sábado, agosto 20, 2022

Nota: Ronaldo e Sérgio


Por razões diferentes e muito distintas, Cristiano Ronaldo e Sérgio Figueiredo, futebolista e jornalista, ficaram a saber e devem ter percebido, se dúvidas ainda tinham, que nos tempos que correm a solidaridade, mesmo entre os seus pares, em cada uma das profissões que exercem, é um valor que custa cada vez mais caro, demasiado caro, e que nem sempre podemos contar com quem supostamente nos ajudaria nos momentos que mais deles precisamos. Fala-se há muito na tal "vingança chinesa" aquela que se serve a frio, que demora mas que aparece. Sempre, conjugando vinçança com inveja. Basicamente acho que ambos passam por isso. Não vou discutir os nmotivos, nem as razões, ou falta delas, que a cada um destes dois protagonistas podem ser imputadas. Não tenho nada a ver com isso, não me meto na vida de cada um destes protagonistas muito na implacável ribalta mediática (tanto promove e empurra para o alto como desacredita e enterra bem para o fundo) nos últimos tempos. Ronado promete uma entrevista daquio a semanas, Sérgio usou as redes sociais para anunciar que desistiu do cargo para o qual tinha sido convidado pelo seu amigo Medina, Ministro das Finanças. Eu quase aposto que muitos dos que enterraram Sérgio Figueiredo, vão andar, frenética e histericamente, a partir de hoje, nos bastidores nojentos em Lisboa, da política aos negócios, a pressionar uns e outros para tentarem ficar com o lugar do jornalista. Só espero que Medina tenha a dignidade que recusar qualquer nova nomeação e dê por encerrado este dossier polémico e que tanto falatório gerou.

Esta é a realidade de dois protagonistas, cada qual no seu mundo, que não se confundem, mas que por motivos diferentes andam no espaço mediático num tempo que em nada os ajudou. Independentemente dos erros, que tanto Cristiano como Sérgio, cometeram na gestão de um determinado tempo nas suas carreiras.

Ronaldo, por causa do Manchester e da legítima ambição de, em final de carreira (a caminho dos 38 anos), ser protagonista da maior prova de clubes de futebol do mundo - a Liga dos Campeões -  tem atravessado um dos períodos piores da sua carreira e vida pessoal - senão mesmo o pior de sermpre - enquanto que Sérgio Figueiredo, que viu alvo de ataques pessoais generalizados - dos quais não dissocio o seu alegado envolvimento, então como DI da TVI, na divulgação precipitada da notícia correcta da falência do ex-BANIF, situação que gerou processos judiciais e uma corrida ao banco que gerou o caos e acelerou a intervenção do Estado.

Um, Sérgio, já caiu, inevitavelmente não tinha condições para cntinuar a  alimentar uma polémica que o desgastava. Outro, Ronaldo, critica as alegadas falsas notícias que o julgam na praça pública, sem conhecimento dos factos, mas se continua aos quase 38 anos com dificuldades em encontrar colocação, dificilmente terá condições para continuar a servir o Manchester United que nada tem a ver com o clube de outros tempos de Alex Fergunsen e outros. O United é hoje uma empresa ao serviço dos detentores do capital e da lógica empresarial do lucro o mais imediato possível, e em que os desejos pessoais de CR7 pouco ou nada contam. Ronaldo provavelmente demorou a perceber essa realidade que não sendo transversal a todos os clubes europeus, é-o relativamente aos grandes emblemas europeus (LFM)

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