segunda-feira, julho 29, 2019

Venezuela: La lenta agonía de los servicios públicos

En Caracas el metro circula, en los hospitales venezolanos hay pacientes, los estudiantes se gradúan en las universidades y las oficinas están abiertas, al menos hasta las dos de la tarde. Todo esto ocurre, pero es también una ilusión óptica. El subterráneo de la capital funciona cuando no hay cortes eléctricos, sin apenas empleados ni controles. Las clínicas están asfixiadas por la falta de personal y medicamentos. Los centros educativos luchan por sobrevivir y la Administración está atravesada por miles de grietas que anticipan un colapso inminente.
Acercar la lupa al sector público de Venezuela después de dos décadas de gestión del chavismo y, sobre todo, tras seis años de deterioro acelerado bajo el mando de Nicolás Maduro, supone observar un mastodonte que todavía no se ha derrumbado del todo gracias a las infraestructuras heredadas y a la implicación de sus trabajadores. Cuando Iraida Ramírez comenzó en el hospital Doctor José Ignacio Baldó de Caracas, conocido como El Algodonal, era poco más que una adolescente. Han pasado 34 años y desde entonces ha sido testigo de los cambios del país desde el departamento de gerencia de un centro que fue referencia en el tratamiento de afecciones respiratorias en Venezuela. “Lo teníamos todo, ahora no tenemos casi nada”. Es el resumen de su rutina y la de los demás empleados. Hoy su lucha se inicia cada mañana, todavía de madrugada, con el traslado a su despacho, un cuarto sin ordenador ni alardes tecnológicos y asediado por los mosquitos en una caseta a unos metros del servicio de tuberculosis. Para acceder a esa planta hay que pasar un control de seguridad.
Ramírez habla delante de un cartel que reza Sin sindicatos no hay democracia. Recuerda que su poder adquisitivo ha ido mermando hasta percibir 80.000 bolívares mensuales, menos de siete dólares al cambio real en la calle. Pero no se rinde. Igual que Mónica Romero, de 42 años, 15 como enfermera de cirugía, con el mismo salario. “Esto no tiene ningún futuro, pero no me quiero ir. Estuve en Perú, me ofrecieron trabajo y no quise, después de todo lo que luché”, asegura.

domingo, julho 28, 2019

TVI-24: Eles atravessaram a Madeira de uma ponta à outra por trilhos de cortar a respiração


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Eleições regionais 22S: Legislação aplicável

  • LEALRAM - Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira - Lei Orgânica n.º1/2006, de 13 de fevereiro,  com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica n.º 1/2009, de 19 de janeiro (que a republicou). 
  • Decreto-Lei n.º 406/74, de 29 de agosto - Direito de reunião 
  • Lei n.º 71/78, de 27 de dezembro - Lei da Comissão Nacional de Eleições 
  • Lei n.º 28/82, de 15 de novembro – Organização, funcionamento e processo do Tribunal Constitucional 
  • Lei n.º 97/88, de 17 de agosto - Afixação e inscrição de mensagens de publicidade e propaganda 
  • Lei n.º 13/99, de 22 de março - Regime jurídico do recenseamento eleitoral 
  • Lei n.º 26/99, de 3 de maio - Alargamento da aplicação dos princípios reguladores da propaganda e da obrigação da neutralidade das  entidades públicas à data da marcação das eleições ou do referendo 
  • Lei n.º 10/2000, de 21 de junho - Regime jurídico da publicação ou difusão de sondagens e inquéritos de opinião 
  • Lei n.º 19/2003, de 20 de junho - Financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais 
  • Lei Orgânica n.º 2/2005, de 10 de janeiro - Organização e funcionamento da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos 

Eleições regionais 22S: voto antecipado

fonte: CNE

Eleições regionais 22S: datas referência

fonte: CNE

Nota: o Estado com critérios diferenciados?

Há uma coisa que me faz uma enorme confusão numa altura em que MRS promulgou, com algumas reservas e pedidos, nova legislação sobre protecção de dados pessoais e não sei que mais. Independentemente do que cada um pensa relativamente à realidade económica e social do endividamento de alguém para com alguém, há uma situação que não deixa de ser estranha.
O Banco de Portugal enviou para a Assembleia da República a listagem dos principais devedores à CGD - pessoas ou empresas que assumiram compromissos com o banco público e não pagam o que devem - mas depois a lista publicada os alegados devedores são apenas identificados por números. Isto para salvaguardar o direito à privacidade dos devedores que mesmo por causa disso não perdem esse direito à reserva da sua identidade.
Em contraste, o Tribunal de Contas, por exemplo, divulga recentemente um documento relacionado com dívidas à Segurança Social e identifica os devedores incluindo algumas empresas regionais com pouco mais de mil euros de dívida e inclui a listagem de contribuintes com planos prestacionais.
Estamos perante dois critérios diferentes de tratamento de uma mesma situação - dívida de empresas e/ou cidadãos a terceiros - por parte de duas entidades públicas diferentes - BdP e TdC - e estranho que ninguém tenha ainda de debruçado sobre esta disparidade factual. É apenas uma curiosidade, repito, mas que demonstra as contradições do Estado relativamente à palhaçada da protecção de dados e à reserva da identidade individual de cidadãos envolvidos em situações similares (incumprimento de obrigações para com terceiros). Claramente matéria para o Tribunal Constitucional resolveu um dia, caso alguém decida a ele recorrer para clarificar esta dualidade de critérios e a existência, sim ou não, de eventuais violações a legislação de defesa dos dados pessoais e preservação da identidade dos cidadãos. (LFM)

sábado, julho 27, 2019

Pestana metido noutras guerras....

fonte: Expresso

E como conseguem isso?

fonte: Expresso

Oportunismo? Apadrinhamento? Uma Câmara a trabalhar para um candidato?


Os devedores da banca estão aí. Mas, e quem perdeu dinheiro com o BES?

Os grandes devedores que causaram perdas aos bancos estão aí, mas os bancos também causaram perdas a investidores. No caso do Banco Espírito Santo, houve mais de 20 mil reclamações de credores a pedir ressarcimento, mas só cinco mil foram reconhecidos. Até setembro, pode haver contestação. Mas quem são e o que têm a recuperar? Jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos (Expresso)

Esta está demais....

A emoção incontida porque um avião da TAP vai sair no horário anunciado....

Se isso não é "emplastricismo" oportunismo o que é? Desespero?

Se isto não é uma Câmara Municipal a trabalhar para um alegado candidato o que é? Um emprastro na Madeira? Estamos a falar do Dia do Concelho do Porto Moniz e o que faz esta "autoridade" com esta promoção pessoal toda? (fotos: da CMPM, Facebook)

Nota: o vale tudo de um desesperado

Semana gastronómica de Machico. Abertura oficial, sexta-feira à noite. Sem surpresa, eis Cafofo encostado a Ricardo Franco enquanto a banda toca um hino qualquer. Dizem que na Semana do Mar no Porto Moniz também foi este oportunismo descarado. Na qualidade do quê? Cafofo que abandonou a CMF, que não é líder partidário - e se o fosse não tinha o direito de fazer esta palhaçada num acto institucional - que não é autoridade regional ou local,afinal é o quê em termos protocolares? Candidato a deputado regional? E os demais 47+47 candidatos nas listas de 7, 8 ou 10 partidos que concorrem às regionais de 22 e Setembro? Sinceramente acho que é chegado o momento de uma participação contundente à Comissão Nacional de Eleições. Uma coisa é ir como cidadão e vai aonde quer, nem precisa ser convidado e ninguém tem nada a ver com isso. Outra coisa é esta palhaçada, esta fome de aparecer para que se lembrem dele. O ridículo é que Cafofo depois disto tudo tem a suprema lata para afirmar, numa entrevista a um jornal local, que é o Governo Regional quem trabalha para o PSD. E este “emplastricismo” o que é? Frete de quem a quem? Câmaras a trabalhar para quem afinal,misturando o institucional com as cores partidárias? O sectarismo e a cegueira é triste... Será que o Cafofo por este andar ainda vai ao Chão da Lagoa? Eu só tenho uma dúvida: será que o PS deu ordens para que as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia do Funchal controladas por aparelhistas do PS, que organizam festas apesar de estarem falidas, convidem OBRIGATORIAMENTE o candidato socialista Cafofo para ser visto, apesar de fazer figuras trites, quase ignorado pelas pessoas, como aconteceu em Machico, e que perceberam que estava ali um emplastro oportunista à sombra do Ricardo Franco,m curiosamente que esteve ao lado de Carlos Pereira na disputa pela liderança do PS? (LFM)

sexta-feira, julho 26, 2019

Tribunal arresta hotel de Berardo na Madeira

Notícia do Eco digital, aqui.

Nota: o Chão da Lagoa e o pragmatismo realista

Não se iludam com o Chão da Lagoa, que voltará a ser uma festa do povo porque as pessoas gostam de ali estar, independentemente de como votam depois, ou sequer se votam. Sempre disse que há muita gente que vai lá estar, que não vota no PSD-M, mas que gosta daqueles ambientes, sente-se bem, pelo que ninguém tem o direito de misturar isso com política, apesar das pessoas saberem que aquela iniciativa é de um partido que não se esconde e que obviamente tem uma carga política num dado momento específico. Mas isso não serve de referência para nada nem para ninguém. Aliás é um perigo alimentar a ilusão de que a afluência dita seja o que for em termos de futuro próximo. Nem o Chão da Lagoa nem outra que não sei se se realizará porque  o pior que pode acontecer a alguns é transparecer uma imagem de desmobilização, de desconfiança e de fragilidade, sinais que as europeias terão instalado naquelas hostes. A arruaça instala-se com recurso a insinuações rafeiras, até de alguns autarcas pressionados pelas derrotas de Maio, que mais parecem a tentativas de justificação de repetidas contrariedades eleitorais que se aproximam.
Vamos ser honestos. O maior partido das Madeira, o PSD-M, tem cerca de 10 mil militantes em efectividade de funções, valor que não chega aos 800 no caso do segundo partido regional ou bem menos que isso nos partidos mais pequenos que dificilmente ultrapassam os 300 a 400 militantes inscritos e em efectividade de funções estatutárias. Ora quando se ignora esta realidade e se fazem extrapolações idiotas, a resposta só pode ser uma enorme gargalhada (LFM)

Nota: os recados de mais uma sondagem

Mais um sério (e último) aviso ao PSD-Madeira apesar dos sinais positivos: se meterem água na elaboração de lista de candidatos se mantiverem a filosofia derrotada e esgotada de 2015, está tudo lixado. Hoje mais do que nunca o Albuquerque que conheço ou é Albuquerque ou vai arrepender-se. Humildade, integridade, respeitabilidade, seriedade, empenho, popularidade, competência, experiência política, atributos essenciais nestes momentos de maior pressão. Mas, repito, sinais de confiança firam dados. Há que reforça-los e consolidados sem palhaçadas e idiotices que temos visto aos outros.
Podia optar por cair no lugar comum e afirmar que as sondagens são sondagens e que... blá-blá-blá. Não o faço, desde logo porque me considero um pragmático e política sem racionalidade e pragmatismo é uma trampa. Mesmo correndo o risco de ser duro, quiçá demasiado, e sem obviamente generalizar - porque isso seria falta de seriedade da minha parte - o PSD-M não pode continuar refém de uns indivíduos, inexperientes e impreparados, que receberam em 2015, sem saberem como, a chave da arrecadação (há quem chame outros nomes...) e que se julgam logo os donos do palácio e arredores, comportando-se de forma altiva, distantes, mal tratando os demais, como se de um momento para outro tivessem subido na vida. E não há desculpas, basta que tenham sempre à mão os resultados eleitorais de 2015, nas freguesias e/ou concelhos de que fazem parte para perceberem que não há espaço sequer para discutir deambulações idiotas. Factos são fatos. E 2017 limitou-se a confirmar essa insuficiência felizmente invertida, assim espero, com as europeias, sem que isso tenha funcionado a favor dos referidos "extra-terrestres" da política que atrás falava que têm todo o direito a serem actores, desde que cumpram os requisitos e uma carreira a começar pela base. Paraquedismo e política séria nunca foram nem serão alguma vez, levadas a sério pelos eleitores (LFM)

Funchal: "arrastão" camarário contra abusos das esplanadas

De repente a CMF de Miguel Gouveia - estaremos de facto perante uma CMF diferente da CMF de Cafofo? - resolveu ir para o terreno, não sei se para limpar a cara, se para tentar neutralizar críticas, se para acabar com a bandalheira que era demasiado abusadora em contraste com a tolerância camarária cúmplice. Ou se se limitou a agir em função de qualquer decisão judicial que porventura exista e que se desconheça (existirá?) ou se a CMF recebeu algum alerta da Protecção Civil ou dos bombeiros municipais a alertar para o estrangulamento abusivo em áreas da cidade mais sensíveis em caso de sinistros. A verdade é que o "arrastão" camarário contra os abusos das esplanadas da cidade - embora recorde que o mandato destes autarcas funchalenses começou em, 2013... - que eu subscrevo, está rodeado de algumas interrogações e de alguma estupefação. Até a "dançarina" JPP - porque baila em função do parceiro e do local da festa - que foi parceira de Cafofo na coligação funchalense de 2017, surgiu a manifestar a surpresa pelas motivações subjacentes a essa investida da fiscalização camarária acompanhada da BIR policial.

quarta-feira, julho 24, 2019

Grupo de Lima quer solução pacífica para a Venezuela

Grupo de Lima afirma que a solução para a Venezuela deve ser alcançada por "meios pacíficos". Após reunião na Argentina, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países que compõem o Grupo reiteraram a condenação do que identificaram como "regime ilegítimo e ditatorial" de Nicolás Maduro e defenderam o compromisso com uma solução "pacífica". O Grupo quer que o relatório de Michelle Bachelet, que refere "graves violações de direitos" na Venezuela, seja discutido no Conselho de Segurança da ONU. "Os países do Grupo de Lima pedem que o relatório da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Michelle Bachelet) seja discutido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e por outras organizações internacionais," declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Jorge Faurie. À décima quinta reunião, o Grupo. voltou a defender o trabalho do líder do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino. "Neste momento, estamos comprometidos em alcançar uma solução por meios pacíficos (...) O uso da força será sempre uma opção para o momento apropriado," adiantou Jorge Faurie. O encontro aconteceu ao mesmo tempo em que se sabia que os Estados Unidos tinham dado a Maduro um "prazo curto".para deixar o poder, O chefe da diplomacia argentina disse que essa questão não fez parte das conversações e ressaltou o comprometimento com uma solução pacífica. O Grupo de Lima é composto pela Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lucia.

Rui Rio quer salário mínimo acima dos 700 euros em 2023


Venezuela: EUA dizem a Maduro que tem um prazo curto para abandonar o poder

A Casa Branca deixa um aviso a Nicolas Maduro. Ou o presidente da Venezuela sai em breve, ou as sanções vão endurecer. O Assessor do Presidente norte-americano garante que os EUA já comunicaram a um círculo próximo de Nicolás Maduro, que ele terá de abandonar o poder. O Grupo de Lima, formado em 2017 e que integra 12 países latino-americanos e o Canadá, apelaram também à comunidade internacional para pressionar com vista à realização de eleições

Nota: a comunicação social e os incêndios, apenas uma refexão

Confesso que tenho reflectido, sem qualquer pressão ou propósitos de obtenção de conclusões, sobre a pretensa "cumplicidade" (cuidado com as aspas...) entre a comunicação social e os incêndios, indo ao encontro dos argumentos que muita gente utiliza, influenciados pela dúvida sobre se não é a dimensão mediática garantida aos incêndios florestais pelos meios de comunicação social, uma das causas dessa criminosa febre social.
É sabido, não o nego, que o comportamento de muitos meios de comunicação social não é exemplar, pela forma especulativa e mediatizada como usam estas desgraças, com garantido impacto social, para tentarem cativar seguidores, vencerem nas guerras das audiências (ou das vendas) - factores importantes na obtenção de receitas publicitárias -  socorrendo-se de muita especulação.
Tenho reflectido mas não cheguei  a nenhuma conclusão, embora não tenha receio nenhum, repito, receio nenhum. de colocar em cima da mesa todos os desfechos possíveis, apesar de imperar no meu íntimo a noção sagrada de que a informação não deve ser censurada nem muito menos ser manipulada para ser adaptada em função de interesses sejam eles quais forem.
Contudo, neste caso concreto dos incêndios florestais, e depois do que se passou recentemente, há poucos anos, em Portugal que matou em escassos dias mais de 80 pessoas e provocou uma destruição de milhares de milhões de euros,  acho que é provavelmente chegado o tempo certo para que os próprios profissionais e os meios de comunicação social debatam esta situação em concreto, nomeadamente a necessidade de saber se a atitude dos mídia tem sido a mais correcta, se se justificam as horas de emissão, repetitivas e que nada adiantam de novo em termos informativos, que não ajudam a esclarecer nada - no caso de alguns meios de comunicação social, sobretudo televisivos, as reportagens em directo chegam ao ridículo de colocar o repórter a encher um balde de rega de jardim ou a dedicar um tempo enorme a ouvir uma senhora com uma pequena mangueira de jardim como se isso fosse recomendável quando o sinistro atinge determinada dimensão ou ameaça pessoas e bens.
Ressalvando a obrigatoriedade da divulgação de informações oficiais dirigidas às pessoas, acho que é tempo de haver um debate sério, pragmático, muito pragmático, isento e que não seja condicionado por teorias idiotas que nada tem a ver nem com a liberdade de imprensa, nem com o direito a ser informado, nem com o direito a informar.  Tem a ver, apenas e só, em saber se os bandidos são incentivados na sua tendência criminosa pelo mediatismo que os fogos alcançam sempre nas televisões, se os incendiários sao usados por terceiros alimentados por esse mediatismo, se estamos perante questões de doença dos criminosos ou se se tratam de crimes em relação aos quais a justiça portuguesa continua a parecer não ter uma moldura penal exemplar e dissuasora.
Sei que não há, até este momento, estudos que validem nenhuma das argumentações em confronto, mas provavelmente chegamos a um tempo em que essas entidades vocacionadas para esse tipo de trabalho passarem,  em vez de andarem a perder tempo com teorias que pouco ou nada interessam às pessoas, a direccionar as suas atenções para esta matéria, para percebermos o que pensam as pessoas do tema, o que recomendam, o que criticam ou aplaudem, etc.
A própria entidade reguladora, nomeadamente  a ERC, devia ser chamada a ter um papel mais activo nesta reflexão tendo em vista a eventual aprovação de uma cartilha de procedimentos - quem sabe ser tal não seria possível - que regule a atitude dos mídia nesta matéria em concreto. Pessoalmente duvido, porque há televisões e alguns jornais, que vivem da especulação permanente, que sobrevivem em função do empolamento em torno de notícias que cheiram a "sangue" e que se necessário for, repetem 4, 4 ou 5 vezes por dia e cinco, oito, dez ou mais vezes por semana!
Tem havido influência, sim ou não, da modelo sensacionalista e mediatizado de cobertura dos incêndios florestais no Verão, nas atitudes pirotécnicas criminosas dos incendiários, uns apanhados pelas autoridades, outros suficientemente habilidosos para continuarem soltos e impunes? Até que ponto os meio de comunicação social exageram na cobertura noticiosa dos incêndios florestais, alimentando horas consecutivas de emissões televisivas com imagens repetitivas, mesmo quando os incêndios estão alegadamente (fonte oficial) circunscritos ou controlados? É jornalisticamente sério utilizar reportagens e imagens passadas, ultrapassadas no tempo, porque a evolução dos acontecimentos o comprovam, apenas para que as televisões, envolvidas em guerras de audiências entre si, mantenham no ar o tema, sem que propriamente tenham em termos informativos novidades? Será que os jornalistas se sentem  realizados e se revêm nessa postura?  Há ou não um exagero, em termos de cobertura mediática, sobretudo das televisões, em relação à questão dos incêndios florestais que pode muito bem ser a causa - será? - de actos criminosos por todo esse país fora? Repito, não tenho respostas, mas gostaria de as ter, devidamente fundamentadas (LFM)

Nota: como complemento de leitura deixo estes links que me pareceram interessantes (aqui, aqui e aqui). Recordo também que em 2017 deu entrada na Assembleia da  República uma petição solicitando o fim da cobertura mediática dos incêndios florestais e que a ERC, em Julho de 2018, pediu aos jornalistas mais ponderação na cobertura informativa dos incêndios e calamidades. Também em 2017 o Sindicato dos Jornalistas pediu cobertura sóbria dos incêndios

Sim, os telemóveis podem pôr um avião em risco – se for de um destes dois modelos da Boeing

Há aviões da companhia americana suscetíveis a interferências causadas por telemóveis. E quantos mais aparelhos estiverem ligados, maior é o risco. Hoje, muitas companhias permitem que os telemóveis estejam ativos durante os voos. O problema – interferência grave de telemóveis com componentes no cockpit do avião – foi revelado em 2014 pela entidade que regula a aviação nos EUA, que ordenou a troca de milhares de equipamentos. Mas haverá ainda centenas de aviões a voar pelo mundo sem a questão resolvida. A revista TIME diz que o risco, que afeta certas versões do Boeing 737 e 777, foi detetado durante testes, em 2012. A empresa garante que a interferência nunca se revelou durante os voos. A Administração Federal para a Aviação (FAA, na sigla original) deu um prazo à Boeing para resolver totalmente o problema: novembro de 2019. Segundo o organismo regulador, a interferência pode fazer desligar os monitores de informações essenciais para o controlo dos aviões, desde os dados de altitude e velocidade aos meteorológicos. Esta situação “pode resultar na perda de controlo dos aviões a altitudes insuficientes para permitir a recuperação”, avisa a FAA (Visão)

Mais turbulência durante o voo? A culpa pode ser do aquecimento global

Estudos indicam que o aumento da turbulência que afeta os aviões está diretamente relacionado com as alterações climáticas. O aquecimento global parece trazer mais uma dor de cabeça para quem não gosta ou tem medo de andar de avião - aparentemente, provoca um aumento da turbulência. Entende-se por turbulência a alteração na velocidade e direção de diferentes correntes de ar, causada pelo fluxo de ar vertical (correntes ascendentes e descendentes). Existem três tipos de turbulência: leve, moderada e severa. Ainda dentro destes tipos de turbulência existe a “turbulência do ar limpo” - que, ao contrário de tempestades e outros fenómenos climáticos, não é detetada por radares ou outros aparelhos, nem os pilotos as conseguem prever e, por isso, evitar. Segundo uma investigação, de maio de 2017, espera-se que as alterações climáticas fortaleçam as “tesouras de vento verticais em altitudes de cruzeiro”. Este fortalecimento aumenta a instabilidade que gera a tal “turbulência do ar limpo”. Este estudo indica que este fenómeno deverá ser sentido nas rotas de voo transatlânticas e mais frequentemente durante o inverno.  Apesar de ser altamente improvável a queda de um avião devido à turbulência, isto não impede que existam alguns acidentes, como os carrinhos das hospedeiras de bordo ou objetos soltos "voarem", ameaçando os passageiros. Ainda este mês, na sequência de turbulência, cerca de 30 pessoas ficaram feridas num avião que seguia de Vancouver a Sydney e que teve de alterar a sua rota. A turbulência pode ainda danificar estruturalmente os aparelhos.

Madeira: calendário eleitoral

Para quem quer saber o calendário relativo ao processo eleitoral na Madeira, para as regionais de 22 de Setembro, ele já está publicado pela Comissão Nacional de Eleições e poder ser consultado aqui neste link

Nota: assim não! Na política não vale tudo

Acho verdadeiramente intoleráveis certas declarações, não só pelo absurdo das mesmas, mas pela hipocrisia que denotam numa altura em que a política precisa, cada vez mais, de pessoas sérias como protagonistas, que tenham autoridade moral para apontar o dedo quando o fazem, pois só assim os eleitores sentem de novo confiança e atração pela política.
Temos que ter presente que a formação dos protagonistas políticos - e recordo que Cafofo, sem qualquer menorização, é um professor de História, claramente condicionado no conhecimento de muitas outras matérias específicas, a que se junta uma experiência política  que apenas começou em 2013, quando foi descoberto por Vitor Freitas e se candidatou no Funchal - faz com que muitos deles fiquem mais vulneráveis, dependentes de assessorias, preocupados em disfarçar essas insuficiências com chavões montados por agências de comunicação que tanto vendem um sabonete, como publicitam produtos bancários que levam muita gente à falência ou transformam um político banal, igual a tantos outros, numa espécie de "milagreiro" de trazer por casa, desde que isso garanta notícias e depois dê votos. Tudo isto, regra geral, por via da manipulação ou de trabalhos de assessoria devidamente elaborados (e ilustrados ou até sonorizados) que são depois publicados quase "ipsis verbis" por alguns média aproveitando a limitação crescente de recursos humanos existente nas redações.
Sei que há algum complexo de inferioridade entre os políticos sem uma adequada preparação técnica - Cafofo não pode ter a veleidade de saber tudo, por exemplo, falando de finanças públicas, de saúde ou de economia como falará de educação - mas isso não determina que eles tenham que ser desonestos, intriguistas, falsos, mentirosos, hipócritas, etc. E muito menos que se deixem usar como meras peças de um puzzle que os transcende, quer por agências de comunicação ou assessorias, pagas a peso de ouro, mesmo que não se saiba como, quer mesmo por determinados grupos de interesses que não conseguem disfarçar a sede de poder para consolidarem vá lá saber-se o quê

Quando leio o antigo Presidente da CMF acusar o Governo Regional da Madeira de estar ao serviço do PSD-Madeira - nada de novo, apenas mais do mesmo, um chavão patético usado pelo PS regional em 40 anos de vida política regional - a minha reação assenta em vários aspectos distintos:

- afinal o que faz o coitadinho do governo da República ao serviço da geringonça (ou do  PS?)? Não trabalha para o PS, para Costa, para as ambições de Centeno, claramente hoje longe de ser o patinho feito carregado de teoria como foi catalogado - a exemplo de Vítor Gaspar de má memória - quando chegou aos corredores do poder em 2013?

- qual a autoridade política e moral de Cafofo que o habilita a apontar o dedo quando tanto no continente como nos  Açores (e veremos como será em 2020...) é o que se vê em termos de ligação entre o PS versus a governação? A nível nacional Costa desdobra-se diariamente em visitas e inaugurações (deixo algumas fotos que obviamente não mostram que o governo das República esteja ao serviço do PS e de Costa...).

- Será que Cafofo com tanta hipocrisia e contradição, provavelmente para superar o desespero de insuficiências e limitações de todos conhecidas, continuará a insistir nessa treta da (sua) comunicação política e que inevitavelmente fará com que o descalabro seja ainda maior do que o previsível? Os eleitores madeirenses são inteligentes e conhecem Cafofo e a sua "inocente" praxis de gestão do poder e de propaganda da sua imagem.

- Já agora, onde está a autoridade moral e política de quem esteve envolvido sorrateiramente na escolha da candidata do PS-M ao Parlamento Europeu (nada a dizer quanto à jovem, como é evidente), até porque é sabido que foi do seu círculo pessoal mais próximo que saiu a aposta na candidata em causa, mas que depois dos resultados desastrosos não teve a integridade de assumir responsabilidade e de reconhecer que a estratégia da campanha dirigida por gente de mão do próprio Cafofo, foi desajustada e desastrosa, talvez por ter sido facilmente desmontada quanto se tratou de falar da Madeira e da defesa dos seus interesses junto das instâncias europeias?

- Finalmente, é ou não factual que a CMF foi sempre um trampolim para as ambições pessoais e políticas de Cafofo, muito à custa de cumplicidades construídas em Lisboa mas empoladas e hipervalorizadas nos média? É ou não factual que no segundo mandato nem aparecia na CMF, faltava tanto que já nem sabiam se ele era ou não ainda o autarca do Funchal. Colocou a CMF ao seu serviço, das suas ambições de candidatura, transformou gabinetes de apoio à presidência em salas de reuniões e de planificação de toda a intriga palaciana partidária para o assalto ao poder no PS-M e que culminou com a golpada que destituiu o agora recuperado (e ex-crítico) Carlos Pereira (com Cafofo uma vez mais a meter-se em explicações partidárias tontas que não são da sua competência, dado que se trata de um independente da treta que nem dirigente do PS-M é...)

- Afinal a CMF era ou não uma mera secção do PS-Madeira empenhada apenas em boicotar a liderança do partido nos tempos de CP e a preparar a golpada para que as ambições (candidatura do falso independente) de Cafofo se concretizassem?

E já agora, Cafofo ao abandonar o cargo autárquico virou político profissional. Ou não? Não acredito, salvo se ganhou o euromilhões, que ele tenha abdicado, por 3 ou 4 meses, do vencimento de autarca no Funchal, da ordem dos 4 mil euros, sem que seja devidamente compensado por isso. Resta saber como. Se os partidos - e o PS-M mais ainda - estão falidos e sem dinheiro, se há custos com assessoria de comunicação e agências de imagem, se há funcionários e outras despesas correntes com que contar, como é que sobram - julgo que ninguém acredita em milagres da multiplicação - recursos financeiros para que Cafofo tenha abdicado da autarquia funchalense sem mais nada? Afinal o que se passa? Estaremos a falar de sacos azuis? Recordo que para além de ter renunciado ao mandato, Cafofo renovou o pedido de licença sem vencimento enquanto docente. Tudo isto é estranho. Acho que Cafofo deve esclarecer as pessoas, desde logo os militantes do PS-M que viram o seu partido tomado de assalto por uma golpada palaciana descarada e sem vergonha montada nos gabinetes da CMF e sancionada pelo Largo do Rato (PS nacional), até para evitar que o assunto reapareça na campanha eleitoral de forma contundente e mais especulativa.
É muita questão misturada, muita dúvida, muitos factos que apenas colocam a nu a hipocrisia de quem não tem autoridade para ser um "milagreiro" da treta, apesar de o venderem como tal como o portador das soluções dos nossos males. Basta ver o que se passa nos Açores para percebermos que é tudo o mesmo.
Cafofo que reze para que o Tribunal de Contas não vá escarafunchar a gestão camarária funchalense desde 2014, sobretudo em áreas mais polémicas - concursos de chefias e contratações de pessoas, Frente-Mar, prestação de serviços, etc. Isso depois do bónus que lhe foi dado do caso do Monte, que será apenas retomado depois das eleições (estranhos estes calendários da justiça, perante um caso ocorrido em 2017 que provocou 13 mortos e mais de 50 feridos...).
Basta-nos a palhaçada do Hospital e dos 75 milhões, bastam os 2 milhões para criar novas rotas aéreas como se isso funcionasse assim (lembro que a Ryanair terá exigido 10 milhões de euros, a título de compensação, para voar para a Madeira), etc. Uma pessoa não é obrigada a saber e tudo. Certo! Mas a asneirada não pode ter campo aberto só porque temos políticos ambiciosos, descarados e com uma imensa falta de vergonha na cara que acham que vale tudo.
Uma pessoa que usou a CMF em seu benefício e que por causa das suas ambições (e do grupo que lidera) pessoais e políticas, transformou (deixou que transformassem) a CMF numa sede da intriga e de jogadas políticas no seio do PS Madeira, onde até se decidia sobre candidatos a estruturas socialistas de freguesia e de concelho (no quadro do tal medir de espingardas para o grande confronto no PS-Madeira que derrotou um desprevenido, urbano e desleixado Carlos Pereira), a partir de onde eram ameaçadas e aliciadas pessoas e comprados apoios, etc, ainda tem o descaramento de acusar o GRM de estar aos serviço do PSD, fechando os olhos ao que se passa em Lisboa com Costa e o governo do PS, claramente apostado em trucidar os parceiros da geringonça, que autoridade moral e política tem para abrir os queixos nesta matéria? Deixe-se de asneiradas destas e não invente desculpas antecipadas para derrotas a caminho. Deixe-se de enganar os madeirenses ou julga que eles são cegos? (LFM)

Os milagreiros da saúde por cá, talvez desconheçam a realidade nos Açores...


fonte: Diário dos Açores

PS-Madeira: interessante mas sem impacto

fonte: Jornal da Madeira

Açores: a SATA sem futuro?

fonte: Diário dos Açores

A habitual ansiedade....

fonte: Jornal de Negócios

A polémica infindável....



fonte: Público

Será mesmo assim?

fonte: Expresso

Assessorias jurídicas....

fonte: Jornal de Negócios

Opinião alheia

fonte: Diario dos Açores

Partidos adaptam-se e aliciam eleitores...

fonte: Jornal de Notícias

terça-feira, julho 23, 2019

Antero Vasconcelos, antigo presidente da Câmara da Calheta

O Antero Vasconcelos (à direita na foto) faleceu na sequência de uma doença prolongada. Foi o primeiro presidente eleito para a Câmara Municipal da Calheta e, na altura, foi o presidente de Câmara mais novo do país. Mas foi sobretudo um amigo, mesmo quando por razoes várias abandonou o "seu" PSD para se candidatar por outro partido. Não foi por causa disso - e Antero foi vítima também de muita intriga que eu recordo bem na altura - que ele deixou de ser quem e como era, de ter sido um dos grandes operacionais do PSD-M nos primórdios da sua instalação na Região, incluindo os primeiros comícios no Funchal em 1974 e 1975. Duro, aparentemente agreste nos debates, aparentemente pouco dado a confiar indiscriminadamente nas pessoas, a verdade é que o Antero comigo foi sempre o mesmo amigo. Recordo-o com saudade. Sabia da sua doença prolongada, da sua força para da a volta ao que todos sabiam ser mais do que difícil.  Mas quanto a convicções, Antero foi sempre um animal político - no bom sentido - que serviu causas. Eu arrisco afirmar que na realidade o Antero nunca deixou de ser do PSD-M, mesmo que não tenha feito parte dele nos últimos tempos. Foi muito por ele, por causa da sua forma de estar e de liderar, que o PSD-M na Calheta atingiu uma dimensão eleitoral e criou uma confiança com os eleitores que ainda hoje subsiste.
Paz à tua alma amigo, vai com Deus Antero, até qualquer dia (a fotografia, do site da autarquia, mostra em 2018 todos os últimos quatro Presidentes calhetenses Manuel Leça, Carlos Teles, Manuel Baeta e Antero Vasconcelos, o primeiro da esquerda para a direita) (LFM)

Nota: o meu pavor da presença de Rio no Chão da Lagoa

Ontem saiu mais uma sondagem terrível para o PSD. Rio obviamente desvalorizou, o costume. Aliás, não me lembro de nenhuma sondagem favorável ao PSD desde que Rio assumiu a liderança do partido. Dizia há dias um jornalista  num debate televisivo, que há um problema grave no PSD de Rio que admito ajude a entender melhor por que razão o partido se afunda nas sondagens, independentemente da realidade depois poder ser diferente - como aconteceu com as europeias. 
Basicamente, dizia aquele jornalista, há um fosso crescente entre aquilo que Rio passa os dias a dizer - nos poucos dias em que se dá por ele... - e aquilo que os eleitores do PSD (não os eleitores fiéis, os militantes ou os simpatizantes, mas sim os chamados eleitores flutuantes de quem dependem as vitórias ou as derrotas eleitorais, e que precisam  ser conquistados e convencidos) querem  ouvir.
Rio parece que não entende isso e como já não bastasse essa insuficiência, parece que gosta de se fragilizar em guerras internas tontas - o seu feitio arrogante, convencido e algo co flutuoso também explica muita coisa -  que apenas afundam ainda mais um partido dividido e desmotivado e desmobilizado. E isto sem que eu queira defender a "orfandade" passista que continua agarrada a lugares de destaque à procura de tachos para melhor estenderem a carpete vermelha...
Sinceramente tenho medo, diria mesmo algum pavor, dos efeitos de uma presença de Rio na festa do Chão da Lagoa - a submissão doentia e inapropriada a Passos, nos tempos da troika e da bandalhice governativa da coligação PSD-Portas, atirou o PSD-Madeira para os momentos eleitorais mais negros da sua história. Os números (2015 e 2017) estão lá e dispensam qualquer perda de tempo a justificar o injustificável.
Acresce que Rio - tenho a certeza disso - não vai trazer nada de útil, tal como Passos nada trouxe - nem ao PSD, nem à Madeira nem aos Madeirenses. Isto porque eu continuo a pensar que Rio não tem perfil para liderar o PSD, que a sua candidatura à liderança foi essencialmente parida na comunicação social graças à capacidade de manobra de grupos de pressão afectos ao ex-autarca do Porto e por achar, porque acho, que as pessoas, sobretudo as que estão ligadas ao universo eleitoral do PSD, já estão fartas dele, da sua incapacidade de construir uma alternativa ao PS. Não há discurso político, não há ideias refrescadas, parece estar mal aconselhado, não entende que liderar o PSD nestas circunstâncias não é um recreio, está longe de ter o partido na mão, reunido à sua volta, em seu apoio, julga-se um "monstro político" quando nem sequer é lagartixa. Mostra que não há convicção no que diz, não há entusiasmo, vai atrás da agenda de terceiros, não cria a sua agenda, não coloca na agenda política e sobretudo a mediática, factos e polémicas suscitadas pelo próprio passíveis de incomodarem a geringonça, há até uma certa "veia passista" mal escondida quanto à despesa pública com as áreas sociais, não há uma liderança mobilizadora que anime as hostes, que mostre que vale a pena acreditar. Sei que é mau demais, mas é isso que eu penso, e não alinho em hipocrisias. Acho até que os portugueses se fartaram de Rio mesmo antes de ter sido eleito líder do PSD. E esse é o grande mal do PSD nacional que não pode pegar essas maleitas todas ao PSD-M, sob pena de cairmos de cama com qualquer doença mais contagiosa. Se no ambiente do hão da Lagoa não fizer um discurso arrebatador, de não trouxer algo de novo, se não mostrara diferença, se não superar as suas insuficiências, se não explicar os motivos das suas guerras internas - dizendo tudo claramente, sem rodeios - a presença de Rio naquele ambiente será uma perda de tempo. Oxalá aconteça o contrário disso. Seria desde logo bom para ele e para os desafios eleitorais do PSD nacional, daqui a escassos meses. Política é política, não há lugar a paninhos quentes, ao faz-de-conta, a caganças pessoais ou sociais, a cinzentismos traiçoeiros e mal-encarados. Se não interiorizarem isto - política é combate por causas, conviccões, projectos e diferenças - nada feito! (LFM)

sábado, julho 20, 2019

Nota: Cafofo, o PS-M e a palhaçada de um modelo que apenas serviu para tomar o partido de assalto

Muito sinceramente eu acho que depois das europeias de Maio passado, por muito que disfarce, o PS-M levou um soco no estomago que o faz entrar num espiral de populismo do mais rasteiro de rafeiro que há, indo atrás da agenda mediática, prometendo tudo a todos os que contacta no quadro da agenda mediática de propaganda, ao ponto de perigosamente perder o equilíbrio, como aliás tem demonstrado o candidato a candidato. O PS-M não percebeu, ou não quer perceber - pelo menos nos tempos presentes - que dificilmente ganha eleições sozinho à escala regional. Não tem votos suficientes, nunca ganhou uma eleição, repito, à dimensão regional - exceptuando a autárquica e neste caso graças a coligações pontuais, ao mérito de alguns dos candidatos que deram a cara pelos socialistas e também, nalguns concelhos sobretudo, devido ao demérito do PSD-M que cometeu erros clamorosos nas suas escolhas, alguns erros de palmatória que nem a inexperiência explica, as que acabaram por acelerar várias das suas derrotas e causaram impacto desmotivacional nas estruturas partidárias de algumas localidades. O PS ganhou no Funchal, em 2013 - escuso-me de explicar o enquadramento que esteve na gênese dessa vitória... - e em 2017 (mais facilitada pela dinâmica que vem de trás...) graças a coligações. Em 2013 com outros 5 partidos (Bloco, PND, PTP, MPT e PAN), em 2017 com mais 4 partidos (JPP, Bloco, PDR e Nós Cidadãos). Em 2013 superando o PSD-M apenas em 2.845 votos e 9,8%, comparativamente às regionais de 2011. Em 2017, comparando com as regionais de 2015, o PS obteve no Funchal mais 10.460 votos e mais 17,3%.
O PS-M (e Cafofo) esqueceram-se que 2015 foram as piores regionais para todos, com uma abstenção superior a 56% - nunca antes vista - e que PSD-M obteve o seu pior resultado de sempre, algo que foi explicado facilmente pelo impacto da disputa e mudança de liderança entre final de 2014 e inicio de 2015, processos que nem sempre são pacíficos. Foi o fracasso da coligação de Vitor Freitas nas regionais de 2015, que abriu caminho a Carlos Pereira depois destronada por uma jogada de bastidores, envolvendo várias estruturas concelhias e alguns barões, movimentos desvalorizados por CP que mesmo assim perdeu por poucos. Aquilo que parecia ser, nas contas da dupla Câmara-Cafofo, uma irreversibilidade, colidiu com as europeias - por sinal as eleições que para o PSD-M nunca foram das melhores. O PS-M entre as autárquicas de 2017 e as europeias de 2019 perdeu no Funchal em toda a linha - os protagonistas da coligação de 2017 não foram além de 15.310 votos (menos mais de 10 mil votos na capital!) e somaram 35,3% (42,1% em 2017) num cenário abstencionista de quase 60% dos eleitores na capital madeirense. Os sinos tocaram a rebate, mesmo! Por isso, comecemos pelo principio. Numa entrevista ao JM, este fim-de-semana, Paulo Cafofo comete um novo erro político, bem grave, aparecendo a "justificar" paternalisticamente a opção do PS-Madeira pela escolha de Carlos Pereira, vigiado de perto pelo filho do líder do PS e por uma candidata da confiança de Câmara.
Pereira "amarrado de curto" e calado
Para quem como nós anda há muitos anos nisto da política, percebemos logo que a continuidade de CP - que desde as europeias vinha mantendo uma atitude crítica em relação à liderança socialista regional - é no fundo, mais do que reconhecer a utilidade do trabalho realizado (embora ele tivesse sido mais virado para lá do que para cá, não fossem os debates televisivos na RTP-M e isso seria amplamente confirmado) por quem foi sempre apoiado por Carlos César (de saída...), resolver um potencial prolema político. Não fosse a proximidade das regionais e das legislativas e certamente o tratamento a dar a CP teria sido substancialmente diferente (e eu sei do que faço, acreditem ou não no que vos garanto). Não vale a pena desmentirem o que todos sabemos ser uma realidade. O próprio CP, enquanto candidato a novo mandato em São Bento, fica "amarrado de curto", com o seu espaço de manobra muito reduzido e condicionado e previsivelmente remeter-se-á ao silêncio, não sendo expectável qualquer tomada de posição pública mais contundente como as que fazia desde que foi destronado da liderança do PS-M até ao pós-europeias de Maio de 2019.
Erro grave, mais um, do falso independente Cafofo

Grave é ver Cafofo assumir uma posição de quase liderança do PS-Madeira quando é sabido que ele vende a ideia de que é um "independente" (sabemos que falsamente) e que nem dirigente do PS-M é, algo que foi uma opção sua para facilitar uma falhada coligação para as regionais. Cada vez mais as pessoas ficam baralhadas e não sabem se o PS-M é uma monarquia partilhada pelo rei e pelo príncipe herdeiro à espera que o monarca abdique ou caia do trono, ou se eles não se entendem com o modelo que viria a estar na origem do assalto ao poder do PS-M para que a solução fosse imposta a um partido eternamente refém destes jogos de bastidores, sobretudo no eixo Funchal-Machico, que é quem realmente manda no partido (Câmara, Cafofo e o autarca e deputado da Água de Pena, Avelino Conceição).
Emanuel secundarizado? Não...
Qualquer explicação partidária, qualquer justificação política, qualquer consideração sobre a recandidatura de Carlos Pereira a São Bento teria que ser sempre de Emanuel Câmara, Presidente do PS-Madeira, e nunca de Cafofo, sem autoridade nem legitimidade para se imiscuir em questões essencialmente partidárias. Só que eu sei, aliás em continuidade como que referi anteriormente, que Emanuel Câmara nunca deitaria uma esponja no passado de nas críticas duras que CP lhe fez depois da derrota deste na disputa pela liderança dos socialistas. A verdade é que esta subversão não ajuda em nada o PS-Madeira nem os candidatos ou alegados candidatos e instala muita desconfiança entre os eleitores descomprometidos que tanto votam, PS como votam noutros partidos ou nem votam (o chamado eleitorado flutuante). Os eleitores querem regras claras no funcionamento dos partidos e detestam a ideia de que há manobras internas que aconteceram apenas devido a uma fome de poder (e já vamos falar disso num segundo texto dedicado ainda à entrevista de Cafofo ao JM, tendo a CMF como referência). E há coisa que não há nenhuma agência de comunicação, por muito experimentados que sejam os seus proprietários, consegue resolver (LFM)

Um recado ou um ajuste de contas?


PSD-Madeira: qual era a dúvida? Só espero que....

Segundo a imprensa, "o PSD/M renova confiança em Albuquerque como “único candidato” capaz de defender os interesses da população".  Concordo e subscrevo. O que espero mesmo é que Miguel tenha a consciência do que está em cima da mesa, de tudo o que mudou nos últimos 4 anos, dos novos desafios que precisa de vencer, de entender que os inexperientes e vaidosos novos "capatazes" políticos concelhios alem zero, por muito hábeis que se revelem quando se trata de manipulação ou de pressão, que 2019 nunca será 2015 e que muito do que aconteceu em 2015 se deveu a circunstâncias extraordinárias e que esteve quase a constituir uma catástrofe política e eleitoral para o  PSD-M. Essas coisas não se esquecem nem se escondem, estamos a falar do pior resultado eleitoral regional de sempre e do recorde nas abstenções nas eleições que eram sempre as que menor abstencionismo apresentavam. Virar a cara a isto, não perceber as causas do que se passou, pode ser fatal. Tranquilidade, bom senso e pragmatismo. É o que recomendo e se espera (LFM)

Concordo

Concordo: o que é que impede que os portugueses sejam devidamente informados deste tema e que em torno dele se façam as discussões que forem precisas e depois se tomem decisões. Era o que faltava que Portugal por causa da geringonça de merda ficasse refém de radicalismos da extrema-esquerda ideológica encapotada e oportunisticamente suavizada por exigências eleitorais.

Nota: um segredo pouco tolerado na politica

Este é o segredo dos bons políticos. O problema é que todos sabemos que há políticos, a todos os níveis e nos diferentes patamares de responsabilidade, que nem sempre gostam disto, melhor dizendo, que não toleram as opiniões contrárias, mesmo quando emergem do seu círculo restrito de amigos ou pessoas de confiança. Os políticos, muitos deles, não estão preparados para lidar com a diversidade opinativa e acham que quem trabalha para eles deve limitar-se a "encarneirar". Isso é errado e acaba por ser, é uma mera questão de tempo, a causa da desgraça e da queda desses políticos menores e incompetentes.

PSD-M e as listas: muito juízo

Recomendo muito juízo e espero que Miguel Albuquerque tenha o controlo político total deste processo e que impeça, sobretudo isso, que as conhecidas (particularmente nas mesas dos cafés e nas redações dos meios de comunicação social...) vuvuzelas bufas que acham que bufando notícias ou informações para os jornais - mesmo quando não sabem do que falam - ou que a política hoje tem pouco ou nada a ver com as pessoas e tudo a ver com as intrigas e outras merdas porcas nas redes sociais, sejam postas de lado e que fiquem caladas. Se essa trampa começar a fazer o que fez durante estes 4 anos, então temos o caldo entornado. Acho que o PSD-M, pelo que foi noticiado - pelos bufos ou deliberadamente para marcar posições? - ao contrário do desastre eleitoral de 2015, que continuo a entender que foi excepcional e por motivos de todos conhecidos, parece estar a tomar decisões correctas na elaboração da sua lista de candidatos - uma lista tem que ser sobretudo política e de combate, paninhos quentes e cinzentismo é para outras frentes, não para os combate eleitorais.

quinta-feira, julho 18, 2019

Nota: retomemos o nosso caminho...

O jornalismo tem regras, sempre teve. Confundir tudo e subverter esses valores constitui uma ameaça a uma actividade profissional em crise, que se arrasta penosamente há anos lutando pela sobrevivência e pela credibilidade, e com empresas em situação de falência ou pré-falência financeira. Quando o jornalismo, por inexperiência, descuido ou pressão pela ânsia de vendas ou audiências, pisa o risco vermelho da tolerância, quando os meios de comunicação se transformam em meros vazadouros da sujeira que conspurca as redes sociais, e o vale tudo que ali impera, então começamos a razões para termos pena por uma destruição paulatina que acabará por tornar cada vez mais desnecessários e prescindíveis os meios de comunicação social, exactamente o oposto ao que defendemos e necessitamos todos.
Quando por qualquer razão se cometem erros, a maior virtude é reconhecer o erro (o jornalismo não é uma verdade absoluta quando é produzido por pessoas com os mesmos erros e virtudes de qualquer outro cidadão), pedir desculpa e continuar o caminho. Confundir factos, misturar acessórios ou protagonistas que nada têm a ver com uma história, ceder à pressão especulativa das redes sociais que não pode ser importada pelo jornalismo sério, ou cometer o erro do recurso sistemático a "narizes de cera" (uma arma de destruição silenciosa da deontologia jornalística) exige um combate serio em nome da seriedade, da sobriedade e da credibilidade. Sem moralismos idiotas e sem atacar seja quem for, apenas convidando a uma reflexão para que retomemos os carris do nosso próprio caminho (LFM, CP nº 134-A)

quarta-feira, julho 17, 2019

Paulo Cafôfo é de novo arguido no caso da queda da árvore no arraial do Monte

O antigo presidente da Câmara do Funchal e candidato socialista às regionais de Setembro volta a ser arguido no processo da queda da árvore que matou 13 pessoas na festa do Monte, a 15 de Agosto de 2017 O ex-presidente da Câmara do Funchal foi constituído arguido durante o inquérito às causas do acidente, mas o Ministério Público deixou de fora Paulo Cafôfo no despacho de acusação feito em Setembro de 2018. Por falta de indícios sobre a responsabilidade no caso, a opção foi a de mandar para julgamento a vereadora do Ambiente e o diretor dos parques e jardins municipais, Francisco Andrade, por homícidio negligente. O caso, no entanto, não estava encerrado para o agora candidato a presidente do Governo pelos socialistas. Alguns familiares das vítimas decidiram requerer a abertura de instrução e é neste âmbito que Paulo Cafôfo volta a ser notificado como arguido no processo. A juiza Susana Mão de Ferro, que tem o caso em mãos, vai voltar a ouvir a vereadora Idalina Perestrelo, o que está marcado para 4 de Outubro. A audiência ao responsável pelos jardins muncipais está marcada 11 de Outubro.

terça-feira, julho 16, 2019

Polígrafo-SIC-Notícias: Portugal está melhor do que em 2015?


Polígrafo-SIC-Notícias: Sócrates pagou as contas do filho de Pedro Silva Pereira em Paris?


Polígrafo-SIC-Notícias: Notícia da TVI provocou fuga aos depósitos do Banif?


Polígrafo-SIC-Notícias: Podemos acreditar em tudo o que vemos?


Polígrafo-SIC-Notícias: Marcelo foi humilhado no Conselho da Europa?


Polígrafo-SIC-Notícias: O euromilhões é uma farsa ou fraude?


Polígrafo-SIC-Notícias: Os encontros e desencontros da esquerda na nova Lei de Bases da Saúde


Polígrafo-SIC-Notícias: As autoestradas portuguesas são as mais caras da UE?


Polígrafo-SIC-Notícias: Atlético de Madrid foi a equipa mundial que mais gastou até agora?


Polígrafo-SIC-Notícias: Falência do Banif foi paga pelos contribuintes?


Polígrafo-SIC-Notícias: Jorge Mendes já movimentou mil milhões de euros em transferências


Enjoos A330 Neo: Explicações de TAP e Airbus não convencem tripulantes

As explicações da Airbus e da TAP não foram suficientes para descansar os tripulantes dos aviões A330 Neo quanto às situações repetidas de náuseas, tonturas e vómitos. A Associação de Pilotos vai agora à Holanda ouvir um médico especialista, enquanto o sindicato do Pessoal de aviação reclama mais explicações da administração da TAP.

Airbus reconhece falhas nos novos aviões da TAP


70% da pesca de atum na Madeira é feita por embarcações açorianas que lá deixam a maioria do pescado

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia salientou que “as 22 embarcações registadas nos Açores com licença para pescar na Madeira são responsáveis por mais de 70% das descargas” de atum registadas naquela Região Autónoma. Gui Menezes referiu ontem  que “a pesca ao atum é incerta” nos Açores, é sazonal, iniciando-se em meados de abril e terminando em outubro, acrescentando que, nos primeiros meses, há uma maior probabilidade da ocorrência destas espécies na Madeira, onde a maioria das embarcações açorianas estão licenciadas a pescar. Entre a frota licenciada para a captura de tunídeos usando a arte de salto-e-vara, cerca de três dezenas de embarcações só efectuam descargas de tunídeos, exercendo a sua actividade nas sub-áreas Açores e Madeira.
De acordo com o diploma europeu que determina as possibilidades de pesca, a quota nacional de atum-voador é de 1.994 toneladas e a quota nacional de atum-patudo é de 3.574 toneladas, tendo-se pescado até agora 1.257 toneladas de voador e 1.240 toneladas de patudo, sendo que mais de 95% foi descarregado na Madeira, onde o valor de primeira venda de tunídeos ronda os seis milhões de euros, sendo que o atum-voador representa 3,2 milhões de euros, o patudo cerca de 2,6 milhões de euros, o bonito 60 mil euros (65 mil quilos) e o rabilo 250 mil euros (32 mil quilos). Tendo em conta as pescarias de atum descarregadas na Madeira é de referir que as mais-valias da percentagem do valor total descarregado em lota não fica nos Açores, neste caso na Lotaçor, mas sim na empresa madeirense. O pescador retira o seu valor não havendo qualquer problema em descarregar quer na Madeira quer nos Açores. O seu valor de venda é o mesmo.

Guilherme Silva (Correio dos Açores) defende revisão constitucional para reforçar poderes das regiões

Correio dos Açores: Por nomeação do Presidente do Governo Regional da Madeira, é o Presidente da Comissão Executiva das Comemorações dos 600 da Madeira. A sua vinda aos Açores insere-se nesta condição e qual a importância dos eventos desenvolvidos para as duas regiões e para as comunidades insulares?
Guilherme Silva (Presidente da Comissão Executiva das Comemorações dos 600 anos da Madeira): As actividades tiveram início em 2018. Foi decidido que o ciclo das comemorações não seria fixado num ano só. Isto porque a ilha do Porto Santo foi descoberta em 1418 e a ilha da Madeira no ano seguinte. Para contentar um pouco os historiadores, devido à controvérsia das datas, estendeu-se a data das comemorações até 2020. No ano passado, deu-se uma maior atenção ao Porto Santo, e este ano foi para a Madeira, sendo que nesta ilha privilegiamos o Machico porque foi na baía que os navegadores desembarcaram, ou seja, é o concelho que está mais conotado com a ilha em 1419. A ideia central das comemorações é chamar a atenção para a nossa memória coletiva pois uma comunidade que não tenha o registo do seu percurso está aquém dos seus valores que foram sendo construídos ao longo de 6 séculos. Não é uma comemoração que se restringe unicamente à descoberta e povoamento, mas também ao percurso do arquipélago nestes 600 anos. 
A presença dos Açores nas comemorações está relacionada com uma vertente extremamente importante neste percurso. Temos muitos madeirenses a residir fora do arquipélago, logo era impensável celebrar esta efeméride sem ter a presença da diáspora, desde a mais próxima, que é o caso do arquipélago açoriano até à mais longínqua como a Austrália e outros países onde existem comunidades de madeirenses. No caso particular dos Açores, existe uma comunidade pequena com cerca de 300 madeirenses. E mesmo estando a “dois passos” da Madeira, quiseram ter [ Casa da Madeira nos Açores] a sua própria intervenção nas comemorações, o que é gratificante. Daí a minha presença no arquipélago. Apesar de termos madeirenses que estão a 1h30 de distância do arquipélago, associaram-se e quiseram ter aqui (nos Açores) as comemorações dos 600 anos. É necessário aperfeiçoar a presença destas instituições e das que estão espalhadas pelo mundo, nas nossas comunidades, e dar-lhes o estatuto necessário para que façam estas iniciativas. A Madeira tem um sentido cosmopolita que construiu de um lado, pelo turismo, e de outro pelo “vai e vem” de comunidades que levam e trazem saberes ao longo destes séculos. Esta é a nossa identidade, é a nossa cultura.

Açores: isto não era um hotel a cobstruir por um empresário madeirense?



fonte: imprensa açoriana