sexta-feira, janeiro 28, 2022

Covid-19 já estava na Europa semanas antes dos primeiros casos serem confirmados, aponta estudo

Investigadores na Noruega dizem que o vírus da Covid-19 provavelmente já estava muito mais difundido na Europa e em todo o mundo, mesmo antes de serem confirmados os primeiros casos oficiais, avança o ‘Euronews’. Cientistas do Hospital Universitário Akershus, perto de Oslo, identificaram um caso positivo de coronavírus, numa amostra de sangue de uma mulher grávida a 12 de dezembro de 2019, considerando que provavelmente foi infetada no final de novembro ou início de dezembro.

“As nossas descobertas mudam a história da epidemia de coronavírus na Noruega e no mundo”, disse Anne Eskild, professora e diretora clínica do Akershus. Segundo a responsável, “quatro em 1.500 testes que fizemos em mulheres grávidas deram positivo antes do primeiro caso ser diagnosticado em França”, afirmou, citada pelo ‘Euronews’. Um conjunto de casos semelhantes a uma pneumonia foi identificado em Wuhan, China, em dezembro de 2019 e, a 12 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas partilharam a sequência genética do novo coronavírus que se espalha rapidamente.

De acordo com o Eurosurveillance, o jornal europeu sobre vigilância, epidemiologia, prevenção e controlo de doenças infeciosas, os três primeiros casos europeus foram confirmados em França a 24 de janeiro de 2020, após apresentarem sintomas alguns dias antes.~Em maio de 2020, foi relatado que outro paciente francês, tratado por pneumonia no hospital a 27 de dezembro de 2019, testou positivo para COVID-19 depois de uma análise feita na altura.

Eskild sublinha que a sua pesquisa mostra que o vírus já existia muito antes desses casos. “A área de abrangência do nosso hospital inclui mulheres que vêm de todo o mundo. Acho que algumas das que deram positivo nasceram, estiveram, ou tiveram familiares  presentes em locais de todo o mundo”, explica. “A conclusão disto é que, como as mulheres na nossa área de captação são de todo o mundo, o vírus podia já estar na Europa e em todo o mundo, ainda antes de os chineses anunciarem a epidemia”, resume. As descobertas foram publicadas na revista de epidemiologia e infeção da Cambridge University Press (Multinews, texto da jornalista  Simone Silva)

Sondagem da Universidade Católica. PS cai mas segura maioria de 36% face a PSD estacionado nos 33%



O PS mantém a preferência dos portugueses para as legislativas deste domingo com 36% das intenções de voto, apesar da queda de um ponto percentual em relação à semana anterior, com o PSD estacionado nos 33%. A sondagem desta quinta-feira do Centro de Estudos de Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público revela ainda que a esquerda garante uma maioria parlamentar de 49% face aos estimados 47% da direita, onde a IL assume o papel de potencial terceira força política.

Em relação à intenção de voto nas legislativas de 30 de Janeiro, o inquérito do CESOP – realizado entre 19 e 26 de janeiro – revela a perda de um ponto percentual do PS face à semana anterior (de 37 para 36 por cento), o que faz cair a vantagem socialista para três pontos, com o PSD a recolher os mesmos 33%. A sondagem desta semana aponta ainda que António Costa continua a ser o preferido para primeiro-ministro com 48% das respostas, contra os 36% recolhidos por Rui Rio na preferência para chefiar o futuro governo. A descida de dois pontos percentuais de Costa (antes com 50%) e a subida de Rio (antes 35%) não foram suficientes para inverter esta tendência.

Entretanto, o Chega, que há uma semana se apresentava como potencial terceira força política, arrisca agora cair várias posições, apesar de manter a mesma intenção de voto de 6%. O novo cenário deve-se muito ao ganho da IL, que subiu um ponto percentual dos anteriores 5% para os actuais 6%, surgindo agora a seguir aos dois maiores partidos, uma perspectiva que fica mais clara na potencial distribuição de deputados (antes 4-6 e agora 5-10).

O mesmo se verifica com o BE, que também trepa um ponto dos 5% para os 6%, com uma estimativa de construir um grupo parlamentar de 6 a 13 deputados, quando antes garantia entre 5 e 8 parlamentares (o que era uma ameaça de perda de mais de metade dos deputados da anterior legislatura - 19).

quarta-feira, janeiro 26, 2022

P'ró lixo. Já foram desperdiçados 7,6 milhões de votos em Portugal



CDS, PCP e BE são os partidos políticos mais castigados pelo sistema eleitoral que "protege" PS e PSD. Em 2019, o voto de 720 mil portugueses "não serviu para nada". 14,7% dos votos nas eleições legislativas de 2019 foram para o "lixo". Só do CDS/PP, que foi o mais castigado dos partidos, foram quase 103 mil votos "ignorados" que não serviram para eleger ninguém. No total, houve perto de 720 mil eleitores cujo voto "não serviu para nada". Por comparação, para se perceber o volume dos "votos inúteis", este valor corresponde aos votos que permitiram ao BE e ao CDS eleger , em conjunto, 24 deputados: 19 dos bloquistas e cinco dos centristas. Em 2015, foram quase 530 mil votos "desperdiçados" e a CDU a força política quem mais perdeu: mais de 87 mil votos. Em 2011, foi a vez do BE perder 106 mil votos numa eleição que "desbaratou" a escolha de mais de 512 mil eleitores.

A lista dos "perdedores", que foram sempre os "partidos médios", resume-se, desde 1987, a CDS, CDU e BE. Antes disso, surgem o MDP, UDP, PRD, POUS/PST e novamente CDS e CDU [APU]. Os centristas são, em 44 anos de eleições democráticas, o partido que mais vezes liderou o ranking dos votos que não se traduziram na eleição de deputados: seis vezes em 16 legislativas - a CDU soma quatro, o BE duas. O CDS é ainda detentor de outro recorde: o do partido que mais votos viu "desperdiçados" [quase 146 mil] numa única eleição - aconteceu nas legislativas de 1987.

Mais de meia centena de partidos tentaram eleger deputados. Só nove conseguiram



O número de partidos de reduzida dimensão eleitoral está a crescer desde 2009. São poucos os que elegem pelo menos um deputado. E raros os que tenham apresentado 118 candidatos efetivos e obtido 50 mil votos para ter direito à subvenção pública. Em 46 anos, 13 partidos (incluindo PS, PSD, PCP e CDS) conseguiram, diretamente, eleger parlamentares. Há os que insistem durante anos e anos e nunca conseguem eleger ninguém; há os que conseguem manter um deputado por algum tempo; há os que chegam em grande e caem anos depois; há os que entram e saem de uma eleição para a seguinte; há os que chegam e resistem; e há os que neste ano têm pela frente o teste decisivo: sair da fasquia do deputado único; e, por fim, o que tenta recuperar o lugar ocupado e logo depois perdido.

No extenso mundo político dos pequenos partidos, foram 52 desde 1975, só nove conseguiram eleger deputados, mas só um se manteve presente no parlamento, consistente, desde a sua estreia até aos dias de hoje: o Bloco de Esquerda que entrou pela primeira vez, em 1999, com a eleição de dois deputados. Depois, há a UDP que sobreviveu a quatro legislativas (1975, 1976, 1979 e 1980) com um deputado.

Cinco anos depois, em 1985, um novo partido, o PRD, chega e faz tremer a habitual arquitetura política, com a eleição, logo à primeira de 45 deputados. Mas foi sol de pouca dura: em 1987, nas eleições seguintes, desce para sete deputados para cair de vez em 1991. Uns saem, outros entram e é precisamente nessas legislativas que o PSN elege um deputado ao conseguir mais de 90 mil votos - quatro anos mais tarde voltou ao mundo dos pequenos, só obteve 12 600.

De 1999 a 2011 [cinco eleições legislativas], para além do BE que se transformaria na terceira força política a partir de 2015, ultrapassando CDS e PCP, mais nenhum dos pequenos consegue a eleição de deputados. O PCTP/MRPP mantém-se como o sexto partido mais votado e consegue nessas legislativas de 2011 (as que se seguiram ao chumbo do PEC IV, à queda de José Sócrates e à eleição de Passos Coelho) o seu melhor resultado de sempre: mais de 62 mil votos, mas como sempre não elege ninguém.

Em 2015, o PAN, que quatro anos antes tinha ficado atrás do histórico partido de Arnaldo Matos - e também de Durão Barroso, Fernando Rosas e Maria José Morgado -, consegue a eleição do seu primeiro deputado. O PDR de Marinho e Pinto, fundado no ano anterior, na estreia tem a sua melhor votação (mais de 61 mil votos e sexto lugar nos mais votados) para se afundar em 2019 no 16.º lugar.

Nota: palhaçadas e trapesismos

O PSD de Rio tá lixado da vida. De um lado, da direita patética do CDS,  é acusado de querer entendimentos com o PS. Ou seja o CDS quer garantir tachos e alguma sobrevivência - se é que 1 ou 2% é dignidade para um partido com  50 anos de histórias! - metendo medo às pessoas sobre o que fará o PSD depois de 30 de Janeiro. Não sabe, inventa e fala como um disco riscado. O pineco só porque andou no Colégio Militar, e não esconde esse complexo idiota, até já se acha o futuro ministro da Defesa, porque Rio vai ser um palhaço se ganhar as eleições sem maioria absoluta. Grande ministro o rapazola! 

Um palhaço - Rio nas mãos de mentecaptos como o Chicão e o Ventura. A extrema-direita ridícula, que na RAM vai sofrer um grande desaire, quer ser poder a reboque do PSD que não tem convencido o eleitorado de uma forma inequívoca apesar dos repetidos desmentidos de Rio quanto a entendimentos com o Chega. O facto do PSD ter o apoio do Chega dos Açores retira espaço de manobra e respeitabilidade a tudo o que Rio diga.

Mas há mais. A esquerda, com Costa no topo da rafeirada do costume, todos os dias acusa o PSD de não querer aumentar o salário mínimo nacional quando é mais do que evidente que ninguém minimamente inteligente acredita nisso. Mas Costa insiste e insiste. O PS no poder,  feito como está com  os capitalistas e com os sectores mais ranhosos da sociedade capitalista portuguesa e do grande capital, apenas aceitou aumentar o SMN quando foi pressionado pelos antigos parceiros da geringonça - honra lhes seja feita - porque, antes disso, as medidas eram "esmolas" forçadas por que o PS cedia às pressões do capital financiador. O PS de Costa, que sabe a cartilha toda, é hoje um partido de poder e portanto, um partido ao serviço da selvajaria capitalista, muito muito que o queira esconder. Mas Costa e aquela entourage ridícula que o "afunda", acha que se repetir uma mentira muitas vezes a transforma em "verdade". A segunda obsessão tem a ver com o Chega. Todos os dias Costa fala no Chega. Por mim já cheguei à conclusão, a de que Costa fala do Chega, por tudo e por nada, não só por que parece ter qualquer fascínio por Ventura - são ambos do Benfica... - mas porque sabe e já percebeu (?) que se promover o Chega pode tirar votos ao PSD. A mim não me engana. E quando falam do Sócrates, da corrupção, das negociatas, dos governos em que Costa fazia parte activa, ele foge como o diabo da cruz. Ele sabe que tudo isso são realidades que em nada mudaram apesar de Sócrates ter caído em desgraça no PS porque é mais fácil empurrar tudo para cima do desgraçado caído em desgraça do que deixar que alimentem a dúvida sobre afinal qual a verdade de tudo, o que é que realmente se passou, como e para quê, quem beneficiou com esse gamanço generalizado, como funcionaram aqueles todos que a justiça não consegue desbobinar como era seu dever.

E há semanas que andamos nisto, uma palhaçada para enganar eleitores mais distantes e desatentos, Incluindo eleger deputados que parecem desavindos mas que depois de terem os tachos garantidos e o horizonte de um mandato de 4 anos,  amarram-se uns aos outros em nome de interesses e negócios que nada tem a ver com diferenças partidárias. O costume! (LFM)


terça-feira, janeiro 25, 2022

Nota: a desinformação, pois é....

Tenho lido muita coisa sobre desinfornação. É o tema aliciante, muito na moda, muito "in". Mas quando vemos políticos ou empresários abordar o tema de forma paternalista, tema que devia ser reserva absoluta dos profissionais da comunicação social ou de entidades reguladoras, fico arrepiado, por que a desinformação começa muitas vezes no poder, no Estado, nas instituições públicas que manipulam, condicionam, "alindam" e distorcem a informação prestada para a opinião pública, comportando-se como os primeiros autores da desinformação que depois se alastra descontroladamente devido ao desregulado mundo das redes sociais onde tudo é "verdade"!  Mas não se deixem enganar, quando ouvimos ou lemos políticos, empresários, banqueiros, especialistas militares ou médicos, etc, abordar o tema da desinformação e das causas da desinformação, sentem-se bem sentadinhos para que não sejam enganados por discursos mansos de gente que sabe, melhor do que ninguém, que a desinformação tem uma causa, uma origem, um polo multiplicador de muitas informações falsas que depois se transformam numa torrente de "verdades" absolutas. E isso ocorre porque há uma intenção deliberada, um propósito, um objectivo, uma finalidade, no fomento e na utilização dessas campanhas de desinformação distorcidas, mentirosas ou falsas.

Podemos e devemos discutir a desinformação nas sociedades, mas discutir as causas, sobretudo as motivações, os objectivos e os propósitos subjacentes a essa desinformação que de inocente nada tem e que deliberadamente visa enganar a opinião pública com propósitos, intenções e objectivos definidos. Nada acontece por acaso e com os meios de comunicação  tradicionais cada vez mais fragilizados, sem recursos humanos e financeiros para garantirem uma presença efectiva em todas as frentes, incluindo nas redes sociais e no seu justicialismo de mer** que fomenta a "acusação" e o "julgamento" de pessoas ou instituições na praça pública, sem lhes garantir o direito à defesa e à presunção da inocência. O labreguismo justicialista das redes sociais enquanto não for regulado e os tribunais não acordarem em jurisprudência que acabe, de uma vez por todas, com a bandalheira e identifique os mentores destas movimentações nojentas de bastidores, tudo vai continuar na mesma, pelo que esta conversa de revela desnecessária. 

Será que se esqueceram da enorme campanha de desinformação desenvolvida pelos EUA e seus aliados a propósito da primeira guerra do golfo e de tudo o que foi inventado e nunca provado sobre armas de destruição e um alegado potencial químico de nuclear do Iraque de Saddam? E tudo por que? Os EUA e aliados decidiram derrubar o ditador e para que isso fosse possivel tudo foi pensado e executado para enganar a opinião pública mundial. As Nações Unidas, na sua lamentável insignificância em momentos decisivos, foi "comida" sem garfo e faca, porque foi sob a sua alcada que a invasão se fez.

Julgo que agora, a propósito do conflito entre a Rússia e a Ucrânia estamos perante outro potencial palco para a desinformação manipuladora. Por que alguém já tomou decisões belicistas que precisa concretizar, salvo se novos acontecimentos travarem tais propósitos. Até lá a desinformação será perigosa e constante, com troca de argumentos e acusações que roçam o ridículo. E o que se passou com as falência dos bancos portugueses cuja realidade foi sistematicamente manipulada e escondida dos clientes e cidadãos em geral, até que a falência se tornou inevitável?! (LFM)

Sondagem: Costa ganhou o debate mas Rio convenceu mais eleitores



Foi o debate mais importante desta campanha e António Costa (42%) venceu Rui Rio (39%) por muito pouco, de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Mas parece ter sido o líder social-democrata quem tirou mais vantagem do confronto: 40% dos que pretendem votar no PSD nas legislativas admitem que o frente a frente influenciou o seu sentido de voto. No caso do líder socialista, ajudou a sedimentar apenas 16% dos seus potenciais eleitores. O trabalho de campo da sondagem começou a 16 de janeiro, três dias depois de um debate que três quartos dos inquiridos viram em direto (48%) ou através dos resumos que se multiplicaram nas televisões (26%). Os números mostram uma ligeira vantagem para António Costa em todos os parâmetros avaliados, mas dos resultados não se pode inferir que o socialista está ainda em vantagem para a "sondagem" das urnas, a 30 de janeiro.

Costa perde seniores

É verdade que, segundo os inquiridos, Costa (43%) apareceu mais bem preparado que Rio (37%). Mas a diferença entre os dois reduz-se a cinco pontos percentuais quando o que está em causa são as ideias para o país do socialista (41%) e do social-democrata (36%). E encolhe para escassos três pontos quando está finalmente em causa decidir quem teve a melhor prestação.

Sondagem: Rio ganha vantagem sobre Costa a uma semana das eleições



PSD e PS estão praticamente empatados, mas, a menos de uma semana das eleições, a vantagem é de Rui Rio (34,4%), que leva seis décimas de avanço sobre António Costa (33,8%), de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Mas há outra mudança significativa: a Direita (46,8%) soma pela primeira vez mais do que a Esquerda (46,3%), com o PAN a revelar-se, nesta altura, o fiel da balança (3,2%).

Duas semanas bastaram para que se operasse uma reviravolta na frente da corrida. Os socialistas, recorde-se, tinham uma vantagem de quase dez pontos percentuais nos dias anteriores ao arranque oficial da campanha eleitoral. No entanto, e depois do frente a frente televisivo entre Rui Rio e António Costa (visto em direto por mais de três milhões de pessoas) e de uma semana de campanha nas ruas (que parece ter corrido melhor a Rui Rio), a diferença desfez-se, com o PS a cair um pouco mais de quatro pontos percentuais e o PSD a subir quase seis pontos, chegando pela primeira vez à liderança.

Vírus ou bactéria? As diferenças, como nos atacam e o que temos para lhes fazer frente

Sabia que as bactérias não são sempre prejudiciais ao corpo humano? E que nenhum vírus é tratado com recurso a antibiótico? Leia mais sobre estes organismos que vivem connosco para desfazer todas as dúvidas. São frequentemente confundidos, mas não podiam ser mais diferentes. Vírus e bactérias fazem parte do nosso discurso do dia-a-dia, seja por causa das doenças que provocam, pela sua ação no nosso organismo, pelos medicamentos que compramos para os tratar. Mas ainda há muito por esclarecer: porque são tão diferentes? Como atuam no nosso organismo? E qual é que precisa de antibiótico para ser controlado? Compilamos um guia com as principais diferenças que, esperamos, não deixe dúvidas por tirar.

O que são e como se replicam?

A primeira grande diferença reside logo na definição do que é um vírus e do que é uma bactéria. Uma bactéria “tem vida própria”, explica Miguel Abreu, infecciologista no Centro Hospitalar e Universitário do Porto. “De forma corriqueira e pouco científica, podemos dizer que é uma espécie de animal em ponto microscópico”, simplifica o especialista. Tem metabolismo próprio e não necessita de parasitar uma célula para sobreviver.

“Temos mais bactérias no nosso corpo do que células do próprio corpo”, sublinha o médico. “Nós somos uma espécie de cultura bacteriana ambulante e a maior parte das bactérias não tem problema absolutamente nenhum. Vivem connosco em perfeito equilíbrio”. Para sobreviverem e se replicarem, só precisam de estar num meio onde tenham nutrientes à disposição.

O jogo das 9 coligações que podem dar o poder a Costa ou a Rio

Com as sondagens a revelarem que a vitória do PS ou PSD será renhida, o próximo Governo irá depender das negociações de bastidores com os outros partidos. Politólogos explicam à CNN Portugal quais são as alianças mais fortes, prováveis e vencedoras

“Um país politicamente novo”. É assim que José Adelino Maltez, professor universitário e investigador de Ciência Política, acredita que será o país depois das eleições legislativas de 30 janeiro.  Alem disso, “serão as eleições ao Parlamento mais inclusivas desde que há memória”. A dispersão de votos, incluindo pelos partidos mais pequenos é, na sua opinião, uma das marcas destas eleições. E para isso até recorre ao exemplo da sua família: se antes os seus filhos estariam divididos entre um voto em partidos com maior representatividade parlamentar, hoje tudo é diferente: “Está 50/50. Metade quer o Livre no Parlamento, a outra quer o Iniciativa Liberal”.  Com as sondagens a revelarem que as contas da vitória vão ser renhidas entre PS e PSD, o cenário pode tornar-se complexo. Isto, aliado à possibilidade de muitos partidos, alguns mais pequenos, conseguirem eleger deputados e de existir a porta aberta  para que o partido a formar governo não seja o mais votado, mas o que consiga acordos para uma maioria.

quinta-feira, janeiro 20, 2022

Sondagem: quer captar o voto dos jovens? Aposte nos debates



Sondagem da Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1 mostra que a faixa etária mais jovem é aquela em que os debates pré-eleitorais mais podem contribuir para influenciar o sentido de voto. À pergunta “qual a influência que os debates entre candidatos têm no seu sentido de voto”, 52% dos inquiridos pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica respondem: “Os debates têm confirmado o meu sentido de voto original”.

Na sondagem do CESOP para o PÚBLICO, RTP e Antena 1, há depois 25% que dizem “não ver notícias nem notícias relacionadas com os debates”, 9% que respondem estar agora mais indecisos quanto ao sentido de voto e ainda 5% de entrevistados que assumem ter alterado a respectiva intenção de voto após terem visto os debates. O quadro relativo a esta pergunta refere ainda uma “nota” que dá conta de que “é entre o eleitorado mais jovem que se encontra maior abertura para alterar sentido de voto em função dos debates”.

Legislativas: Apenas cinco maiorias absolutas desde 1976, quatro do PSD



Em 22 governos constitucionais desde 1976, apenas cinco conseguiram obter a maioria absoluta em eleições, quatro dos quais liderados pelo PSD, destaca uma nova rubrica da Pordata a propósito das legislativas de 30 de janeiro. Tem sido um dos principais apelos de António Costa para as próximas eleições e se inicialmente o fazia de forma tímida, o secretário-geral do PS já não tem medo de falar em "maioria absoluta", mas na história da democracia portuguesa poucos conseguiram esse feito. Desde 1976, só cinco dos 22 governos constitucionais conseguiram ser eleitos com essa maioria, que lhes permitiu ocupar mais da metade dos 230 assentos da Assembleia da República.

Os dados fazem parte da nova rubrica "Eleições com História", inaugurada hoje na página da Pordata a propósito das legislativas. No total, são sete vídeos que serão divulgados até dia 30 com uma análise de vários indicadores centrados nas eleições de 2019 e na evolução desde 1975.

Sobre as maiorias absolutas, um dos três vídeos já publicados mostra que das cinco vezes que foi conquistada, quatro foram sob a liderança do PSD: dois com a Aliança Democrática (AD) de Francisco Sá Carneiro, em 1979 e 1980, e duas com o PSD de Cavaco Silva, em 1987 e 1991.

Sondagem. PS mantém maioria com PSD a encurtar distâncias mas Costa é o preferido para liderar


O PS mantém a liderança na preferência dos portugueses para as Eleições Legislativas de 30 de Janeiro com 37% das intenções de voto e uma diferença de quatro pontos percentuais para o PSD, que recolheu 33% dessas preferências, de acordo com a mais recente sondagem do Centro de Estudos de Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público. O inquérito diz-nos ainda que uma esmagadora maioria de portugueses (72%) acredita que o PS vai ser o partido mais votado, considerando 50% que António Costa será melhor primeiro-ministro e apenas 35% que Rui Rio daria um melhor chefe do futuro governo. O inquérito do CESOP diz-nos que o PS mantém a tendência de liderança na preferência dos portugueses para as Legislativas de 30 de Janeiro. Os socialistas recolhem 37% das intenções de voto, mas a distância de nove pontos percentuais de há uma semana do estudo da Católica reduziu-se agora para quatro, com o PSD a registar 33% dessas preferências. Um encurtamento que se deve, por um lado, à descida do PS de 39 para 37 por cento e, por outro, à subida dos social-democratas de 30 para 33 por cento.

A sondagem desta quinta-feira – realizada entre 12 e 18 de janeiro – sublinha ainda que 50% apontam António Costa como melhor primeiro-ministro, contra os 35% dados a Rui Rio nesta preferência para chefiar o futuro governo, e que uma esmagadora maioria de portugueses (72%) aponta o PS como partido que será o mais votado nas próximas eleições.

Notas eleitorais

 


1 - É muito importante que estas eleições possam criar um novo modelo operacional nas relações da RAM com Lisboa e que alguns abandonem de uma vez por todas uma estranha fobia, a de confundirem política séria com intriga organizada nas redes sociais e de dependerem dos fretes que lhes garantam presença mediática.

Precisamos de ser capazes de construir pontes de diálogo com Lisboa, envolvendo segundas ou terceiras linhas, pouco importa, mas que assegurem seriedade nas discussões e a preparação competente e séria dos processos que depois os governantes, as tais primeiras linhas, decidirão, assumindo os méritos ou os ónus das decisões tomadas.

A RAM tem importantes dossiers por resolver com Lisboa e que se arrastam no tempo claramente em nosso prejuízo, o elo mais fraco neste braço-de-ferro. Precisamos de mais seriedade negocial e de esmagar a partidarite rafeira que insiste em marcar presença em tudo, empatando ou adiando “ad-eternum” as decisões. Hospital da Madeira, mobilidade aérea e marítima, estabilidade do CINM e lei de finanças regionais mais justa, são algumas prioridades. Depois disso temos a revisão constitucional e a reforma urgente do sistema politico e da estrutura administrativa institucional vigente, modernizando ambos. Não é facil eu sei, vai mexer com muitos interesses, eu sei, mas tem que ser feito.

terça-feira, janeiro 18, 2022

Nova presidente do Parlamento Europeu. Maltesa Roberta Metsola eleita à primeira volta

 

A votação decorreu na manhã desta terça-feira em formato remoto, por causa da pandemia.

Pandemia fez inverter tendência de queda da pobreza


A pandemia fez inverter a tendência de queda da pobreza em Portugal, que estava a descer até 2019. São dados do balanço Social 2021, da Nova SBE. A economista Susana Peralta, entre os autores do estudo, considera que as políticas públicas não acompanharam as dificuldades levantadas pela crise da pandemia.

Madeira queixa-se ao presidente da República


A exclusão das empresas da Madeira dos apoios estatais para enfrentar o aumento do salário mínimo levou o Governo Regional a enviar uma carta ao presidente da República . Miguel Albuquerque fala em discriminação e alega que as empresas de todo o pais têm de ser tratadas de forma equitativa.

Vai a leilão a propriedade onde está um mural de Caravaggio


Esperava-se que fosse o leilão do século, mas acabou sem oferta de compra. A propriedade em Roma onde Cravaggio pintou um mural foi hoje colocada à venda. A base de licitação ultrapassava os 353 milhões de euros.

Quem denunciou Anne Frank? Investigação aponta para notário judeu


Pode estar resolvido um mistério com mais de 75 anos: quem denunciou a família de Anne Frank aos nazis? Uma equipa de investigadores, liderada por um ex-agente do FBI, diz que encontrou a resposta. Terá sido um conhecido notário judeu que, em troca da informação, recebeu proteção para a própria família.

Covid-19: pandémica ou endémica? Europa começa o debate sobre como viver com o vírus

A Ómicron tem sido a responsável pela onda mais explosiva que assolou o continente europeu desde o início da pandemia da Covid-19. A nova variante desencadeou um número de infeções a um nível sem precedentes em questão de dias. Mais contagiosa mas também mais suave, a Ómicron é responsável por uma menor fatalidade e menores hospitalizações por entre uma população mais globalmente imunizada, seja através das vacinas seja por infeções prévias. Chegou pois a hora de pensar no novo normal? O debate já se instalou na Europa, com países como a Espanha já a propor uma mudança de estratégia e a monitorizar a Covid-19 como se fosse uma gripe comum.

A redução da quarentena e do isolamento que muitos países já aprovaram atualmente aponta nessa direção: a sociedade não pode viver permanentemente em estado de emergência ou colocar em risco a atividade económica e os serviços públicos, argumentam. Membros do Governo de Boris Johnson estão claramente comprometidos em começar a tratar a Covid-19 no Reino Unido como uma doença endémica. Em Espanha propõe-se parar a testagem e contabilizar cada caso e passar para uma vigilância semelhante à da gripe, na qual uma rede de médicos sentinela serve como testemunha para saber como o vírus progride.

A maioria dos especialistas e países como França e Alemanha consideram que ainda é cedo para falar de uma doença endémica (uma doença com alta prevalência e constante ao longo do tempo) mas há cada vez mais vozes que pedem a sua preparação. A agência europeia de saúde pública (ECDC) endossa a estratégia espanhola. “O ECDC encoraja os países a fazer a transição de um sistema de vigilância de emergência para outros mais sustentáveis ​​e orientados para objetivos”, disse um porta-voz da organização ao jornal espanhol ‘El País’. “Esperamos que mais estados-membros queiram mudar para uma abordagem de vigilância sustentável a longo prazo”, acrescentou.

Pobreza, saúde, trabalho e educação: O retrato socioeconómico das famílias portuguesas em tempos de pandemia

A Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE lançam o relatório “Portugal, Balanço Social 2021”, da autoria de Bruno P. Carvalho, Mariana Esteves e Susana Peralta, do Nova SBE Economics for Policy Knowledge Center. O trabalho foi realizado no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, um programa plurianual estabelecido entre as instituições. O relatório, na sua 2ª edição, visa atualizar o retrato socioeconómico das famílias portuguesas e fornecer uma descrição transversal sobre a situação social no país. O relatório deste ano atualiza os principais indicadores apresentados em “Portugal Balanço Social, 2020”, tirando partido do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR) de 2020.

O documento analisa situações de pobreza monetária e outras dimensões como a privação material, as condições de habitação e o acesso à educação e à saúde, e discute a relação entre a pobreza e a situação laboral ou o nível de educação. São ainda apresentados indicadores de persistência da pobreza, diferenças regionais, a desigualdade na distribuição do rendimento e o impacto das transferências sociais na mitigação da pobreza. Dedica também um capítulo às crianças e outro aos mais velhos, dois grupos particularmente vulneráveis. Por último, o relatório “Portugal Balanço Social, 2021” atualiza o impacto da crise provocada pela pandemia de Covid-19 na saúde, educação, mercado de trabalho, poupança, consumo e endividamento, combinando diversas fontes de dados disponíveis.

Uma em cada três pessoas desempregadas em Portugal é pobre, revela estudo

De acordo com um estudo recente elaborado pela Fundação “la Caixa”, BPI e Nova SBE, uma em cada três pessoas desempregadas é pobre, mas em alguns casos trabalhar também não é suficiente para escapar à pobreza, visto que uma em cada dez pessoas empregadas também é pobre. Estes são os dados do relatório “Portugal, Balanço Social 2021”, da autoria de Bruno P. Carvalho, Mariana Esteves e Susana Peralta, que retrata o panorama socioeconómico das famílias durante a pandemia.

O estudo mostra ainda as alterações nas condições no mercado de trabalho com a pandemia, revelando que as inscrições nos centros de emprego aumentaram, particularmente entre mulheres, jovens adultos e indivíduos com ensino secundário ou menos. Neste ponto, Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve foram as regiões em que o número de pessoas inscritas mais aumentou durante a pandemia. Os dados revelam ainda que fevereiro de 2021 foi o mês em que mais trabalhadores estiveram em layoff simplificado e, em média, os pedidos são 50% mais frequentes para mulheres.

“O teletrabalho continua a ser predominante entre os trabalhadores com maior nível de escolaridade, especialmente quem tem ensino superior completo”, pode ler-se ainda no estudo, que revela que mais de 40% das pessoas que trabalham com ensino superior ficaram em teletrabalho, face a apenas 2% de quem não tem educação básica completa e 11% de quem tem ensino básico completo (Executive Digest, texto do jornalista André Manuel Mendes)

domingo, janeiro 16, 2022

Ex-militantes do Chega comparam partido a uma seita


O Chega não teve ações de campanha no sábado, mas o dia ficou marcado pelas críticas de ex-militantes ao partido.   Vários ex-militantes, que ajudaram a fundar o partido, comparam o Chega a uma seita e dizem ter sido enganados.   Em exclusivo à SIC, acusam ainda André Ventura de silenciar a concorrência interna e de fomentar o culto da personalidade. (SIC-Notícias)

Madeira prepara nova estratégia anti-covid

 

A Madeira prepara-se para apresentar, na próxima semana, uma nova estratégia de combate à covid 19. A suspensão da testagem massiva é uma das medidas que deverá ser adotada

Cerca de 18% dos madeirenses já teve covid

No dia 16 de janeiro de 2022 há a reportar 1.455 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, pelo que a Madeira passa a ter 13.617 casos ativos, dos quais 365 são casos importados e 13.252 são de transmissão local. Havendo um óbito a reportar, a Região contabiliza, até à data, um total de 147 óbitos associados à COVID 19. Trata-se de 20 casos importados e de 1.435 casos de transmissão local. Há hoje mais 1.030 casos recuperados a reportar, pelo que a Madeira passa a contabilizar 31.577 casos recuperados de COVID – 19. Relativamente ao isolamento dos casos ativos, 75 pessoas estão no Hospital Dr. Nélio Mendonça, três delas na Unidade de Cuidados Intensivos dedicada à COVID-19. Outras 91 pessoas cumprem isolamento numa unidade hoteleira dedicada, permanecendo as restantes em alojamento próprio. Relativamente à vigilância ativa de contactos de casos positivos, 6.123 pessoas estão a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde dos vários concelhos da Madeira e no Porto Santo. No que respeita à vigilância de viajantes, 20.779 pessoas estão também a ser acompanhadas pelas autoridades, com recurso à aplicação MadeiraSafe. No que diz respeito aos Testes Rápidos de Antigénio, foram realizados até ao dia 16 de janeiro de 2022,um total cumulativo de 1.528.608 testes realizados no contexto da operação de testagem massiva da população. A Região passa a contabilizar 45.340 casos confirmados de COVID-19.

Sondagem: Maioria absoluta, a solução mais desejada é a menos provável



O país vai a votos a 30 de janeiro. E a solução preferida dos portugueses para a estas eleições é que o país passe a ser governado por uma maioria absoluta (25%), segundo a sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Mas a grande maioria (67%) não acredita que isso seja possível. E, portanto, 24% apontem para uma coligação de Esquerda, enquanto 19% defende uma coligação de Direita.

Maioria absoluta

Um Governo de maioria absoluta continua a ser a solução política mais popular entre os portugueses (25%). Mesmo que dois terços (67%) não acreditem que isso venha a acontecer nas eleições de 30 de janeiro. No caso dos eleitores do PS e do PSD, a percentagem que pede este tipo de estabilidade governativa é superior à média: 37% no caso dos socialistas, 35% no caso dos sociais-democratas. Mas há outros segmentos da amostra em que esta é também a solução apontada mais vezes. Se o foco for a geografia, ganha entre os habitantes da região Norte (31%), da Área Metropolitana do Porto (28%) e da região Centro (22%). Se a análise incidir nas faixas etárias, é a hipótese mais popular entre quem tem 18 a 34 anos (27%) e 35 a 49 anos (25%).

Coligação de Esquerda

Com apenas um ponto percentual a menos surge a segunda hipótese preferida dos inquiridos, um Governo que resulte de uma coligação à Esquerda (24%). Sem surpresa, é a mais apontada pelos eleitores da CDU (78%) e do BE (74%), mas também pelos que escolhem o PAN (43%), que afinal parecem pender mais para a Esquerda do que para a Direita. Também entre os socialistas é uma escolha popular (34%). Finalmente, ao nível regional é a mais citada pelos que habitam na Área Metropolitana de Lisboa (27%) e nas regiões a Sul (25%). Finalmente, em termos de faixas etárias, tem o apoio da maior percentagem de eleitores com 65 ou mais anos (28%) e dos que têm 50 a 64 anos (27%).


Sondagem: PS alarga vantagem para o PSD e Chega ultrapassa BE



Rui Rio perde fôlego e António Costa alarga vantagem para dez pontos percentuais quando faltam duas semanas para as eleições, de acordo com sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. A duas semanas das eleições, Rui Rio parece ter perdido o fôlego. O PS recupera da queda de dezembro (sobe para os 38,1%), enquanto o PSD faz o caminho inverso (cai para 28,5%). Os dois maiores partidos estão agora separados por quase uma dezena pontos, de acordo com a mais recente sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Mas há outro sinal preocupante para as aspirações do social-democrata: são agora 58% os que estão convencidos de uma vitória socialista. A terceira grande novidade do inquérito aponta para o Chega (9%): ultrapassa o BE (7,4%) e fica com o terceiro lugar. Seguem-se CDU (4,8%), IL (3,7%), PAN (2,1%) e CDS (1,8%).

O trabalho de campo da sondagem decorreu entre 6 e 12 de janeiro, ainda antes do debate decisivo entre António Costa e Rui Rio, e em que a generalidade dos analistas deu uma vitória estreita ao social-democrata. Se foi assim, ou se essa prestação terá algum efeito no apoio ao PSD, a próxima sondagem (a divulgar a 27 de janeiro) dirá. Sendo certo que o cenário é suficientemente aberto. Como divulgámos na edição de sábado, quando se avalia o potencial de voto (soma dos que votariam de certeza num determinado candidato e dos que poderiam votar), Costa leva vantagem, mas o mercado eleitoral de Rio é mais do que suficiente para vencer a 30 de janeiro.



Portugal: Abstenção galopante atingiu a maioria em 2019


Os portugueses abstêm-se cada vez mais desde as eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975, excetuando em três do total de 16 sufrágios para o parlamento, tendo sido mais os não votantes do que os votantes nas últimas legislativas. A abstenção em legislativas tem vindo sempre a subir desde 25 de abril de 1975 (o menor valor, de 8,34%) até à mais recente votação do género, em 06 de outubro de 2019 (o mais alto registo, de 51,43%).

Só em 1980, em 2002 e em 2005 houve quebras na galopante taxa de eleitores ausentes das mesas de voto, à medida que o entusiasmo com o regime democrático, após 48 anos de ditadura fascista do Estado Novo, foi esmorecendo. A última vez em que houve uma quebra na tendência abstencionista crescente foi em 20 de fevereiro de 2005, quando se verificou uma baixa de cerca de três pontos percentuais face à eleição anterior.

Adam Tooze: “A Europa e os EUA marcaram autogolos na covid-19 e deram uma espetacular vitória de propaganda à China”



É aterrador mas a pandemia está por controlar. Mesmo se a vacina é a história ao mesmo tempo mais esperançosa e deprimente. Na UE, há maus sinais na economia e bons na política, ao contrário do declínio nos EUA, que mudou para um ceticismo radical. As ameaças aos valores democráticos vêm de dentro, não da China, da Rússia ou do populismo. O desenvolvimento da China é hoje a história de transformação da humanidade e o problema macro é o clima. Pensador Adam Tooze em entrevista exclusiva (na íntegra)

Nomeado como um dos melhores “Pensadores Globais da Década” pela revista Foreign Policy em 2019, e autor de best-sellers como o seu último livro “Shutdown – Como a Economia abanou a Economia Mundial” (tradução livre), Adam Tooze esteve em Lisboa em novembro para a conferência dos trinta anos da CMVM. O historiador e professor na universidade de Columbia deu então uma entrevista em exclusivo à CNN Portugal, que agora publicamos, onde fala dos impactos globais da pandemia – e em que pensa sobre os grandes desafios pela frente.

IRS anula aumentos automáticos da pensão a perto de 23 mil reformados

Nas pensões próximas dos valores limites dos escalões do IRS, a atualização até 1% à boleia da inflação aumentou os descontos a milhares de pensionistas, que receberem um valor inferior em janeiro. Cerca de 1% do universo de 2,3 milhões de reformados e de 2,8 milhões de pensões, que correspondem àquelas que estão nos limites dos escalões do IRS, terão recebido em janeiro uma reforma de valor inferior à que recebiam no ano passado, apesar dos aumentos automáticos até 1% à boleia da inflação.

A situação é relatada pelo JN (acesso pago) na edição de sábado. Fonte oficial do Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSS) explica que “as tabelas de retenção foram atualizadas para refletir os aumentos, mas podem existir situações em que as pensões estão nos valores limites dos escalões do IRS, o que, com o aumento, pode levar à alteração do escalão da taxa de retenção e dar origem a um maior aumento do valor do imposto retido”.

O ano de 2022 poderia ser o sexto consecutivo em que as pensões mais baixas beneficiariam de um aumento extraordinário, mas o chumbo da proposta de Orçamento do Estado levou o Governo a deixar cair essa medida. Com base na evolução da economia nacional e do Índice de Preços no Consumidor (IPC), as pensões até 886 euros foram atualizadas em 1%, entre 886 euros e 2.569 euros subiram 0,49% e acima de 2.569 euros cresceram 0,24% (Eco digital)

sexta-feira, janeiro 14, 2022

TAP cobra mais aos passageiros em Lisboa, quem embarca em Madrid chega a pagar metade


TAP justifica preços com “concorrência forte” na capital espanhola e diz que outras empresas têm a mesma política. Com menos gente a viajar, por causa da pandemia, os preços das viagens de avião estão mais baixos. Neste momento, voar com a TAP de Lisboa para Nova Iorque JFK – ida e volta – custa 331,9 euros. Voar de Lisboa para São Francisco custa, ida e volta, 639,90€. Valores apelativos, praticados pela TAP nas partidas de Lisboa, mas que nem se comparam com os preços praticados pela mesma TAP, para os mesmos aviões, aos passageiros que embarcarem em Madrid.

Entrar no avião em Madrid, aterrar em Lisboa e daí entrar no avião que vai para Nova Iorque custa pouco mais de 200 euros (223,70 euros). Ir de Madrid para São Francisco custa 267,84 euros. Nos mesmos aviões, o mesmo trajeto, mas os passageiros que entram em Espanha paga menos 100 euros num dos casos, e menos de metade no outro, do que os passageiros que embarcam em Lisboa.

Questionada pela SIC, a TAP justifica a diferença de preços com o facto de se tratar de voos com escala, que são menos apelativos do que os voos diretos. Diz ainda que a “concorrência forte” em Madrid obriga a ter preços mais baixos. Que é o mesmo que dizer que, como em Lisboa a concorrência é menor, a TAP pode aproveitar-se disso para cobrar preços mais caros.

PS e PSD prometem reforço da autonomia


O reforço da autonomia regional é um compromisso comum nos programas eleitorais nacionais do PS e do PSD. Rui Rio e António Costa prometem cooperar mais com as regiões autónomas.

"Voos Fantasmas". Aviões voam vazios para não perderem "slots"


Há companhias aéreas na Europa a fazerem voos sem passageiros para não perder vagas horárias nos aeroportos. Só a Lufthansa vai fazer, neste inverno, 18 mil voos que considera desnecessários.

Madeira: SESARAM tem 260 profissionais infetados


O Serviço Regional de Saúde tem atualmente 260 profissionais infetados com covid-19. O diretor clínico garante que ainda não foram chamados para trabalhar profissionais que estejam em isolamento profilático mas pode haver essa necessidade. Declaração de Júlio Nóbrega, no programa "Consultório", ontem à noite

Especialistas defendem futuro em que covid-19 seja tratada como gripe


Alguns especialistas consideram que Portugal deve começar a avaliar uma forma de gerir a covid-19 como uma gripe. Um sistema que já está a ser planeado em Espanha. As medidas passam por deixar de contabilizar os casos diariamente e cada pessoa fazer a própria avaliação dos sintomas e do risco.

Quase 10% das mortes em Portugal em 2021 atribuídas à covid-19



Quase dez por cento das mortes registadas em Portugal no ano passado foram provocadas pela covid-19. Dos 125 mil óbitos no país, cerca de 12 mil foram atribuídos à doença provocada pelo coronavírus. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e mostram que, em 2021, houve um aumento das mortes por covid-19 face ao ano anterior em cerca de um por cento, num ano em que foram declarados menos perto de 1.400 óbitos. Mas, em comparação com 2019, antes da pandemia, morreram mais quase 13 mil pessoas, um aumento de 11 por cento. O número de mortes atribuídas à covid-19 tem vindo a reduzir. Em dezembro diminuiu quase 80 por cento em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Venezuela: Embaixador português impedido de entrar no Estado de Guárico


O embaixador de Portugal na Venezuela foi impedido de entrar no Estado de Guárico. Carlos Sousa Amaro foi barrado por elementos da Guarda Nacional Bolivariana que lhe exigiram uma autorização especial ou um convite para entrar na região a sul de Caracas. O diplomata viajava acompanhado pelo deputado da Assembleia Nacional, o luso-venezuelano Octávio Orta, e tinham na agenda uma reunião com quatro presidentes de câmaras daquele Estado, para trabalhar num programa de assistência social a idosos. O embaixador português limita-se a confirmar que foi barrado e que já está em Caracas, mas o deputado Octávio Orta fala de um grave incidente diplomático.

Covid-19. Como é viver com síndrome pós-cuidados intensivos


As sequelas dos longos internamentos e das intervenções em UCI fizeram disparar a chamada síndrome pós-cuidados intensivos. Milhares de doentes que enfrentam perdas funcionais como o andar, défices respiratórios e cognitivos, como perda de memória ou dificuldade em dormir. Mário Rui e Rui Ferreira são dois desses casos, homens nos 50 anos, sem fatores de risco, infetados antes de terem hipótese de se vacinar.

Opinião: Chocado com os preços da TAP? Bem-vindo ao mundo real


Sim, parece chocante que a TAP cobre mais dinheiro a quem parta de Lisboa do que a quem venha de Madrid apanhar o mesmo voo. Mas o choque é com a realidade. Neste argumento, Rui Rio ou é ignorante ou é populista. Mas eficaz: será sempre apoiado no argumento contra o demónio da TAP. Até o ajudo, tenho mais exemplos do género “inaceitável”, “revoltante”, “gravíssimo” António Costa esteve péssimo no debate com Rui Rio, começou com uma cassete de uma música velha e acabou num crescendo de arrogância. Rui Rio esteve melhor. Na TAP fez o que sabe fazer: mais oposição do que alternativa clara. Mas correu para o populismo fácil. Caro Dr. Rui Rio, diga-me um voo direto que cujo preço médio seja mais barato do que o preço com escala no mesmo voo?

O caso do português que paga três vezes e meia o que paga um espanhol para voar na TAP para São Francisco, dado por Rui Rio no debate com António Costa, que ganhou, é um exemplo rigoroso. E descontextualizado. Porque ignora as regras comerciais da aviação aérea, que a TAP não inventou nem com elas inova. O mesmo acontece em regras com voos da Ibéria que partam de Madrid, voos da Lufthansa que partam de Frankfurt ou voos da Air France que saiam de Paris: são mais caros para os espanhóis, alemães ou franceses do que para um português que saia de Lisboa para apanhá-los.

Não é preciso desfiar muitas razões. Basta sair do século XIX e deparar com a realidade de que as empresas não calculam preços com base em custos acrescidos de uma pequena margem de lucro. As empresas, na vida real, cobram o máximo que puderem aos clientes desde que não os percam. Se têm monopólio, esmifram os clientes, razão pela qual os reguladores intervêm. Se estão em concorrência quase perfeita, então o que cobram alinha-se pelas ofertas dos concorrentes. E então sim, em concorrência, os preços acabam por ser idênticos aos custos acrescidos de uma pequena margem de lucro.

TAP responde a Rui Rio sobre o voo para São Francisco. “É a lei da oferta e da procura”


No debate ontem com António Costa, Rui Rio disse que a TAP cobrava mais aos portugueses do que aos espanhóis por uma viagem a São Francisco. A TAP já respondeu. A TAP foi um dos temas a marcar o debate entre os líderes do PS e PSD que concorrem às legislativas de 30 de janeiro. Já no final do debate, Rui Rio acusou a TAP de cobrar mais aos portugueses do que aos espanhóis numa viagem para os EUA, afirmando que a companhia serve o país “de forma absolutamente indecente”. O líder do PSD confrontou António Costa com um quadro com as tarifas de um voo da TAP de Madrid para São Francisco, e que faz escala em Lisboa.

“Um voo da TAP que faz Madrid-São Francisco, e faz escala em Lisboa. Sabe quanto paga o espanhol? 190 euros de Madrid a São Francisco com escala em Lisboa. O português, se apanhar o avião em Lisboa para ir para São Francisco, paga 697 euros”. Rio referiu ainda que a TAP é uma “companhia de bandeira, mas é companhia de bandeira espanhola ou de outro país qualquer. Quem paga somos nós. Isto é revoltante”.

Eleições: As legislativas em números


Mais de 10 milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro são chamados a votar nas eleições legislativas de dia 30, para escolher 230 deputados.

  • Número de eleitores: 10.821.244
  • Deputados eleitos: 230
  • Número de círculos eleitorais: 22
  • 18 círculos em Portugal continental, Açores e Madeira, Europa e Fora da Europa

Maiores círculos eleitorais (no território nacional):

  • Lisboa – 1.920.128 eleitores – 48 deputados
  • Porto – 1.592.758 eleitores – 40 deputados
  • Braga – 778.359 eleitores – 19 deputados
  • Setúbal – 776.638 eleitores – 18 deputados
  • Aveiro – 642.696 eleitores – 16 deputados

Círculos eleitorais mais pequenos (em território nacional):

  • Portalegre – 96.4252 eleitores – 2 deputados
  • Beja – 120.904 eleitores – 3 deputados
  • Évora – 134.861 eleitores – 3 deputados
  • Bragança – 137.581 eleitores – 3 deputados
  • Guarda – 145.869 eleitores – 3 deputados

Número de forças políticas concorrentes: 21 (apenas 13 em todos os círculos eleitorais)

Novos partidos concorrentes: Volt Portugal

Orçamentos das campanhas:

  • Total: 7,5 milhões de euros
  • PS – 2,45 milhões de euros
  • PSD – 1,95 milhões de euros
  • CDU – 695 mil euros
  • BE – 610 mil euros
  • Chega – 500 mil euros
  • IL – 385 mil euros
  • CDS – 350 mil euros
  • PAN – 228 mil euros
  • Livre – 48 mil euros
  • (…)
  • Partido da Terra – 0 euros

Voto antecipado: Inscreveram-se 3.405 presos e doentes internados

Eleitores confinados: Governo prevê cerca de 380 mil

Voto antecipado em mobilidade: Preparado para 1,2 milhões de eleitores, através de 2.600 secções (Multinews)

Sondagem CNN Portugal: confinamento aproximou famílias? Apenas 10% dos portugueses acham que sim

Sondagem CNN Portugal com o "Estado da Opinião" dos portugueses mostra a doença mental aumentou com o isolamento e que os alunos tiveram atrasos na aprendizagem. Milhares de alunos foram enviados para casa durante o confinamento e famílias inteiras tiveram de aprender a conviver 24 horas por dia - trabalho, estudo e descanso entre quatro paredes -, mas isso não os aproximou. De acordo com uma sondagem da Aximage para a CNN Portugal, só 10% dos portugueses consideram que o isolamento aproximou as famílias.

Com aulas à distância, muitas vezes em condições difíceis, com a casa cheia e pouco espaço, não surpreende que quase metade dos inquiridos, 47%, considere que o isolamento tenha provocado atrasos na aprendizagem. Foram muitas as queixas nesse sentido, e isso mesmo é confirmado neste inquérito sobre o Estado da Opinião dos portugueses. Para 39% dos inquiridos, o isolamento gerou ou agravou doenças mentais e 4% consideram que este causou fobia social. A pandemia está a levar os portugueses ao divã do psicanalista e o mesmo se passa no resto do mundo, sendo as doenças mentais resultado num ainda mais preocupante aumento do consumo de ansiolíticos e antidepressivos.

Sondagem CNN Portugal: 49% dos portugueses querem continuar confinados

Sondagem CNN Portugal com o "Estado da Opinião" dos portugueses mostra que os recordes de casos com a variante Ómicron levam metade dos portugueses a preferir a manutenção das medidas de contenção que terminam. Com a variante Ómicron a registar recordes diários de contágios, os portugueses são cautelosos sobre a manutenção das medidas de contenção. De acordo com o resultado de uma sondagem da Aximage para a CNN Portugal, 49% dos inquiridos consideram que o confinamento deveria manter-se e 18% até defendem que as medidas até deveriam ser aumentadas.

A confiança no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nos hospitais é grande ou muito grande para 51% dos inquiridos desta sondagem. Aliás, registam-se 13% de respostas negativas sobre este tema, uma percentagem que ilustra que a maioria dos portugueses acredita no trabalho do SNS.   Para 78% dos portugueses, o Estado deve investir nos hospitais públicos, o que evidencia o caminho que preferem relativamente à saúde pública e privada. Nesta sondagem, apenas 18% consideram que deviam ser aumentadas as parcerias público-privadas.

Sondagem da Católica. Maioria dos inquiridos considera que Costa seria melhor PM que Rio


Qual o melhor primeiro-ministro? António Costa continua à frente de Rui Rio nas preferências dos inquiridos da sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, mas por uma margem menor do que no estudo da semana passada. Quando questionados sobre se, independentemente das preferências partidárias, seria melhor para chefe de Governo António Costa ou Rui Rio, as respostas dos inquiridos foram claras.

Cerca de 49% preferem Costa à frente do executivo, enquanto 35% preferem o líder do PSD, Rui Rio. Há uma semana, as respostas eram um pouco diferentes. 52% diziam preferir Costa e 33% preferiam Rui Rio. Entre os inquiridos, 17% disseram agora não saber ou não quiseram responder. Há uma semana, os indecisos eram 15%. Em 2019, uma semana antes das eleições, a Católica fez a mesma pergunta num estudo realizado então. Na altura, os resultados foram: Costa 51%, Rio 25%.

Legislativas 2022. Sondagem da Católica aponta para socialistas à frente com 39% dos votos



A nova sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público aponta para uma estimativa de resultado eleitoral de 39% dos socialistas e de 30% para o PSD. Em relação à sondagem realizada na semana passada, há um aumento do PS e uma diminuição dos sociais-democratas nas estimativas de cada partido. A vantagem alarga-se, mas não significaria maioria absoluta para os socialistas. Nas estimativas aqui delineadas, o Chega passa à frente da CDU e surge empatado com o Bloco de Esquerda no terceiro lugar. À pergunta “se as eleições fossem hoje, em que partido votaria”, os inquiridos neste estudo da Universidade Católica apontam para uma vitória socialista.

De acordo com as estimativas de resultados eleitorais feita pela Católica, o PS conquistaria 39% dos votos. Há uma semana, sexta-feira, a sondagem apontava para uma estimativa de 38%. Um aumento de 1%. Já o PSD vai em sentido contrário neste estudo. Conseguiria 30% dos votos, enquanto há uma semana tinha uma estimativa de 32% dos votos.

Sondagem: PS pode estar a três deputados da maioria absoluta. PSD volta a descer



Sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1 mostra que, na última semana, o PS voltou a subir e o PSD perdeu dois pontos percentuais, apesar de António Costa ter perdido reputação como primeiro-ministro e Rui Rio ter ganho pontos nesse campeonato. CDS pode ficar fora do Parlamento. O PS pode estar a três deputados de distância da maioria absoluta tão desejada por António Costa, de acordo com o melhor dos cenários previstos na sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica Portuguesa para o PÚBLICO, RTP e RDP-Antena 1 feita nos últimos dias. Na última semana, o PSD liderado por Rui Rio perdeu dois pontos percentuais nas intenções de voto, aumentando para nove pontos a distância em relação ao PS, tal como acontecia em Novembro passado.

No inquérito feito entre 6 e 10 de Janeiro, já com muitos debates realizados entre os líderes dos partidos parlamentares, o PSD cai de 23% para 21% nas intenções directas de voto, o que se traduz na descida de 32% para 30% na estimativa de resultados eleitorais, depois da redistribuição de indecisos e da exclusão da abstenção e não respostas. Já o PS mantém os 29% na intenção directa de voto, mas sobe um ponto, para 39%, na estimativa de resultados eleitorais em que se baseiam os resultados das sondagens.

No dia em que os líderes dos dois maiores partidos se confrontam no frente-a-frente televisivo, há um dado que importa ter em conta: na pergunta sobre quem seria o melhor primeiro-ministro, António Costa perde três pontos em relação à última sondagem (cai de 52% para 49%), enquanto Rui Rio sobe dois pontos, de 33% para 35%. Por outras palavras, não se deve concluir apressadamente em favor de uma má performance do presidente do PSD nos debates. Até porque esta apreciação é bastante diferente da que era feita pelos eleitores em 2019: a uma semana das legislativas, Costa era visto como melhor primeiro-ministro por 51%, enquanto Rio se ficava por 24%.


Ajuda pública à TAP pesa 0,5% do PIB no défice de 2021

O impacto negativo dos apoios públicos à companhia aérea no défice de 2021 deverá totalizar 998 milhões de euros. O impacto da ajuda pública concedida à TAP no défice de 2021 corresponde a 0,5% do PIB, avança o Público (acesso condicionado). Apesar de o Governo ter feito um reforço de 1.736 milhões de euros no final de dezembro no capital da companhia, apenas 536 milhões serão refletidos no défice desse ano, porque o restante foi contabilizado em 2020. A esse valor somam-se os 462 milhões já aplicados em maio. Desta forma, os apoios que se sentirão no défice totalizam os 998 milhões de euros, o que equivale a cerca de 0,5% do PIB. Tendo em conta os apoios do Estado à companhia aérea, o impacto total no défice deverá atingir cerca de 3.200 milhões de euros, efeito que será, no entanto, sentido ao longo de três anos.

Olhando para as operações financeiras de apoio à TAP previstas para este ano, destaca-se a concessão pelo Estado de garantias públicas para que a companhia obtenha empréstimos junto de entidades privadas. O Instituto Nacional de Estatística irá analisar esta operação, sendo que o mais provável é decidir contabilizar imediatamente no défice o compromisso assumido pelo Estado (Eco digital)

Sondagem CNN Portugal: 64% dos portugueses acham que a melhor medida para a economia é reduzir os impostos

Qual é a melhor medida para a economia do país? Para 64% dos portugueses, a resposta é uma redução de impostos. O Estado passaria a receber uma fatia menor dos contribuintes, é certo, mas estes ficariam com mais dinheiro na carteira para gastar, melhorando, desde logo, a sua economia pessoal. Esta é a conclusão de uma sondagem sobre “O Estado da Opinião” da Aximage para a CNN Portugal: quando os portugueses pensam em economia, olham para o bolso. Já uma minoria de 28% dos inquiridos considera que a melhor medida para melhorar a economia seria o Estado dar mais apoios às empresas e 8% não tem dúvidas de que o melhor que poderia acontecer ao país é uma maior flexibilidade laboral - com o confinamento registou-se uma alteração da relação laboral e muitos portugueses gostaram do conforto de trabalhar em casa. 

60% dos inquiridos consideram que a carga fiscal que paga é excessiva e que existe margem para redução. Aliás, apenas 11% dos inquiridos concordam com os impostos que pagam e 4% até acham que deviam pagar mais. Já 21% dos portugueses consideram que existe uma excessiva carga fiscal, mas que esta é necessária.

De acordo com esta sondagem, 62% dos portugueses querem pagar menos impostos em bens de consumo, como no IVA ou no imposto sobre os combustíveis. Mas 32% preferiam uma redução da carga fiscal nos impostos sobre os rendimentos, como o IRS no caso dos contribuintes e o IRC que as empresas pagam.

Madeira recupera abóbadas do aeroporto



As obras na Estrada das Carreiras, entre a Camacha e o Poiso, devem ficar concluídas até ao final do Verão. O presidente do governo regional visitou o local e aproveitou para anunciar que a recuperação das abóbadas do aeroporto, junto ao porto de abrigo de Santa Cruz, vai avançar, assim como uma nova rotunda na Cancela.

Teixeira dos Santos diz que Governo de Sócrates falhou na resposta à crise



O ministro das Finanças de José Sócrates disse que o governo de José Sócrates falhou na resposta à crise. Teixeira dos Santos falou sobre o pedido de resgate à Troika e declarou que o governo que integrava falhou por questões políticas.

TAP vai encerrar a empresa de manutenção no Brasil, onde está há duas décadas



Está decidido, a TAP vai mesmo fechar a empresa de Manutenção e Engenharia do Brasil, antiga VEM, adquirida há cerca de 20 anos. É uma decisão enquadrada no âmbito da aprovação do plano de reestruturação por Bruxelas, que admitia também a hipótese de venda, Depois de anos a acumular prejuízos, a TAP decidiu que vai fechar a empresa de Manutenção e Engenharia do Brasil, adquirida no início do século e que tem cerca de 500 trabalhadores. Estava em aberto também a possibilidade de venda. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, já admitiu que alienar a operação no Brasil terá custos elevados para a TAP.

“Como parte do plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia no dia 21 de dezembro de 2021, o Grupo TAP decidiu encerrar as operações da TAP Manutenção e Engenharia Brasil S.A. (“TAP ME”)”, lê-se num comunicado enviado esta quarta-feira às redações.

Covid-19: conheça a lista dos locais e atividades onde é mais provável ser infetado

 

A pandemia da Covid-19 não dá mostras de abrandar, sobretudo após a chegada da variante Ómicron, embora o número de internamentos e óbitos apresentam registos nada coincidentes com as anteriores ondas. A razão pela qual as infeções não pararam de aumentar deve-se à velocidade de disseminação da nova variante e, por isso, o Governo do Reino unido preparou, no passado dia 20 de dezembro, um estudo no qual são apontados os locais onde é mais fácil de contrair uma infeção. O estudo, ainda não revisto por pares, foi baseado nas atividades diárias de 10 mil pessoas e apontou uma conclusão: uma das ações mais arriscadas é durante as compras, fazer uma refeição num restaurante ou ir a um bar.

Assim, as compras apresentaram 2,2% de mais chances de contrair o vírus, logo seguidas pelos desportos ao ar livre, com 1,36%. Quem usa o transporte público mais do que uma vez por semana tem 1,28% de hipóteses de contrair o vírus, a mesma percentagem de quem vai a um bar. Logo a seguir está uma ida ao ginásio ou desportos indoor (1,27%) ou viajar de comboio (1,18%).

"My name is Joe": as histórias da vida de Joe Berardo (com o video)

Afinal quem é o comendador, que privou com a elite política e financeira de Portugal e da África do Sul? Joe Berardo pode ser e é descrito de mil maneiras diferentes. 'Self made man' que veio do nada e conquistou tudo, excêntrico, desbocado, amante das artes e da boa vida, homem de negócios astuto que soube sempre rodear-se dos parceiros certos, mas também um homem de esquemas e jogadas pouco claras. O comendador, como gosta de ser tratado, tem uma história de vida como poucos. Nasceu pobre na ilha da Madeira, mas emigrou jovem para a África do Sul, e por lá fez fortuna nas minas de ouro, um negócio onde ainda hoje o acusam de ter enganado os sócios. Voltou a Portugal no fim dos anos 80, deixando para trás empresas praticamente falidas e vários casos polémicos que o deixaram a braços com a justiça sul-africana. Deixou lá a mulher e os filhos, ainda pequenos, que ia visitar às escondidas, para não ser preso.

Sondagem CNN Portugal: 57% dos portugueses consideram que a TAP é importante para o país, desde que não tenham de a pagar



Sondagem CNN Portugal com o "Estado da Opinião" dos portugueses mostra um país baralhado sobre a TAP e muito decidido sobre a localização do novo aeroporto. Os portugueses querem manter a TAP, desde que o Estado não tenha de pagar. Uma sondagem da Aximage para a CNN Portugal conclui que 44% dos inquiridos discordam de ajudas financeiras à transportadora aérea, por oposição a 32% que aceitam a reestruturação da TAP e a consequente fatura.

Para 57% dos inquiridos não restam dúvidas de que a TAP é importante para o país, devendo-se manter a companhia aérea. Já 22% viveria bem sem a ter. Na discussão sobre o novo aeroporto em Lisboa, tema que atravessou governos, os portugueses tomam partido: 69% acham que não é uma prioridade.

E se não acompanham o entusiasmo pela existência de um novo aeroporto, menos ainda sobre a sua localização. Há um dado a reter nesta sondagem, 41% dos portugueses preferem manter Humberto Delgado como aeroporto principal e Montijo como complementar, mas 29% nem tem opinião sobre o assunto.