domingo, setembro 29, 2019

Perceber as regionais 2019 em 4 quadros



(LFM)

Nota: Sozinhos até caírem?

As regionais de 2019 - opinião pessoal - colocam em cima da mesa a própria sobrevivência política e eleitoral da JPP, salvo se a sua estratégia se alterar e for capaz de identificar claramente, sem se confundir com o PS - os laços afectivos contam sempre... - o seu espaço próprio na política regional e sobretudo uma marca ideológica que não tem.
Não é desajustado, nem sequer especulativo, admitir - mesmo ressalvando que se trata de eleições com natureza diferente - que as autárquicas de 2021 possam ser o mais importante desafio eleitoral e político que se coloca à JPP que em meu entender se colou demasiado ao PS-M, não percebeu as prioridades concretas do eleitorado e terá cometido um erro político quando se coligou-se ao PS-M no Funchal, em 2017, sem nada ganhar com isso.
Pelo contrário. O radicalismo político da JPP, sobretudo nos momentos das decisões, o discurso algo dúbio e ambíguo que navega ao sabor da ondulação mediática, o medo de ser colado à direita (como se a JPP tivesse alguma ideologia em concreto) - como se não nos lembrássemos, ainda nos tempos de Filipe Sousa no PS-M, que este concorreu coligado ao CDS em vários municípios regionais, e nenhum deles terá perdido a identidade por causa disso, embora tenham perdido votos que só duas eleições depois é que recuperaram parcialmente – condicionaram muito a atitude do JPP.
Vamos a factos.
Em 2015, a JPP totalizou 13.114 votos (10,3%) dos quais 6.558 em Santa Cruz (34,1% no concelho), 3.709 votos no Funchal (7%) e 930 votos em Machico (9%). Ou seja, estes três concelhos representaram 11.197 votos, 85,4% da votação total da JPP – só Santa Cruz equivaleu a 50% da votação total regional do partido.
Já nas regionais de 2019, depois de 4 anos de actividade parlamentar - que em 2015 não existia porque nesse ano concorreu pela primeira vez às regionais - o JPP teve 7.830 votos (5,5%), menos 5.284 votos que quatro anos antes. Santa Cruz representou 67% da votação do partido em toda a região - que ficou assim cada vez mais localizado geograficamente em termos eleitorais. Se juntarmos este concelho ao Funchal, 1.531 votos (2,5%) e a Machico, 442 votos (3,9%), estes três municípios totalizaram 7.220 votos, 92,2% pelo que exceptuando estes o JPP revelou-se neste acto eleitoral um partido de insignificância quase generalizada.
O problema é que depois de ter não ter concorrido às europeias em Maio, o JPP perde as regionais em Setembro, incluindo o seu bastião eleitoral (Santa Cruz) - em grande medida graças ao Caniço e Santa Cruz – passando a terceira força política em Santa Cruz deixando que PS (vencedor) e PSD juntos tenham quase três vezes mais os votos do JPP. Enquanto durar a influência eleitoral, em queda, que ainda tem em Santa Cruz o JPP não “desaparece”. Mas duvido que depois dos resultados das regionais o PS não tenha colocado na sua agenda política a reconquista da Câmara de Santa Cruz em 2021. Aliás a denúncia de uma alegada (e potencialmente provável) cambala envolvendo o PS, a agência de comunicação que trabalhou para Cafofo e uma televisão, que pode ter tido efeitos eleitorais negativos nos resultados do JPP – não o posso provar – pela desconfiança suscitada naturalmente pela reportagem foi um primeiro sinal. Não foi obviamente só por isso que o JPP perdeu tanto voto. Admito que em vez das falinhas mansas do costume e do discurso gasto e insonso da “diferença” o JPP tenha encontrado as explicações internas para a hecatombe eleitoral que alguns até estimavam maior do que aconteceu, com a previsão de apenas 2 deputados.
Não estarei a exagerar se admitir que as legislativas de domingo podem colocar em cima da mesa a própria liderança do JPP, eventualmente desgastada e que deixou de propiciar aos eleitores qualquer mais-valia concreta. Um resultado negativo que fique aquém do esperado e que represente nova queda eleitoral comparativamente a 2015, pode forçar o JPP a terá que encontrar nova liderança, repito, por desgaste total da actual. E não me parece que seja recomendável que num cenário desses, de queda eleitoral significativa, o segredo seja a sobrevivência agarrado apenas ao actual Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, porque isso acabará por o penalizar ainda mais num combate eleitoral que em 2021 nada terá a ver com o que aconteceu até hoje em termos autárquicos. O PS, naturalmente mais do que o PSD – com uma demorada recuperação a ser paulatinamente feita, desde as questões internas, à reconquista de posições no terreno e a um sucesso eleitoral – vai atacar a CMSC porque internamente os socialistas apenas sustentam que se limitam a recuperar eleitorado que era seu e que o JPP tinha desviado depois da cisão que levou os actuais principais dirigentes do JPP a abandonarem os socialistas por divergências que na tiveram a ver com uma prometida mas falhada rotatividade de deputados no parlamento regional.
Obviamente que isso são assuntos internos do JPP que, repito, deve abandonar um radicalismo fundamentalista assente apenas em motivações pessoais e não numa lógica política que nos tempos actuais exige muito pragmatismo que alguns estão incapacitados de garantir, refugiando-se em tretas do passado absolutamente obsoletas. Arrisco afirmar que uma colagem excessiva do JPP ao PS-M, por causa do seu desespero em perceber o que lhe aconteceu eleitoralmente - mesmo engolindo sapos ou elefantes - depois de tudo o que se passou nas regionais deste ano, será potencialmente um suicídio eleitoral antecipado. A JPP precisa urgentemente de encontrar o seu espaço próprio e de perceber as prioridades do eleitorado regional, por muito que pense que conhece o que o eleitorado de Santa Cruz quer. E encontrar as linhas mestras de um discurso político de âmbito regional  que seja convincente e mobilizador. (LFM)

3,5 milhões de lares com Pay Tv

O estudo Barómetro de Telecomunicações da Marktest contabiliza 3,5 milhões de lares portugueses que subscrevem serviços de televisão paga. No trimestre móvel de setembro de 2019, Barómetro de Telecomunicações da Marktest contabilizou 3 509 mil lares com Tv paga, o que corresponde a 86.8% dos lares portugueses. Este valor significa um crescimento de 5.7% relativamente ao período homólogo do ano anterior. A subscrição de Tv paga é superior junto dos lares onde a idade do ICMR (Indivíduo que Contribui com o Maior Rendimento) se situa entre 35 dos 54 anos ou nos lares das classes mais elevadas.

Eleições: gostava mesmo para acabar com tretas

Não tenho dados, nas sinceramente gostava de saber quantos dos emigrantes madeirenses radicados na Venezuela - e que voltaram à Madeira - votaram nas regionais de 22 de Setembro. Sei que os dois partidos que mais empolaram o assunto, a roçar o oportunismo desajustado, não ganharam nada com isso. Isso é inegável! (LFM)

Eleições: uma dúvida....

Tenho uma enorme dúvida neste rescaldo eleitoral do 22 de S: as pessoas votaram no PS-M ou votaram no "independente" Paulo Cafofo usado pelo PS-M para conquistar o poder? É que são duas coisas diferentes. O PSD-M só perdeu 124 votos entre 2015 e 2019. O problema é que não ganhou nenhum apesar de terem votado mais 15 mil eleitores e a esquerda e o CDS juntos terem perdido mais de 21 mil votos. O PS teve mais cerca de 36.600 votos. É uma questão de aritmética (LFM)

Caminhar é a atividade que mais portugueses praticam nos tempos livres

Segundo o estudo TGI da Marktest, o andar/caminhar está no topo das atividades de tempos livres ou hobbies mais praticados pelos portugueses. Na 1ª vaga de 2019, o estudo TGI da Marktest contabiliza 5 milhões e 188 mil indivíduos que referem andar/caminhar como a atividade de tempo livre ou hobby que praticam regularmente, um número que representa 60.6% do universo composto pelos residentes no Continente com 15 e mais anos. Ouvir música é a segunda atividade com mais referências (47.1%) e ler a terceira (37.9%). Cozinha, fotografia, tecnologia, jogar cartas, palavras cruzadas, bordados e escrever completam a lista das 10 atividades de tempos livres mais referidas pelos portugueses.Estas atividades têm, contudo, diferenças entre os vários grupos sociodemográficos. Analisando o género, por exemplo, vemos que a fotografia é a atividade que menos separa os homens das mulheres, pois os valores dos dois sexos é bastante semelhante. Ao contrário, a tecnologia ou o jogar cartas são mais apelativas para os homens, enquanto ler, cozinhar ou bordar obtêm valores bastante mais elevados junto das mulheres. Os dados e análises apresentadas fazem parte do estudo TGI, propriedade intelectual da Kantar Media, e do qual a Marktest detém a licença de exploração em Portugal, é um estudo único que num mesmo momento recolhe informação para 17 grandes sectores de mercado, 280 categorias de produtos e serviços e mais de 3000 marcas proporcionando assim um conhecimento aprofundado sobre os portugueses e face aos seus consumos, marcas, hobbies, Lifestyle e consumo de meios. Presente em mais de 60 países nos 5 Continentes, o TGI poderá ainda caracterizar mercados internacionais com vista ao conhecimento dos consumidores além fronteiras (Marktest.com, Setembro de 2019)

Figuras públicas na publicidade: que atributos?

Segundo o estudo Figuras Públicas e Digital Influencers da Marktest, para participar em campanhas publicitárias ou de sensibilização social uma figura pública deve ser honesta e credível, mas há outros atributos importantes. Quando questionados sobre os atributos ou características pessoais que uma figura pública deve possuir para participar em campanhas publicitárias ou de sensibilização social, a honestidade e a credibilidade foram consideradas as mais importantes pelos entrevistados no estudo Figuras Públicas e Digital Influencers da Marktest. Numa escala de 1 (nada importante) a 10 (muito importante), ambos os atributos obtiveram uma classificação média de 8.85. Um valor aproximado foi registado pelo atributo simpatia, seguido de competência.

Nota: nervosismo onde? E para quê?

Li no DN-Madeira que anda um nervosismo miúdo no PSD-M. É natural, mas não me parece que isso seja um problema nem uma ameaça seja ao que for e a quem for. Além disso, confesso que não sei o que realmente se passa, porque sou um outsider. Acho que a Comissão Política Regional ainda não se reuniu para balanço dos resultados eleitorais e análise de tudo o que rodeia este momento. Uma coisa é certa: o PSD-M não obteve um bom resultado, resistiu bem, sobreviveu a cenários bem piores que muitos perspectivavam. Só isso. A realidade, contudo, é a que é. Porque a política não se esgota nos resultados. Há sempre o "day after" (LFM)

Nota: nada de equívocos

Li recentemente no DN-Madeira contas feitas acerca das alegadas "perdas" eleitorais do PSD-Madeira, tendo como referência 2007, mas sem enfatizar que foram eleições excepcionais (como as de 2019 serão). Não se pode comparar os resultados do PSD-Madeira em 2007 com qualquer outra eleição regional, nem mesmo a de 22 de Setembro de 2019, pelo que pretender ter como pólos de comparação 2007 e 2019 não é sério, nem tem sustentação nenhuma, salvo a mera análise quantitativa dos actos eleitorais.
Eu explico.
As eleições regionais de 2007 foram excepcionais por dois motivos: a entrada em vigor de uma nova lei eleitoral de círculo único com 47 deputados e o facto delas se terem realizado ano e meio antes do "timing" previsto, devido ao impacto da bronca com Lisboa relacionada com a roubalheira feita à Madeira ao abrigo da Lei das Finanças Regionais pela dupla de bandalhos Sócrates-Teixeira dos Santos (os gajos que faliram em 2011 o país e chamaram a troika, lembram-se disso?).
Contudo, as mudanças na LFR, depois de uma crise política profunda - está tudo registado - que envolveu o Presidente e esteve quase a causar a queda do governo socialista de Lisboa,  seria depois derrotada mais tarde em São Bento quando todos os partidos da oposição - o PS ficou de fora - se uniram e votaram uma alteração legislativa que impediu que a RAM fosse ainda mais penalizada pela sacanice feita por Lisboa e que tinha as regionais de 2008 (que acabaram por não se realizar) como referência temporal.
A verdade é que devido a essa bronca o Governo Regional demitiu-se em protesto - eu na altura, bem por dentro desta guerra, defendi e escrevi que a opção deveria ser a demissão e a exigência de eleições antecipadas - e o PSD-M com uma maioria absoluta folgada recusou viabilizar no parlamento qualquer outra solução, pelo que apareceram as primeiras eleições antecipadas na RAM.
Mais.
O ambiente na Região era de protesto generalizado pela injustiça cometida e o PS-Madeira - na altura de Jacinto Serrão entretanto regressado ao parlamento regional... - totalmente submisso a Lisboa e pressionado por Sócrates e a poderosa máquina que o rodeava no partido no Rato, acabou sofrendo uma das suas piores derrotas eleitorais, senão mesmo a pior derrota eleitoral por causa disso.
O PSD-Madeira, graças a uma campanha eleitoral essencialmente de revolta e de protesto, alcançou mais de 90 mil votos, algo nunca antes conseguido, garantindo para além do seu eleitorado mais fiel uma parcela numerosa do chamado eleitorado flutuante, que vota sem compromissos com os partidos - o mesmo eleitorado que na minha opinião deu a Cafofo (ao "independente" Paulo Cafofo a votação que teve e nunca antes alcançada, e não ao PS-Madeira).
Portanto comparar quantitativamente eleições é natural e possível, mas a análise fica distorcida se aquela realidade a que me referi antes, no caso das regionais de 2007, não for considerada.
Vejamos:
- Regionais de 2004
Votantes - 137.693
PSD - 73.904 (53,7%)
PS - 37.898 (27,5%)
- Regionais de 2007
Votantes - 140.721
PSD - 90.339 (64,2%)
PS - 21.699 (15,4%)
- Regionais de 2011
Votantes - 147.344
PSD - 71.556 (48,6%)
PS - 16.945 (11,5%)
- Regionais de 2015
Votantes - 127.545
PSD - 56.569 (44,4%)
PS - 14.574 (11,4%) - coligação com PTP, PAN e MPT
- Regionais de 2019
Votantes - 143.190
PSD - 56.448 (39,4%)
PS - 51.207 (35,8%)

As regionais de 2011 foram, na minha opinião, as eleições mais difíceis de sempre para o PSD-M, devido ao impacto negativo do chamado "buraco" financeiro e do medo que as pessoas tiveram pela austeridade que chegou através do PAEF, em 2012. Com elas chegou o princípio da descida eleitoral do PSD-M que se viria a confirmar nas autárquicas de 2013 e culminou com as regionais de 2019, depois do negativo ano eleitoral de 2015 e do "mais do mesmo" nas autárquicas de 2017 (LFM)

Açores: Afinal o paraíso não fica ali....


Açores, o mesmo problema do resto do país


Sabem como foram eleitos os deputados regionais com base na aplicação do método de Hondt para apuramento dos 47 mandatos?



SociCorreia também aposta nos Açores

Deliberações da ERC...

DELIBERAÇÕES ADOTADAS PELO CONSELHO REGULADOR EM AGOSTO DE 2019
- Arquivamento da participação recebida, a 18 de junho de 2019, contra o Telejornal da RTP Madeira, em virtude de não se terem verificado indícios de violação dos deveres de pluralismo.
- Dar por verificado que o Diário de Notícias da Madeira violou o dever de rigor informativo, pela não identificação das fontes de informação, na peça jornalística «Cerco policial aos bairros já deteve suspeitos e apreendeu de droga e dinheiro na Madeira», publicada na edição eletrónica de 28 de fevereiro de 2019. Recomendação ao Diário de Notícias da Madeira para o cumprimento escrupuloso do disposto no artigo 3.º da Lei n.º 2/99, de 13 de janeiro e na alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º do Estatuto do Jornalista e Sensibilização desta publicação para a necessidade de acautelar, através dos recursos técnicos disponíveis, a preservação da identidade das pessoas envolvidas quando a divulgação da sua imagem não encontre justificação ou respaldo na lei.

DELIBERAÇÕES ADOTADAS PELO CONSELHO REGULADOR EM JULHO DE 2019
- Arquivamento da participação submetida pelo MPT Partido da Terra-Madeira contra a RTP Madeira, por alegada ausência de pluralismo político, por se ter considerado não terem sido identificados elementos reveladores dessa falta.

Legislativas: Como Guterres ficou no limiar e Sócrates ultrapassou a fasquia da maioria absoluta

Melhores resultados eleitorais do PS em legislativas aconteceram em 1999 e 2005. A grande diferença entre essas duas vitórias é que António Guterres voltou a não conseguir a maioria absoluta, enquanto José Sócrates se tornou o único exemplo de sucesso nesse objetivo que António Costa poderá agora igualar (ou mesmo suplantar). Descubra as diferenças entre dois atos eleitorais marcantes (infografia de Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Açores com o melhor rácio de criação de empresas do país

Pesca, turismo e produção de energia elétrica marcaram a evolução do Indicador de Atividade Económico, de acordo com os últimos dados conhecidos. De acordo com a Direção Regional de Apoio ao Investimento e à Competitividade, a evolução favorável da economia açoriana irá permitir o fortalecimento financeiro dos empresários e das empresas, bem como o surgimento de novas empresas e de novas atividades empresariais privadas. O rádio de criação de empresas nos Açores continua a ser o mais elevado do país, com um valor de três empresas criadas por cada empresa que encerra (infografia de Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Nota: a nova lógica no PS-M?

Nunca tinha visto. O representante da República chama a São Lourenço os PARTIDOS no pós-eleições regionais de 22 de Setembro. Não chamou nem cidadãos, nem "independentes" nem candidatos derrotados ou vencedores, apenas PARTIDOS. Com Emanuel Câmara presente na delegação socialista, o líder do PS-M calou-se para que o "independente" Cafofo perorasse as coisas do costume? Afinal qual é a identidade própria do PS-M? As eleições acabaram. Achei bem que tenha sido Cafofo a falar na noite eleitoral. Mas em audiências institucionais?! Será que depois das derrota de 22 de Setembro se vai seguir o assalto à liderança do PS-M? Por este andar não me espantava nada. Pelo menos era um jogo que ficava mais claro em vez de marcado por falsos "independentismos" da treta apenas para caçar votos (LFM)

Como é que seria uma geringonça 2.0? Seis cenários para o pós-eleições

Terminados quatro anos de uma legislatura em que o PS minoritário fez acordos com os dois partidos da CDU e com o Bloco de Esquerda para assegurar a governação, afastando a direita do poder, novos equilíbrios surgem no horizonte (infografia de Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Sondagem: Investimento na saúde e subida de reformas mais desejados do que redução de IRS

A saúde está primeiro para os portugueses, já que quase metade dos entrevistados pela Aximage a apontaram enquanto uma aplicação de excedentes orçamentais, atribuindo-lhe a melhor “nota”. Nas macrocategorias que agregam várias prioridades, o reforço dos apoios e solidariedade social (incluindo aumento de reformas, do subsídio de desemprego e rendimento social de inserção) supera a melhoria dos rendimentos das famílias, que junta a diminuição do IRS para a classe média, do IVA e do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (infografia de Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

EUA: a cultura das armas

Com a posse e o porte de armas nos EUA protegidos pela Segunda Emenda à Constituição, que data do século XVIII, o país liderado por Donald Trump tem um historial de tiroteios em massa sem precedentes. Donos de pistolas, espingardas ou semi-automáticas, os norte-americanos ganham ainda no número de armas de fogo por habitante a nível mundial (infografia de Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Sondagem: Como classifica a atuação dos seguintes intervenientes na greve dos motoristas?

António Costa e Pedro Nuno Santos obtiveram um saldo muito mais positivo do que os restantes protagonistas na avaliação dos portugueses ao protesto que agitou o verão. Entre os dirigentes do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas e da Antram destacou-se, sobretudo pela negativa, o agora candidato a deputado Pardal Henriques (infografia de Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Sondagem Aximage/JE: Recuperação do PSD deixa maioria absoluta do PS mais distante

O PSD e o seu presidente, Rui Rio, reduziram o enorme fosso que os separava do PS de António Costa a pouco mais de uma semana das eleições legislativas, e segundo uma sondagem realizada pela Aximage para o Jornal Económico têm agora apenas 12,2 pontos percentuais de desvantagem nas intenções de voto, o que torna ainda mais improvável um cenário de maioria absoluta socialista, no qual já não acreditam quatro em cada cinco entrevistados que preveem a vitória do PS a 6 de outubro (infografia de Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Nota: a hipocrisia dos "conselheiros matrimoniais" da esquerda...

Tem piada. Uns tipos de esquerda - alguns com blogs de ressabiados que só fazem ataques pessoais porque o jornal onde escrevem como articulistas ( não só...) talvez não admite que pisem o risco vermelho da bandalheira ética - que votaram todos no Cafofo, alguns até mandaram o partido deles para o lixo, agora querem vir pregar moralismos ao CDS-M por se coligar com o PSD-M. Mas que eu saiba qual a afinidade existente entre CDS-M e PS-M sem a de terem estado na oposição muitos anos? O problema é que o CDS-M deixa de estar e tudo indica que o PS lá vai continuar. Duvido que o CDS-M se tenha esquecido das mesmas conversas moles que em 2015, em São Bento, tiveram o desfecho que alguns queriam transferir para o Funchal. Por isso a irritação e a conversa mole para diabolizar o CDS-M. Se fosse para fazer o que eles querem - os tais bloguistas do insulto, comentadores anónimos das redes sociais e outras frustrações partidárias, então nem valia a pena o CDS-M ter concorrido às eleições, não acham? O PS-M é que quer dizer ao CDS-M o que deve fazer e como fazer, ao ponto - como diz o povo, e desculpem a expressão mais radical - se "baixar as calças" se for preciso (mais tarde vinga-se...). Patético (LFM)

quarta-feira, setembro 18, 2019

Venezuela: Deputado Edgar Zambrano libertado após 132 dias de prisão

Foi libertado, na Venezuela, o Vice-presidente da Assembleia Nacional, membro da oposição e número dois do Parlamento que se encontrava preso desde maio. Numa declaração aos jornalistas, Edgar Zambrano sublinha que tem agora mais esperança no futuro político do país.

Eleições: retrato das regionais de 2015 nas 11 maiores freguesias da RAM

Este quadro mostra - no caso das 11 maiores freguesias da Madeira (com mais eleitores inscritos) e considerando os seis principais partidos e tendo como referência as regionais de 2015 - os valores da abstenção e os votos dos partidos. Este trabalho ajuda a perceber a influencia decisiva das maiores freguesias no desfecho eleitoral regional, como aliás era de prever (LFM)

Eleições: percentagens dos votos e dos mandatos


Este quadro mostra nas eleições regionais de 2007, 2011 e 2015 a percentagem dos seis principais partidos e a percentagem dos mandatos eleitos. Lembro que o PS liderou uma coligação com o PTP, MPT e PAN que ficou muito aquém do pretendido. Como se verifica, a abstenção no Funchal roçou quase os 50% dos inscritos (LFM)

Eleições: os resultados (2015) na RAM

Este quadro mostra a votação dos principais partidos e abstenção na Madeira, nas regionais de 2015 - o PS liderou uma coligação com o PTP, MPT e PAN que ficou muito aquém do pretendido. Como se verifica a abstenção foi de quase 50% (LFM)

Eleições: o "peso" do Funchal (2015) para os partidos

Este quadro mostra o peso eleitoral do Funchal nos resultados da votação na RAM dos seis principais partidos, tendo como referência as regionais de 2015. Lembro que o PS liderou uma coligação com o PTP, MPT e PAN que ficou muito aquém do pretendido. Como se verifica no caso dos partidos mais pequenos, o Funchal representa valores acima dos 50% da votação regional total. A abstenção no Funchal representou 41,1% do total de abstencionistas registados em 2015 na Madeira (LFM)

Eleições: os resultados no Funchal em 2015

Este quadro mostra a votação dos principais partidos e a abstenção do Funchal, nas regionais de 2015. Lembro que o PS liderou uma coligação com o PTP, MPT e PAN que ficou muito aquém do pretendido. Como se verifica a abstenção no Funchal roçou quase os 50% dos inscritos (LFM)

Eleições: o parlamento da RAM entre 2004 e 2015

Este quadro mostra a evolução da composição dos parlamentos regionais na Madeira entre 2004 e 2015. Lembro que depois de 2007, inclusivé, entrou em vigor uma nova lei eleitoral que fez com que os 47 deputados regionais passassem a ser eleitos por método de Hondt num único círculo eleitoral, ao contrário do que acontece nas  legislativas nacionais e nas regionais dos Açores onde existem círculos eleitorais (e círculo de compensação adicional no caso do parlamento dos Açores). No estudo coloquei também a percentagem dos votos de cada partido e a percentagem dos mandatos eleitos por cada candidatura, sendo evidentes algumas disparidades, embora sem oscilações de grande monta (LFM)

Eleições: recenseamento nos concelhos da RAM (comparativo)

Este quadro mostra, em comparação, os valores do recenseamento eleitoral nos concelhos da Madeira, registados entre 2010 e as europeias e as regionais de 2019 e os valores da população em 2017 (LFM)

Eleições: recenseamento nas freguesias da RAM (2019)

Este quadro mostra, em comparação, os valores do recenseamento eleitoral nas freguesias da Madeira, registados nas europeias e regionais de 2019 e os valores da população em 1980 e 1990 e dos Censos-2011 (LFM)

Eleições: a "perfomance" concelhia do PSD-M

Este quadro mostra as percentagens eleitorais do PSD-M, para as 4 eleições indicadas - todas diferentes - em cada um dos concelhos da RAM,  sendo de referir que salvo Calheta e Câmara de Lobos (o melhor foi nas autárquicas de 2017) nos demais concelhos os melhores resultados do PSD-M foram registados nas regionais de 2015. Aliás as regionais sempre foram para o PSD-M as melhores eleições em termos de resultados (LFM)

Eleições: retrato das regionais de 2015 (inscritos, votantes e PSD-M)

Este quadro das regionais de 2015 mostra o peso dos inscritos de cada concelho face ao total geral da RAM - Funchal com cerca de 41% do total regional quando há anos tinha cerca de metade... - depois vemos os votantes com os dados percentuais, quer em cada concelho, quer depois o peso percentual dos votantes por concelho face ao total. Por exemplo, no Funchal os votantes representaram 41,6% do total de votantes na Rergião, seguindo-se S.Cruz com 15,7% e Câmara de Lobos com 11,8%. Uma curiosidade, a costa norte representou no seu global menos de 7% do total de votantes constando-se que tinha nas regionais de 2015 também perto de 7% do total de inscritos na Região.
Finalmente no mesmo quadro vemos a percentagem eleitoral do PSD por concelho e o peso da votação por concelho face ao universo regional dos votos social-democratas. Alguns partidos cometeram de novo erros na campanha ao não apostarem sobretudo nos concelhos e/ou freguesias onde registaram no passado melhores resultados eleitorais. Para isso teria sido necessário fazer um levantamento rigoroso o que naturalmente dá trabalho e "queima pestanas"... (LFM)

Eleições: o peso concelhio na votação do PSD-M

Este quadro mostra, considerando as 4 eleições indicadas, o peso eleitoral da votação do PSD-M no total dos votos que o partido alcançou a nível regional. Em todas elas Funchal, Câmara de Lobos e Santa Cruz representam em média 60% dos votos dos social-democratas, indicadores que em situações normais ajudam sempre um partido a definir a estrutura da sua campanha em termos de prioridades. Não só por causa disto, mas sobretudo atendendo a esta realidade (LFM)

Eleições: a realidade da abstenção na RAM

Este quadro mostra, em comparação, a abstenção na RAM nos 3 últimos actos eleitorais de cada eleição indicada, sendo evidente que no caso das regionais e das legislativas nacionais o ano de 2015 marcou um recorde, ambas com mais de metade dos eleitores inscritos a não votar. Claro que há as patifarias do costume no recenseamento eleitoral, claro que os vícios e as incompetências do MAI (Lisboa) subsistem há anos, mas a realidade tem sido de facto essa, um distanciamento que há que neutralizar para bem da democracia, da política e dos seus principais protagonistas (LFM)

Tansferências do Estado para as Regiões Autónomas (LFR)

Este quadro mostra a evolução, entre 2004 e 2019, das transferências do Estado para as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, valores ao abrigo das transferências da Lei de Finanças Regionais constantes dos orçamentos de estado aprovados pelo parlamento nacional. Verifica-se que a Madeira recebeu naquele período 3.606 milhões de euros contra 4.224 milhões de euros para os Açores, uma diferença de 1.130 milhões de euros a favor dos Açores entre 2004 e 2019. Os dados são oficiais, ninguém inventa nada por muito que eles incomodem. Lembro que em 2007 a LFR foi alterada numa bandalhice do governo de Sócrates e do Teixeira dos Santos - o "santinho" do titular das Finanças que não sabia nada do que se passava mas que foi a cara da falência do pais e da entrada da troika - que causou tanta celeuma que chegou a provocar reuniões do Conselho de Estado e ameaças de crise política e eleições antecipadas (Jacinto Serrão sabe melhor do que eu porque ele liderava o PS-M nesses períodos de pura sacanice de Lisboa para com o Funchal, o costume). Algo que um determinado candidato que se comporta qual "sopeiro" de Lisboa, entretanto e por conveniência e manipulação de memória colectiva, se "esqueceu". E foi depois de 2007 - quando se realizaram as primeiras eleições antecipadas na RAM - que o diferencial entre as duas regiões foi aumentando. O quadro é verdadeiro e dispensa mais comentários e idiotices. Está lá tudo (LFM)

Transferências do Estado para as Freguesias das ilhas

Este quadro mostra a evolução, entre 2002 e 2019, das transferências do Estado para as Freguesias da Madeira e dos Açores, valores que constam dos orçamentos de estado aprovados pelo parlamento nacional. Verifica-se que a Madeira - e lembro que os Açores têm 19 concelhos e 155 freguesias - recebeu naquele período cerca de 46,5 milhões de euros contra 70,4 milhões de euros para os Açores, uma diferença de 24 milhões de euros entre 2002 e 2019. A Madeira tem 11 concelhos e 52 freguesias (LFM)

Transferências do Estado para os Municípios das ilhas

Este quadro mostra a evolução, entre 2002 e 2019, das transferências do Estado para os Municípios (Câmaras Municipais) da Madeira e dos Açores, valores que constam dos orçamentos de estado aprovados pelo parlamento nacional. Verifica-se que a Madeira - e lembro que os Açores têm 19 concelhos - recebeu naquele período cerca de 1.153 milhões de euros contra 1.697 milhões de euros para os Açores, uma diferença de 543 milhões de euros entre 2002 e 2019. A Madeira tem 11 concelhos (LFM)

Transferências do Estado para os Municípios e Freguesias

Este quadro mostra a evolução, entre 2002 e 2019, das transferências do Estado para os Municípios e Freguesias (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) da Madeira e dos Açores, valores que constam dos orçamentos de estado aprovados pelo parlamento nacional. Verifica-se que a Madeira - e lembro que os Açores têm 19 concelhos e 155 freguesias -  recebeu naquele período cerca de 1.222 milhões de euros contra 1.803 milhões de euros para os Açores, uma diferença de cerca de 581 milhões de euros entre 2002 e 2019. A Madeira tem 11 concelhos e 52 freguesias (LFM)

Quase nove milhões assistiram aos debates: sabe qual foi o menos visto?

Quase nove milhões de telespectadores assistiram aos debates, na televisão, entre os líderes dos seis partidos com assento parlamentar sobre as legislativas de outubro, segundo as audiências reveladas pelos canais televisivos. No total, fazendo contas às audiências dos 13 debates, em canal aberto e por cabo, foram 8,968 milhões os telespetadores que, desde o início de setembro, assistiram aos frente a frente entre os líderes do PS, António Costa, do PSD, Rui Rio, do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, do PCP, Jerónimo de Sousa, do CDS, Assunção Cristas, e do PAN, André Silva. O debate mais visto foi o último, transmitido em simultâneo pelas três televisões generalistas (RTP, SIC e TVI), com 2,66 milhões de telespetadores, e o menos visto o que pôs frente a frente Catarina Martins e André Silva, na SIC Notícias, com 68 mil espectadores.  Todos os debates que envolviam Costa e Rio foram transmitidos em canal aberto, enquanto os restantes foram transmitidos pelos canais informativos por cabo. 
Datas, debates e audiências 
2 set - António Costa/Jerónimo de Sousa (SIC) - 1,1 milhão telespectadores 
3 set - Assunção Cristas/Catarina Martins (RTP3) - 165 mil telespectadores 
5 set - Rui Rio/Assunção Cristas (SIC) - 927 mil telespectadores 
6 set - António Costa/Catarina Martins (RTP1) - 683 mil telespectadores 
7 set - Catarina Martins/André Silva -- (SIC Notícias) - 68 mil telespectadores 
9 set - Rui Rio/André Silva (RTP1) - 697 mil telespectadores 
11 set - António Costa/André Silva (SIC) - 1,0 milhão telespectadores 
12 set - Rui Rio/ Jerónimo de Sousa (RTP1) - 742 mil telespectadores 
13 set - António Costa/Assunção Cristas - TVI - 935 mil telespectadores 
14 set - Assunção Cristas/André Silva (RTP3) - 197 mil telespectadores 
15 set - Rui Rio/Catarina Martins -- TVI - 793 mil telespectadores 
16 set - António Costa/Rui Rio (RTP1/SIC/TVI) - 2,66 milhões de telespectadores (Lusa)

sábado, setembro 14, 2019

TAP e a "aterragem de emergência" : Uma história mal contada?

Sei que pode vir a causar polémica mas não escondo o que se passou envolvendo dois aviões da TAP, em viagem para o Funchal em dia de ventania forte em Santa Catarina, situações que deviam fazer-nos pensar sobretudo a prudência de acabar de vez com a demagogia de políticos que não percebem nada do assunto mas que falam de cátedra de uma matéria - a operacionalidade aeroportuária no Funchal - que é demasiado perigosa para infantilidades incompetentes.
Ontem, dia 13 de Setembro, um avião da TAP - o primeiro caso que quero partilhar - proveniente do Porto, tentou aterrar no Funchal e foi fortemente "sacudido" pelo vento em Santa Catarina, acabando por regressar ao Porto. Sei de que houve situações de pânico entre os passageiros e que alguns deles terão desistido da viagem. Não terão mesmo faltado passageiros que garantiam que nunca mais entrariam num avião com destino ao Funchal. A aventura foi de facto altamente radical mas a competência dos pilotos da TAP, uma vez mais, não foi posta em causa.
O segundo caso, no dia anterior, 12 de Setembro, que poderia ter sido mais grave, foi hábil e deliciosamente tratado com  "punhos de renda" pela TAP, teve a ver com a falhada tentativa de aterragem, à segunda tentativa, de um avião proveniente de Lisboa no Funchal. Devido ao vento forte o aparelho acabou por estar em maus-lençóis, acabando por divergir e aterrar de "emergência" no Porto Santo. Uma situação estranha e pouco vulgar mas que neste caso concreto, se ficou a dever a uma situação arriscada alegadamente ocorrida: contacto entre a fuselagem (na zona de um dos reactores) do aparelho com a pista do aeroporto do Funchal. Os passageiros realçaram a competência do comandante - que manteve-os informados da situação e da opção pela "aterragem de emergência" por "razões técnicas" estranhamente não especificadas. Estranha-se que a comunicação social regional não tivesse procurado esclarecer devidamente a informação da própria TAP de que o avião "após a decisão de divergir para Porto Santo foi declarada emergência por questões técnicas" e que "foram cumpridos todos os procedimentos de segurança" algo que raramente aconteceu. Acham que isto é normal? O que se passou foi o que referi. Recordo que o avião, conforme foi noticiado, deixou o Porto Santo a 13 de Setembro, no final da tarde, sem passageiros, rumando a Lisboa com a tripulação e técnicos enviados expressamente de Lisboa para resolver o problema e apurar da situação.
Estes dois casos justificam que os políticos se preocupem com o que quiserem, mas deixem a operacionalidade do aeroporto do Funchal da mão. Uma fonte que eu contactei e que é especialista nesta matéria - eu não sou - admitiu-me que a TAP, que por norma adopta no Funchal medidas de segurança mais rigorosas que outras companhias, tem que resistir a pressões e não pode começar a sentir-se intimidada pelas referências ao facto de recorrentemente não operar em Santa Catarina em determinadas condições e que os próprios pilotos da TAP não devem por isso arriscar mais do que, por cautela, fazem (LFM)

Polémica nos Açores: Governo dos Açores garante que houve outra sua proposta que apresentava a liberalização

Da Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas recebemos a seguinte nota, a propósito da nossa manchete de ontem:
“Na sequência da notícia da edição de hoje, 13 de setembro de 2019, do jornal “Diário dos Açores”, a bem do rigor da informação devida aos leitores, a Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas entende esclarecer o seguinte:
- Como sempre foi do conhecimento público, o Governo dos Açores apresentou uma proposta de revisão das obrigações de serviço público, em 2012.
- A notícia em questão centra-se nesta fase muito inicial do processo de revisão das obrigações de serviço público, relativa a 2012, e ignora que, posteriormente, foi desenvolvido um aturado processo negocial entre o Governo dos Açores e o Governo da República.
- A notícia ignora que, também como é do conhecimento público, após o processo ter sido bloqueado pelo Ministro Álvaro Santos Pereira, posteriormente, foi desenvolvido um aturado processo negocial entre o Governo dos Açores e o Governo da República.

Polémica nos Açores: Nunca foi proposta a liberalização aérea e monopólio da SATA era para manter...

A proposta que o Governo Regional dos Açores enviou ao anterior Governo da República para alteração das Obrigações de Serviço Público (OSP), nos transportes aéreos para os Açores, não contemplava a liberalização aérea e mantinha o monopólio da SATA nessas rotas. O “Diário dos Açores” teve acesso à proposta que o governo da região nunca quis divulgar e que ficou “guardada” pelo Governo de Passos Coelho dois anos, avançando depois com um outro projecto, com a liberalização para S. Miguel e Terceira, permitindo a vinda das companhias “low cost”. O documento foi enviado no dia 5 de Novembro de 2012, assinado pela Secretária Regional da Economia de então, Luisa Schanderl, contendo 13 páginas dactilografadas. Da leitura que fizemos,  é claro que  a proposta açoriana das OSP, no essencial, reponha o modelo anteriormente vigente, que criava um monopólio efectivo e que, em contrapartida do cumprimento de um conjunto de rotas, ficava sozinho no mercado.  O documento é uma cópia das OSP que estavam em vigor, rasurando apenas o que era para alterar e apresentando a seguir a respectiva alteração.
Segundo o modelo que o governo dos Açores propôs, eram impostas rotas mínimas e tarifas máximas, numa abordagem anacrónica face ao rumo que o mundo da aviação civil estava a seguir. 

Venezuela: As imagens de Guaidó que estão a chocar

As fotos que colocam o autoproclamado presidente interino da Venezuela mergulhado numa controvérsia. Juan Guaidó foi fotografado ao lado de alegados traficantes de droga colombianos. O líder da oposição explica que posou ao lado dos homens sem saber quem eram quando foi impedido de entrar no país por Nicolas Maduro. "O que posso dizer - como já disse - não pedimos o registo criminal deles para tirar fotos e, novamente - infelizmente - eles estão protegidos pelo regime de Maduro, como já mostraram. O governo da Venezuela vai mais longe, não tira fotos porque ninguém pede, mas recebem-nos (os dissidentes das FARC), convidam-nos para reuniões em São Paulo, protegem-nos", diz Juan Guaidó. A procuradoria abriu uma investigação. O ministério do Interior aproveita para manchar a imagem do opositor. "A saída de Guaidó para território colombiano em fevereiro deste ano foi uma operação de extração de "narco-paramilitares" colombianos. Ofereceram segurança e proteção a Guaidó durante a sua viagem pelo território colombiano", adiantou Néstor Reverol. A 22 de fevereiro Juan Guaidó cruzou a fronteira e apareceu de surpresa em Cúcuta, Colômbia, na véspera da operação destinada a levar remédios e alimentos à Venezuela, com o apoio logístico de Washington e Bogotá.

sexta-feira, setembro 13, 2019

Rui Rio diz que há no PSD quem lhe queira fazer a cama

Em entrevista à Antena 1, o líder social-democrata repete que está nestas eleições para ser primeiro-ministro e não deputado. Admite ainda que 20 por cento seria um mau resultado.

Brexit sem acordo levará a falta de comida, medicamentos e combustível


Eleições Madeira: oito mil emigrantes e luso-venezuelanos regressaram à região nos últimos anos

Nos últimos anos regressaram à Madeira cerca de oito mil emigrantes e luso-venezuelanos. Numas eleições regionais de resultado incerto, o voto desta comunidade é disputado pelos vários partidos madeirenses. Foram muitos os emigrantes e luso-venezuelanos a regressar a casa: à Madeira. Vivem sobretudo no Funchal, na Calheta e na Ribeira Brava e muitos têm direito de voto. Os números não são certos, mas estima-se que alguns milhares de emigrantes possam votar.

Eleições: Cafofo, a habitação, Louça e as tretas do costume do PS

O ex-Presidente da CMF e candidato a presidente do Governo pelo PS, Paulo Cafofo, afirmou recentemente - aliás tem repetido as referências ao tema - que pretende resolver as carências habitacionais num curto prazo de tempo. Para além da demagogia populista do candidato em causa, própria das campanhas eleitorais, e que neste caso é ainda mais agressiva porque parte claramente em desvantagem, eu usarei um artigo do bloquista Francisco Louça (Expresso), para percebermos a treta deste discurso de Cafofo:
“Foi preciso chegarmos ao fim da primeira semana de setembro para que o PS apresentasse quatro paginazinhas com uns cálculos sobre o seu programa eleitoral, o que tinha sido mantido no segredo dos deuses” (...)
“Começo hoje por uma delas, a que diz respeito à habitação, por sinal um dos problemas mais importantes da vida social portuguesa. Qual é então o problema da habitação? Será uma conjugação tóxica de pobreza, que vitima famílias que não têm casa, com gentrificação, que expulsa famílias para as periferias e esvazia as cidades, transformadas em Disneylândias para o turismo, e com uma atuação implacável de um mercado construído sobre a financeirização e desigualdade social, que faz disparar os preços e restringe o arrendamento. Se assim for, começar a resolver o problema da habitação exige um investimento elevado para aumentar a oferta, fazer baixar os preços do arrendamento, repovoar as cidades e restabelecer vida social local. Ora, o programa eleitoral do PS tem “uma meta muita clara: erradicar todas as carências habitacionais até ao 50.º aniversário do 25 de Abril, em 2024” (pg. 79). Erradicar todas as carências, uma linda proposta, mas nada de explicar como se dá o milagre” (...)
“Em todo o caso, se Costa eleva o seu valor de referência, as mesmas 25 mil habitações custariam mais de 2900 milhões, nos seus novos cálculos. E então faltam-lhe 2300 milhões, Centeno só lhe dá 600. Assim, o que nos está a dizer é que não cumprirá sequer um quarto do objetivo que anuncia no programa eleitoral, por mais pomposa que seja a promessa de “erradicação de todas as carências” habitacionais até à última badalada do 50.º aniversário do 25 de Abril. Essa promessa não vai ser cumprida. A proposta de habitação do programa do PS é falsa”.

Não duvidem, lá como cá, a treta do PS versus habitação é a mesma, demagogia, oportunismo, promessas para caçar fotos e as mentiras do costume. Quem é minimamente inteligente percebe tudo isto. Os outros... (LFM)

Nota: o partidarismo sem ideologia....

Temos hoje em Portugal e na Madeira, partidos sem ideologia que nem se sabem definir quando lhe perguntam o seu posicionamento no espectro ideológico nacional ou regional. Gaguejam mas zero, em termos de conteúdo, zero.
Não têm e não podem, nasceram de movimentos surgidos devido a  dissidências pessoais nos partidos tradicionais, lugares (tachos) que prometeram e não lhes deram, a ânsia de protagonismo e de poder (neste caso no parlamento) - que nos partidos onde eram militantes eles não tinham,etc. É com este vazio, com esta espécie de coisa nenhuma, que se dignifica o partido, apesar da falinhas mansas que não evitam que eles valham o que realmente valem, uma pequena "coisa" circunscrita a uma freguesia ou a um município. Mas muita prosápia, muita cagança e auto-elogio que os impede de terem a noção da realidade. Aberrações da política, este partidarismo sem ideologia, esta ideologia sem valores essenciais, esta luta do poder pelo poder, da sobrevivência pela sobrevivência, esta busca de um estatuto social que derrube fronteiras geográficas e físicas limitativas de uma certa afirmação social que a política também propicia (LFM)

Nota: em defesa do PCP pelo eleitorado de esquerda

Na minha vida profissional - acho que já escrevi isso mas volto a referir sem qualquer complexo ou arrependimento - não me recordo de ter votado em nenhuma lista candidata ao Sindicato dos Jornalistas que não fosse afecta ao PCP. Não me interessava nada saber propostas de programa ao pormenor. Eu tinha a certeza, pelos anos de experiência, que os meus colegas afectos/conotados com o PCP eram os que mais eficazmente defendiam os interesses da classe aqueles que davam a cara, na primeira linha do combate sindical, pela defesa e prestígio do jornalismo. Parece um paradoxo se considerarmos a lógica do jornalismo e o modelo de funcionamento dos meios de comunicação nos antigos países do leste europeu e na ex-URSS em particular, totalmente controlados pelo estado e sob domínio do partido  comunista. Mas em termos sindicais, e no caso de Portugal, essa era a realidade.
Vem esta introdução a propósito do que vou afirmar e que pode não agradar a Edgar Silva e seus pares, não pelo que vou dizer, mas devido a quem o diz.
Eu se fosse eleitor de esquerda, ideologicamente de esquerda - não uma esquerda pindérica e idiota que por aí anda - se estivesse indeciso tomava duas decisões concretas: em vez de ficar em casa e optar pela abstenção - que sendo legítima democraticamente não ajuda em nada a reforçar a democracia, pelo contrário, questiona a representatividade dos eleitos - e, repito, tratando-se de um eleitor que nunca votaria no centro-direita, dava o apoio ao PCP, que à esquerda, e apesar dos erros, de algum fundamentalismo idiota e de dificuldade de adaptação aos novos tempos e a um novo modelo de sociedade que nada tem a ver com os tempos da antiga URSS e da ideologia que ela emanava para os demais PCs europeus, continua a ser o partido mais genuíno e aquele que, penso eu, merece mais confiança, apesar, repito, de todos esses erros.
Lembro a seguinte evolução nas legislativas nacionais que mostram que o PCP continua claramente "entalado" entre PS e Bloco, situação que ficou ainda mais evidente nas europeias de 2019 e nas desastrosas autárquicas de 2017:
  • Legislativas de 1999 - 483.716 votos, 9% e 17 deputados (Bloco superado pelos comunistas)
  • Legislativas de 2002 - 378.640 votos, 7% e 12 deputados (Bloco superado pelo PCP)
  • Legislativas de 2005 - 432.009 votos, 7,6% e 14 deputados (BE superado)
  • Legislativas de 2009 - 446.994 votos, 7,9%, 15 deputados (Bloco mais votado que os comunistas)
  • Legislativas de 2011 - 441.852 votos, 7,9%, 16 deputados (Bloco superado)
  • Legislativas de 2015 - 445.980 votos, 8,3% e 17 deputados (Bloco mais votado que os comunistas)

Já nas regionais, recordo o percurso do PCP:
  • Regionais de 2004 - 7.593 votos, 5,5% e 2 deputados
  • Regionais de 2007 - 7.659 votos, 5,4% e 2 deputados
  • Regionais de 2011 - 5.546 votos, 3,8% e 1 deputado
  • Regionais de 2015 - 7.060 votos, 5,5% e 2 deputados

Recordo que nas presidenciais de 2016 o candidato do PCP obteve na Madeira uns impensáveis - a lógica do regionalismo foi claramente a justificação desta votação, tal como acontecera com José Manuel Coelho em 2011 com os seus 46.247 votos, 39% na Madeira) - 22.414 votos, 19,7% (LFM)

Nota: claro que o PCP sabe que nas urnas, por questão de coerência e de verdade, sem hipocrisia, não leva o meu voto. Se a opção fosse pela esquerda regional, a pindérica , a foleira e a genuína, eu votaria sem hesitação no PCP

EUA: a cultura das armas

Com a posse e o porte de armas nos EUA protegidos pela Segunda Emenda à Constituição, que data do século XVIII, o país liderado por Donald Trump tem um historial de tiroteios em massa sem precedentes. Donos de pistolas, espingardas ou semi-automáticas, os norte-americanos ganham ainda no número de armas de fogo por habitante a nível mundial (por Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Soft Sponsoring: marcas automóveis mostram-se na televisão nacional

Foram 52 as marcas de automóveis que apostaram no soft sponsoring para comunicarem com o mercado nacional. A análise da Marktest concluiu que estas marcas, desde a Fiat à Ferrari, passando pela Smart ou a Ferrari, apareceram em mais de 250 programas, num total de 20’06’56 horas de exposição que lhes valeram mais de 65 milhões de euros em retorno financeiro  (por Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

Comunistas podem terminar ciclo de 15 anos abaixo do ponto de partida

Depois da perda de câmaras tão importantes quanto Almada e Barreiro nas autárquicas de 2017 e de ficar sem um mandato nas europeias de 2019, a CDU parte para as legislativas com sinais de que poderá reduzir o grupo parlamentar e ver alargar-se o fosso para o Bloco de Esquerda numa altura em que a sucessão de Jerónimo de Sousa enquanto secretário-geral do PCP começa a estar na ordem do dia (por Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

PIB: Portugal e Espanha crescem mais do que o motor da Europa

Depois da forte crise que assolou as economias do Sul da Europa, a economia portuguesa e espanhola tem crescido acima da média da zona euro e da União Europeia a 28. Segundo dados preliminares agregados pelo Eurostat, o PIB português estabilizou no segundo trimestre face aos três primeiros meses do ano e cresceu 1,8% em termos homólogos. Já a economia de Espanha teve uma expansão de 2,3% entre abril e junho. Ambos os valores comparam com a 1,1% da zona euro e 1,3% da EU a 28 (por Mário Malhão, Jornal Económico, com a devida vénia)

quinta-feira, setembro 12, 2019

Por que razão arde a Amazónia?

A desflorestação é a primeira resposta mas não a única. Há mais. Jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos (Expresso)

Saúde: Alerta contra os cigarros eletrónicos

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia recomenda aos fumadores que não comprem cigarros eletrónicos. Pede também aos médicos especial atenção nos casos de doenças respiratórias de causa desconhecida. O aviso surge depois de os Estados Unidos terem confirmado mais uma morte que pode estar associada a utilização destes cigarros electrónicos

Mobilidade: tema que marca a campanha eleitoral na Madeira

Os madeirenses queixam-se dos preços das passagens aéreas. Por causa disso, muitos optam pelo ferry, mas a ligação marítima ao continente só existe nos meses de verão.

Fundação açoriana estuda o mar profundo da Madeira

O Governo Regional da Madeira pôs em marcha um projecto científico, designado “Madeira Mar Profundo”, para investigar a biodiversidade e a geodiversidade, até agora pouco conhecidas, do oceano ao redor da ilha, indicou a secretária madeirense do Ambiente. “O mar da Madeira é o mais profundo de Portugal e nem por isso é muito bem conhecido, pelo que estamos empenhados em conhecê-lo”, explicou Susana Prada, em conferência de imprensa, no Funchal. O projecto “Madeira Mar Profundo” teve início em Agosto e está a cargo de uma equipa da Fundação Rebikoff - Niggeler, sediada nos Açores.