sexta-feira, setembro 23, 2022

Nota: como vai ser Marítimo?


Não sou do Marítimo mas incomoda-me o que ser passa, no plano desportivo, com o clube madeirense. Por isso, perante novas notícias hoje publicadas na imprensa, acho que é fundamental a Rui Fontes, de quem sou amigo, pugnar, caso concorde, por duas prioridades: por um lado, rever a política de comunicação que no caso do Marítimo me parece algo desastrosa, porque demasiado institucionalizada. Em, segundo lugar o Rui tem que pegar o "boi pelos cornos" e transmitir aos sócios uma outra imagem do Presidente do clube, de alguém que controla a situação, que vai ao encontro da equipa, que fala olhos-nos-olhos aos jogadores e técnicos, quando for necessário, um Presidente que está empenhado em resolver o problema do Marítimo que continua sem nenhum ponto conquistado. Uma certa ideia de fragilidade presidencial - pelo menos é essa a minha opinião, mas admito que esteja errada - a par de uma comunicação que tem que sair dos limites institucionais e se "popularizar" - como outros clubes fazem - é essencial. Como sou dos "antigos" olho para o futebol profissional - e não quero abordar a questão da SAD por que no caso do Marítimo continuo sem perceber a sua utilidade, salvo se é obrigatória essa opção (julgo que não é) ou se existe a intenção a médio prazo, de abrir a instituição a accionistas privados -  para as suas virtudes e limitações, comparando com passado recente. Nesse contexto, acho que a figura de um secretário-geral no clube - não confundir com o director desportivo limitado à equipa de futebol, poderia ser uma boa solução. Mas repito, não sendo sócio, nem simpatizante do Marítimo, mas madeirense que acha que o nosso futebol tem que ir muito mais além do que um sobe-e-desce ou lutar apenas pela sobrevivência (o Gil Vicente foi esta época a uma prova europeia, será que é mais do que o Marítimo?) - nenhum dos casos é uma mais-valia para a RAM, digam o que disserem - gostaria que dessemos rapidamente a volta a deixássemos de ser o primeiro, de baixo para cima. E nestes tempos de crise, de incerteza, de medo e de ansiedade das pessoas, o "maior das ilhas" tem responsabilidade acrescida, a de pelo menos manter os egos dos seus bem elevados e não acentuar um ambiente algo depressivo que se aproxima. Ora nem isso sucede, infelizmente, com este último lugar e zero pontos em 7 jogos realizados. Claro que o ambiente pior fica quando vemos comentadores - e eu vi e ouvi - dizerem que o CSM é o primeiro candidato à descida, que não joga nada e que não tem um plantel de qualidade. Isso foi repetidamente afirmado nas televisões após a goleada na Luz. (LFM)


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