Interrogo-me sobre se a hotelaria nacional em geral e a regional em particular, depois da reconhecida perda de qualidade da procura causada pela denominada massificação turística - embora o dinheiro valha o mesmo nas mãos de um rico em férias ou nos bolsos de um remediado da classe média também em férias - estarão ou não a perder qualidade e entrem, por causa disso (ressalvando que existem excepções, onde os patamares de exigência são mais rigorosos), numa espiral de desorganização, de gestão pouco profissional e da imposição de prioridades assentes na lógica do oportunismo e na submissão exagerada e intolerável face aos clientes. Um exemplo concreto, sem falar em nomes: surpreendem-me as unidades hoteleiras que descobrem essa mina (ou treta?) dos chamados clientes "premium", que não se sabe bem do que se trata, até porque os hotéis em causa não têm dimensão para diversificar a oferta aos hóspedes devido à exiguidade das suas instalações.
Por exemplo, faz sentido que sejam promovidas actividades na água que ocupam grande parte da piscina, privando deste modo os demais hóspedes de a utilizarem durante aquela período de actividades? Uma coisa é um calendário de animação promovido por funcionários de operadores turísticos que trazem um número significativo de hóspedes para esse hotel em concreto, mas que apurei que até nem são a maioria deles, outra coisa é o hotel ter espaços exteriores suficientemente amplos que permitem a diverficação dessa animação e a ocupação dessas áreas comuns disponíveis.
Depois temos os tais clientes "premium", uma absoluta idiotice importada de hotéis localizados fora da RAM, que alegadamente à conta de um adicional de 50 euros semanais têm direito a um pretenso e ridículo tratamento diferenciado, quando na realidade usufruiem dos mesmos espaços dos demais clientes, incluindo os da alimentação e bebiudas e outras zonas, caso dos espaços interiores, salas de televisão, espaço para crianças, ginásio, SPA, piscina, etc. Uma ressalva, existe sim uma diferença, toalhinhas de banho de outra cor e reserva abusiva e alietória de espaços alegadamente "reservados" aos tais clientes "premium", só por que uma qualquer funcionária mais zelosa definem tardiamente as tais zonas reservadas que 5m antes não eram identificadas como tal. Tudo em nome da submissão abjecta aos tais clientes "premium", regra geral uma minoria de idiotas, alguns "nazis" que desembarcam no Funchal em baratas low-cost julgando que pisam uma parcela europeia de terceira ou quarta categoria como o fizeram nos tempos da troika.
Não acham que seria recomendável que, em nome da clareza de procedimentos e de uma eficaz imagem organizativa, optassem pela definição, prévia e atempada, das tais zonas no espaço circundante à piscina, reservadas aos tais clientes "premium", em vez de o fazerem arbitrariamente, quando lhe apetece, atropelando os direitos dos outros clientes que em devido tempo e sem as gtais limitações "premium" escolherem os seus espaços exteriores sem cometerem nenhuma ilegalidade ou atropelo? Ou seja, com esta bagunça inaceitável, um cliente normal, comn filhos ou familiares idosos, corre o risco de colocar toalhas de banho numa cadeira, num espaço exterior que sempre ocupou enquanto esteve no tal hotel, constatando depois que um qualquer anormal com tiques "nazis", nojento e mal-cheiroso - a tal "qualidade" turística que alguns tanto se pavoneiam - abusivamente se atreve a mudar, retirando as toalhas de outros clientes, repito, antecipadamente colocadas, muitos deles ainda de manhã cedo, em espaços livres e que sempre utilizaram. E pronto andam uns tantos anormais com tiques "nazis" - dos tais clientes "premium", que não gastam um cêntimo fora do espaço hoteleiro que ocupam, apesar de comprarem bebidas no supermercado próximo - a pavonear-se como se fossem "donos" do pedaço, numa situação que demonstra - confesso que tive dúvidas mas dissipei-as - que os madeirenses não se devem misturar com essa corja. Aos hoteis recomendo apenas organização: se querem clientes "premium" por mim até lhes podem chupar até ao tutrano, pintá-los com ouro, de cima até baixo, e arranjar um escravo qualquer para lhes estender a carpete vermelha no chão. Estou-me borrifando. Mas a exemplo do que acontece em hotéis maiores do que este que estou falando em concreto, há uma coisa que se chama, organização interna, que de forma resumida deve incluir a demarcação de zonas reservadas aos clientes "premium" para que os demais hóspedes fiquem informados disso, antecipadamente e de forma clara, e evitem desnecessárias e incómodas conflitualidades. Porque é insultuoso que um qualquer idiota de mer*** com tiques "nazis", daqueles porcos com as patas nojentas e que nem passam pelo duche antes de entrarem na piscina, chegue a um hotel e só por que paga os tais 50 euros por semana, julgando-se dono de um hotel que é dos hóspedes que por lá andam, sejam eles "premium" ou não.
Se querem explorar dinheiro a alguns idiotas que julgam que por pagarem maqis 50 euros semanais isso lhes garante um estatuto diferente num hotel de espaços exíguos, partilhados por todos os clientes, que o façam. Mas não conspurquem o ambiente por causa de situações dúbias, opções comerciais ridículas e alguma desorganização factores que me parecem mais do que evidentes e facilmente perceptíveis. Isto, repito, sem generaiizar a situação, longe disso.
E um pedido: informem a policia que frente ao hotel há um alarme que praticamente todos os dias, entre a 1 e as 2 e meia da manhã, toca durante quase 5m criando dúvida entre os hóspedes e incomodando-os, sobretudo os mais idosos. É que não basta avisar os donos do alarme em causa para a irregularidade. Há que exigir a solução do problema por que incomoda os clientes. Neste caso, muitas vezes, há que falar grosso, doa a quem doer. E não custa nada: a PSP que actue junto dos prevaricadores e a partir do auto de notícia passam a ser feitas notificações e aplicadas multas. Garanto que resolvem logo, por que certas instituições privadas, apesar de se julgarem donas de uma terra demasiado tolerante com tudo o que vem de fora, quando lhes começam a chegar multas ou ameaças de entidades fiscalizadoras, arrepiam caminho. Façam isso. Achei demasiado absurdo - pela explicação que me foi dada - o que ali se passa e que prejudica o hotel e incomoda os clientes.
Nota final: não, não estou a falar nem do Funchal, nem do Porto Santo. E estes pequenos "grãos" não colocam em causa o pessoal do hotel em causa, pela simpatia, eficiência e pela disponibilidade permamente, muitas vezes obrigado a aturar clientes chatos que se julgam, sejam eles anormais com tiques "nazis" - felizmente com regresso marcado às suas terras perdidas no mapa europeu, mas que se julgam donos de "europeus de segunda", tal como acontecia no tempo da troika e de Merkel - ou não.
A segunda nota: apesar desta experiência excepcional e imposta por razões pessoais que me afastaram da rotina habitual que nada tem a ver com esta opção local em tempo de férias, fiquei com uma opinião reforçadamente mais positiva dos turistas ingleses e dos franceses, obviamente reconhecendo excepções. Não chateiam ninguém, não são conflituosos, não são aldrabões, não cheiram mal, não têm tiques "nazis", vivem no seu mundo, não se julgam donos do pedaço mesmo os que pagam mais uns míseros 50 euros semanais para terem acesso ao patético estatuto de cliente "premium" (será que o papel higiénico para estes é diferente, com 3 ou 4 folhas em vez de apenas 2?!). E não são, não devem ser, por muito importantes que sejam - apesar de oportunistas movidos pelo lucro fácil - os operadores turísticos a mandarem nos hotéis, mesmo que eles precisem de clientes a qualquer preço... (LFM)
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