,8% entre o 2.º trimestre de 2021 e o homólogo de 2022, sucedendo o inverso no que respeita à dívida titulada, cujo peso, no mesmo período, subiu de 48,8% para 53,2%.

Madeira: Número de divórcios baixou face ao ano anterior, atingindo o valor mais baixo dos últimos 20 anos



Os dados provisórios dos casamentos dissolvidos por divórcio mostram que, em 2021, foram decretados 451 divórcios de casais cuja morada de famílias situava-se na Região Autónoma da Madeira, menos 60 do que em 2020, o que corresponde a uma taxa bruta de divorcialidade de 1,8‰. O número de divórcios registado em 2021 é o mais baixo desde 2002. A totalidade dos divórcios decretados diziam respeito a divórcios entre pessoas de sexo oposto, não sendo registados quaisquer divórcios entre pessoas do mesmo sexo. Entre 2020 e 2021 o município da Calheta (+8) foi o único a registar um aumento no número de divórcios.

No Porto Moniz e Santana registaram-se as menores taxas de divórcio (1,2‰ em ambos os municípios). Em Santa Cruz (1,9‰) e Porto Santo (1,9‰) o número de divórcios por mil habitantes excedeu o valor regional (1,8‰). Em 2021, a idade média ao divórcio era de 48,0 anos para os homens e de 45,4 anos para as mulheres (47,6 anos e 44,3 anos em 2020, respetivamente). Dos divórcios decretados, apenas 27,1% resultaram de casamentos com duração superior a 24 anos (DREM)

Esperança de vida à nascença na Região manteve uma tendência crescente



No triénio 2019-2021, a esperança de vida à nascença para a população residente na Região Autónoma da Madeira (RAM) foi estimada em 78,55 anos, sendo de 74,80 anos para os homens e de 81,74 anos para as mulheres. Comparativamente ao triénio 1999-2001, a longevidade na Região cresceu 5,39 anos, sendo que nos homens esse aumento foi de 6,33 anos e nas mulheres de 4,36 anos. A esperança de vida à nascença continua a ser superior para as mulheres, contudo a diferença para os homens tem vindo a diminuir, passando de 8,64 anos em 1999-2001 para 6,67 anos em 2019-2021. Não obstante, na Região, a diferença de longevidade entre mulheres e homens permanece superior à diferença verificada nas restantes regiões NUTS II (5,70 anos no País). As maiores diferenças observaram-se nas Regiões Autónomas dos Açores (7,10 anos) e da Madeira (6,67 anos) e as menores na Área Metropolitana de Lisboa (5,63 anos) e no Norte (5,66 anos).

quarta-feira, setembro 28, 2022

58% não querem continuar a trabalhar no turismo

 

Tem sido um dos sectores a puxar pela recuperação económica do país no pós-pandemia, mas as bases do turismo são frágeis no que toca à capacidade de atrair e reter profissionais. Nos últimos meses, enquanto aumentava a procura de Portugal como destino turístico de eleição, cresciam também as queixas dos empresários sobre a incapacidade de contratar trabalhadores para o sector, mesmo com aumentos salariais. Mas a dimensão do problema é mais ampla. Um estudo da empresa de trabalho temporário Eurofirms, a que o Expresso teve acesso, destaca que não só é difícil contratar para o ramo da hotelaria e restauração como a maioria dos ­atuais trabalhadores (58%) quer abandonar a área dentro de cinco anos.

O retrato do sector ajuda a explicar as dificuldades que tem atravessado no que à contratação e retenção de profissionais diz respeito. O turismo é conhecido pelos seus horários difíceis, salá­rios baixos e vínculos precários, mas o panorama ganha perspetiva quando se quantificam estes universos. O mesmo estudo da Eurofirms, feito em maio deste ano junto de mais de 500 profissionais colocados no sector, mostra que, embora a qualificação tenha vindo a aumentar, 61% mantêm vínculos precários, 41,8% incapacidade de conciliar a atividade com a vida familiar devido aos horários praticados e mais de metade (54%) leva para casa um salário até €800 brutos mensais.

Porto Santo vai produzir 60% de energia renovável em 2025

 

A Empresa de Eletricidade da Madeira quer que o Porto Santo produza 60% da energia renovável em 2025. O projeto "Porto Santo Verde", livre de combustíveis fósseis, foi iniciado há quatro anos. Neste momento, a adesão de particulares é fraca.

Dos 308 presidentes, cerca de 43% terão de sair em 2025

 

Um ano após as autárquicas, os partidos já preparam terreno para as eleições de 2025, que serão uma prova de fogo para as lideranças e para os eleitos, uma vez que a limitação de mandatos mudará cerca de metade dos presidentes de câmara. Dos 308 presidentes, cerca de 43% terão de sair, o que constitui um risco, mas também uma oportunidade de mudança. Incluem 47 dos 114 eleitos pelo PSD, e 64 dos 148 do PS que, segundo as contas do partido, estão no terceiro e último mandato. Mais de duas centenas de eleitos para os órgãos locais a 26 de setembro de 2021 já não estão em funções. Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), as câmaras a quem cabe comunicar a substituição de eleitos locais já informaram a Administração Eleitoral da Secretaria Geral do MAI que houve 240 substituições no total de autarcas eleitos em 2021. A Administração Eleitoral desconhece os motivos, por não ter acesso a essa informação (Lusa)

Medina comprou um T4 em Lisboa por 645.000€ em 2016. Apartamento custava 843.000€ em 2006. Investigação está parada

Isabel Teixeira Duarte vendeu a Fernando Medina um apartamento por um valor 23% inferior àquele que havia pago 10 anos antes. O caso levantou suspeitas e decorre uma investigação ao agora ministro das Finanças. Só que o caso não avança e continua em segredo de justiça. Desde 2017 que Fernando Medina é alvo de um inquérito por parte do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. O processo ainda está em curso e em causa está a compra de um apartamento de luxo, adquirido por um preço que não condizia com a situação imobiliária da altura, revela o jornal "Correio da Manhã" deste sábado, 24 de setembro. O imóvel de luxo é um T4, duplex, localizado na zona das Avenidas Novas, em Lisboa, uma das zonas mais caras da capital. Em 2016, Medina comprou-o a Isabel Teixeira Duarte, uma familiar dos donos da construtora Teixeira Duarte, por 645.000€. Este preço seria bastante inferior aos praticados na altura no mercado imobiliário. Ao mesmo tempo, o valor da compra de Medina destoava do preço original do imóvel, adquirido em 2006, por 843.000€ (sendo uma desvalorização de 23%).

No entanto, o ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa diz não ter conhecimento de nenhuma investigação, nem foi constituído arguido. "Desconheço qualquer averiguação ou inquérito. Em nenhum momento fui ouvido ou questionado sobre o tema", revela ao mesmo jornal. A Procuradoria-Geral da República garantiu que o o inquérito se encontra "em investigação e sujeito a segredo de justiça", estando a ser "coadjuvado pela Polícia Judiciária". Aberto em 2017, o processo foi iniciado tendo uma denúncia anónima como mote. O objetivo é apurar se Medina tirou partido das suas funções enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa para fazer a compra e quais são as relações comerciais que estabelece com a construtora (MAGG)

Só ele? Conheço tantos.... António Costa e a tentação do imobiliário



Depois de vender a cave que possuía em Benfica, em 2021, o PM comprou um apartamento T1 de luxo na zona, por cerca de 276 mil euros. Mas o seu historial de imóveis é longo. Não é segredo para ninguém que o primeiro-ministro conta, ao longo dos últimos anos, com um ritmo de compra e venda de casas digno de registo, mas nunca deixa de ser notícia quando António Costa volta a investir no mercado imobiliário nacional. Esta semana, o semanário Tal&Qual revelou que o líder do PS comprou, em Benfica, um apartamento T1 de luxo por 276 mil euros, no empreendimento ‘Fábrica 1921’, um projeto com «traço de autor que pretende criar espaços para viver, brincar e crescer, no bairro típico lisboeta de Benfica», conforme o define a construtora Teixeira Duarte. A compra foi realizada em planta, corria o ano de 2018, e o apartamento deverá ficar pronto até ao final deste ano. 276.050 euros foi o valor pago por António Costa pelo apartamento do empreendimento construído nas instalações da antiga Fábrica Simões, que a Teixeira Duarte comprou em 1998, segundo consta  na declaração de rendimentos que o próprio entregou no Tribunal Constitucional (TC), nos termos da lei, em 25 de maio último.

Assembleia da República: insatisfação agita bancada do PSD

Casos de deputados afastados, ‘tiques de autoritarismo’ e um ‘apelo’ que não convenceu. Sociais-democratas falam num clima de descontentamento em relação ao líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento. O apelo feito pelo líder do grupo parlamentar do PSD na quinta-feira de manhã não caiu bem junto de alguns deputados sociais-democratas e deixou a nu  alguns sinais de desagrado e de tensão na bancada. «Nunca se verificou a nível institucional termos um presidente do grupo parlamentar a apelar ao voto noutro partido», confessa ao Nascer do SOL um influente social-democrata, em reação à indicação por email de Joaquim Miranda Sarmento para que os deputados votassem no vice-presidente da Assembleia da República indicado pelo Chega, Rui Paulo Sousa. Pela terceira vez o Chega falhou a eleição, obtendo apenas 64 votos favoráveis, o que significa que, dos 78 deputados do PSD, no máximo só 52 acataram o pedido da direção da bancada. E de acordo com fontes sociais-democratas, para este resultado contribuiu um clima de «insatisfação» provocado por um conjunto de situações que se têm vindo a acentuar com o retomar dos trabalhos parlamentares após o período de férias.

Regiões ultraperiféricas vão receber mais dinheiro

 

A comissária europeia para a coesão e reformas assegura que as regiões ultraperiféricas terão acesso a montantes financeiros sem precedentes, no período 2021-2027.

República avança em outubro com candidatura para os cabos submarinos


O tempo de vida útil dos atuais cabos submarinos que ligam os Açores, a Madeira e o Continente está a esgotar-se. O Governo da República tem sido sucessivamente alertado para a necessidade de os substituir. Portugal falhou a primeira fase de candidaturas a um programa específico da Comissão Europeia. O Ministério das Infraestruturas já fez saber que deverá ser apresentada uma candidatura à segunda e última fase, que tem inicio em outubro.

Fundação Berardo: Providência contra extinção enviada para o Supremo

O Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal declarou-se incompetente para apreciar a providência cautelar interposta pela Fundação José Berardo contra a extinção decretada pelo Governo e remeteu a decisão para o Supremo Tribunal Administrativo (STA). Segundo adiantou à Lusa fonte ligada ao processo, a instância administrativa e fiscal madeirense considerou hoje não ser competente para analisar a ação apresentada pela Fundação José Berardo no final de agosto e que teve um efeito suspensivo sobre a anunciada extinção da entidade. Confrontado pela Lusa com esta decisão judicial, o advogado da Fundação José Berardo, Paulo Saragoça da Matta, mostrou surpresa e discordância, admitindo que este desfecho possa atrasar ainda mais uma resolução para o diferendo entre a instituição e o Governo.

Demografia: Norte regista valor mais elevado da esperança de vida à nascença

 

A região Norte regista o valor mais elevado da esperança de vida à nascença em Portugal e a Área Metropolitana de Lisboa aos 65 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística relativos ao triénio 2019-2021, divulgados esta segunda-feira. Neste triénio, a esperança de vida à nascença, para Portugal, foi estimada em 80,72 anos, o que correspondeu a uma redução de 0,34 anos (4,1 meses) relativamente ao triénio anterior (81,06 anos), segundo as “Tábuas de Mortalidade em Portugal – NUTS [Nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos] (2019-2021)”. Neste período, refere o INE, “em resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia da doença covid-19, registaram-se, também, reduções na esperança de vida para a maioria das regiões NUTS II e III”. Contudo, ressalva, o impacto da pandemia foi diferenciado nas regiões do país.

Quais são as empresas que pagam IRC em Portugal?

Uma ínfima parte de 0,3% das companhias é responsável por mais de 48% da coleta de imposto. Faturam acima de 25 milhões de euros, localizam-se em Lisboa, Porto e Braga e estão, sobretudo, no sector financeiro, no retalho e na reparação de veículos. Talvez a característica mais impressiva do panorama dos impostos sobre as empresas em Portugal seja o facto de quase metade do valor do IRC cobrado pelo Estado ser pago por um número ínfimo de contribuintes coletivos. Da análise do IRC liquidado por escalões de volume de negócios – cujos dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) estão disponíveis no Portal das Finanças – verifica-se que as sociedades que faturam acima de 25 milhões de euros, e que representam apenas 0,3% do total de sujeitos passivos, são responsáveis por 48,4% do imposto arrecadado. Por outro lado, os empresários cujo volume de negócios é inferior a 500 mil euros representam 88% do total de declarações, mas entregam ao Fisco somente 14,7% do IRC total. De acordo com as últimas estatísticas publicadas pela AT, em 2020, o valor o IRC obtido pelos cofres públicos registou uma quebra “significativa” face ao período de tributação do ano anterior: menos 19,2% para 4.026 milhões de euros. Entretanto, com uma economia ainda em recuperação e dada a suspensão do pagamento especial por conta (PEC), que tirou 50,4 milhões de euros à receita, em 2021, o valor obtido com o imposto voltou a emagrecer, segundo dados da Direção-Geral do Orçamento.

Portugal e a pobreza: “Cenário é grave e deve ser encarado com seriedade”

Dados do Eurostat mostram um país pobre, só atrás da Roménia no que diz respeito a ‘recibos verdes’: mais de 30% dos trabalhadores independentes estão em risco de pobreza. Os mais recentes dados do Eurostat são duros para Portugal: no ano passado, quase um quarto dos trabalhadores independentes da União Europeia estavam em risco de pobreza ou exclusão social. Em Portugal, são um terço. E só a Roménia aparece pior na fotografia. «Ao nível nacional, em 2021, a Roménia, Portugal e a Estónia registaram a proporção mais elevada de trabalhadores por conta própria em risco de pobreza e exclusão social (70,8%, 32,4% e 32,2%)», revelou o gabinete de estatística europeu, expondo a precariedade do trabalho a recibos verdes e sem contrato no país. Na média dos países da UE, a situação também se degradou, mas não tanto. De acordo com os dados divulgados, comparativamente com 2020 e analisando as categorias ‘desempregado’, ‘reformado’, ‘empregado’ e ‘trabalhador independente’, esta última foi a única que registou uma deterioração da situação de pobreza, passando de 22,6% para 23,6%. Em contraste, a situação de pobreza dos trabalhadores por conta própria melhorou em 11 países, com a Irlanda e a Hungria a registarem a maior diminuição dessas taxas de 2020 a 2021 (-3,2 e -3,7 pontos percentuais, respetivamente).

Relatório bombástico gera divisão na igreja portuguesa

A Conferência Episcopal Portuguesa fez um inquérito nacional e conclui que a Igreja precisa de mudar. O casamento dos padres, a igualdade de género e a aceitação da comunidade LGTBi+ são as novidades. Os mais conservadores não concordam com as conclusões e propõem uma ‘perspetiva diferente’. Um autêntico vendaval, que pretende abrir as janelas da Igreja e afastar todo o pó existente, deixando apenas os alicerces, é o melhor retrato do documento elaborado pela Conferência Episcopal Portuguesa, para fiéis que se identificam com o Relatório de Portugal. Usando uma linguagem mais coloquial, a Igreja portuguesa, dando seguimento a um pedido do Papa Francisco, fez um inquérito a nível nacional para apurar o que é preciso fazer para ser mais inclusiva e estar de acordo com os tempos que vivemos. As conclusões desse estudo, publicado em agosto, estão a dividir a Igreja por falarem em questões fraturantes, uma palavra tão em voga. O que chocou a ala mais conservadora foram os capítulos dedicados à inclusão, ao fim do celibato dos sacerdotes e à igualdade da mulher em relação ao homem.

Agravamento de prejuízos da SATA causa estranheza nos Açores, em altura de recuperação pós-covid


O PS/Açores pediu a audição urgente da secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas do governo açoriano e do presidente da SATA na Assembleia Regional, devido ao “agravamento das contas” da companhia aérea. Os socialistas avançam que submeteram um requerimento para uma “audição urgente” na comissão de Economia do parlamento açoriano da secretária regional Berta Cabral e do presidente do conselho de administração da SATA, Luís Rodrigues, sobre o “agravamento das contas da companhia”. Os socialistas evocam os dados do primeiro semestre do ano da Azores Airlines (empresa do grupo responsável pelas ligações do arquipélago com o exterior), “que evidenciam um agravamento dos prejuízos de 36,6 para 47,7 milhões de euros, quando comparados com o primeiro semestre de 2021”. O PS alerta que aqueles dados “contrariam as notícias que foram tornadas públicas de que a empresa estaria em recuperação” e podem “colocar em causa” o “cumprimento” do plano de reestruturação da SATA. Segundo o partido, o “requerimento foi aprovado por maioria, apesar dos votos desfavoráveis do PSD e CDS-PP”.

É mesmo melhor isso, escreva, escreva: Passos começa a escrever a história


Ainda não é desta que publica o ‘seu’ livro sobre o marcante período em que governou o país — “compromisso” que promete cumprir “numa análise mais pormenorizada” —, mas Pedro Passos Coelho aceitou prefaciar “Diplomacia em tempo de troika”, do ex-embaixador de Portugal na Alemanha, Luís de Almeida Sampaio, e fala pela primeira vez do PS atual. Após ter ido à festa de verão do PSD, em agosto, avisar que não tem dúvidas de que “Portugal vai precisar de um Governo diferente daquele que temos”, Pedro Passos Coelho revê em 36 páginas o “falhanço clamoroso” dos Governos de Sócrates, as “muralhas da dívida”, a “forte austeridade” dos PEC, a “economia estagnada e incapaz de gerar riqueza”, o “desagrado de Merkel” quando ele descolou do PEC 4, precipitando o resgate, as “dificuldades” da sétima avaliação da troika perante a “crise da demissão de Portas e a nega de Seguro” e, numa nota de rodapé, ainda quebra o silêncio sobre quem hoje governa o país para espicaçar a ferida do momento: como governa a esquerda em ciclos de crise?

sábado, setembro 24, 2022

Opinião: Cimeiras não chegam...

Este ano foram retomadas as cimeiras insulares, Madeira-Açores, iniciadas em 1977. Recordo-me que nesse ano estive em Ponta Delgada a acompanhar a primeira edição destes encontros. Mota Amaral e Ornelas Camacho lideravam os primeiros governos insulares, Alberto João Jardim era o lider parlamentar do PSD na Assembleia Regional da Madeira (não tenho a certeza mas julgo que era Natalino Viveiros no caso do PSD-Açores) e as autonomias regionais, constitucionalmente consagradas em 1976, davam ainda os seus primeiros mas ambiciosos passos.

Não duvido que é importante retomar estes encontros, sobretudo depois de anos de interregno. Houve uma altura em que haviam Cimeiras alargadas tambem às Canárias, apesar das diferentes especificidades autonómicas entre os 3 arquipélagos, neste caso visando uma estratégia comum no plano europeu e da construção do conceito da ultraperiferia, realidade que só anos depois (considerando o ano de 1977) foi institucionalizada no quadro comunitário.

É importante retomar por que estas cimeiras têm que ser úteis, não apenas usadas poara fins mediáticos sempre idiotas em determinados momentos em que em cima da mesa estão assuntos substancialmente mais importantes que essa palhaçada mediática que alimenta tantos egos na política dos dias que correm. Estas Cimeiras não devem ter subjacente uma lógica partidária. Mas no fundo foi isso que aconteceu, sobretudo depois do PS ter chegado (com Carlos César)ao poder nos Açores, altura em que distanciamento entre Madeira e Açores foi crescendo. As Cimeiras são, devem ser, encontros institucionais destinados a analisar questões comuns e a definir estratégias iguais por parte das ilhas junto do sempre desconfiado, pouco amistoso e centralista poder político em Lisboa. Independentemente dos avanços, que nunca foram significativos até hoje, há que pressionar, na certeza de que não chegam apenas as Cimeiras e os documentos nelas assinados. Há todo um trabalho político, em Lisboa, que tem que ser persistente, pragmático e construtivo, atitude que, sem submissões, assume sempre uma dimensão fundamental na obtenção de algum sucesso no processo reivindicativo das autonomias.

sexta-feira, setembro 23, 2022

Sondagem: Os mais atingidos pela crise admitem ceder à Rússia

 

Apoio da população à resistência ucraniana é maioritário, mas 32% admitem ceder à Rússia para acabar com a guerra. Entre os mais vulneráveis, a maioria já é outra. “A guerra vai ter custos enormes para a vida de todos”, avisou Marcelo Rebelo de Sousa em março, pouco depois de Vladimir Putin ter dado ordem de invasão da Ucrânia. Passaram sete meses desde esse dia, o aumento dos preços estendeu-se a bens essenciais e a todo o mundo, o impacto nas economias — e nas famílias — tornou-se palpável. Em Portugal, passado este tempo, quase um terço dos portugueses assume uma posição contracorrente: “Seria melhor que a guerra terminasse o mais depressa possível, mesmo que isso implique ceder às exigências da Rússia e as suas consequências.” Foi esta a resposta de 32% dos inquiridos na sondagem do ICS/ISCTE, realizada para o Expresso e SIC, que quis medir o sentimento das famílias face à evolução do conflito na Europa. A resposta estava em confronto com outra, a que responderam (ainda) mais de metade dos inquiridos, 54% deles: “Seria melhor que a Ucrânia continuasse a resistir à Rússia, mesmo que isso implique prolongar a guerra e as suas consequências.”

Cardeal Tolentino Mendonça vai ser o próximo "ministro" da Cultura e Educação do Vaticano

 

O cardeal português José Tolentino Mendonça, atual arquivista e bibliotecário da Santa Sé, vai ser responsável pelo novo Dicastério para a Cultura e a Educação do Vaticano, o que pode ser equiparado a um ministério. A informação foi avançada pelo jornal “Sete Margens”, que cita fontes eclesiásticas. A nomeação vai ocorrer “dentro de dias”, possivelmente já no início da próxima semana, e surge no âmbito da entrada em vigor da nova constituição Praedicate Evangelium (“Anunciai o Evangelho”), que regula e renova o funcionamento da Cúria Romana. Tolentino Mendonça terá a seu cargo a rede escolar católica do mundo inteiro: outras 217 mil escolas com 62 milhões de crianças, e 1360 universidades católicas, 487 universidades e faculdades eclesiásticas, num total de 11 milhões de alunos. O cardeal português de 56 anos, que também é colunista do Expresso, vai coordenar ainda as relações entre a Igreja e o mundo da cultura, literatura, artes e património. Vai trabalhar com o bispo Carlos Azevedo. Poeta, teólogo e biblista, Tolentino Mendonça foi responsável pelo Secretariado da Pastoral da Cultura da, e é ainda capelão e vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa (UCP). É um dos três cardeais portugueses que podem votar num conclave para escolher o Papa (Expresso, texto do jornalista Tiago Miranda)

Maiores obras públicas nem metade dos fundos gastaram

 

Ao nono ano deste “velho” quadro comunitário Portugal 2020 ainda há grandes investimentos públicos com dificuldades em sair do papel, apesar do financia­mento europeu na ordem dos 85%. Basta olhar para os mais recentes dados do portal Mais Transparência e fazer um zoom à taxa de execução das 20 maiores obras públicas apoia­das pelo Portugal 2020. Os dados referem-se a 30 de junho de 2022, quando faltava ano e meio para o fim do prazo deste quadro comunitário, que arrancou em 2014 e termina em 2023. Então, o conjunto das 20 maiores obras públicas só executara 40% do envelope de €1,1 mil milhões a que teve direito no Portugal 2020. Apenas meia dúzia destas obras conseguiu investir 70% ou mais dos fundos obtidos. A maioria tem, pelo menos, dois terços dos fundos ainda por gastar. A mais atrasada é a construção do Hospital Central do Alentejo, que arrancou em 2021: só executou 3% dos €40 milhões aprovados pelo Alentejo 2020.

A Infraestruturas de Portugal (IP) responde por metade destas grandes obras públicas. A maioria são da Ferrovia 2020, apoiadas pelo programa Compete 2020. E tem duas obras que só mais tarde garantiram fundos do programa POSEUR, após a grande reprogramação do Portugal 2020 de 2018. A modernização da Linha Ferroviária de Cascais obteve €50 milhões, dos quais executou 7%. E o Sistema de Mobilidade do Mondego executou 16% dos €57 milhões. Impossíveis de concretizar no Portugal 2020, ambas as obras deverão ser divididas em duas fases, passando a segunda fase para o Portugal 2030. Bruxelas já flexibilizou esta regra de transição entre quadros comunitá­rios para mitigar o corte de fundos. O Governo já admitiu que vai fasear a Ferrovia 2020 e terminá-la após 2023.

Sondagem Expresso/SIC: maioria dos portugueses já corta no lazer, gás, luz e água (e muitos em bens essenciais)

 

Portugueses já reduzem consumos, para fazer face ao enorme aumento dos preços, mostra a sondagem do ISC/ISCTE. Um terço teve de cortar em bens de primeira necessidade e 19% em despesas de saúde. Prestação da casa é um risco para 57%. Se já são 48% os portugueses que dizem viver com dificuldade com os seus atuais rendimentos — mais sete pontos do que há seis meses —, como é que todos se estão a adaptar à subida histórica da inflação? A maioria com cortes em despesas de lazer, mas também muitos com cortes em produtos essenciais para o dia a dia, conclui a sondagem realizada pelo ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC. A primeira resposta faz parte de todos os livros de história económica: é no lazer que as famílias cortam primeiro quando têm de controlar os gastos. Assim, 72% dos portugueses admitem ter lidado com o aumento de preços evitando “despesas com atividades de lazer, tais como pas­seios, refeições fora de casa, hobbies, cinema ou espetáculos”. Mas não chega. Em cima disto, 62% dos que responderam ao inquérito dizem ter “diminuído o uso de eletricidade, gás e/ou água em casa”, num contexto de aumento generalizado dessas contas. É também uma maioria, demonstrando como o aperto já chega a grande parte da classe média.

Sondagem SIC/Expresso: pacote de ajuda do Governo desagrada, mas não tanto aos pensionistas

 

Mais de um terço dos portugueses não gostaram das medidas anti-inflação apresentadas por António Costa, mostra a sondagem ICS/ISCTE. Mas os reformados são dos menos descontentes, apesar da polémica das últimas semanas. Famílias ‘aflitas’ sobem sete pontos em seis meses. Para 87% dos inquiridos o pior está para vir. Há três semanas que a oposição critica reiteradamente o Governo por se preparar para fazer um corte no valor-base das pensões a partir do próximo ano, há três semanas que no mundo mediático se critica a forma que o Governo escolheu para aliviar os pensionistas do aumento da inflação, ou o modo como o anunciou. Mas, se as medidas anunciadas por António Costa para aliviar o impacto da inflação na vida das famílias, aprovadas agora pelo Parlamento, não merecem aplauso da maioria dos portugueses, elas também não parecem ter melindrado particularmente os eleitores socialistas, ou sequer os pensionistas. De acordo com a sondagem ICS/ISCTE realizada para o Expresso e a SIC, são mais os inquiridos que consideram as medidas “más” ou “muito más”, 36%, do que aqueles que as veem de forma positiva (18%), mas o pacote “Famílias Primeiro” acaba por ser visto como neutro para 41% dos inquiridos neste estudo.

Nota: como vai ser Marítimo?


Não sou do Marítimo mas incomoda-me o que ser passa, no plano desportivo, com o clube madeirense. Por isso, perante novas notícias hoje publicadas na imprensa, acho que é fundamental a Rui Fontes, de quem sou amigo, pugnar, caso concorde, por duas prioridades: por um lado, rever a política de comunicação que no caso do Marítimo me parece algo desastrosa, porque demasiado institucionalizada. Em, segundo lugar o Rui tem que pegar o "boi pelos cornos" e transmitir aos sócios uma outra imagem do Presidente do clube, de alguém que controla a situação, que vai ao encontro da equipa, que fala olhos-nos-olhos aos jogadores e técnicos, quando for necessário, um Presidente que está empenhado em resolver o problema do Marítimo que continua sem nenhum ponto conquistado. Uma certa ideia de fragilidade presidencial - pelo menos é essa a minha opinião, mas admito que esteja errada - a par de uma comunicação que tem que sair dos limites institucionais e se "popularizar" - como outros clubes fazem - é essencial. Como sou dos "antigos" olho para o futebol profissional - e não quero abordar a questão da SAD por que no caso do Marítimo continuo sem perceber a sua utilidade, salvo se é obrigatória essa opção (julgo que não é) ou se existe a intenção a médio prazo, de abrir a instituição a accionistas privados -  para as suas virtudes e limitações, comparando com passado recente. Nesse contexto, acho que a figura de um secretário-geral no clube - não confundir com o director desportivo limitado à equipa de futebol, poderia ser uma boa solução. Mas repito, não sendo sócio, nem simpatizante do Marítimo, mas madeirense que acha que o nosso futebol tem que ir muito mais além do que um sobe-e-desce ou lutar apenas pela sobrevivência (o Gil Vicente foi esta época a uma prova europeia, será que é mais do que o Marítimo?) - nenhum dos casos é uma mais-valia para a RAM, digam o que disserem - gostaria que dessemos rapidamente a volta a deixássemos de ser o primeiro, de baixo para cima. E nestes tempos de crise, de incerteza, de medo e de ansiedade das pessoas, o "maior das ilhas" tem responsabilidade acrescida, a de pelo menos manter os egos dos seus bem elevados e não acentuar um ambiente algo depressivo que se aproxima. Ora nem isso sucede, infelizmente, com este último lugar e zero pontos em 7 jogos realizados. Claro que o ambiente pior fica quando vemos comentadores - e eu vi e ouvi - dizerem que o CSM é o primeiro candidato à descida, que não joga nada e que não tem um plantel de qualidade. Isso foi repetidamente afirmado nas televisões após a goleada na Luz. (LFM)


segunda-feira, setembro 19, 2022

Sondagem: PS lidera intenções de voto mas PSD aproxima-se

 

O barómetro da Intercampus para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV mostra que o PS está em queda e o PSD em ascenção nas intenções de voto. Chega reforça posição na sondagem como terceira força política. O PS está a perder parte da vantagem que tem sobre o PSD, de acordo com o barómetro da Intercampus para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV. Os socialistas obtêm em setembro 30,6% das intenções de voto (já feita a extrapolação dos que dizem não votar), o que representa uma descida face aos 33,1% do mês passado. Já o PSD obtém 24,7%, uma subida de 1,9 pontos percentuais. A distância passa de cerca de 10 para 6 pontos percentuais. O Chega marca posição como terceira força política, mostra ainda a sondagem, com 9,2% das intenções de voto, mais do que os 8,4% de agosto. Em sentido inverso, a Iniciativa Liberal cai de 7,1% para 5,2%, ficando com a mesma percentagem do Bloco de Esquerda (que tinha obtido 5,0% em agosto). Mais abaixo, surge CDU com 2,9%, uma subida de 0,7 pontos percentuais; PAN (2,5%, subida face aos 1,3% de agosto); Livre (1,8%); e CDS (1,1%).

Rei Carlos III não terá que pagar imposto britânico de 40% sobre herança de cerca de 34 mil milhões de euros

A Rainha Isabel II morreu no dia 8 de setembro de 2022 aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, depois de mais de 70 anos do reinado mais longo da história do Reino Unido. Carlos III, o seu filho primogénito assumiu assim aos 73 anos as funções de rei. O novo monarca herdou assim a “Propriedade da Coroa”, estimada pelo ‘MoneyWise’ como mais de 34 mil milhões de dólares (cerca de 33,9 mil milhões de euros) em ativos. E com isso, herdou ainda o facto de não ter de pagar o imposto britânico de 40% sobre as heranças, pois o chefe da Monarquia Britânica tem esse benefício fiscal. Para além dos ativos da “Propriedade da Coroa”, que envolvem uma carteira de ativos e bens imobiliários, como o Palácio de Buckingham e terrenos e propriedades em Londres e no Reino Unido, o Rei Carlos III vai ainda herdar a riqueza pessoal de Isabel II, cerca de 500 milhões de dólares (cerca de 498 milhões de euros), que também não estão sujeitos ao imposto. Apesar dos benefícios fiscais, a publicação explica que o novo monarca não poderá vender nenhum destes bens, mas que pode receber os lucros destes através da “Sovereign Grant”, acrescentando que, no ano passado, a “Propriedade da Coroa” lucrou 311 milhões de dólares (cerca de 310 milhões de euros) (Executive Digest, texto da jornalista Mariana da Silva Godinho)

Como apoiar quem tem crédito?

Há mais de dois anos, a pandemia de covid-19 chegou e temeu-se um forte impacto nos créditos à habitação, por via das famílias que ficaram sem rendimentos com o fecho de atividades. Vieram as moratórias, mas foi preciso um enquadramento europeu que possibilitasse a definição dessa suspensão do pagamento sem ter efeitos negativos nos bancos que afetassem o seu capital e colocassem em risco a sua solidez. Essas soluções exigiram contactos entre o Governo e o sector bancário, que agora, no fecho do verão de 2022, se estão a repetir. A razão é outra: as subidas abruptas da taxa de juro diretora do Banco Central Europeu (de zero em junho subiu já aos 1,25% em setembro e deverá, estimam bancos internacionais, escalar aos 2% em outubro). Tais agravamentos estão a ter impacto nas Euribor, utilizadas como indexantes nos créditos à habitação. E as famílias veem-se a braços com prestações mais de €100 acima das que enfrentavam até aqui.

Revisão de spreads reduz pressão

É boa altura para renegociar o seu crédito à habitação? Em momentos de subida das taxas de juros é normalmente o que acontece. E não é difícil descobrir porquê, em particular depois de um período em que as taxas de juro nos créditos à habitação estavam em níveis muito baixos e mesmo negativos. Por isso, qualquer aumento, sobretudo quando se vive uma subida grande da inflação, justifica voltar a fazer contas e perceber onde pode emagrecer a fatura a pagar com o crédito. “Os bancos estão a praticar spreads muito competitivos e podem até baixar ainda um pouco mais”, diz o economista da Deco/Proteste Nuno Rico. Em termos de informação no preçário dos bancos, o spread mínimo é praticado pelo Bankinter: 0,90%. Mas o Expresso sabe que o banco espanhol vai avançar com um spread mais baixo, à volta de 0,85%, colocando mais pressão na concorrência (ver tabela).

Financiamento: Entidade das Contas deixa cair mais um ano de processos sobre contas dos partidos

Processos relativos a 2014 e 2013 prescreveram. Lei de 2018 reforçou competências mas não os recursos, o que atrasou a fiscalização. Entidade dá agora prioridade às contas dos últimos dois anos. Em quatro meses, é a segunda vez que a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) deita mais uma toalha ao chão: depois de, em Maio, ter assumido a prescrição dos processos relativos às contas dos partidos relativas a 2013, a entidade que funciona junto do Tribunal Constitucional (TC) anunciou esta semana a mesma decisão sobre os processos de irregularidades detectadas nas contas de 2014. E justifica que, para prevenir violações da lei pelos partidos, a fiscalização tem que ser feita em tempo útil.

Ao declarar a prescrição dos processos, a ECFP desiste de prosseguir a fiscalização daquelas contas e os partidos ficam também livres de pagar as eventuais coimas a que estariam sujeitos. O aviso já tinha, aliás, sido feito em 2018, quando a entidade alertava para a “situação de ruptura e risco de prescrição” de processos pendentes relativos à fiscalização de contas de partidos e contas de campanhas eleitorais desde 2015 devido a uma alteração às leis do TC e do financiamento dos partidos no início desse ano – a mesma que motivou um veto de Marcelo por outra regra entretanto revogada, a de permitir a isenção total do IVA aos partidos.

Ensino: Uma crise do tamanho da Europa

 

Da Itália à Suécia, da França à Alemanha, de Portugal à Finlândia, a falta de professores é um flagelo europeu. São vários os países que enfrentam grandes dificuldades em recrutar docentes para substituir os milhares que estão a reformar-se, a abandonar a profissão ou que entram de baixa. O envelhecimento da classe, sentido um pouco por toda a Europa, acelera a erosão, e a ‘crise de vocação’ que parece estar a afetar o ensino não ajuda.

As explicações para o fenómeno são várias e diferem de sistema para sistema. Nalguns casos serão os salários baixos, noutros a burocracia, as turmas mais difíceis, as dificuldades de progressão na carreira ou ainda o desgaste profissional e a pressão dos pais. No limite, será um pouco de tudo isto que está a afastar os mais novos da carreira. “Todos estes fatores tornam a profissão mais complexa e stressante e por isso menos atrativa para os jovens, sobretudo quando veem que as condições de trabalho e os níveis de autonomia não acompanham o grau de profissionalização exigido para corresponder a todas as expectativas da sociedade”, resume Karine Tremblay, analista da divisão de políticas da OCDE e durante anos responsável pelo maior estudo internacional sobre professores (Talis).

Portugal já sente as ‘dores’ da subida dos juros pelo BCE

 

Os dois impactos mais diretos do aumento desde julho das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE) sobre as finanças do país sentem-se já no encarecimento do crédito à economia e na subida do custo de financiamento da dívida pública. Esta semana, a taxa Euribor a 6 meses (a mais usada como referência para o crédito à habitação) já atingiu mais de 1,5%, tendo aberto o ano em terreno bem negativo. No leilão de dívida pública, na quarta-feira, na colocação de obrigações do Tesouro português no prazo a 10 anos, o Estado já teve de pagar aos investidores um juro de 2,754%. Foi mais de um ponto percentual acima da taxa de 1,694% que pagou em abril aquando da operação sindicada de lançamento daquela linha que vence em julho de 2032. As projeções do algoritmo do portal financeiro World Government Bonds (WGB) apontam para um juro nos títulos portugueses a 10 anos em 3,4% no final deste ano, 100 pontos-base acima do custo de financiamento da dívida alemã. O que equivale a um spread de um ponto percentual, sensivelmente igual ao atual. Em termos globais das emissões de dívida portuguesa já realizadas em 2022, a taxa média de colocação já subiu de 0,6% no ano passado para 1,3% no final de julho. Mais do que duplicou.