segunda-feira, julho 31, 2023

Principais bancos perderam 7,4 mil milhões de euros em poupanças

Os principais Bancos a operar em Portugal perderam mais de sete mil milhões de euros em poupanças de famílias e empresas, até junho. Os depósitos das cinco maiores instituições bancárias no país encolheram 3,4%. O Santander foi o Banco que mais perdeu. Só o BCP acumulou poupanças.

Operação da Ryanair: PSD apela à República pela portaria que permita baixar a taxa de segurança e critica o PS/Açores


Propostas para privatização da Azores Airlines entregues

Atlantic Consortium e consórcio NewTour/MSAviation oferecem 6,50 euros por cada ação da transportadora Azores Airlines. Haverá novo ato público para concorrentes alterarem valores. O concurso para a privatização da Azores Airlines recebeu duas propostas, apresentadas pelo Atlantic Consortium e pelo consórcio NewTour/MSAviation, que ofereceram 6,50 euros por cada ação da companhia responsável pelas ligações com o exterior dos Açores, foi esta segunda-feira revelado.

SATA e Azores Airlines fecham primeiro trimestre com prejuízo de 30 milhões de euros


PSD: conhecida a lista agora há que planificar a campanha eleitoral

Está conhecida a lista da coligação PSD-CDS às regionais. Agora este é um assunto encerrado, não vale a pena os dois partidos andarem a queimar fusíveis com polémicas ou a perder tempo com amuos ou críticas às escolhas. O processo de elaboração de uma lista única (47 efectivos) para as eleições regionais é um processo complicado, complexo, desgastante, pouco consensual e difícil  porque estamos a falar de conciliar tanta coisa em 47 nomes. Normalmente os líderes não gostam, de fazê-lo, optando antes por colocar essa tarefa nas mãos de colaboradores mais directos e da sua confiança, apesar de se manterem informados e discutirem as propostas colocadas em cima da mesa. Presumo que foi isso que aconteceu de novo com o PSD, no fundo a repetição de um processo que se verifica desde 1976, este ano apenas diferenciado pelo facto de se tratar de uma lista de coligação, algo que nunca antes aconteceu ao PSD-Madeira em eleições regionais. Agora o tempo é de planificação - processo sempre desgastante, difícil e complexo - da campanha eleitoral o terreno e definir os tempos de antena e a divulgação de propostas programáticas susceptíveis de cativarem o apoio dos eleitores (LFM)

Regionais 2023 - PSD aprova por unanimidade lista da coligação às regionais

"No âmbito do Projeto político que o PSD/Madeira se compromete a defender e a apresentar, em coligação com o CDS, nas próximas Eleições Regionais de 24 de setembro, a Comissão Política aprovou hoje, por unanimidade, a sua lista de candidatos, uma lista que engloba e mobiliza os onze concelhos da Região e que é, no entender desta Comissão Política, "aquela que melhor representa e defenderá, no próximo Parlamento regional, os interesses e direitos de todos os Madeirenses".

Refira-se que, dentro dos primeiros 30 efetivos indicados pelo PSD/Madeira, existem 10 novos candidatos, sendo ainda de sublinhar que, destes, 10 são mulheres. Também é de salientar que, nestes 30 efetivos indicados pelo PSD, estão representadas todas as estruturas do Partido, designadamente a JSD, os TSD, o Núcleo de Emigrantes e os Autarcas, sendo de relevar, também, que, no respeitante aos suplentes, houve a preocupação de envolver os Autarcas Social-democratas, designadamente os Presidentes de Junta de toda a Região.

Enquanto porta-voz das conclusões desta reunião, o Secretário-geral do PSD/Madeira, José Prada, elencou os 34 primeiros candidatos da lista, incluindo, desta forma, os 30 apresentados pelo PSD e os candidatos do CDS, numa ocasião em que reiterou que o Partido mantém o objetivo de vencer as próximas Eleições Regionais com maioria e reforçando, nessa medida e uma vez mais, o facto de não existem vitórias antecipadas e que existe muito trabalho a fazer para alcançar este objetivo". Este texto foi publicado pelo PSD-Madeira na sua página do Facebook

Foi a seguinte a lista apresentada e aprovada, aditando algumas curiosidades aos nomes escalonados:

1. Miguel Albuquerque (PSD) - Presidente do Governo e líder do PSD

2. Rui Barreto (CDS) - Secretário regional da Economia e líder do CDS

3. José Luís Nunes (PSD) - Presidente da Assembleia Municipal do Funchal

4. José Prada (PSD) - Secretário-Geral do PSD e Vice-Presidente da ALRAM

5. Jaime Filipe Ramos (PSD) - Presidente do Grupo Parlamentar do PSD

6. Rubina Maria Branco Leal Vargas (PSD) - Vice-Presidente da ALRAM

7. Carlos Alberto Rodrigues (PSD) - Deputado

8. Bruno Melim (PSD) - Deputado, JSD

9. Clara Tiago (PSD) - Deputada, Ribeira Brava

10. Pedro Coelho (PSD) - Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos e ex-deputado

11. Brício André Martins Araújo (PSD) - Deputado, Santa Cruz

12. Cláudia Gomes (PSD) - deputada, Machico

13. Carlos Teles (PSD) - Presidente da Câmara Municipal da Calheta e ex-deputado

14. Ricardo Nascimento (PSD) - Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava

15. José Manuel Rodrigues (CDS) - Actual Presidente da ALRAM

16. Rui Marques (PSD) - deputado, Ponta do Sol

17. Cláudia Perestrelo (PSD), deputada, Santana

18. José António Garcês (PSD), Presidente da Câmara Municipal de São Vicente

19. Carla Rosado (PSD), novidade, Porto Santo

20. Edegar Valter Castro Correia (PSD), deputado, Porto Moniz

21. Carlos Fernandes Ribeiro (PSD), deputado, emigração

22. Ana Sousa (PSD), novidade, TSD

23. Lopes da Fonseca (CDS), deputado

24. Sónia Silva (PSD), deputada, Câmara de Lobos

25. Adolfo Brazão (PSD), deputado, Funchal

26. Conceição Pereira (PSD), deputada, Funchal

27. Higino Teles (PSD), deputado, Câmara de Lobos

28. Nuno Maciel (PSD), deputado, Calheta

29. Rafael Carvalho (PSD), deputado, Santa Cruz

30. Vera Coelho (PSD), novidade, antiga dirigente da JSD

31. Gonçalo Pimenta (CDS), Presidente de empresa pública

32. Guido Gonçalves (PSD), deputado, São Vicente

33. André Moreira (PSD), novidade, Machico

34. Jéssica Faria (PSD), novidade, JSD

Dos actuais 21 deputados do PSD, eleitos em 2019, apenas não aparecem como recandidatos Bernardo Caldeira, Porto Santo e Gualberto Fernandes, Ponta do Sol.

PSD-CDS divulgam lista e aumentam pressão sobre o PS e demais oposição

O facto da coligação PSD-CDS ter apresentado hoje a sua lista de candidatos às regionais, antes do prazo estabelecido na lei - 14 de Agosto - aumenta, em meu entender, a pressão sobre a oposição, nomeadamente o PS, sobretudo porque dá azo a que se possa alimentar alguma dúvida e especulação em torno de demoras - ainda por cima depois da sondagem de hoje - que regra geral revelam problemas internos e potenciais divergências.

Tem tudo a ver com a previsão de mandatos a eleger pelos partidos e com a conjugação de tudo isto com algumas regras "protocolares" internas, nomeadamente a representação nas listas dos concelhos mais influentes e ainda a inclusão dos membros dos diferentes patamares dirigentes partidários. No caso do PS-M não acredito que Sérgio Gonçalves antecipe muito, face à data limite de 14 de Agosto, data, a divulgação da sua lista de candidatos, opção que será sobretudo política já que não tem outras justificações impeditivas de o fazer imediatamente. É sabido que os socialistas têm a sua Festa marcada para a Ponta do Sol, apenas a 28 de Agosto. A última sondagem do DN, numa projecção de mandatos, dava aos socialistas 7 lugares, muito aquém dos 19 eleitos em 2019. (LFM)

Nota: as dificuldades do PS-M e de Sérgio Gonçalves

Eu não tenho dúvidas que o PSD-Madeira, coligado ou não, tem todas as condições para obter o voto maioritário dos eleitores madeirenses. Obviamente que nestes tempos de incerteza e de pressões exógenas, temos que ter cautela porque de um momento para outro, de um dia para outro, aparecem acontecimentos que deitam tudo a perder. Por isso a calma, confiança mas calma, é a melhor arma, sem euforias, sem histerias colectivas, sem amuos, que vão aparecer, sem guerras surdas pelo poder. Ganhar as eleições nos tempos que correm é uma responsabilidade acrescida. As pessoas querem estabilidade e competência, mas querem sobretudo que resolvam os seus problemas num tempo em que a vida de todos, especialmente dos que têm menores rendimentos, se agravou por influência de factore externos que não controlamos. Os desafios são grandes, acredito que dos maiores de sempre, dada a pressão de uma incerta conjuntura internacional e a hostilidade do poder central em Lisboa - o que não é novidade, e não faço distinção entre governos do PSD e governos do PS porque é tudo a msma laia. 

Portanto, e no caso da Madeira, acredito que os eleitores madeirenses vão recusar, uma vez mais, a aventura e sobretudo o aventureirismo, abrindo portas à instabilidade, ao populismo idiota, à manipulação e à política transformada num espectáculo mediático. Contudo, porque são livres nas suas opções e decisões, se decidirem de forma dferente terão que assumir as responsabilidades pelas escolhas erradas e por tudo o que, depois desse erro, possa surgir.

É sabido, pelo menos tenho-o referido repetidamente, que o o PS-Madeira parte para estas eleições com uma liderança nova, protagonizada por Sérgio Gonçalves, que chegou à política parlamentar em 2019 pela mão de Paulo Cafofo. Reputo-o, sem o conhecer, de pessoa séria e calma, porventura demasiado calma para uma praxis política e um combate partidário que em, tempo de eleições  é muito mais exigente, desgastante e contundente. Julgo que ele devia ter-se submetido a um banho de informação e de esclarecimento sobre o que é a política activa - que nada tem a ver apenas com o desempenho do cargo parlamentar - o que é comunicar em política estando na oposição, do que é perceber o que as pessoas pensam, querem, etc. Por vezes parece-me que Sérgio Gonçalves, mais do que ninguém anseia para que as regionais passem depressa, não sendo capaz de transmitir uma certa imagem de fragilidade própria de quem continua a não acreditar em si próprio o que é incompatível com quem pretende disputar com o experiente e experimentado Miguel Albuquerque a liderança do Governo Regional no próximo mandato. Sérgio Gonçalves tem outro problema para resolver: perante a perspectiva, já assumida por todos os socialistas, que o PS-Madeira não repetirá em 2023 a votação extraordinária que teve em 2019 - e não vou perorar sobre as causas, na minha óptica, para tal desfecho eleitoral - o processo de elaboração da lista de candidatos sertá muito complicado e complexo e tenho dúvidas que Sérgio Gonçalves tenha espaço de manobra e liberdade de escolha para a mudança que acho que é fundamental no PS-M, já que alguns protagonistas estão há demasiado tempo na política e não representam nenhuma mais-valia para o PS aos olhos dos eleitores.  Por outro lado, e não parecendo plausível que Costa resolva desembarcar no Funchal, quais navegadores de outros tempos, e "plantar-se" na Madeira durante a campanha eleitoral, tentando ser uma mais-valia que uma imagem pública algo degradada contraria. O que nunca seria suficiente, aliás, acho que uma colagem excessiva e uma dependência rastejante do PS madeirense face ao PS nacional e ao Terreiro do Paço só aceleraria a frustração de um resultado que tudo indica não será comparável, repito, ao que aconteceu em 2019. O PS não faz trabalho de casa, o costume, acha que convocar jornais, rádios e televisões e dizer meia dúzia de larachas resolve o problema. O PS não percebe que isso não lhe dá credibilidade nem lhe dá votos. O PS-Madeira não consegue construir uma alternativa - no fundo é a mesma doença que padece o PSD nbcional relativamente ao PS de Costa. Vão a reboque do espaço mediático, estão reféns das notícias ou das sugestões informativas dos meios de comunicação social, prometem subsídios a torto e a direito, prometem o paraíso em cada esquina da terra, mas não conseguem ter um discurso fresco, leve, concreto, coerente, consistente e verdadeiro, que seja ouvido e assimilado pelas pessoas.

Os eleitores não querem perder tempo comn a denmagogia do facilitismo, nem precisam das oposição para lhes dizer o que está mal. Esse é o grande erro da oposição regional em geral e que recusa reconhecer e aceitar. O que as pessoas precisam é que a oposição lhes diga o que está mal, lhes digam o que o poder fez mal mas propondo de imediato alternativas, devidamente pensadas, estruturadas e fundamentadas (nada de generalidades ou de teorias assentes no abstrato das banalidades repetitivas).

Isto +e o que eu penso, gostem ou não, realidade que em meu entender justifica a queda que as sondagens antecipam, embora à cautela recuse, como sempre o fiz, trocar os resultados eleitorais e a vontade dos eleitores, pelos resultados especulativos e muitas vezes manipulados de sondagens assentes quase sempre, até por uma questão de custo, em universos demasiado irrelevantes (LFM)

Nota: eu sou do tempo...

Eu sou do tempo em que as sondagens eram olhadas com alguma desconfiança - alguns falavam em encomenda, outros sustentavam, sem consistência, que eram trabalhos feitos à medida e em função dos interesses de quem as paga, etc - e as reacções obedeciam a uma espécie de "manual", algo primário, mas reconhecidamente eficaz: se fossem positivas, eram apenas sondagens, e portanto apenas um estímulo para continuar o caminho; se negativas, eram sondagens desvalorizadas, que valem o que valem, já que a verdadeira "sondagem" é aquela que ficaríamos a conhecer no dia das eleições, nas urnas, quando as pessoas votarem sozinhas, sem pressões, de acordo com a sua liberdade e a sua consciência. Alturas houve em que, no caso do PSD-Madeira, tínhamos sondagens que alternavam, sempre na véspera da festa do Chão da Lagoa, com "casos" e notícias polémicas pela dimensão mediática que era concedida aos factos e que nada tinham a ver com a realidade no terreno ou no partido.

Ressalvando o caso da dívida, em 2011, julgo que nenhuma outra situação teve impacto eleitoral no PSD e influencia nas opções dos eleitores que, não sendo filiados social-democratas, eram simpatizantes e eleitores do PSD que ficaram alarmados com o impacto das medidas que Lisboa imporia ao Funchal como foi anunciado (e prometido) pelo governo de Passos, Portas e Vitor Gaspar, antes e durante a campanha eleitoral (escuso especular sobre a intenção subjacente a tal anúncio). Aliás essas eleições regionais de 2011 - um dia alguém fará a história do que se passou... - foram as piores que me recorde em termos operacionais e logísticos, foram boicotadas a começar pelo PSD nacional do ridículo Passos Coelho, que apostou tudo no afastamento falhado de João Jardim (nem comentou a vitória do líder madeirense na noite eleitoral, substituindo-se pelo insignificante secretário-geral ao contrário do que fez depois das regionais nos Açores onde Berta Cabral foi copiosamente derrotada). O problema é que Passos contou com alguns apoios e cumplicidades na Madeira que foram responsáveis por apelos nos subterrâneos mais nojentos da política, incluindo em grupos falsos e identidades falsas nas redes sociais, sem esquecer apelos ao voto na oposição, pedidos de recusa em envolvimento na campanha eleitoral e nas acções programas, tudo isto numa lógica de aposta na garantia de garantir uma substancial abstenção. Eu lembro-me muito bem do que se passou, lembro-me muito bem a quem foram imputadas responsabilidades na altura por tudo o que se passou. E todos eles, muitos deles ainda no activo, alguns já amuaram entretanto com o novo poder, sabem do que falo e de quem falo!

Lembro que estou a falar desses tempos "ignóbeis" da nossa história mais recente, tempos em que de um lado havia os "incompetentes", "iletrados", "burros", "analfabetos", "submissos", "corruptos", "gatunos", "manipuladores", "interesseiros", "manhosos", "violentos", "ameaçadores",  etc, etc. E do outro apenas santinhos e santarrões e anjinhos espertalhões e manhosos, sabichões e letrados da política, transparentes de alto abaixo, sem envolvimento em negócios pretos...ou escuros, bandalhos que  saltitavam do paraíso para o céu, com passagem pela terra, onde tudo era feito pela calada, realidade bem pior do que a dos pretensos "pecadores" que os ajinhos da treta tanto criticavam, por muito que usassem a roupagem da brancura a fazer lembrar aquela máxima do "OMO que lava mais branco que o branco"!

Enfim, tudo isto para diozer que hoje tivemos apenas mais uma sondagem - o DN-Madera publica sondagens desde Março deste ano, basta cponssultá-las - que demonstraram, no mneu caso, aquela que sempre foi uma constatação, a de que o PSD-M só perde eleições se cometer asneiradas ou se cair numa espiral de patetices internas ou de manipilação do processo de decisão. Hoje, como no passado, não há dúvidas: a partir do momento em que o órgão competente do PSD-M aprove a lista de candidatos às regionais - mesmo que se discorde, e é sabido que discordo 1000% da opção pela coligação pré-eleitoral, embora a compreenda a decisão imposta ao partido numa lógica de observância e respeito por alguns valores fundamentais a observar na política séria, mesmo que com custos - não há mais lugar a polémicas opu a perdas de tempo, por muuto justos que seja os argumentos e válidas as justificações para uma contestação que deve ser remetida para o seu devido lugar a partir dol momento em que deixa de fazetr sentido.

O PSD-M sempre foi - ao contrário do CDS que nunca sonhou lá chegar - um partido de poder que nas regionais de 2019 falhou os seus propósitos, que tem vindo a perder votos e que em 2019 precisou de convencer o CDS para não ser atirado para a oposição, num tempo estranho de pressões, sacanagens, ameaças, berraria, contradições, falsidades, manipulação, etc, tudo passado nos bastidores mas que um dia espero, e desejo, que alguém possa desvendar publicamente a revelar tudo o que se passou naquele que foi o momento e o tempo mais difíceis e penosos para o PSD-Madeira. Veremos o que vai acontecer este ano, na certeza, reafirmo-o uma vez mais, que só por causa de uma qualquer hecatombe, ele não será vitorioso para o PSD-M e os seus parceiros a reboque que se comportaram, uma vez mais, no processo de indicação dos nomes (apenas 1 mulher em seis indigitados!!!) para a lista, de forma inadequada (LFM)

Rally Vinho da Madeira: lista dos pilotos campeões da Europa

LFM

Rally Vinho da Madeira: lista dos vencedores

LFM

O Rally Vinho da Madeira (e todas as demais provas) no calendário europeu da modalidade


LFM

Rally: Uma sugestão ao Madeira

O Club Sports Madeira colocou no chão, e bem, junto à sua sede, os vencedores do Rally Vinho da Madeira, num determinado período de tempo. A recomendação que eu deixava ao Madeira é a seguinte: por sua iniciativa e com eventuais colaborações externas, procure encontrar, no local ou noutro que porventura facilite a minha recomendação, a possibilidade de ir actualizando, todos os anos, o painel dos vencedores, na medida em que, não havendo actualização, a intenção fica desde logo incompleta e passível de críticas pela injustiça que, queiramos ou não, isso comporta. Um painel que poderia ficar localizado ali ou em locais ligados hoje ao Rally, casos da Praça do Povo, na Avenida do Mar ou mesmo o Tecnopolo, palco, durante anos, das verificações técnicas. Pensem nisso. (LFM)

Em tempos de Rally Vinho Madeira

Como estamos em tempo de Rally Vinho da Madeira (com o qual trabalhei alguns anos, no tempo do saudoso Severino Fernandes e restante equipa, muitos deles ainda por lá andam, outros já faleceram, outros ainda estão retirados dessas lides, altura em que subimos ao coeficiente IV que nesse tempo era o patamar mais alto que havia), resolvi elaborar uns quadros informativos, com curiosidades, que publico para informação e conhecimento das pessoas interessadas no automobilismo de alta competição, neste caso do Campeonato da Europa de Rallys.

Lembro com saudade o tempo em que a Sala de Imprensa do Rally, de apoio a dezenas de jornalistas nacionais e estrangeiros, passou de um vão de uma escada no Teatro Municipal Baltazar Dias para o Salão Nobre do mesmo e, depois, para o Casino da Madeira, uma evolução que tinha que ser feita, caso pretendêssemos, como era realmente o objectivo, subir ao lote das provas mais importantes do Europeu, repito, o Coeficiente IV  nessa altura. Um objectivo que foi alcançado em 1983. Confesso que o "lado negro" desta ascensão, mas necessário mundo automobilístico altamente competitivo e marcado por uma agressiva competição entre provas e entre entidades organizadoras, o que mais me incomodava era a necessidade de uma submissão excessiva perante tudo o que vinha de fora, quer da FIA, quer mesmo do ACP e da Federação Portuguesa. Os inspectores eram as autoridades máximas e muitos dos pilotos de nomeada que vinham correr à Madeira auferiam cachets e benesses, financeiras ou não, que eram absolutamente incontornáveis se pretendêssemos subir no Europeu da modalidade. Tínhamos até jornalistas forasteiros que para estarem presentes na Madeira, sobretudo nomes dos mais conhecidos no jornalismo automobilístico, beneficiavam de apoios para que pudessem estar presentes na ilha. Era assim em todo o lado. A Madeira, recordo-me bem, tinha nesses anos de aposta no coeficiente máximo do Europeu, a concorrência de provas do Mundial de automobilismo e mesmo de importantes provas de ciclismo que, em termos informativos, não podiam colocar em causa a nossa necessidade de espaço e projecção mediática, sob pena dos nossos objectivos e do Clube Sports Madeira desmoronarem.

Não tenho dúvida que em termos de programa, sobretudo o social, dificilmente alguém nos superava, apesar de algumas provas nacionais da modalidade andarem, já nessa altura, a morder os nossos calcanhares! Felizmente tudo correu bem até que em 20134 - faz este ano dez anos! - por falta de dinheiro deixamos de integrar o coeficiente máximo das provas do actual calendário ERC, realidade que obviamente nos penalizou. Uma coisa é termos pilotos apostados no título europeu que eram obrigados a deslocar-se à Madeira em busca de pontos, outra coisa é não termos pilotos de topo do ERC, ou termos de os aliciar com alguns apoios, para estarem presentes na Madeira. Hoje o automobilismo de alta competição é um negócio.

Recordo que entre 2007 e 2011 um piloto passou a ter de se inscrever nos campeonatos europeus, pelo que apenas os pilotos registados podiam obter pontos ERC. Os pilotos inscritos foram obrigados a disputar um número mínimo de provas. Já entre 2013 e 2021 foi a emissora francesa Eurosport a promotora das provas e do negócio à volta do ERC, mas desde 2022 a Eurosport foi adquirida pela WRC Promoter GmbH, com sede em Munique.

A WRC Promoter GmbH é responsável por todos os aspectos comerciais dos Campeonatos do Mundo de Ralis da FIA e da própria FIA. O WRC Promoter é também o organismo guarda-chuva da Rallycross Promoter GmbH e responsável por todos os aspetos comerciais dos Campeonatos do Mundo de Rallycross da FIA (LFM)

domingo, julho 30, 2023

Vergonhosa ladroagem: "Grandes bancos lucram 11 milhões de euros por dia na primeira metade do ano"

Resultado líquido dos cinco maiores bancos a operar no País ascendeu a quase dois mil milhões de euros até junho. Juros altos renderam 4,2 mil milhões na margem financeira, que catapultou mais de 70% em termos homólogos. Banco do Estado voltou a encabeçar os ganhos, depois de registar mais de metade dos lucros alcançados em 2022, mas foi o BCP o que mais cresceu, multiplicando o resultado por sete. Prosseguindo a trajetória ascendente iniciada já no ano passado, os cinco maiores bancos a operar no país alcançaram um resultado líquido consolidado de 1,9 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, tendo lucrado cerca de 11 milhões por dia até junho, o que, comparando com o igual período de 2022, reflete uma melhoria de quase 60%, segundo os cálculos feitos pelo DN/Dinheiro Vivo. Mais uma vez, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o banco do Estado, voltou a ser a protagonista na tabela dos ganhos, ao somar 607,8 milhões de euros, um valor que não só reflete uma subida de 25% face aos 485,6 milhões registados no semestre homólogo, como também representa mais de metade dos lucros obtidos em todo o exercício anterior (843 milhões).

Opinião: A plebe tem que ser mais pobre, os bancos merecem os lucros

 Já estivemos à beira da implosão da zona euro e, na época, o BCE percebeu o risco que corria. Que não entenda agora que uma população empobrecida vai engrossar o descontentamento, é uma tragédia. Dois deputados europeus do PS, Margarida Marques e Pedro Marques, fizeram uma excursão a Frankfurt para sensibilizar o Banco Central Europeu para travar a subida de juros. Não conseguiram nada nem era esperado que tivessem qualquer sucesso: a independência do Banco Central Europeu que nos governa está nos tratados. O BCE decide exclusivamente o que quer e não responde perante ninguém. Foi assim que os países europeus acharam que devia ser – a Alemanha só aceitaria o euro se estivesse desenhado à imagem e semelhança do marco alemão e o BCE fosse o Bundesbank.

Na imprensa internacional, lê-se que os chamados “falcões” que ali aprenderam tudo têm hoje mais influência em Frankfurt do que tinham quando Mario Draghi conseguiu a salvação do euro – quando pronunciou a famosa frase de que faria tudo para que a zona euro não implodisse, “whatever it takes”.

Christine Lagarde, a presidente, e o conselho de governadores – incluindo o “nosso” Mário Centeno – insistem que a inflação só baixa se os salários das pessoas baixarem (não os deles, evidentemente) e conseguirem comprar cada vez menos coisas.

Juros rendem 1800 milhões de euros aos grandes bancos no primeiro semestre

Diferença entre o que os bancos cobram por darem crédito e o que pagam por depósitos permitiu aos cinco maiores bancos portugueses alcançar um lucro conjunto de dois mil milhões. Os bancos portugueses estão limpos, sólidos e rentáveis. Uma fotografia que contrasta com um passado recente que motivou diversas intervenções públicas e que fica evidente nas contas do primeiro semestre deste ano. Caixa Geral de Depósitos (CGD), Millennium BCP, Santander Portugal, Novo Banco e Banco BPI, juntos, conseguiram lucros líquidos de 1994 milhões de euros em apenas seis meses, um desempenho sem paralelo na história recente da banca nacional. E na base deste resultado está a actividade fundadora e central da iniciativa bancária: emprestar dinheiro com juros e guardar dinheiro com um rendimento.

A margem financeira dos cinco maiores bancos portugueses cresceu, entre Janeiro e Junho deste ano, 1799,5 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado. Um resultado histórico que se explica por uma conjugação improvável de factores relacionados com a evolução da economia. Por um lado, os bancos continuam a emprestar dinheiro e fazem-no, ainda que a menor ritmo, com taxas de juro elevadas, num contexto marcado pela escalada quase simultânea e interligada das taxas Euribor e das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE), dois indicadores do preço do dinheiro para a banca – e tendo na sua carteira um significativo stock de crédito com taxas variáveis.

Madeira, reportagem: “Eu ouvia vozes, era uma voz inquietante, que só parava quando eu fumava o bloom”

O bloom tomou conta de bairros como o das Malvinas, Câmara de Lobos, ou da Baixa do Funchal, onde Marcelo ou Vanessa se entregam a uma lógica destrutiva. As drogas sintéticas alastram na Madeira. O castanho dos olhos de Mário são como um poço sem fundo, e o branco dilui-se num vermelho de quem mergulhou deixando-se assim ficar, por algum tempo — de olhos muito abertos. De T-shirt púrpura e boné preto junto ao cinzento do bloco de pequenos apartamentos, é ele que se avista ao longe, de uma das muitas curvas da estrada que convida quem sobe a entrar neste mundo à parte: o Bairro das Malvinas, no topo do concelho de Câmara de Lobos. Passam poucos carros e, assim à distância, Mário parece isolado de tudo e profundamente sozinho, como se ele próprio fosse uma ilha. Neste bairro, ele e o irmão, filhos de pescador, nasceram e brincaram na rua, estudaram e namoraram, tornaram-se homens. Há um ano e meio começaram a consumir bloom, a mais conhecida das novas substâncias psicoactivas (NSP) consumidas e apreendidas pelas polícias na Madeira. Mário não é “vigia”. Porém, assim sentado num muro baixo da esquina de um dos prédios onde se compra esta droga, parece assumir uma posição só sua. E esta é, de certo modo, uma posição estratégica — não para alertar quem trafica de que algum carro da polícia surja na encosta —, mas porque é nesta esquina que este homem de 27 anos joga todas as fichas para apostar na única prioridade do dia e de todos os que se seguem: “Estou ansiando fumar.”

Extrema-direita alemã prepara-se para eleições europeias em alta nas sondagens


O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), em alta nas pesquisas de intenção de voto, iniciou a preparação da sua lista para as eleições europeias de 2024, elegendo as políticas migratórias europeias como alvo. A União Europeia (UE) é “profundamente antidemocrática” e não conseguiu conter as migrações, denunciou a co-líder da formação alemã AfD, Alice Weidel, num discurso em Magdeburgo, onde o partido iniciou na sexta-feira o seu congresso federal, segundo a agência de notícias EFE. Cerca de 600 delegados da extrema-direita, por entre protestos da sociedade civil, retomaram a atividade e lançaram o processo de seleção de candidatos ao Parlamento Europeu, que deverá terminar no próximo fim de semana.

“O que é necessário é uma Europa de pátrias”, declarou Weidel, que defendeu a redução dos poderes de Bruxelas, o “reforço dos Estados-nação” e a construção de uma “Europa fortaleza”, blindada contra migrantes e requerentes de asilo. Ao mesmo tempo, acusou a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, de fraude em relação à compra de vacinas contra a covid-19 da Pfizer.

Lucros recorde e faturação de 4,2 mil milhões com juros: eis o primeiro semestre na banca

Subida das taxas de juro continua a impulsionar os resultados dos bancos, mas também já está a fazer baixas no negócio bancário, com o crédito e os depósitos em queda. Os principais bancos portugueses tiveram um lucro recorde de 1,99 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, em que faturaram mais de 4,2 mil milhões na margem financeira. Como era esperado, a subida das taxas de juro continuou a impulsionar os resultados da banca. Mas também já está a provocar baixas no negócio: tanto o crédito e os depósitos caíram. Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, BPI e Novobanco lucraram mais de 11 milhões de euros por dia na primeira metade do ano, um resultado nunca visto – pelo menos desde 2008, antes da grave crise afundar o setor. Embora cada um tenha um negócio muito próprio, a margem financeira foi o principal motor dos resultados dos cinco principais bancos do mercado nacional. “O ano está a correr muito bem”, disse o CEO do BCP, Miguel Maya. Os outros banqueiros também têm muitas razões para sorrir.

sexta-feira, julho 28, 2023

CCPJ volta a alertar para desempenho regular de atividades incompatíveis por jornalistas

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) voltou a alertar para "o fenómeno, cada vez mais preocupante, de existirem jornalistas e detentores do cartão de equiparado a jornalista a desempenharem, regularmente, atividades incompatíveis com o exercício da profissão". Num comunicado hoje divulgado, a comissão afirma que "diariamente, chegam à CCPJ denúncias de conteúdos jornalísticos suspeitos de serem 'encomendas' comerciais disfarçadas de jornalismo e visando todo o tipo de órgãos de comunicação social, desde os generalistas nacionais (genericamente tidos por serem de referência) aos regionais e locais que se multiplicam com publicações eletrónicas". A comissão sublinha que se considera "infração grave, punível inclusive com suspensão da carteira profissional, toda a produção de conteúdos comerciais por jornalistas, ainda que não recebam qualquer contrapartida direta por isso".

A CCPJ adianta que os jornalistas e outros titulares de acreditações emitidas pela comissão, "quando abrangidos por qualquer incompatibilidade, ficam impedidos de exercer atividade jornalística, devendo, antes de iniciar a atividade em causa, depositar junto da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista o seu título de habilitação".

É só mam.... Cinco principais bancos em Portugal aumentam lucros em 58% para quase 2.000 M€ até junho

Os lucros agregados dos cinco maiores bancos que operam em Portugal somaram 1.994 milhões de euros no primeiro semestre, num aumento de 58,4% em termos homólogos, segundo contas da Lusa. Assim, a soma dos resultados líquidos destes bancos foi superior à registada no final dos primeiros seis meses de 2022 em 735 milhões de euros, continuando estes a serem impulsionados pelo aumento das taxas de juro nos créditos. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a que apresentou maiores lucros no semestre, ao registar 607,9 milhões de euros, contra 485,7 milhões de euros até junho de 2022. No período em análise, a margem financeira consolidada cresceu 124,7% para 1.316 milhões de euros. O Millennium BCP, por sua vez, multiplicou por 6,8 vezes os 62,2 milhões de euros em lucro registados no primeiro semestre do ano, para 423,2 milhões de euros, tendo a sua margem financeira subido 39,5% para 1.374 milhões de euros. A completar o ‘pódio’ dos bancos em Portugal com maior lucro surge o Novo Banco, que teve um resultado líquido positivo de 373,2 milhões de euros no semestre, mais 39,9% que no mesmo período do ano passado. A margem financeira da instituição cresceu 95,5% em termos homólogos, para 524 milhões de euros.

Notícias de uma realidade distorcida num pais desequilibrado

  •  O Santander reportou para o primeiro semestre de 2023, um crescimento de 38% nos lucros para 334 milhões de euros;
  • As Misericórdias em Portugal estão obrigadas a vender património e a endividar-se para pagar salários e manter a ajuda a milhares de pessoas em todo o país. Este verão, houve funcionários que apenas receberam metade do subsídio de férias (houve quem não recebesse nada) e há salas do pré-escolar que não voltam a abrir em setembro;
  • O lucro do Novo Banco subiu 39,9% nos primeiros seis meses do ano, para 373,2 milhões de euros;
  • No último ano e meio as taxas Euribor ‘dispararam’ penalizando no caso de Portugal 1,4 milhões de agregados familiares, que viram aumentar em muito a prestação mensal ao banco. No caso de um empréstimo a 30 anos, spread de 1%, e indexado à Euribor a seis meses, o aumento cifra-se já em 77%;
  • A EDP totalizou 437 milhões de euros de lucro na primeira metade do ano, mais 43% em comparação com igual período do ano passado;
  • Os rendimentos operacionais do Banco CTT ascenderam a 69,8 milhões de euros no primeiro semestre, um aumento de 20,5% face a igual período de 2022;
  • O resultado líquido da SIC caiu 40% para 600 mil euros no primeiro semestre de 2023. O resultado líquido [da SIC] apurado nos primeiros seis meses de 2023 foi positivo, no valor de 600 mil de euros;
  • O BCP teve lucros de 423,2 milhões de euros no primeiro semestre, quase sete vezes mais que os 62,2 milhões de euros registados dos primeiros seis meses de 2022. A margem financeira (a diferença entre os juros pagos nos depósitos e os juros pagos no crédito) do grupo cresceu 39,5% para 1.374,4 milhões de euros, destacando o banco o crescimento superior a 60% da margem financeira em Portugal para 430,5 milhões de euros. As comissões ficaram pelos 387 milhões de euros;
  • Os prejuízos do grupo Impresa aumentaram para 4 milhões de euros no primeiro semestre de 2023. A Impresa adianta que as receitas totais caíram 2,5% para 86 milhões de euros e as receitas de televisão baixaram 4,8% para 73,4 milhões de euros;
  • Quase 40% dos trabalhadores de empresas não foi promovido em 2022, segundo o INE, sendo que em 45,5% das empresas respondentes, o incentivo à autonomia dos trabalhadores foi a principal prática adotada;
  • O lucro da Jerónimo Martins subiu 36,3% no primeiro semestre deste ano, para 356 milhões de euros;
  • A EDP Renováveis teve lucros de 102 milhões de euros entre janeiro e junho;
  • Nos primeiros seis meses do ano o lucro do Banco BPI ascendeu a 256 milhões de euros, mais 26% em termos homólogos.

Estratégia de negócio dos media tem assentado “na contenção de custos” – estudo ERC

O estudo da ERC sobre a sustentabilidade dos media em Portugal conclui que “a estratégia de negócio” tem assentado “na contenção de custos”, em vez da expansão do mercado, e que a “cobertura noticiosa regional é escassa”. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) divulgou hoje o estudo “A Sustentabilidade do Setor da Comunicação Social”, onde faz uma “reflexão sobre os fatores mais determinantes na reconfiguração” do setor em Portugal nos últimos anos e “recenseia tendências e oportunidades futuras”. Elaborado pela Unidade de Transparência dos Media da ERC, “além de análise documental e de pesquisa em bases de dados, suporta-se em entrevistas com personalidades das áreas dos media, das comunicações e das tecnologias digitais”, refere o regulador, em comunicado. Assim, “uma das primeiras conclusões é que a estratégia de negócio do setor da comunicação social tem assentado na contenção de custos e não na expansão do mercado, a base da sustentabilidade futura”, refere o regulador.

Relatório de perito militar independente denuncia “graves avarias e riscos para a segurança” no navio Mondego

Um perito militar independente avaliou as condições do navio NRP Mondego e concluiu que a embarcação tem “graves avarias e riscos para a segurança da guarnição e do material do navio”. Jorge Silva Paulo, capitão de mar e guerra na reforma e perito indicado pela Armada no Tribunal Marítimo de Lisboa, elaborou uma análise com seis páginas, consultada pelo Expresso, e critica o relatório oficial da marinha sobre a polémica que envolve o Mondego. Recorde-se que, em março, 13 militares do navio Mondego recusaram embarcar para cumprir missão, alegando falta de condições de segurança da embarcação. Em junho, foram acusados de desobediência, no seguimento dos processos disciplinares que foram abertos aos 13 militares. O perito independente indica que não concorda com a conclusão da Marinha, de que o navio tinha condições para continuar em atividade.

É só mam....: Diferencial entre taxas de juro nos empréstimos e depósitos atingem máximos de 20 anos

O diferencial entre as taxas de juro para os empréstimos e para os depósitos atingiu 3,3 pontos percentuais em 2022, o valor mais elevado desde 2003, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP). Segundo as séries longas do setor bancário português, hoje atualizadas com informação relativa a 2022, este diferencial representa um máximo desde 2003, “ano inicial das séries de taxas de juro”. Este diferencial ocorreu num ano em que os resultados líquidos do setor aumentaram 1.151 milhões de euros, variação sobretudo relacionada com o incremento de 1.381 milhões de euros da margem financeira e com a diminuição de 591 milhões de euros dos custos com a constituição de imparidades e de provisões.

“O aumento da margem financeira ocorreu num contexto em que as taxas de juro dos empréstimos tiveram uma resposta mais rápida à subida dos juros nos mercados interbancários do que as taxas de juro dos depósitos”, acrescenta o BdP. Em 2022, o setor bancário português apresentou uma rendibilidade correspondente a 0,7% do ativo, tendo os resultados sido “os mais elevados desde 2007, ano anterior ao início da crise financeira internacional”. Ainda no campo dos resultados, a percentagem de crédito em situação de incumprimento ou atraso no pagamento atingiu os 1,4%, “o valor mais baixo de toda a série disponibilizada”.

Zelensky denuncia traição de deputado de férias nas Maldivas. Até parece um ninho de anjinhos....

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky denunciou “a traição” de um deputado recentemente descoberto num hotel de luxo nas Maldivas, insistindo na necessidade de as autoridades e líderes políticos darem o exemplo, em tempo de guerra contra a Rússia. Yuri Aristov, deputado de 48 anos do partido no poder Servo do Povo, foi visto em meados de julho num hotel de cinco estrelas do arquipélago do oceano Índico, de acordo com o ‘site’ de notícias Slidstvo.info. Na sequência destas revelações na imprensa, David Arakhamia, o presidente do grupo presidencial no Parlamento, destacou esta terça-feira em comunicado que pediu a “suspensão imediata” do deputado no seio do seu grupo parlamentar. “Solicitei todos os documentos de viagens de negócios e que todas as informações sejam verificadas”, acrescentou.

Qual o peso dos católicos e cristãos em Portugal?

 

A uns dias de arrancar em Lisboa a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o maior evento católico do mundo, uma leitura dos dados sobre religião mostra que cerca de 7 milhões de pessoas em Portugal se consideram católicas e o número sobe para 7,4 milhões se juntarmos as que têm outras religiões cristãs, segundo a resposta dada nos Censos 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE). Isso significa que cerca de 85% dos portugueses se assumem como cristãos, dos quais 80% católicos. Em 2020, o Pew Research Center, um think tank americano, estimou uma percentagem de cristãos superior em Portugal (91%), colocando-o em quinto lugar no ranking europeu. Com a JMJ, este ano, é expectável que o número de viagens dos portugueses por motivos religiosos cresça, mantendo a recuperação registada em 2022, depois do tombo durante a pandemia, mostra a Pordata (Expresso)

“Inaceitável”: PSD Açores desafia Montenegro

O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, considera “inaceitável que o PSD ceda ao PS na intenção de fazer uma revisão constitucional cirúrgica sem conteúdos autonómicos”, que não inclua o aprofundamento das competências próprias dos Açores e da Madeira. O líder do PSD-Açores, cujo Governo foi viabilizado pelo Chega e pela Iniciativa Liberal, diz que “não é aceitável que o partido mais autonomista da democracia faça um acordo” com os socialistas sem contemplar estes aspetos. A proposta do PSD, em apreciação na comissão eventual de revisão constitucional, propõe alterações com base no pressuposto de “valorizar a autonomia regional”, através do seu “aprofundamento”, como a “extinção do representante da República com a transferência das respetivas competências para o Presidente da República”, e um “reforço e clarificação de competências” dos órgãos das regiões autónomas.

No projeto de revisão, que obriga ao voto de dois terços dos deputados, os sociais-democratas sugerem que os emigrantes portugueses — com dupla residência numa região autónoma e no estrangeiro — possam votar nas eleições regionais. Querem ainda clarificar competências das regiões quanto à gestão das zonas marítimas e atribuir um valor reforçado aos estatutos político-administrativos da Madeira e dos Açores. Depois das polémicas que se deram durante a pandemia, o PSD também quer que sejam os Governos Regionais a assegurar a execução do estado de emergência nas suas regiões.

O PS pretende uma revisão limitada, apenas para enquadrar constitucionalmente uma futura lei para o uso de metadados das comunicações por parte da justiça — que já chegou a chumbar no Tribunal Constitucional, ilibando réus e arguidos em muitos processos — e para criar um novo quadro para o estado de emergência de saúde pública. Os socialistas ainda admitem mexer nas questões de violência doméstica e de género, reforço do Estado Social e proteção ambiental e animal, mas nada relacionado com as autonomias.

José Manuel Bolieiro diz ser importante “dar um valor reforçado aos decretos legislativos, tornando-os leis regionais” e ao estatuto político-administrativo das regiões, para esta lei passar a estar noutra posição hierárquica, passando a ser “infraconstitucio­nal e supralegal”. O presidente do Governo Regional dos Açores também considera essencial “resolver a confusão quanto às competências da gestão partilhada do mar, nas componentes da fruição ambiental e económica”, diz ao Expresso. Bolieiro gostaria ainda que ficassem claras as competências regionais em matéria de estado de emergência. Mas tudo isto depende da vontade do PS: Resta saber se Luís Montenegro fará das autonomias uma questão de vida ou de morte (Expresso, texto do jornalista VÍTOR MATOS)

Lucros da banca em 2022 foram os mais elevados desde 2007

O aumento dos resultados líquidos de 1.151 milhões de euros em 2022 está sobretudo relacionado com a subida de 1.381 milhões de euros da margem financeira e com a diminuição de cerca de 600 milhões de euros dos custos com a constituição de imparidades e de provisões. O Banco de Portugal atualizou as suas “séries longas do setor bancário português” e nelas destaca que em 2022, os resultados líquidos dos bancos foram positivos pelo quinto ano consecutivo. Os lucros não eram tão elevados desde 2007.

Entre 2011 e 2017, a rentabilidade do setor (rentabilidade dos capitais próprios) tinha sido negativa, com exceção de 2015, ano em que foi virtualmente nula. Mas, os resultados de 2022, que corresponderam a 0,7% do ativo, foram os mais elevados desde 2007, ano anterior ao início da crise financeira internacional. O aumento dos resultados líquidos de 1.151 milhões de euros em 2022 está sobretudo relacionado com a subida de 1.381 milhões de euros da margem financeira e com a diminuição de cerca de 600 milhões de euros dos custos com a constituição de imparidades e de provisões. O aumento da margem financeira ocorreu num contexto em que as taxas de juro dos empréstimos tiveram uma resposta mais rápida à subida dos juros nos mercados interbancários do que as taxas de juro dos depósitos.  No final de 2022, esse diferencial era de 3,30 pontos percentuais, o valor mais elevado desde 2003, ano inicial das séries de taxas de juro.

Montenegro quer que Costa assegure a manutenção do regime da Zona Franca da Madeira

O presidente dos sociais democratas diz que este regime é importante para atrair e criar postos de trabalho.

Venezuela: Maria Corina Machado foi censurada pelas autoridades mas garante que não vai acatar

A líder do partido «Vamos Venezuela» principal rosto da oposição ao regime de nicolas maduro surge como favorita para concorrer contra o atual presidente nas eleições do próximo ano.

Ryanair quer incentivo de 13 euros por passageiro para manter os voos para os Açores no Inverno

Em entrevista ao Jornal Económico, o CEO da Ryanair, Eddie Wilson, explica o ultimato dado ao Governo dos Açores. A companhia ameaça não voar para a região no Inverno se não forem eliminadas duas taxas (no valor de 3 euros por passageiro) e se não for criado um incentivo de 10 euros, também por passageiro, para compensar o fim das isenções nas taxas de emissões de carbono. Como a Ryanair transporte de e para os Açores 300 mil passageiros no inverno, a medida poderia representar cerca de 3,9 milhões de euros.

- Qual é a posição da Ryanair quanto aos Açores, é mesmo para sair?

- No pós-Covid, a Ryanair foi a companhia aérea com a melhor recuperação na Europa. Somos uma companhia aérea privada. Nunca recebemos ajudas de Estado, de ninguém. Perdemos quantias substanciais de dinheiro durante a Covid, mas mantivemos todo o nosso pessoal empregado e fomos os primeiros a voltar a ter operações a 100% no ano passado. Continuamos a crescer e continuamos a crescer em Portugal. Este ano aumentámos o número de aviões em Faro e no Porto. Obviamente, não podemos crescer em Lisboa porque ainda estão a decidir sobre a capacidade aeroportuária, numa discussão que já dura há 20 anos. Mas temos um problema específico nas regiões conhecidas como ultraperiféricas, que incluem os Açores, a Madeira, as Ilhas Canárias, bem como outros lugares. E esses locais tinham um incentivo para a conectividade, termos de impostos ETS (taxas relativas às emissões de carbono). Esse benefício agora foi retirado, a pedido dos políticos do norte da Europa, alemães e holandeses, que – surpresa, surpresa – não têm nenhuma região ultraperiférica. Portanto, não têm interesse nisso. E isso está a aumentar os custos nos Açores e na Madeira. As taxas cobradas pela ANA subiram substancialmente, em 11%, e há uma taxa de segurança que aumentou.

Governo prorroga regime transitório do subsídio de mobilidade para a Madeira

O Governo aprovou a prorrogação, até 31 de dezembro deste ano, do regime transitório do subsídio social de mobilidade relativo às viagens aéreas e marítimas entre o continente e a Madeira e entre esta região e os Açores. No comunicado referente à reunião do Conselho de Ministros de hoje é referido que a prorrogação produz efeitos em 1 de julho de 2023, "assegurando-se a continuidade da atribuição deste subsídio". Em março de 2022, o executivo aprovou este regime transitório, sublinhando que o mesmo obedece ao "enquadramento legal em vigor".

“Até que seja possível a plena implementação do novo modelo de atribuição do subsídio social de mobilidade para os residentes e residentes equiparados da Região Autónoma da Madeira, e por forma a não interromper a sua atribuição, estabelece-se um regime transitório em linha com o enquadramento legal em vigor”, lia-se, na altura, no comunicado do Conselho de Ministros. Em dezembro de 2021, o Governo, liderado pelo socialista António Costa, informou ter suspendido a Lei n.º 105/2019, de 06 de setembro, que alterou o modelo de atribuição do subsídio social de mobilidade para as regiões autónomas e que, em consequência, voltava a vigorar o modelo anterior de atribuição destes subsídios (Decreto-Lei n.º 134/2015, de 24 de julho).

Viagens dos residentes ao estrangeiro continuaram abaixo dos níveis de 2019 - 1.º Trimestre de 2023

No 1º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 4,9 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 11,8% (+3,9% face ao 1ºT 2019; +8,5% no 4ºT 2022). As viagens em território nacional corresponderam a 88,7% das deslocações (4,3 milhões) e aumentaram 9,3% (+5,0% quando comparado com o 1ºT 2019). As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 35,8%, totalizando 549,1 mil viagens, o que correspondeu a 11,3% do total (12,1% no 4ºT 2022). Tem-se registado uma aproximação progressiva aos níveis de 2019, nas viagens de residentes ao estrangeiro, que no 1ºT 2023 ficaram ainda 4,6% abaixo desses níveis (no 1ºT 2022 essa diferença era -29,8%).  A “visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para viajar no 1º trimestre de 2023 (2,2 milhões de viagens, 46,1% do total, -0,9 p.p. face ao 1ºT 2022), tendo aumentado 9,6% (+8,1% face ao 1ºT 2019). O motivo “lazer, recreio ou férias” originou 1,9 milhões de viagens (39,5% do total, +1,5 p.p.), registando um crescimento de 16,2% (+7,5% em relação ao 1ºT 2019).

Os “hotéis e similares” concentraram 23,6% (+2,7 p.p.) das dormidas resultantes das viagens turísticas no 1º trimestre de 2023. O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (68,7% das dormidas, -3,6 p.p.). No processo de organização das deslocações, a internet foi utilizada em 22,2% dos casos (+2,3 p.p.), tendo este recurso sido opção em 68,9% das viagens para o estrangeiro (+0,8 p.p.) e em 16,3% das viagens em território nacional (+1,3 p.p.) (INE)

Operação Picoas: arguidos souberam das investigações 15 dias antes e esconderam provas

Os arguidos da ‘Operação Picoas’ tiveram conhecimento, 15 dias antes, que estavam a ser investigados e tomaram medidas para esconder provas, revelou o ‘Correio da Manhã’ – de acordo com o despacho das medidas de coação, Hernâni Antunes e Armando Pereira souberam que estava a ser preparada uma ação policial e na mira da Autoridade Tributária e do Ministério Público.

Álvaro Gil Loureiro, braço-direito dos dois arguidos, em particular Hernâni Antunes, terá sido o protagonista da ação de ocultação, indicou o juiz Carlos Alexandre, que extraiu uma confissão durante o interrogatório – o economista assumiu a responsabilidade na “destruição e ocultação de elementos de prova” através da limpeza dos equipamentos eletrónicos dos arguidos. Álvaro Gil Loureiro indicou ainda um sótão onde ocultou cerca de 130 pastas de documentos, tendo fornecido também as credenciais de acesso aos equipamentos eletrónicos apreendidos.

Durante o interrogatório, Armando Pereira reconhecer saber que as empresas em causa na investigação pertenciam a Hernâni Antunes, e que já o sabia quando a Altice celebrou contratos com as mesmas, salientando que o seu objetivo foi apenas de “ajudar”, indicou o despacho. Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes ficaram em prisão domiciliária, assim como ficam sujeitos ao termo de identidade e residência e proibição de contatos entre si; já Jéssica Antunes e Gil Loureiro ficaram obrigados a apresentações bissemanais na PSP e proibição de se ausentar do território nacional (Executive Digest)

Açores: Mais de 18 mil pessoas já utilizaram o shuttle da Lagoa do Fogo

Em apenas um mês e meio, mais de 18 mil pessoas já utilizaram o serviço de shuttle para a Lagoa do Fogo, na ilha de São Miguel. O presidente do Governo Regional fez o percurso no autocarro e afirma que a solução encontrada será alvo de permanentes melhoramentos.

Ryanair pede redução de 18% nas taxas do aeroporto da Madeira

A Ryanair, que no final de Maio tinha manifestado a intenção de deixar de voar para os Açores este Inverno, voltou a fazê-lo esta semana solicitando a reversão do aumento de taxas aeroportuárias e a redução das taxas de segurança. A companhia, pede também, a reversão do aumento “de 18%” nas taxas cobradas pela ANA Aeroportos na Madeira. O CEO da Ryanair, Eddie Wilson, afirmou em declarações ao “Negócios” publicadas ontem que mantém as negociações com o Governo Regional dos Açores, mas disse que a decisão de saída está “iminente”.

No final de Maio, o “Diário dos Açores” já tinha noticiado que a Ryanair tinha comunicado à VisitAzores a intenção de abandonar a operação no arquipélago no Inverno e que tinham sido iniciadas negociações com o Governo Regional. Esta quarta-feira, dia 26, a Ryanair emitiu um comunicado onde apela ao Governo português para que tome medidas “urgentemente” para “proteger a conectividade e os empregos nos Açores”.

Zona Euro trava a fundo e desperta receios de uma recessão

Produção no espaço do euro caiu pelo segundo mês consecutivo em julho para mínimos de oito meses. Mercado de trabalho teve o menor aumento mensal de emprego desde fevereiro de 2021. O bloco da moeda única está a abrandar e em julho terá contraído para níveis de novembro. Segundo o flash PMI (Purchasing Managers’ Index) Compósito (estimativa para o PMI) do PIB da Zona Euro em julho, publicado esta segunda-feira pelo S&P Global e o Hamburg Commercial Bank, a atividade económica do espaço do Euro caiu 2% em julho face a junho para os 49,9 pontos, o valor mais baixo dos últimos oito meses, ficando abaixo das previsões da maioria dos analistas.

“A última leitura assinala uma segunda queda mensal sucessiva da produção em termos de volume, após cinco meses de expansão contínua, tendo a taxa de contração acelerado relativamente à descida marginal registada no final do segundo trimestre”, refere a S&P Global em comunicado. PMI Eurozone JulyOs dados revelados esta segunda-feira notam ainda que as condições da procura agravaram-se de forma generalizada e as entradas de novas empresas caíram a um ritmo cada vez mais acentuado em julho, registando a maior queda desde novembro passado.

Google está a desenvolver ferramentas de IA para jornalistas

A Google já terá feito demonstrações destas ferramentas ao The Washington Post, à News Corp (dona do The Wall Street Journal) e ao The New York Times. A Google está a explorar o uso de ferramentas de inteligência artificial na escrita de notícias, encontrando-se em negociações com meios de comunicação para que coloquem estas ferramentas ao alcance dos jornalistas, revela a Reuters, citando um porta-voz da tecnológica.nSegundo terá explicado a Google, estas ferramentas poderão ajudar os jornalistas sugerindo diferentes opções de manchetes ou estilos de escrita, de uma forma que “aumente o seu trabalho e produtividade”.

“Em parceria com meios de comunicação, especialmente meios mais pequenos, estamos no início da exploração de ideias que potencialmente poderão fornecer ferramentas de inteligência artificial para ajudar os jornalistas no seu trabalho”, afirmou Jenn Crider, porta-voz do Google, citado pelo The New York Times. “Estas ferramentas não pretendem, e não podem, simplesmente substituir o papel essencial que os jornalistas têm em noticiar, criar e verificar os factos dos seus artigos“, disse o porta-voz, citado pela Reuters.

O referido porta-voz não adiantou quais os meios de comunicação envolvidos nas negociações, contudo o The New York Times adianta que a Google fez demonstrações ao The Washington Post, à News Corp (detentora do The Wall Street Journal) e que também já assistiu à demonstração. Segundo o jornal, alguns dos executivos a quem foi apresentada a ideia e que pediram para não ser identificados encararam-na como “inquietante” (ECO, texto do jornalista Rafael Ascensão)

Madeira: Receita da venda do hospital velho é do Estado

Caso o governo regional venda o hospital Dr. Nélio Mendonça, o dinheiro é para abater na dívida da Região. A decisão foi tomada pelo Estado. O presidente do Governo Regional concorda. Declarações, no âmbito de uma visita às obras da construção do novo hospital, com Luís Montenegro.

Portugueses não conseguem poupar ou comprar casa, aponta estudo

Cerca de 42% dos portugueses não possui depósitos e quase 54% não consegue poupar dinheiro ao final do mês, revelou a imovendo, após um inquérito a 1.280 proprietários ou compradores ativos de imóveis, com o objetivo de compreender o atual panorama financeiro dos portugueses e as implicações no setor imobiliário. Destacam-se ainda os 64% que reconheceram não ter capacidade para comprar ou recuperar uma casa, sendo que 14,8% revela que que conseguiria comprar casa, mas não o faz por receio, devido à conjuntura económica e financeira do país e à instabilidade do mercado imobiliário.

“Os dados do inquérito são uma clara indicação dos desafios financeiros que muitos compradores enfrentam atualmente. É alarmante observar que 64% dos inquiridos não possuem a capacidade de comprar uma casa. É uma área que nos preocupa e o setor tem de estar empenhado em fornecer soluções inovadoras e acessíveis, como temos tentado fazer, a fim de ajudar mais pessoas a alcançarem o sonho da casa própria”, destacou Miguel Mascarenhas, cofundador da Imovendo. Cerca de 53,9% dos participantes afirmaram que não conseguem poupar, no entanto, uma parte considerável mostrou-se mais otimista: 16,4% acreditam que conseguem poupar mais do que a média portuguesa.

3/4 dos municípios reduziram a desigualdade na distribuição do rendimento entre 2020 e 2021

Em 2021, o valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo foi 10 128 € em Portugal. 69 municípios apresentaram valores medianos do rendimento maiores que a referência nacional. Os municípios com valores medianos superiores a 12 000 € foram Oeiras (14 552 €), Lisboa (13 378 €), Cascais (12 296 €), Alcochete (12 239 €) e Coimbra (12 055 €). Em 2021, o valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo aumentou +4,8%, face ao ano anterior (+1,3% em 2020). Todos os municípios aumentaram o valor mediano do rendimento por sujeito passivo e mais de 35% dos municípios cresceram acima do país. Entre 2020 e 2021 houve um aumento na taxa de variação anual do valor mediano do rendimento em 83% dos municípios. Em 58 municípios a aceleração do rendimento foi maior ou igual à verificada no país (+3,5 pontos percentuais). Albufeira apresentou o maior acréscimo (+8,4 p.p.) entre a taxa de variação de 2020 e a de 2021. Em 2021, o coeficiente de Gini do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo era de 36,1% em Portugal (36,4% em 2020). Em 30 municípios a desigualdade na distribuição do rendimento foi superior à do país, destacando-se, os municípios de Lisboa (42,5%), Porto (42,0%), Vila do Porto (40,7%) e Cascais (40,6%). Entre 2020 e 2021, 75% dos municípios apresentaram uma redução da assimetria do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo, tendo o município de Vila do Porto (-1,7 p.p.) registado a maior redução. A análise sobre a mobilidade no rendimento ao nível local entre 2019 e 2021 (ver Caixa), evidencia que o número de indivíduos que subiram 2 ou mais decis na distribuição do rendimento foi superior ao dos que desceram em 90% dos municípios (INE)