Sete em cada 10 economistas inquiridos pelo Fórum Económico Mundial consideram que é pelo menos um pouco provável haver uma recessão global, de acordo com um relatório publicado na quarta-feira. Os economistas voltaram a marcar as suas previsões de crescimento e esperam que os salários ajustados à inflação continuem a cair até ao fim deste ano e no próximo.
Dado o aumento dos preços dos alimentos e da energia, há preocupações de que o elevado custo de vida possa levar a bolsas de agitação. 79% dos economistas inquiridos pelo Fórum Económico Mundial esperam que a subida dos preços provoque agitação social nos países de baixos rendimentos, em comparação com uma expectativa de 20% nas economias de rendimentos elevados.
Os investidores também estão a ficar mais preocupados, com o índice bolsista Industrial Dow Jones a afundar-se num mercado “ursos” na segunda-feira, o que acontece pela primeira vez desde março de 2020. “O nosso cenário central é uma aterragem difícil no final de 2023", disse Stanley Druckenmiller, investidor bilionário, na CNBC, durante a Cimeira de Investidores Alpha, na quarta-feira. “Ficarei espantado se não tivermos uma recessão em 2023”.
Até os funcionários da Reserva Federal norte-americana admitiram que existe um risco crescente de uma recessão. Ainda assim, existem claramente pontos luminosos, especialmente nos Estados Unidos, a maior economia do mundo.
O mercado de emprego dos EUA continua historicamente forte, com a taxa de desemprego a situar-se perto dos níveis mais baixos desde 1969. Os consumidores continuam a gastar dinheiro e os lucros das empresas são robustos. Há também esperanças de que a pior inflação dos EUA em 40 anos arrefeça nos próximos meses, à medida que a oferta se aproxima da procura. Para os investigadores de Ned Davis, embora os riscos de recessão estejam a aumentar, o seu modelo de probabilidades de recessão está “ainda nos níveis mais baixos” para os EUA. "Não temos provas concludentes de que os EUA estejam atualmente em recessão", escreveram os investigadores no relatório (CNN-Portugal)
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