sábado, agosto 27, 2022

Opinião: O erro do Pontal

Foi este o assunto que prometi abordar esta semana e assim farei.

Começo por referir que, na avaliação que faço do novo líder do PSD, não gosto de Montenegro. Mas sei que isso circunscreve-se a uma matéria opinativa, quando se olha para o PSD e para a necessidade de o partido sair da letargia que o aprisiona ao peso do fracasso, repetido desde 2015. Fracasso eleitoral e de lideranças. Sempre desconfiei, e está escrito, que Montenegro traria de novo para o PSD - bastava ver alguns dos nomes "ressuscitados" para os órgãos partidários, como se o PSD vivesse uma crise de falta de recursos humanos habilitados, ou uma carência de pessoas com novas ideias, libertas do passado e viradas para o futuro – alguns dos símbolos de um período recente da história social-democrata que quase ditou a pulverização do PSD, perante uma sociedade que não tem memoria curta. Tudo isto independentemente de não ter a certeza se Montenegro, mesmo antes das legislativas de 2026, resistirá a eventuais desaires eleitorais nas europeias (2024), nas regionais (2023 e 2024) e nas autárquicas (2025).

Se Montenegro, para se afirmar junto dos militantes do PSD e dos eleitores portugueses em geral, precisa de andar às cavalitas de Passos, então há algo que começa muito mal num PSD alegadamente em mudança, que está a ser timidamente beneficiado nas sondagens pelos erros e pelos tiros-nos-pés do governo socialista e do PS, e não por méritos próprios da nova liderança social-democrata.

O grande erro político da reentrada de Montenegro no Pontal, assentou num paradoxo, o de tentar vender às pessoas a ideia de um Passos renascido das cinzas, elogiado desnecessariamente nesta altura, um Passos alegadamente com um pensamento novo, que nada tem a ver com o Passos fundamentalista dos tempos da troika e dos atropelos sociais, um Passos irrascível e convencido, que foi afastado do poder em 2015, e que apesar de ter tido mais votos que o PS, em coligação com o defunto CDS de Portas, não conseguiu os mandatos suficientes no parlamento - no fundo é isso que interessa - para manter-se no poder, de onde acabou escorraçado pela geringonça de esquerda que soube aproveitar a herança financeira deixada pelo tal Passos agora ressuscitado por Montenegro.

Quando falo da nova liderança do PSD, falo dos desafios de uma realidade nova, num contexto político, governativo e parlamentar nacional muito difícil, exigente e desgastante também para quem precisa de construir, na oposição, uma alternativa na qual as pessoas acreditem e se revejam. Falo de uma liderança social-democrata que tem de ser diferente, que não precisa de ser colada ao “passismo” longe de ser consensual e que não pode ser apenas um instrumento usado ao serviço de estratégias pessoais e políticas manhosas - neste caso falo de eventuais corridas presidenciais - que me fazem lembrar tudo o que aconteceu antes do assalto ao poder no PSD nacional em 2011. E da sua descaracterização ideológica e programática. Passos, gostem ou não os "viúvos" e "viúvas" lacrimejantes de ouvir, não deixou saudades, e ajudou a que uma importante massa eleitoral, que tradicionalmente estava ao lado do centro-direita - falo dos portugueses mais idosos - hoje seja comprovadamente, por estudos de opinião, uma das principais bases eleitorais do PS. Não deixa saudades pela ideologia liberalizadora radical que em baseou a sua postura arrogante, pelo facto de ter pretendido ser, sempre, mais radical do que a troika, castigando as pessoas, indiscriminadamente, sem ganhar nada com isso, salvo o dinheiro deixado para que Costa e o governo da geringonça aplicassem medidas sociais e orçamentais que lhes garantiram espaço de manobra para se afirmarem no poder.

Essa foi a herança de Passos - tão apaparicado por Montenegro – ser o único responsável pelo facto do PSD ser hoje um partido destroçado, derrotado, desmotivado, desagregado, a realizar uma penosa e humilhante travessia do deserto, sem garantias de nada, inclusivamente se assegurar nesta nova realidade política, social e económica, sua própria sobrevivência, caso não tenha o engenho e a arte de ser diferente e de não andar a perder tempo por querer tirar esqueletos dos armários.

O PSD de Montenegro tem de mostrar aos portugueses, prioritariamente, que ainda é um partido útil, que pode ser uma alternativa, que o crescimento da direita e da extrema-direita, ou que correntes de pensamento assentes no liberalismo mais ou menos selvagem, não o incomodam ou fragilizam. O PSD de Montenegro não tem de andar atrelado a Passos ou às sugestões televisivas do Relvas, a mesma dupla que em 2011 assaltou com sucesso o PSD para o usar, depois, no assalto ao poder em Portugal. A mesma dupla que incentivou a golpada no PSD-Madeira, em 2011, bandalhice não totalmente falhada dada a fragilização que se instalou depois das regionais desse ano (LFM. texto de opinião publicado no Tribuna da Madeira de 26.8.2022)

terça-feira, agosto 23, 2022

Endividamento da economia aumenta no primeiro semestre, mas diminui face ao PIB

O endividamento da economia aumentou 24,1 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2022, mas o rácio de dívida face ao produto interno bruto diminuiu para os 358,9%. O endividamento da economia - o que inclui as administrações públicas, empresas e particulares, mas exclui o setor financeiro - cresceu no primeiro semestre 24,1 mil milhões de euros para os 794,8 mil milhões de euros, mostram dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta segunda-feira, 22 de agosto. Dos 794,8 mil milhões de euros totais, 437 mil milhões de euros dizem respeito ao setor privado, de empresas privadas e particulares; e 357,7 mil milhões de euros ao setor público. Porém, e dada a expansão da economia portuguesa registada no primeiro semestre, o rácio da dívida da economia diminuiu de 364,7% para 358,9% do PIB, segundo o BdP.

Turismo: as chegadas ao aeroporto do Funchal entre 15 e 22 de Agosto de 2022

Neste período de tempo, entre 15 e 22 de Agosto, temos o seguinte retrato das chegadas de aviões ao Aeroporto do Funchal:

  • - 15.8.2022 (2ª feira) - 55 chegadas
  • - 16.8.2022 (3ª feira) - 48 chegadas 
  • - 17.8.2022 (4ª feira) - 35 chegadas 
  • - 18.8.2022 (5ª feira) - 42 chegadas 
  • - 19.8.2022 (6ª feira) - 40 chegadas 
  • - 20.8.2022 (sábado) - 49 chegadas 
  • - 21.8.2022 (domingo) - 39 chegadas 
  • - 22.8.2022 (2ª feira) - 54 chegadas 

Para além da importância da 2ª feira ns operações no Funchal - algo relacionado com as low-cost e com a "muda" de turistas que ficam na Madeira em estadas de uma semana, verificamos ainda o seguinte nas ligações nacionais e particularmente nos voos da TAP de Lisboa e do Porto para o Funchal:

  • - 15.8.2022 (2ª feira) - 18 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP
  • - 16.8.2022 (3ª feira) - 16 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP
  • - 17.8.2022 (4ª feira) - 17 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP
  • - 18.8.2022 (5ª feira) - 16 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP
  • - 19.8.2022 (6ª feira) - 17 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP
  • - 20.8.2022 (sábado) - 18 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP
  • - 21.8.2022 (domingo) - 18 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP
  • - 22.8.2022 (2ª feira) - 17 chegadas do Continente, das quais 9 da TAP

Recordo que para além da TAP, tanto a Ryanair como a Easyjet efectuam ligações entre Porto e Lisboa e o Funchal. Neste levantamento efectuado no site da ANA-Aeroportos podemos ver quais as origens de todos os voos que nesta datas, aterraram no Aeroporto de Santa Catarina (LFM)

Funchal: Nova variante vai ligar a zona oeste à zona leste

 

O governo regional vai apresentar em 2023 a nova variante que vai ligar a zona oeste à zona leste do Funchal. Grande parte da infraestrutura será executada em túnel. A população e condutores questionam o custo-benefício da obra

Aumento de custos na hoteleira na Madeira está a ser compensado com subida das receitas

Alguns dos principais grupos hoteleiros da Região congratulam-se com os constantes recordes do número de hóspedes, mas há também receios de uma possível recessão nos principais mercados emissores.

Desemprego registado recua em julho para valor mais baixo das últimas duas décadas

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego nacionais recuou 1,8% em julho face ao mês anterior e 24,7% face ao mesmo mês do ano passado. Centros de emprego contabilizaram 277 mil inscritos, indicam os dados do IEFP. É o número mais baixo desde janeiro de 2003, altura em que se inicia a atual série estatística do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Julho fechou com 277.466 desempregados inscritos nos serviços públicos de emprego nacionais, prosseguindo a tendência de descida dos últimos meses, destaca a síntese estatística mensal do IEFP, conhecida esta terça-feira.

O novo recuo do desemprego registado no sétimo mês do ano - medido pelo número de inscritos nos centros de emprego do IEFP - corresponde a uma variação homóloga (face ao mesmo mês do ano passado) de -24,7%(-91.238 inscritos) e de -1,8% em cadeia, ou seja, menos 4.987 desempregados do que os registados em junho deste ano.

Soldado ucraniano de Azovstal relata inferno de seis meses de guerra

Vladyslav Jaivoronok, de 29 anos, foi atingido por um míssil antitanque quando ele e os seus colegas se escondiam no complexo metalúrgico de Azovstal. No meio das multidões de verão do centro de Kiev, o militar ucraniano Vladyslav Jaivoronok relata o inferno do cerco de Mariupol, como ele sofreu a amputação de uma perna e as suas semanas em cativeiro.

"Estava cada vez pior, cada vez mais difícil. Aguentávamos a defesa o máximo que podíamos", conta à AFP este soldado do regimento Azov, que participou da batalha na siderúrgica Azovstal em Mariupol, símbolo da tenaz resistência ucraniana à invasão russa. Com a ajuda de muletas após a amputação da perna esquerda, Vladyslav, 29 anos, fala à AFP em frente a uma grande faixa pendurada na fachada da câmara municipal de Kiev que afirma "Libertem os defensores de Mariupol". Moscovo iniciou a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro: em poucos dias, Mariupol, um porto estratégico no mar de Azov, foi cercado. Vladyslav e seus companheiros entrincheiraram-se no vasto e labiríntico complexo metalúrgico de Azovstal para continuar a lutar.

Prejuízos da TAP baixam para 202,1 milhões de euros no 1.º semestre

A companhia aérea indica que "o resultado líquido é claramente negativo, mas continua a recuperação nos últimos trimestres". Prejuízos da TAP baixam para 202,1 milhões de euros no 1.º semestre. Os prejuízos da TAP S.A. diminuíram no primeiro semestre deste ano para 202,1 milhões de euros, face ao valor negativo de 493,1 milhões de euros obtido em igual período do ano passado, indicou esta terça-feira a transportadora, em comunicado. Na nota, publicada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP referiu que "o Resultado Líquido é claramente negativo, mas continua a recuperação nos últimos trimestres". No segundo trimestre, a companhia aérea registou uma redução de 37,2% nos prejuízos, para um resultado negativo de 80,4 milhões de euros, face aos 128,1 milhões obtidos em igual período do ano anterior. A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, salientou, na nota, que "o segundo trimestre registou uma procura muito saudável e receitas por passageiro mais elevadas", o que permitiu compensar o aumento nos custos. Ainda assim, a responsável referiu que "o contexto continua difícil e as perspetivas de procura para o quarto trimestre e próximo ano mantêm-se incertas", vincando que "a execução do plano de restruturação continua a ser fundamental".

Fruta e frescos 11% mais caros. Seis meses de guerra esvaziam o bolso dos portugueses

Transportes aéreos, férias organizadas, viagens de barco, gasolina, pão, fruta, carne e peixe estão mais caros desde janeiro. Para compensar, os serviços médicos, computadores e telemóveis estão mais em conta. A economia nacional começa a revelar sinais de fraqueza, seis meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia, no dia 24 de fevereiro. O Dinheiro Vivo foi investigar como mudaram os preços de mais de uma centena de rubricas (bens e serviços) do cabaz de referência usado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para calcular a inflação no consumidor final. Entre janeiro e julho, o leque de diferenças é amplo. Em Portugal, a inflação total deste período ronda os 7%. Tirando os alimentos e a energia, está tudo 5% mais caro. Mas nos alimentos não-transformados, o poder de compra ressente-se bastante: a inflação supera os 11% nestes sete meses. Nos produtos energéticos, é mais do dobro, atingindo 24%. A guerra na Ucrânia veio somar-se a uma situação de constrangimento no abastecimento de matérias-primas que se agravou durante todo o ano de 2021, fazendo subir o custo de alimentos, semicondutores e componentes eletrónicos e petróleo.

Desde 2019 deputados declararam 68 ofertas e nenhuma viagem

Zero viagens de hospitalidade e 68 ofertas, entre candelabros, serviços de chá ou café, pinturas ou livros. Mais de dois anos e meio depois da entrada em vigor das novas obrigações dos deputados relativas a presentes oferecidos por entidades públicas ou privadas, este é o saldo total das regras instituídas em 2019, no início da anterior legislatura. O dado mais saliente é o facto de nenhum deputado ter declarado desde então qualquer viagem de hospitalidade, uma informação confirmada ao DN pela secretaria-geral da Assembleia da República. Além da situação de pandemia, que abarca boa parte deste período, a esta circunstância não serão também alheias as polémicas que têm rodeado as viagens desta natureza por parte de titulares de cargos políticos. Em 2016, no que ficaria conhecido como o GalpGate, três secretários de Estado demitiram-se do Governo na sequência de uma viagem a França, a convite da Galp, para ver jogar a seleção portuguesa no Europeu de futebol. Na sequência dessa polémica, que levaria à criação de um Código de Conduta para o Executivo, a própria Assembleia da República constituiu um grupo de trabalho para definir regras sobre questões como a das viagens (não se incluindo aqui as viagens em missão parlamentar, custeadas pela própria AR).

Turismo: as chegadas ao Porto Santo entre 16 e 23 de Agosto de 2022

Como se verifica, entre 16 e 23 de Agosto, o Porto Santo teve 13 chegadas de Lisboa, 5 do Porto, 1 da Alemanha, 2 do Reino Unido e 1 de Itália (fonte: ANA, Aeroportos)

segunda-feira, agosto 22, 2022

Madeira: Marinha detecta actividade suspeita de trasfega de crude em Portugal

Na última semana, a Marinha Portuguesa detectou dois casos de actividades suspeitas de trasfega de crude, um em Portimão e outro na Madeira. Navios saíram da Zona Económica Exclusiva nacional depois de informados que Portugal não autoriza a realização de actividades de reabastecimento. A Marinha Portuguesa detectou, nos últimos dias, actividades suspeitas de trasfega de crude em Portugal, o segundo caso deste tipo em menos de uma semana. Trata-se de um navio petroleiro “que se encontrava a pairar dentro das águas sob jurisdição nacional” e que se preparava para a prática de abastecimento e trasfega de crude.

“O navio da Marinha NRP Cassiopeia dirigiu-se para o local, a mais de 155 quilómetros a sul de Portimão, para efectuar a intersecção com o navio-tanque com pavilhão da República da Síria, às primeiras horas de sábado, 20 de Agosto. O navio-tanque encontrava-se sem seguimento, perto do limite sul da Zona Económica Exclusiva (ZEE), apresentando comportamento que indiciava preparativos para a prática de abastecimento e trasfega de crude”, explica a Marinha em comunicado.

A embarcação da Marinha aproximou-se e estabeleceu contacto com o navio-tanque com bandeira síria, que alegou encontrar-se com “avaria nas máquinas principais”. Os responsáveis pelo navio afirmaram que precisariam de algumas horas para a reparação do petroleiro, uma vez que estavam a aguardar instruções da companhia sobre o porto de destino.

“O navio foi alertado que Portugal, ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, não autoriza a realização actividades de reabastecimento dentro da Zona Económica Exclusiva Nacional, por acarretarem um risco potencial para a ocorrência de poluição no mar”, explica ainda em comunicado a Marinha, acrescendo que, após algumas horas, o navio iniciou a navegação e já se encontra fora da ZEE de Portugal Continental.

Esta é a segunda ocorrência deste tipo detectada em menos de uma semana em águas nacionais. Na passada segunda-feira, a Marinha também interceptou uma operação de trasfega de crude ao largo da costa da Madeira que envolvia dois navios-tanques, o Cristal Rose e o Natalina 7, ambos com bandeira do Panamá. Neste caso, um dos navios assumiu que se encontrava a aguardar instruções para realizar a actividade de trasfega de crude, mas acabou por sair das águas portuguesas depois de informado que Portugal não autoriza a realização de actividades de reabastecimento na Zona Económica Exclusiva nacional. A Marinha diz, no comunicado, que detectou este tipo de actividades na monitorização diária que efectua ao espaço marítimo de interesse nacional e que continua vigilante relativamente a actividade de trasfega de crude em Portugal (Publico, texto da jornalista Sofia Neves)

Presidente do PSD-Açores defende extinção do cargo de Representante da República

Para José Manuel Bolieiro, o cargo interfere com a autonomia democrática.

Sondagem TVI/CNN: Portugueses voltavam a dar vitória a Costa se eleições fossem hoje (mas Montenegro está a ganhar terreno)


Apesar da confiança renovada em António Costa e nos socialistas, o PSD de Luís Montenegro ganha terreno e reduz a distância nas intenções de voto. Tanto à esquerda como à direita não há uma tendência definida. Face a maio, a subir estão Chega e Bloco de Esquerda. A descer, os restantes

Se os portugueses fossem hoje às urnas, voltariam a dar o voto de confiança ao PS e a António Costa. Os socialistas conseguiriam arrecadar 38,9% dos votos, um valor 2,2 pontos percentuais abaixo da última edição da sondagem da Pitagórica para a TVI e CNN Portugal. E também abaixo do resultado alcançado em janeiro, 41,37%, que permitiu a eleição de 120 deputados e, com eles, a maioria absoluta. Quem tira partido desta descida socialista é o PSD, agora liderado por Luís Montenegro. Os sociais-democratas reforçam posição face ao barómetro de maio, reunindo 24,9% das intenções de voto, mais 3,3 pontos percentuais. Um valor que fica, ainda assim, abaixo dos 27,67% conquistados pela liderança de Rui Rio na última ida às urnas.  A distância entre Costa e Montenegro é agora de 14 pontos percentuais.

domingo, agosto 21, 2022

Nota: a propósito da qualidade hoteleira

Interrogo-me sobre se a hotelaria nacional em geral e a regional em particular, depois da reconhecida perda de qualidade da procura causada pela denominada massificação turística - embora o dinheiro valha o mesmo nas mãos de um rico em férias ou nos bolsos de um remediado da classe média também em férias - estarão ou não a perder qualidade e entrem, por causa disso (ressalvando que existem excepções, onde os patamares de exigência são mais rigorosos), numa espiral de desorganização, de gestão pouco profissional e da imposição de prioridades assentes na lógica do oportunismo e na submissão exagerada e intolerável face aos clientes. Um exemplo concreto, sem falar em nomes: surpreendem-me as unidades hoteleiras que descobrem essa mina (ou treta?) dos chamados clientes "premium", que não se sabe bem do que se trata, até porque os hotéis em causa não têm dimensão para diversificar a oferta aos hóspedes devido à exiguidade das suas instalações.

Partidos gastam oito milhões com 532 funcionários


PCP é o partido que tem mais "gastos com pessoal" e mais trabalhadores. PS e PSD quando são governo reduzem custos com funcionários. E o contrário acontece quando são oposição. Há nesta altura 34 colaboradores do PS no governo, no Parlamento e nas Assembleias regionais. Em dez anos, o PCP gastou mais de 37 milhões, o PSD 24, o PS 23,5, o CDS 7,5, o BE 4,8 e o PAN usou 1 milhão de euros. O hábito repete-se nos dois maiores partidos. São governo e os "gastos com o pessoal" do partido descem. São oposição e essa despesa aumenta. Uma "troca" que coincide com os períodos de governação. Quem está na oposição tem mais despesas com funcionários do que o outro partido que é governo. A cada ciclo legislativo trocam de lugar. Um fenómeno que pouco significado tem nos ciclos autárquicos. Fora desse arco da governação, o PCP é de todos o partido que tem mais "gastos com pessoal". E apesar da quebra na última década - gastava mais de 4,1 milhões em 2011, enquanto que hoje o valor está nos 2,6 milhões - lidera destacado este ranking, ano após ano.

No caso do PSD, na última década, o fenómeno do "hábito" é notório após a governação de Passos Coelho: as despesas com pessoal, os funcionários de partido, cresceram de forma visível a partir do momento em que deixou de ser governo. A subida mais acentuada surge entre 2015 [ano em que a geringonça forma "governo"] e 2016. As despesas com pessoal passam dos 2,4 milhões de euros para os 2,6 milhões. E até 2018 mantém-se nos cerca de 2, 3 milhões.

Garagem de Berardo foi executada pela Caixa e está em leilão

Com cerca de 25 metros quadrados, o imóvel "encontra-se em razoável estado de conservação" e está em leilão público por um montante base de 25 mil euros. Licitação termina a 29 de agosto. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) conseguiu executar a garagem detida por Joe Berardo no Funchal. O imóvel “encontra-se em razoável estado de conservação” e está em leilão público por um montante base de 25 mil euros. Contudo, até agora a última licitação não ultrapassou os 12.650 euros.

Em causa está uma “fração autónoma designada pela letra “N0-3”, com cerca de 25 metros quadrados e “correspondente ao rés-do-chão”, localizada num prédio da Rua Dr. Pita, n.º 24, Edif. Magnólia – Bloco C, da freguesia de São Marinho, no Funchal. Imóvel é “descrito na Conservatória do Registo Predial do Funchal sob o nº. 33, inscrito na matriz predial urbana da dita freguesia sob o artigo 3569”, segundo consta na informação disponibilizada pelo portal e-leilões. Segundo este portal, o imóvel “encontra-se em razoável estado de conservação” e o acesso ao mesmo é feito “rua dos Ilheus, pelas traseiras do prédio” da Madeira.

Depois de ter sido executada pela CGD, tal como consta no acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 21 de abril de 2020, e tendo em conta que “existe oposição nem créditos reclamados”, a garagem está agora em leilão público por um valor base de 25.000 euros. O processo está a decorrer no Juízo de Execução do Funchal, é conduzido pela agente de execução Marina Campos e termina no próximo dia 29 de agosto. Pelas 12h44 deste domingo, a última licitação era de 12.650 euros, revela o Funchal Notícias. Recorde-se que um parecer da Direção de Gestão de Risco da CGD, anexado a um dos três processos de crédito do comendador no banco público, evidenciava que do levantamento efetuado ao património de Joe Berardo apenas tinha sido detetada uma garagem no Funchal como património direto do empresário madeirense.

Ainda assim, durante uma audição parlamentar em 2019, o comendador explicou que deu ações da Quinta da Bacalhôa e da Empresa Madeirense de Tabacos ao BCP, prédios no Funchal ao BES (hoje Novo Banco) e que o banco ficou com 40% da Associação Coleção Berardo. “Eles dizem que eu só tenho uma garagem na Madeira, mas então se é assim, devolvam-me o que têm”, afirmou Joe Berardo aos deputados há três anos (ECO digital, texto da jornalista Joana Morais Fonseca)

Senhor Zelensky, foi informado ou não sobre a invasão russa? E porque não avisou a população? Há respostas numa longa entrevista

Há uma célula terrorista islâmica a dizimar alvos russos na Crimeia? Kremlin diz que sim e Ucrânia não reivindicou qualquer ataque. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deu uma entrevista ao Washington Post na qual afirma que ninguém na Ucrânia previa que uma invasão russa fosse decorrer da maneira como aconteceu. “Olhe, como se pode acreditar nisto? Que iriam torturar pessoas e que este seria o seu objetivo? Ninguém acreditava que iria ser assim. E ninguém o sabia”, disse Zelensky, após ser questionado sobre se sabia pessoalmente que a Rússia iria invadir a Ucrânia. “E agora todos dizem que nos avisaram - mas avisaram-nos com frases gerais. Quando dissemos para nos darem informações específicas - de onde virão, quantos soldados e assim por diante - todos eles tinham tanta informação como nós. E quando eu perguntei: ‘Muito bem, se eles vêm daqui e vai ocorrer um combate pesado aqui, podemos arranjar armas para os deter?’. Não as obtivemos. Porque é que preciso de todos estes avisos?"

Seca: Está a Europa preparada para viver com (muito) menos água?

 

Por todo o continente a falta de chuva, as temperaturas elevadas e as ondas de calor estão a transformar porções da Europa em terrenos quase desérticos. De acordo com o Observatório Europeu da Seca indica que 47% do território da União Europeia está sob condição de “aviso” e 17% sob “alerta”, e alguns especialistas dizem que esta é a pior seca dos últimos 500 anos na Europa. Dominic Royé, especialista em clima e professor na Universidade de Santiago de Compostela salienta que “o que vemos este verão é um evento composto, quando dois ou mais riscos climáticos ocorrem em simultâneo ou sequencialmente, neste caso, seca hidrológica e ondas de calor”, cita o ‘ABC’. A falta de chuva deixou muitos reservatórios de água europeus abaixo dos níveis considerados ideais, em alguns casos levando mesmo a mínimos. Por exemplo, regiões no sudeste de Inglaterra não recebem chuva há cerca de 150 dias, de acordo com fontes oficiais. “O final da primavera e o princípio do verão de 2022 caracterizaram-se por condições anticiclónicas anormais na maior parte da Europa ocidental e central”, elucida o Observatório Europeu da Seca.

Inflação em Portugal supera média da Zona Euro em julho

Variação de preços harmonizada na Zona Euro atingiu 8,9% em julho. Com 9,4%, Portugal teve a nona menor subida de preços, mas está acima da média da Zona Euro. Depois de ter atingido 8,6% em junho, a taxa de inflação na Zona Euro atingiu os 8,9% em julho, confirmou esta quinta-feira o Eurostat. Portugal está ligeiramente abaixo da média da União Europeia (UE), com uma taxa de inflação de 9,4% em julho e é o nono país com a menor taxa, ainda que acima da média da Zona Euro. Já a taxa de inflação na UE atingiu os 9,8% em julho, valor que contrasta com os 9,6% em junho e com os 2,5% na comparação homóloga. O encarecimento dos preços dos produtos energéticos (um aumento de 4,02 pontos percentuais) foi o fator que mais contribuiu para a aceleração da taxa de inflação na região. Segue-se a alimentação, álcool e tabaco (mais 2,08 pontos percentuais), os serviços (mais 1,6 pontos percentuais) e os bens industriais não energéticos (mais 1,16 pontos percentuais). A inflação continua a acelerar nas principais economias globais, e os governos têm avançado com novos pacotes de ajuda de milhares de milhões de euros destinados a mitigar os efeitos da subida de preços para as famílias e empresas. Na Europa os anúncios têm-se sucedido, sendo que em Portugal há um pacote prometido para setembro cujos detalhes são ainda desconhecidos. Além disso, tendo em conta a persistência da inflação, o Banco Central Europeu (BCE) tem vindo a ser pressionado para voltar a aumentar as taxas de juro em setembro (ECO digital, texto da jornalista Joana Morais Fonseca)

Crise energética: Saiba o que os países europeus estão a fazer para tentar reduzir o consumo

A ameaça do corte de fornecimento de gás russo à Europa levou a Comissão Europeia a definir metas de poupança e os Estados-membros a preparar planos de redução do consumo de energia, para evitar escassez no inverno. Em Portugal, o plano de poupança energética deverá ser conhecido no final de agosto, mas em alguns países já são conhecidos e as medidas variam, consoante o grau de dependência de cada país do gás russo. Em Espanha, o “Plano de choque de poupança e gestão energética”, anunciado pelo governo de Pedro Sánchez, prevê que os espaços refrigerados tenham uma temperatura mínima de 27 graus e que os aquecimentos, quando chegar o inverno, não subam acima dos 19. Todos os espaços com entrada direta desde a rua têm até 30 de setembro para instalar um sistema de portas que se mantenham fechadas quando não está a entrar ou a sair alguém. Além disso, têm até 2 de setembro para afixar informação sobre a temperatura interior e as medidas adotadas para poupar energia.

Soldado russo descreve o início da invasão da Ucrânia: “Transformaram-nos em selvagens”

Um soldado russo de 34 anos, numa entrevista exclusiva ao The Guardian, revelou o que fez escrever um relato de 141 páginas sobre as suas experiências na linha da frente da guerra: a vontade de fazer chegar informação real ao povo russo e a todo o mundo. Pavel Filatyev, um ex-páraquedista e soldado russo de 34 anos, fugiu da sua terra natal depois de publicar um relato de 141 páginas que detalha as suas experiências na linha da frente da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Numa entrevista ao The Guardian, o militar garante que, juntamente com os seus colegas, “foi transformado num animal”. “Não vejo justiça nesta guerra. Não vejo qualquer verdade aqui”, revelou ao jornal naquela que foi a primeira vez que se sentou perante um jornalista depois da publicação do seu relato. “Não tenho medo de lutar na guerra. Mas preciso sentir de justiça, entender que o que estou a fazer é o mais correcto. E acredito que tudo isso está a falhar não apenas porque o governo esconde tudo, mas porque nós, russos, não achamos que o que estamos a fazer é certo.”

sábado, agosto 20, 2022

Sanções afetam portugueses

Os portugueses vão sofrer este ano ‘uma quebra dramática no seu poder de compra e nas suas condições de vida já muito baixas’, alerta o economista Eugénio Rosa. A guerra na Ucrânia, mas fundamentalmente as sanções contra a Rússia são a principal causa da escalada de preços. A garantia é dada pelo economista Eugénio Rosa no seu mais recente estudo: «Não se caia na cegueira de pensar que a culpa é apenas da guerra». E acrescenta: «A multiplicação das sanções à Rússia, pelo peso que ela tem nos mercados mundiais, está a determinar uma escalada de preços e a causar na Europa, e também nos EUA, uma situação insuportável para a vida dos cidadãos e, em particular, dos portugueses e para o funcionamento da economia». No entanto, lembra o economista, o acordo para exportação dos cereais da Ucrânia «é a prova que há uma saída para o beco em que a União Europeia caiu». No seu estudo, Eugénio Rosa diz que os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam «a dimensão do problema face à passividade do Governo que nada faz para minorar os seus efeitos».  Em números, entre dezembro do ano passado e dezembro de 2022, estima-se que a inflação em Portugal aumente 12,2% – a anual 8,4% – e a subida de preços da energia que afeta os consumidores domésticos e as empresas (pois cerca de 40% da eletricidade produzida é consumida pela indústria) atinjam este ano 38,6%. «Esta situação a manter-se, e os governantes europeus já afirmaram que a guerra e as sanções se manterão por muito tempo, é insustentável tanto para a população como as empresas», alerta Eugénio Rosa.

Madeira com menos incêndios desde que começou a limpar a floresta

A Madeira limpou mais de 1.600 hectares de floresta nos últimos seis anos, indicou o Governo Regional, salientado que o número de incêndios tem diminuído. “A Madeira tem vindo, nos últimos seis anos, a preparar-se para o aumento do risco de incêndio que, como sabemos, decorre das alterações climáticas. Temos hoje mais vigilância, mais prevenção, mais meios humanos e mais meios de combate”, afirmou a secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas. Susana Prada falava aos jornalistas à margem de um simulacro à rede hídrica de combate a incêndios florestais e à capacidade de abastecimento do meio aéreo existente na região, no Caminho dos Pretos, nas zonas altas do Funchal. “Temos, nestes últimos anos, limpo como se nunca limpou o espaço florestal. Foram limpos mais de 1.600 hectares, temos vindo a reflorestar cerca de 800 hectares de área florestal”, reforçou a governante, do executivo madeirense de coligação PSD/CDS-PP. A secretária regional indicou ainda que todos os anos têm sido limpos cerca de 200 quilómetros de caminhos florestais e destacou a substituição de “vegetação mais combustível por vegetação menos combustível”. Susana Prada recordou que na faixa-corta fogo do Funchal, no Caminho dos Pretos, estão a ser intervencionados 640 hectares de floresta. “Este nosso empenho, essencialmente, desde há seis anos, já tem dado os seus frutos. Nota-se uma diminuição das ignições”, defendeu. A faixa corta-fogo contempla uma rede hídrica de combate a incêndios florestais que comporta 20 bocas de incêndio, dispostas ao longo de nove quilómetros de condutas, um reservatório de 1.500 metros cúbicos em betão armado, câmaras de perda de carga e caixas redutoras de pressão. A empreitada tem por objetivo assegurar água de forma rápida e em quantidade suficiente aos bombeiros, garantindo uma maior eficácia no combate a fogos florestais, conferindo mais segurança a pessoas e bens (Lusa)

Offshore 95: Os negócios secretos do Presidente Zelensky

A investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas, conhecida como ‘Pandora Papers’, tornou públicos negócios obscuros e fortunas de líderes mundiais escondidas em paraísos fiscais. Em outubro de 2021, foram identificados pelos menos 35 líderes mundiais que tinham contas offshore para evadir a tributação nos seus próprios países, e um deles foi o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O jornal alemão ‘Die Welt’ relata que estava planeada para outubro do ano passado a exibição de um filme chamado “Offshore 95: Os negócios secretos do Presidente Zelensky”, o qual deveria revelar os negócios e as fortunas que o Chefe de Estado teria ligações a contas abertas em paraísos fiscais, descobertas por jornalistas ucranianos. Contudo, a estreia do documentário terá sido bloqueada à última hora, depois de a administração de um anfiteatro em Kiev, onde deveria ser exibida a película incriminatória, ter contactado as pessoas que iriam assistir, dizendo que “não vamos exibir o filme sobre o Presidente”, mencionando obras de recuperação nas instalações e problemas com a iluminação. Suspeita-se de que a tentativa de impedir a divulgação do documentário tenha sido orquestrada pelos serviços secretos ucranianos.

Venezuela: Maduro antecipa festas de Natal para outubro ("vão enlouquecer com a atividade económica”)

“Preparem-se para o segundo semestre do ano e para o remate do final do ano, em outubro, novembro e dezembro, vão enlouquecer com as vendas de empreendimentos na Venezuela, vão enlouquecer com a atividade económica”, disse o presidente da Venezuela. O Presidente da Venezuela anunciou que a economia venezuelana registou o maior crescimento da América Latina e Caraíbas no primeiro semestre e instou os empreendedores a prepararem-se porque as festas de Natal vão começar em outubro. “Empreendedores preparem-se porque a partir de 01 de outubro começam as férias de Natal na Venezuela e toda a bela atividade de compartilhar, de solidariedade, de festa, de comércio, de presentes”, disse Nicolás Maduro. O governante falava no evento “Quartas-feiras produtivas”, transmitido pela televisão estatal venezuelana, durante o qual sublinhou não poder avançar com dados, neste momento. “São números verdadeiramente auspiciosos e convincentes. É o maior crescimento económico da América Latina e das Caraíbas, e é a economia venezuelana que o tem”, sublinhou. O Presidente da Venezuela explicou que se trata de um crescimento “da economia real, não a economia dos papéis, da especulação e de mentirinha”. “É da economia que produz bens reais, que produz riqueza. É da verdadeira economia venezuelana”, acrescentou. Segundo Maduro, depois dos “anos cruéis” em que os venezuelanos foram “torturados com sanções económicas que ainda estão em vigor”, a Venezuela “está a avançar através dos seus próprios esforços, do seu próprio trabalho, criando novas riquezas”. “Preparem-se para o segundo semestre do ano e para o remate do final do ano, em outubro, novembro e dezembro, vão enlouquecer com as vendas de empreendimentos na Venezuela, vão enlouquecer com a atividade económica”, disse. O Presidente da Venezuela insistiu que 2022 está a ser um ano de “avanço, em uma nova ordem económica interna” da Venezuela e que “já a economia dependente da renda petrolífera vem ficando para trás, e tem de ficar para trás”. “Tem que terminar, de nascer uma nova economia produtiva e diversificada, não dependente das receitas do petróleo, criando os seus próprios ciclos económicos virtuosos, gerando riqueza monetária e física para se sustentar como uma economia a todos os níveis”, frisou (Expresso)

Nicolás Maduro acusa Inglaterra de roubar descaradamente ouro da Venezuela


Depois de o Tribunal Comercial de Londres ter decidido a favor de Juan Guaidó, no caso do controlo do ouro venezuelano depositado no Banco de Inglaterra, Maduro alegou que esse ouro pertence ao Banco Central da Venezuela e aos venezuelanos e que continuará a lutar, “a protestar, para o recuperar”. O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Londres de “roubar” de maneira “descarada e indigna” o ouro venezuelano depositado no Banco de Inglaterra. A denúncia tem lugar uma semana depois de o Tribunal Comercial de Londres ter decidido a favor do líder da oposição, Juan Guaidó, no caso do controlo do ouro venezuelano depositado no Banco de Inglaterra. “Vejam vocês o ouro que nos estão a roubar em Londres de uma forma descarada e indigna para toda a comunidade venezuelana, para todo o povo da Venezuela”, disse num evento transmitido pela televisão estatal local. Nicolás Maduro sublinhou tratar-se de uma “operação de (...) roubo de ouro venezuelano depositado nos cofres do Banco de Inglaterra pelo Banco Central da Venezuela”.

Assembleia da República: Há 31 deputados em exclusividade que têm quotas ou gerem empresas – alguns são donos a 100%

Actualmente, existem 178 parlamentares com o regime de exclusividade. Interpretação da lei permite que possam acumular funções não remuneradas nas empresas com o subísidio de 10%. Um em cada seis deputados dos 178 que neste momento recebem o subsídio de exclusividade é sócio ou é gerente (ou ambos) de uma empresa onde tem quota ou de que é o único proprietário, mas não recebe remuneração por essa função. Isso é ilegal? Na interpretação que o próprio Parlamento faz da lei, não. Mas a quem olha a partir do exterior da Assembleia da República o caso pode levantar dúvidas éticas e tanto o PCP como o Bloco de Esquerda discordam da regra que permite aos deputados essa acumulação. Os bloquistas prometem voltar à carga com uma proposta para mudar a regra que permite acumular a gerência não remunerada numa empresa com a exclusividade como deputado. Numa análise aos registos de interesses dos 230 deputados em funções, o PÚBLICO encontrou 31 casos em que os deputados estão em exclusividade e são sócios-gerentes de empresas ou sócios sem remuneração — a maior parte dos casos são no PS e no PSD, mas também se encontram alguns no Chega e na Iniciativa Liberal.

Joe Berardo mantém as condecorações dadas por Belém

Apesar de já ter um processo instaurado há três anos, Joe Berardo mantém as condecorações dadas por Belém. Segundo o "Jornal de Notícias”, ainda não foi anunciada qualquer decisão ou qual vai ser a posição sobre esta matéria. A presidência da República remete para o Conselho das Ordens Nacionais. Em junho do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa terá justificado o impasse nas condecorações com a pandemia. De acordo com o mesmo jornal, o conselho liderado por Manuela Ferreira Leite ainda não se pronunciou sobre a retirada das insígnias. Em 2019, o Conselho das Ordens Nacionais instaurou um processo disciplinar devido às declarações de Berardo na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (Expresso)

Fundação José Berardo regista prejuízos de mais de 15 milhões de euros em 2021

A Fundação José Berardo, que o Governo extinguiu em 19 de julho, registou prejuízos de mais de 15 milhões de euros no ano passado, de acordo com o relatório do Conselho de Administração da entidade. De acordo com o documento, no final de 2021 a Fundação José Berardo registava um prejuízo de 15.025.603,25 euros, valor que compara com um resultado líquido negativo de 15.055.176,14 euros em 2020. A Fundação José Berardo passou de lucros de 102 milhões de euros para prejuízos de 245 milhões entre 2007 e 2017 devido à atividade financeira desenvolvida, segundo o relatório da IGF que levou o Governo a extinguir a instituição, com sede no Funchal, através de despacho da Presidência do Conselho de Ministros, datado de 19 de julho. Segundo o relatório, no final do ano passado, os ativos fixos tangíveis ascendiam a 580,9 mil euros, valor que compara com 584,9 mil euros em 2020, os investimentos financeiros eram de 290,6 milhões de euros (290,1 milhões em 2020) e o ativo líquido atingia os 350,6 milhões de euros (350,2 milhões um ano antes). O total do fundo de capital somava 709,1 milhões de euros negativos, contra 694,1 milhões de euros negativos em 2020.

Aeroportos: Movimento de passageiros mais próximo dos níveis de 2019 (Junho de 2022)

Em junho de 2022, nos aeroportos nacionais movimentaram-se 5,7 milhões de passageiros e 18,2 mil toneladas de carga e correio, correspondendo a variações homólogas de +186,0% e +16,9%, respetivamente (+319,8% e +20,7% em maio, pela mesma ordem). Comparando com junho de 2019, o movimento de passageiros diminuiu 2,7% e o movimento de carga e correio aumentou 11,4% (-3,9% e +7,9% no mês anterior, respetivamente). Em junho de 2022, registou-se o desembarque médio diário de 95,9 mil passageiros nos aeroportos nacionais (87,1 mil no mês anterior), aproximando-se do valor observado em junho de 2019 (98,1 mil).  No primeiro semestre de 2022, o número de passageiros aumentou 344,0% (-12,8% face a igual período de 2019), continuando a tendência de aproximação aos níveis registados no período pré-pandémico (INE)



Número de funcionários públicos atinge novo máximo no 2º trimestre



Registaram-se 741.698 postos de trabalho no setor das administrações públicas, um máximo desde o início da série estatística, em 2011. O número de funcionários públicos atingiu um novo máximo desde o início da série estatística, em 2011. São no total 741.698 os postos de trabalho registados no setor das administrações públicas a 30 de junho de 2022, segundo os dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) divulgados esta terça-feira.
Já no trimestre anterior se tinham registado valores semelhantes de postos de trabalho, mas uma nova subida, ainda que pequena, ditou a renovação do máximo deste indicador. “No 2º trimestre de 2022, o emprego aumentou 1,5% em termos homólogos e 0,1% face ao trimestre anterior“, lê-se na síntese estatística do emprego público. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a subida reflete o aumento “nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (+2.660), nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS (+2.074) e nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (+1.601)”. Destacam-se as carreiras de Educadores de Infância e Docentes do Ensino Básico e Secundário, técnico superior, enfermeiro, assistente operacional e forças de segurança.

"Não podemos olhar para isto de braços cruzados": 1 em cada 4 juízes portugueses acha que um dos seus pares foi corrompido nos últimos três anos


O presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP) considera “preocupantes” os dados de um estudo sobre a independência dos magistrados e exige uma resposta do Conselho Superior da Magistratura (CSM) à perceção de corrupção na justiça. “Não podemos ter um conjunto significativo de juízes a considerar que existem problemas de corrupção judicial sem fazermos aquilo que é suposto: tomarmos medidas - seja no plano preventivo, seja no plano repressivo – para contrariar esta perceção, se ela tiver contacto com a realidade. Nesta parte, é importante que haja uma intervenção imediata dos conselhos superiores”, disse Manuel Soares à Lusa. Segundo o inquérito da Rede Europeia de Conselhos de Justiça, que contou com as respostas de 15.821 juízes de 27 países, 26% dos 494 magistrados judiciais portugueses inquiridos disseram acreditar que durante os últimos três anos houve juízes a aceitar, a título individual, subornos ou a envolverem-se em outras formas de corrupção. Neste aspeto, Portugal ficou apenas atrás de Itália (36%) e Croácia (30%), igualando a percentagem da Lituânia (26%).

Cerca de um em cada cinco (21,2%) desempregados no 1.º trimestre de 2022 transitou para o emprego no 2.º trimestre de 2022

Do total de pessoas que estavam desempregadas no 1.º trimestre de 2022, 56,5% (174,4 mil) permaneceram nesse estado no 2.º trimestre de 2022, 21,2% (65,3 mil) transitaram para o emprego e 22,3% (68,8 mil) transitaram para a inatividade. Aproximadamente um em cada três desempregados de curta duração (29,1%; 48,3 mil) e uma em cada sete pessoas pertencentes à “força de trabalho potencial” (14,3%; 23,7 mil) no 1.º trimestre de 2022 transitaram para o emprego no 2.º trimestre de 2022. No mesmo período, transitaram para um trabalho por conta de outrem 10,4% (75,0 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria no trimestre anterior. Em contrapartida, 1,8% (73,4 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta de outrem transitaram para um trabalho por conta própria.  Ao mesmo tempo, 18,1% (55,8 mil) das pessoas desempregadas transitaram para um trabalho por conta de outrem. Do total de trabalhadores por conta de outrem que, no 1.º trimestre de 2022, tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 20,6% (137,1 mil) passaram a ter um contrato sem termo no 2.º trimestre de 2022. Cerca de um em cada seis empregados a tempo parcial (17,0%; 65,9 mil) no 1.º trimestre de 2022 passou a trabalhar a tempo completo no 2.º trimestre de 2022. A percentagem de pessoas que permaneceram empregadas entre o 1.º e o 2.º trimestre de 2022, mas que mudaram de emprego, diminuiu 0,1 p.p. em relação aos últimos dois trimestres, fixando-se nos 3,5% (167,1 mil) (INE)

Turismo: Proveitos mantiveram tendência crescente e aumentaram 17% face a 2019 (Junho de 2022)

O setor do alojamento turístico  registou 2,7 milhões de hóspedes e 7,2 milhões de dormidas em junho de 2022, correspondendo a aumentos de 97,3% e 110,2%, respetivamente (+162,3% e +221,7% em maio, pela mesma ordem). Face a junho de 2019, registaram-se diminuições de 2,6% e 0,4%, respetivamente. Em junho, o mercado interno contribuiu com 2,3 milhões de dormidas (+16,5%) e os mercados externos totalizaram 4,8 milhões (+241,8%). Face a junho de 2019, o mercado interno cresceu 7,0% e os mercados externos diminuíram 3,5%.  Os proveitos totais aumentaram 157,0% para 545,4 milhões de euros, e os proveitos de aposento atingiram 416,4 milhões de euros, refletindo um crescimento de 165,4%. Comparando com junho de 2019, registaram-se aumentos de 17,0% e 17,4%, respetivamente. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 70,6 euros em junho e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 111,8 euros. Em relação a junho de 2019, o RevPAR aumentou 13,6% e o ADR cresceu 14,6%.  No primeiro semestre de 2022, as dormidas aumentaram 252,4% (+84,1% nos residentes e +529,5% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 7,0%, como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-11,9%), dado que as de residentes aumentaram 5,2%. Os proveitos acumulados no primeiro semestre de 2022 cresceram 308,1% no total e 311,8% nos relativos a aposento (+4,8% e +5,8%, face a igual período de 2019, respetivamente). No segundo trimestre de 2022, as dormidas aumentaram 209,9% (-0,2% face ao 2ºT 2019). As dormidas de residentes aumentaram 55,6% (+9,9% em relação ao 2ºT 2019) e as de não residentes cresceram 450,1% (-4,1% comparando com o 2ºT 2019). Neste trimestre, os proveitos totais aumentaram 261,3% (+14,9% em relação ao 2ºT 2019) e os relativos a aposento aumentaram 270,0% (+15,2% comparando com o 2ºT 2019). No primeiro semestre de 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 12,0 milhões de hóspedes e 30,9 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 209,6% e 231,0%, respetivamente (INE)

INE: taxa de desemprego diminui para 5,7% (2.º Trimestre de 2022)


No 2.º trimestre de 2022, a população empregada (4 901,8 mil pessoas) manteve-se praticamente inalterada em relação ao trimestre anterior, tendo aumentado 1,9% (91,3 mil) relativamente ao trimestre homólogo. A proporção da população empregada em teletrabalho, isto é, que trabalhou a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, foi 19,6% (958,6 mil pessoas), da qual 59,9% pertencia ao grupo profissional dos Especialistas das atividades intelectuais e científicas e 75,1% tinha ensino superior. Um empregado com uma profissão neste grupo profissional tinha uma probabilidade de estar em teletrabalho superior em 8,0 pontos percentuais (p.p.) à de um empregado com uma profissão na classe de referência. De igual modo, a probabilidade de um empregado com ensino superior estar em teletrabalho é 11,7 p.p. mais elevada do que para aqueles que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico.
A população desempregada, estimada em 298,8 mil pessoas, diminuiu 3,1% (9,6 mil) em relação ao trimestre anterior e 13,6% (46,9 mil) relativamente ao homólogo. A taxa de desemprego foi estimada em 5,7%, valor inferior em 0,2 p.p. ao do 1.º trimestre de 2022 e em 1,0 p.p. ao do 2.º trimestre de 2021.
A subutilização do trabalho abrangeu 600,7 mil pessoas, tendo diminuído 2,8% (17,5 mil) em relação ao trimestre anterior e 8,2% (53,5 mil) relativamente ao período homólogo. De igual modo, também a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,2%, diminuiu tanto em relação ao trimestre anterior (0,3 p.p.) como ao homólogo (1,1 p.p.). A população inativa com 16 e mais anos (3 604,4 mil pessoas) aumentou 0,3% (11,3 mil) em relação ao trimestre anterior e diminuiu 1,1% (40,7 mil) relativamente ao homólogo (INE)

Dívida total do SNS a fornecedores subiu para os 2,3 mil milhões em Junho

Segundo dados do Portal do SNS, este é o valor mais alto dos últimos oito anos. Administração Central do Sistema de Saúde diz que valores de Junho não reflectem o efeito do OE 2022 com transferências de 292,8 milhões. Em Junho deste ano, a dívida total das entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a fornecedores externos ascendia a 2,3 mil milhões de euros, segundo dados do Portal do SNS, que tem informação disponível desde 2014. Este é o valor mais alto dos últimos oito anos. A dívida total engloba os valores de compromissos assumidos cujos prazos de pagamento ainda decorrem e a dívida vencida – aquela em que os prazos de pagamento já foram ultrapassados. Aliás, esta última representa 59,4% do total da dívida. Em anos passados, este peso já foi maior. Exemplo disso é Fevereiro de 2018, em que 70,3% da dívida global – nesse mês registou-se uma dívida total de 2,2 mil milhões de euros, a segunda mais elevada no período em análise – eram dívidas vencidas.

Há bebés afegãos a morrer “porque os pais não têm um dólar para os levar ao médico”


Os pais no Afeganistão enfrentam escolhas impossíveis, como tirar as filhas ou filhos da escola para poder alimentá-los ou pior – vender um filho ou casar uma filha de 12 anos para impedir os irmãos de morrerem de fome. Quando os taliban voltaram ao poder, 43% do PIB do Afeganistão era garantido por assistência externa. Ao mesmo tempo, de acordo com o Banco Mundial, 2,5 milhões de pessoas (o correspondente a 77% dos empregos nos centros urbanos) trabalhavam na área dos serviços e da construção, ambas arrasadas pelo colapso da despesa pública. Segundo um perito das Nações Unidas, citado num relatório do think tank International Crisis Group, nunca uma economia moderna passou por um choque comparável.

Em Dezembro, alguns economistas estimavam que em menos de um ano quase todos os afegãos enfrentariam algum tipo de necessidade. Não foi preciso esperar: segundo dados da organização não-governamental Save The Children, 97% das famílias enfrentam dificuldades para dar aos filhos comida suficiente e quase 80% das crianças dizem ter ido deitar-se com fome nos 30 dias anteriores (as meninas têm quase o dobro das probabilidades de irem frequentemente para a cama com fome).

PSD: Passos Coelho ensombra Montenegro na festa do Pontal


Marcelo Rebelo de Sousa não foi à festa, mas fez uma rentrée à sua maneira. Em Quarteira, um dia antes da entrada em cena de Montenegro, foi à praia mostrar que “Marcelo é sempre Marcelo”. A presença de Pedro Passos Coelho não passou despercebida, na Festa do Pontal, realizada no calçadão de Quarteira. O antigo primeiro-ministro, questionado pelos jornalistas sobre se a sua presença, de alguma forma, não ofuscava a nova liderança, respondeu: “Espero que não.” A justificação que deu para interromper o seu longo silêncio foi a necessidade de manifestar, “neste novo ciclo, a enorme confiança na liderança do PSD”. Interrogado sobre uma eventual candidatura a Presidente da República, disse: “A minha vinda cá tem, de certa maneira, um carácter excepcional no sentido em que não é para repetir”, enfatizou, reafirmando: “Estou retirado da acção política e da actividade politica.”

Petrolífera saudita lucra 47 mil milhões no segundo trimestre

Combinadas, as cinco principais empresas de petróleo e gás do mundo – Shell, Total, BP, Exxon e Chevron – lucraram, no segundo trimestre, quase 60 mil milhões de dólares (ou cerca de 58,4 mil milhões de euros). Sozinha, a gigante estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, lucrou 48,4 mil milhões de dólares (47 mil milhões de euros), um aumento de 90% face ao período homólogo. São cerca de 516 milhões de euros de lucro em cada um dos 91 dias do segundo trimestre deste ano, que tem estado a ser marcado por um aumento incontrolável dos preços energéticos, que tem feito subir a inflação em todo o mundo.

“Os nossos resultados do segundo trimestre reflectem o aumento da procura pelos nossos produtos – principalmente por sermos um produtor low-cost, com uma das intensidades carbónicas mais baixas da indústria”, afirmou o presidente da petrolífera estatal, Amin Nasser, citado em comunicado. Os resultados são uma combinação dos “preços altos do petróleo e dos volumes vendidos, bem como das fortes margens de refinação”, referiu a empresa sediada em Dhahran, que entrou em 2019 na bolsa saudita.

Venezuela: Petrolífera estatal suspendeu o envio de petróleo para a Europa


A Petróleos da Venezuela SA (PDVSA) suspendeu o envio de petróleo para a Europa, no âmbito de um acordo que permitia usar hidrocarbonetos para pagar dívidas. A Petróleos da Venezuela SA (PDVSA) suspendeu o envio de petróleo para a Europa, no âmbito de um acordo que permitia usar hidrocarbonetos para pagar dívidas da empresa estatal venezuelana. A suspensão foi avançada pelo portal World Energy Trade (WET), especializado em petróleo, gás, eletricidade, minerais e minas e pela imprensa venezuelana, que dão conta que a PDVSA "pediu à italiana ENI e à espanhola Repsol que lhe forneçam combustível em troca de futuros envios".

"A petrolífera venezuelana PDVSA já não está interessada nos acordos de troca de petróleo por dívida que o Departamento de Estado dos EUA autorizou em maio e que permitiu retomar os embarques para a Europa, após uma suspensão de dois anos causada pelas sanções norte-americanas", explica o WET. Segundo o portal, o petróleo que a Venezuela estava a enviar para refinarias europeias, "tinha ajudado a região a reduzir as suas compras de petróleo russo", particularmente para a Espanha.