terça-feira, agosto 23, 2022

Endividamento da economia aumenta no primeiro semestre, mas diminui face ao PIB

O endividamento da economia aumentou 24,1 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2022, mas o rácio de dívida face ao produto interno bruto diminuiu para os 358,9%. O endividamento da economia - o que inclui as administrações públicas, empresas e particulares, mas exclui o setor financeiro - cresceu no primeiro semestre 24,1 mil milhões de euros para os 794,8 mil milhões de euros, mostram dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta segunda-feira, 22 de agosto. Dos 794,8 mil milhões de euros totais, 437 mil milhões de euros dizem respeito ao setor privado, de empresas privadas e particulares; e 357,7 mil milhões de euros ao setor público. Porém, e dada a expansão da economia portuguesa registada no primeiro semestre, o rácio da dívida da economia diminuiu de 364,7% para 358,9% do PIB, segundo o BdP.

O endividamento do setor público - que engloba as administrações e as empresas públicas - aumentou 14 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2022 para os 357,7 mil milhões de euros. A subida deveu-se ao endividamento no exterior, que aumentou em 6,9 mil milhões de euros, e junto do setor financeiro, que cresceu 5,3 mil milhões de euros. Também refletindo o aumento do produto no primeiro semestre, o rácio da dívida do setor público face ao PIB reduziu-se de 162,7% para os 161,6% do PIB, segundo o BdP.

No setor privado, registou-se uma subida do endividamento na ordem dos 10,1 mil milhões de euros que se deve principalmente ao "aumento do endividamento das empresas privadas (6,9 mil milhões de euros), principalmente junto do exterior, do setor financeiro e das empresas", segundo o banco central português. Verificou-se "um incremento do endividamento dos particulares (3,2 mil milhões de euros), maioritariamente junto do setor financeiro", acrescenta o BdP. Registou-se igualmente "um decréscimo do endividamento do setor privado de 202,1% para 197,4% do PIB", sublinha o BdP.

No que toca às taxas de variação anual, em junho o endividamento das empresas privadas cresceu 4,1% face ao mês homólogo, ao passo que o dos particulares cresceu 4,4%. Os crescimentos foram de 0,3 pontos percentuais e 1,2 pontos percentuais, respetivamente, face ao verificado no final de 2021 (Expresso)

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