quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Listas: CDS

CD quê? Vamos a ver se mais tarde serei capaz de avançar com alguma especulação acerca de nomes, embora o cenário não seja difícil de prever. José Manuel Rodrigues já está, porque anunciou logo que seria candidato. Mas depois há Cabral Fernandes, Luciano Homem de Gouveia, Lino Abreu, Ricardo Vieira (que alguns querem que seja o lider da lista regional), Nelson Mendonça (líder da JP), António Fonseca, etc. O que será importante para o CDS local é o discurso político na campanha, de maior ou menor proximidade à estratégia socialista. E, mais do que isso, o maior ou menos desgaste que a opção tomada pelos deputados ne Assembleia da República relativamente à lei de finanças regionais, será objecto de penalização ou não por parte do eleitorado.

Listas: PS

Mais tarde, vamos ter que fazer..."contas"

Almeida Santos e Lobo Xavier

No programa da SIC Noticias de hoje "Quadratura do Círculo", com Jorge Coelho (PS), Pacheco Pereira (PSD) e António Lobo Xavier (CDS) teve Almeida Santos como convidado por causa de um livro sobre colonização que este último lançou. Tudo sobre se o "colonialismo" de Lisboa faz ou não sentido. Registei de Santos a declaração de que João Jardim tem obra realizada e que “não tenho dúvidas nenhumas que se trata de uma pessoa séria. Por ele ponho as mãos no fogo”. Pacheco Pereira esteve bem, obviamente que falou dos excessos, mas lembrou que Jardim combateu os poderosos da Madeira que se colocaram contra ele. Quanto a Almeida Santos não tardou que tivesse descambado: contestou a demissão e tentou associar essa demissão com a treta dos 2% do orçamento regional, mas nem sequer conseguiu explicar essa questão. Leu no Expresso, só isso. Jorge Coelho, igual a si próprio, descambou, e até parece que tem moral para andar a dar lições de moral seja lá a quem for. Lamentável o oportunismo saloio próprio de um beirão medíocre em torno dos valores do IVA. E lá veio a questão manipuladora de desvalorizar as eleições (“eleições para quê? Para mais dinheiro? Não levam de certeza nenhuma”, disse ele). E o que ficou por explicar? Porque não lhe perguntam? E nem falo na pouca vergonha de Entre-os-Rios quando ele era ministro, de onde se demitiu…
E Lobo Xavier! Excelente. Um homem sério, que defendeu João Jardim (quer eleições? Está no seu direito. Como António Guterres se demitiu quando perdeu eleições autárquicas. O que ele faz é legitimo. A lei passou, eu ate acho equilibrada. Ela não gosta, está no seu direito.) ressalvando as diferenças e concordando que a linguagem utilizada contra o colonialismo é a mesma que os autarcas do Continente usam quando falam de Lisboa. Eu recomendo a José Manuel Rodrigues que peça a gravação, porque talvez possa ter mais votos…

Listas: PSD

Parece-me evidente que Alberto João Jardim abriu o jogo hoje em declarações aos jornalistas. Na sequência de um almoço de trabalho realizado segunda-feira com o secretariado onde tudo ficou definido. No dia 17 de Março haverá Conselho Regional antecedido, no dia anterior, 16 de Março, de uma reunião da Comissão Política Regional, reuniões que servirão para a aprovação da lista de candidatos regionais, nos termos estatutários.
Quanto à lista, e segundo revelou Alberto João Jardim:

1. Alberto João Jardim
2. José Miguel Mendonça
3. João Cunha e Silva
4. Miguel de Sousa
5. Coito Pita
6. Jaime Ramos
7. Nivalda Gonçalves (JSD)
8. Representante dos TSD
9. Representante de Câmara de Lobos (*)
10. Representante de Santa Cruz
11. Representante de Machico
12. Representante da Ribeira Brava
13. Representante da Calheta
14. Representante de Santana
15. Representante da Ponta do Sol
16. Representante de São Vicente
17. Representante do Porto Santo
18. Representante do Porto Moniz
19. José Paulo Fontes
20. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
21. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
22. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
23. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
24. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
25. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
26. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
27. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
28. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim
29. Candidato a ser escolhido por Alberto João Jardim


Não revelo que outro(s) critério(s) foi(ram) estabelecido(s) e aprovado(s) com os quais eu pessoalmente concordo a 1000 por cento. Estes dez nomes que o Presidente do PSD da Madeira referiu devem incluir alguns dos actuais deputados, nomes que estiveram mais em destaque e que pela sua actividade profissional são necessários ao exercício da actividade parlamentar (exemplo: Tranquada Gomes, Jardim Ramos, Medeiros Gaspar, entre outros).

Outra questão: confirma-se, tal como já havia revelado, que não serei candidato, por decisão pessoal, que nada tem a ver com a candidatura, com o POD e muito menos com Alberto Joião Jardim. Caso entendesse de forma diferente, e fosse convidado, obviamente que facilmente se depreende qual seria o meu lugar próprio nesta listagem

(*) a ordem que eu escolho tem por base a dimensão populacional

Listas: Bloco de Esquerda

Paulo Martins, Violante Matos, Guida Vieira, Roberto Almada. Querem apostar que dificilmente os primeiros nomes da lista do Bloco de Esquerda deixarão de ser preenchidos por estas figuras do partido? O Bloco não pode inventar. Tem um deputado, sabe que essa meta será a mais lógica, um segundo mandato será uma vitória, pelo que ou apresenta candidatos conhecidos que travem, o seu eleitorado ou corre o risco de desaparecer do parlamento regional o que poderia ter efeitos nefastos para a própria sobrevivência do Bloco.

Listas: PCP

Posso arriscar, pela tradição e pelo conservadorismo do PCP, é mais do que certo que Edgar Silva e Leonel Nunes serão os primeiros candidatos da lista de deputados às regionais. O PCP não corre riscos, estuda bem os processos de candidatura e sabe que se não for assim, “desaparece” do mapa eleitoral. Não me espantaria nada que Artur Andrade e a sindicalista Maria Afonseca, igualmente figuras conhecidas do partido e com actividade partidária intensa, pudessem surgir em posições de destaque. A nova lei eleitoral coloca desafios novos. Os partidos vão ter que disputar o seu eleitorado, lutar pelos seus votos próprios. E o PCP sabe que se não “morder” pela direita a esquerda do PS, corre o risco de ver a sua esquerda “abocanhada” à direita pelo Bloco de Esquerda. Portanto, mesmo correndo o risco da especulação, tomem nota destes nomes.

Investimento privado

Gostei do debate hoje na RTP da Madeira, sobre o novo ciclo e sobre a tal pretensa substituição. É evidente que o sector público não pode continuar a assumir os encargos que chamou a si até hoje, que os recursos financeiros públicos serão cada vez menores. Portanto, neste contexto, é normal que seja o sector privado, concluídos que estão os investimentos estruturantes e as chamadas grandes obras públicas ou estão concluídas, ou em conclusão ou adjudicadas. O problema é que não avança coisa nenhuma, salvo grandes grupos (à nossa dimensão, claro está…) que cresceram todos sabem como, que investiram alguma coisa na Madeira, mas que agora apostam no exterior, sem que a Madeira aparentemente se esgotasse. Não há um gerar de postos de trabalho pelos privados, o comércio tradicional está na agonia, as empresas aguentam-se periclitantemente, a banca acumula vergonhas receitas que indiciam o aumento de dificuldades na concessão de crédito, pelo que não existem ainda condições, etc.
Portanto mais do que paleio – e há mais de dez anos que o oiço – é preciso decisões concretas, actos claros, o sector privado dizer (e mostrar) de uma vez por todas se tem condições, se quer e pode ser essa alternativa, se o desenvolvimento e a Madeira podem contar com ele, ou se estamos perante uma conversa de treta, um embuste muito bem montado, pateticamente alimentado para justificar teorias que não passam disso. Até lá a ideia que eu tenho, a ideia de todos temos, é que o sector empresarial privado vive colado ao sector público e mesmo grupos aparentemente “independentes” também vão beber água à mesma fonte.

Triste "adamastor"...

Acho que foi execrável a intervenção de um rapazinho e deputado socialista, por sinal pouco dado a faladuras (o que me leva a pensar se hoje não terá sido uma “defesa para a fotografia”, nesta caso para a lista de candidatos…) – filho do antigo deputado e actual dirigente e assessor jurídico do grupo parlamentar socialista, Gregório Gouveia, empresário e o único deputado socialista que seria “apanhado” pela famosa lei das incompatibilidades. Excedeu-se. Falou de adamastores, quis ser actor (cada um é o que quiser e eventualmente mostra a frustração de não ser o queria ter sido…), acabou por protagonizar mais um episódio que certamente se insere na tal qualidade parlamentar reclamada há dias por Bernardo Martins…
Uma coisa é certa: Duarte Gouveia pode ter sido espalhafatoso, foi de certa insultuoso, mas não foi nem nunca será Gil Eanes, porque não tem capacidade para dobrar nenhum, Cabo Bojador. Para mim foi uma surpresa negativa, reconheço. Mas que confirma a minha teoria que o Parlamento regional deveria ter 35 deputados, 41 quanto muito e chegava. E não teve porque os partidos insistiram todos nos 47 lugares porque queriam manter os lugares. A proposta do PSD era de 41 deputados que nenhum par tido da oposição aceitou. Querem fazer contas para saber porque razão isso aconteceu?

Fechou

Fechou mais cedo do que estava previsto. A Assembleia Legislativa não perdeu mais tempo a discutir resoluções apresentadas pela oposição e dirigidas a um governo regional que por ter apresentado a demissão, certamente se estaria a borrifar para os documentos que fossem aprovados. E posso garantir que a maioria daria "sopa" a todos eles.

Associe-se

Pessoa amiga enviou-me por correio electrónico:
Está a ser feita uma petição online para acabar com os sites de pornografia infantil. A única coisa que nos pedem é para acender uma vela virtual. O objectivo de acender um milhão de velas em 4 meses foi cumprido em 60 dias. Quantas mais velas, melhor. As crianças agradecem. E o resto do mundo também. Faça como este blog e acenda uma vela

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Isenção

Eu recuso, por principio e por coerência, comentar critérios jornalísticos, porque tendo sido jornalista durante anos sempre pugnei - e tenho a consciência tranquila - pela isenção embora reconhecendo que possa ter cometido erros ou injustiças as quais, contudo, em nada mancham a apreciação global que faço do exercício da profissão, dos cuidados que sempre depositei. É neste contexto, que quero ressalvar e reafirmar, que a excepção de poder duvidar se, que no dia seguinte ao da deslocação a Belém de cinco delegações partidárias, se pretenda sustentar que a publicação apenas da fotografia da delegação do PS na notícia das audiências, seja uma prova de isenção. Repito, sem pretender criticar, antes constatar facto, parece-me contudo que a opção tomada ou foi errada ou, não o tendo sido, se destinou a "compensar" o texto noticioso sobre a sondagem.

Sondagem

Hoje foi publicada uma sondagem no DN local, da autoria da euro-sondagem propriedade do antigo deputado socialista Oliveira e Costa. Eu não comento os resultados porque as sondagens valem o que valem. Limito-me a olhar para a ficha técnica:
Ficha Técnica
Este estudo de opinião foi realizado pela Eurosondagem, SA, para o Diário de Notícias da Madeira, nos dias 22 e 23 de Fevereiro de 2007, através de entrevistas telefónicas realizadas entre as 19 e as 22 horas.O universo estudado foi a população com 18 anos ou mais, residente da RAM e habitando em lares com telefone da rede fica.Foram efectuadas 636 tentativas de entrevistas e destas 111 (17,45) recusaram colaborar. Foram validadas 525 entrevistas. A amostra foi estratificada por concelho do Funchal (44,4%) e outros concelhos (55,6%).A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas, e o entrevistado, em cada agregado familiar, foi o elemento que fez anos há menos tempo. O erro máximo da amostra é de 4,27%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Que outros concelhos além do Funchal? E quantas chamadas telefónicas desses ditos concelhos? O universo utilizado foram as entrevistas validades ou todas as ligações efectuadas. Desconfio que tudo vai servir para desmobilizar...

Independentes

A notícia da candidatura dos dois independentes pelo Partido da Terra parece-me ser um absurso. Por dois motivos: vão ter que arranjar 47 candidatos efectivos e pelo menos 50% como suplentes. Afinal o Partido da Terra estava moribundo e vai ressuscitar das trevas subitamente? Outra questão: ou não sei até que ponto é legal, ou não, que dois deputados eleitos pelo PS, que passaram a "independentes" e que nessa qualidade se manterão até à posse dos novos deputados, podem continuar a manter o estatuto parlamentar até Junho. Querem ver que ainda vamos ter os dois independentes a pedir renúncia ao mandato? Não tenho certezas, nunca pensei no assunto, mas sei que esta matéria foi hoje analisada pelos independentes, fui interpelado inclusivé sobre ela. Mas nada mais posso adiantar em concreto.

PSD

Querem saber uma coisa? O PSD da Madeira ficou ontem, segunda-feira, com a campanha eleitoral definida em termos gerais, bem como com outras opções relacionadas com a realização de eleições antecipadas. Mais do que paleio, o PSD da Madeira prefere trabalhar atempadamente e decidir. É isso que faz, foi isso que fez. É isso que marca a diferença. E quanto ao resto, não se preocupem. Eu acho que será melhor começarem a olhar para as opções que os partidos da oposição tomarão...

Tontices socialistas

Almeida Santos – eu nem sabia que o homem ainda estava politicamente activo! - apoiou hoje as queixas dos socialistas madeirenses ao Governo de Alberto João Jardim, considerando que o líder do executivo regional está a abusar dos seus poderes. Está no seu direito de apoiar quem dizer, de dizer o que entender inclusivé de asneirar. Almeida Santos considerou ser inevitável a realização de eleições antecipadas em sintonia com os prazos constitucionais, mas defendeu a realização de "uma campanha eleitoral esclarecedora", como se o primeiro conclusão fosse uma “surpresa” para alguém e no segundo caso fosse ele a impor as regras aos partidos sobre que tipo de campanha vão fazer. Ele que fique descansado que o PSD da Madeira a seu tempo dirá o que vai fazer em termos de campanha eleitoral…
Curiosa a contradição entre o facto do presidente do PS ter alertado ainda para a necessidade de "não se deixar degradar mais a situação" política na Madeira, lembrando que o PS-Madeira já defendeu que a data preferida para as eleições é 3 de Junho. "O senhor Presidente encontrará a data mais favorável", acrescentou Almeida Santos. Pois claro. O mais rápido possível. Resolver a situação quanto antes e fazer eleições só em Junho? Contradições e mais não digo. Por respeito.

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ROTAS LOW COST POR COMPANHIA AÉREA
ASTURIAS AIR - LOW COST
Nota: a rota Lisboa - Oviedo foi suspensa em Janeiro de 2007
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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Diferenças...

O anúncio da convocação do Conselho de Estado surgiu no final da ronda de audiências de Cavaco Silva com os partidos que têm assento no parlamento regional – PSD, PS, CDS-PP, PCP e BE. Mas repararam que os partidos convocados foram as estruturas nacionais, embora elas tenham incluído dirigentes regionais nas delegações. Ou seja, penso eu, como não há “partidos regionais”, Cavaco Silva não desejou correr riscos, não fosse alguem ainda considerar nulas essas audiências. Curiosamente o seu antecessor, Jorge Sampaio não dava muito valor a essas hipocrisias. Feitios...

Mentira...

Hoje a Comissão Europeia publicou mais um eurobarómetro. Como os resultados não interessam, para a propaganda socialista estamos perante uma mentira...

"Os portugueses são os cidadãos da União Europeia (UE) mais insatisfeitos com o sistema de segurança social, com apenas um em cada dez inquiridos a considerá-lo adequado, indica hoje um inquérito divulgado em Bruxelas. O inquérito do Eurobarómetro sobre a realidade social europeia revela que o desemprego, o custo de vida, os cuidados de saúde e o sistema de pensões estão no topo das preocupações dos portugueses, pouco confiantes numa retoma em Portugal a curto prazo. O capítulo do extenso inquérito levado a cabo entre Novembro e Dezembro na UE (ainda a 25) relativo aos sistemas de segurança social demonstra que os portugueses são os mais descontentes, com apenas dez por cento a considerar que o sistema nacional oferece uma cobertura bastante razoável. No panorama da UE a 25, mais de metade dos europeus (51 por cento) manifestam-se satisfeitos com os respectivos sistemas de segurança social. Em países como o Luxemburgo o valor atinge os 75 por cento.
Enquanto 42 por cento dos europeus consideram que o sistema de segurança social dos seus países poderia mesmo servir de modelo para outros países, em Portugal apenas cinco por cento têm essa opinião – o valor mais baixo a nível comunitário. O sistema de pensões é outra dor de cabeça dos portugueses e é apontado como uma das principais preocupações por cerca de um terço dos inquiridos (35 por cento), acima da média comunitária (30 por cento).Na mesma linha, apenas 34 por cento dos portugueses demonstram confiança quanto ao futuro da sua pensão, o sexto valor mais baixo da UE — cuja média de confiança é de 42 por cento".

Low cost 2

O passageiro que viaja em companhias aéreas de baixo custo para o Algarve é inglês, alemão ou irlandês, tem em média 43 anos, formação superior e rendimentos de cinco mil euros mensais, indica um perfil recentemente divulgado. O estudo intitulado «Caracterização e Avaliação do Negócio Low Cost (baixo custo) no Algarve», apresentado na Universidade do Algarve (UA), indica que os passageiros que viajam para o sul de Portugal são «casados, têm em média 43 anos de idade, um nível médio de rendimento de cinco mil euros por mês, formação superior, e pertencem a uma classe social alta». O período da estadia é em média de 10 dias, um período superior à média do turista nacional que fica seis dias, refere o estudo da UA, um documento encomendado pela ANA - Aeroportos de Portugal, que incidiu entre o Inverno de 2005 e o Verão deste ano. O passageiro «low cost» com destino ao Algarve reserva a viagem pela Internet com cerca de três meses de antecipação, recorre ao aluguer de carro para se deslocar na região (70%), pernoita em hotéis de quatro e cinco estrelas - os equipamentos que têm página na Internet - e 10% do universo questionado revela que tem vontade de adquirir casa própria, principalmente no sotavento algarvio.
As principais motivações do destino Algarve são: «a procura do sol, praia e segurança» e 8,5% dos inquiridos revela também a procura dos campos de golfe para praticar o desporto, concluiu ainda o inquérito feito a cerca de quatro mil passageiros que utilizam «low cost». Em 2005, as companhias «low cost» transportaram 41,2% de todo o universo de hóspedes com destino ao Algarve, colocando o aeroporto da região no 27º lugar dos aeroportos europeus em número de rotas «low cost» (top 50) e no quarto lugar em número de companhias (top 30).
«Já temos os clientes, agora é só desenvolver o negócio», declarou Heitor da Fonseca, vogal do conselho de Administração da ANA Aeroportos de Portugal, sugerindo a disponibilidade do Aeroporto de Faro para firmar parcerias com os agentes económicos e do sector do turismo algarvios. Os voos de baixo custo em 2005 representaram 48% do tráfego total do Aeroporto de Faro (tráfego tradicional, charter e low cost) e 76% do tráfego regular. O modelo de negócio das companhias aéreas low cost - no Algarve há 16 a operar - regem-se pelo baixo-custo das operações, sem mordomias (não são servidas refeições), voos de curta duração (até 1500 quilómetros) e poucos modelos de aviões para facilitar a manutenção. A utilização da Internet para fazer as reservas, o uso de aeroportos menos condicionados, bilhetes e tarifários simples (uma simples folha impressa do computador é o bilhete que se apresenta no aeroporto) são as fórmulas de distribuição das viagens das low cost.
Adriano Pimpão, o responsável pelo estudo «Caracterização e Avaliação do Negócio Low Cost no Algarve», explicou que a «liberalização do mercado das companhias aéreas (1997), conjugada com a mudança de valores e atitude das pessoas perante o lazer, adoptando short-breaks (mini-férias), são factores que ajudaram ao aumento das viagens de avião». Sobre o impacte económico gerado pela companhia aérea «EasyJet» no turismo e economia do Algarve, estima-se que se obtenham em 2006 receitas entre os 584 e os 633 milhões de euros «que poderão traduzir um acréscimo do rendimento regional da ordem dos 9,83%. Caso se mantenham as actuais condições, em 2009 o encaixe financeiro poderá ascender a 897 milhões de euros, dos quais 84% serão absorvidos pela região, principalmente nos concelhos de Loulé (30%), Lagoa-Lagos (25%) e Albufeira (24%).
Fonte: Portugal digital

Low cost 1

Cheira-me a que andam a fazer muita festa em torno de uma questão que deve ser devidamente esclarecida. A “Easy Jet”, uma das operadoras de baixo custo “low cost”) que voam em Portugal, poderá ser a primeira a optar pelo Funchal e pelas ligações com Lisboa. O maior operador low cost, Ryanair, não deu sinal de vida. O que eu me interrogo é sobre o futuro destas low cost com as taxas aeroportuárias que inibem os operadores, seguindo me garantiram. Eu não quero acreditar que andem a acelerar a liberalização por causa de projectos hoteleiros e turísticos que precisam de ter taxas de ocupação elevadas e que podem passar a vender quartos na Madeira a preços verdadeiramente “escandalosos” para a qualidade que se pretende para o turismo. Vamos aguardar. Enquanto isso eu recomendo vigilância. Das declarações de Bernardo Trindade a um programa de televisão de ontem cheirou-me a alguma demagogia e superficialidade. Os estudantes universitários madeirenses que estudam fora da Região terão os seus direitos integralmente respeitado nos picos anuais de ponta? Gostei do pragmatismo do agente de viagens João Welsh durante o programa.

Piada

Hoje andava eu a cruzar documentos - Regimento, Estatuto, Constituição - e não é que constetei o seguinte: a Assembleia Legislativa, actualmente com 68 deputados, tem 3 Vice-Presidentes que obrigatoriamente são 2 do PSD e 1 do PS, eleitos em listas separadas. Presentemente são Vice-Presidentes Miguel Sousa, Paulo Fontes (ambos do PSD) e Fernão Freitas (PS). Com 47 deputados a menos, ou seja, com menos 30% dos deputados, seria de prever que o Parlamento tivesse 1 ou 2, quanto muito, Vice. Nada disso. Sem alteração do Estatuto e do Regimento, mas sobretudo do primeirto, ainda vamos ter 47 deoutados e 3 Vice-Presidentes?...

Subsídios e aviões

Subsídio pago directamente aos passageiros das ilhas?
Deve ser burrice minha pois, de quando em vez, andam por aí uns iluminados à solta, donos da verdade e do mundo, que tudo sabem. Mas gostaria que me explicassem qual (quais) as vantagens do pagamento directo aos passageiros do tal subsídio de viagem (40% com tarifa económica sem restrições), em vez das indemnizações compensatórias serem pagas directamente às empresas em função do registo e controlo eficaz das passagens vendidas. Por ser que o problema seja meu, mas isso não obriga os utentes a terem que pagar a totalidade da passagem para depois serem reembolsados? E os estudantes terão também de pagar a pronto os bilhetes para depois receberem? E vai o Estado pagar a tempo e horas ou vamos ter pagamentos que se atrasam meses? Não percebo como é que a proposta partiu da Região. O Duarte Ferreira (ANAM) não conseguiu dar hoje na RTP uma explicação politicamente aceitável. O que se sabe, é que o Estado pagava, em média, 103 euros por viagem por residentes, às companhias. Um pagamento que demorava por vezes um ano até ser feito! Agora parece que os madeirenses terão que pagar tudo à cabeça e depois alguém vai devolver-lhes um subsídio de 60 euros. Mas se viajar numa low cost e pagar menos de 60 euros, não recebe nada, como é evidente e lógico. Resta saber o que vai acontecer quando os passageiros ficarem em terra, sem aviões! O que é estranho no meio de tudo isto, é que ninguém sabe explicar como tudo isto se vai processar. Eu não entendo como é possível que se andem a vangloriar com propostas tão estranhas e pouco explicadas.

Eleições

Tudo indica que as eleieções regionais antecipadas terão lugar a 6 de Maio. Penso que Cavaco Silva reune sexta-feira o Conselho de Estado e até segunda-feira publica o edital presidencial de dissolução da Assembleia. A partir desse momento, cabe à Comissão Permanente e apenas a esta assumir, quando (e se) necessário os encargos com qualquer decisão, embora os deputados se mantenham em funções.

Mosquito

Se eu gostava de ser mosquito para estar hoje em Belém e ouvir as cobras e lagartos que a oposição disse de Jardim e do PSD da Madeira nas audiências com Cavaco Silva. Dessa romagem, registei o facto do fidalgo Louça, se ter apresentado perante Cavaco Silva – de quem disse o piorio na campanha eleitoral presidencial – desgravatado, enquanto que o “plebeu” Paulo Martins, se apresentou de fato e gravata como mandam as regras de etiqueta e boa educação (na política ainda há boa educação e regras). Quando ao conteúdo das declarações da oposição – até Almeida Santos (ainda é “vivo”?) apareceu na romaria - acho que não vale a pena nem sequer gastar papel higiénico…

Solidário

Eu não fui dos que apoiaram Filipe Menezes na sua socorrida para a liderança do PSD. Disse-o na altura porquê e confesso que não mudei de opinião, embora pense, sinceramente, que o PSD nacional, enquanto partido líder da oposição, não pode continuar a manter a estratégia que tem vindo a seguir. Mas registo, porque há que dizê-lo, que Filipe Menezes – dirão alguns por oportunismo, outros não – foi dos poucos dirigentes nacionais do PSD a defenderem Alberto João Jardim, o que se regista. Recordo que Marques Mendes fê-lo, mas sei que alguns barrosistas (que de barrosistas nada tiveram, pois não passam de um bando de oportunistas que se fossem convidados por Louça, um dia qualquer, num outro mundo que não neste, a irem para o governo bloquista saltavam que nem sapos…) e alguns cavaquistas ficaram satisfeitos com as medidas aprovadas por Sócrates, apenas porque por via indirecta se vingaram dos problemas que Jardim criou no passado, no quadro do PSD nacional, ou seja, misturando questões partidárias com questões sérias como são as obrigações financeiras do Estado para com as Regiões.

Manhoso

Marcelo Rebelo de Sousa tem coisas. Esta de ir para a televisão e dizer que o CDS desaparece” tem muito que se diga. Digamos que a seu tempo veremos. Quanto ao facto de sustentar que Alberto João Jardim não precisa de fazer campanha eleitoral, acho uma enormidade ridícula, porque não há vencedores antecipados de eleições, porque a memória dos povos por vezes vulnerabiliza-se e os partidos e seus candidatos têm a obrigação de estar na rua sempre que existem eleições. Portanto sustentar que Jardim se deve limitar a gerir a “coisa” e depois esperar, pode ter piada, mas o bom senso manda-me recusar peremptoriamente tal desfecho. E a estranhar tal sugestão.

Bananal

O Governo Regional tem que intervir, de forma exemplar, custe o que custar, doa a quem doer, na questão da banana. Não podemos estar permanentemente a ter que ouvir nos jornais que os produtores não recebem o dinheiro e ainda por quando essas verbas saem de Bruxelas para de Lisboa regularmente e o Governo Regional garante que paga a tempo e horas às cooperativas. Das três uma: ou há alguém a mentir no meio de toda esta marosca, ou há “ovnis” no bananal ou são patifarias reles a mais. E o PSD da Madeira não pode sujeitar-se a um desgaste por causa destes novos riquismos construídos à custa do povo.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Penteadinho

O tipo tem tido sorte por causa dos jogadores que o meu Sporting tem. Categoria não tem nenhuma. as em Portugal "parir" treinadores de um dia para outro é um hábito, sobretudo em clubes falidos. O motivo que o faz sobreviver tem apenas a ver com o facto do Sporting estar mais teso que o mais teso dos cidadãos deste país. Empatar 0-0 com o Aves !? Um candidato ao título e a jogar em casa? "Os adeptos leoninos, descontentes, assobiam a equipa", dizia um jornal. Tenham juízo e, como diz o brasileiro, "caiam na real". Se Benfica e Porto ganharem o "meu" glorioso fica a 3 e 7 pçontos de diferença.Título? Não me gozem. E vamos a ver a Taça de Portugal, ainda com Braga, Belenenses e Boavista...

Entendam

Em 2004, os partidos conseguiram as seguintes percentagens – que para efeito de apuramento de mandatos NÃO CONTAM PARA NADA, já que os deputados são eleitos por via do método de Hondt e em função dos votos obtidos, não das percentagens (metam isto na cabeça, de uma vez por todas):
PSD - 53,71%
PS - 27,41%
CDS - 7,04%
PCP - 5,51%
BE - 3,56%

Quanto a mandatos, a realidade foi a seguinte:
PSD - 44 deputados - 64,70%
PS - 19 deputados - 27,94%
CDS - 03 deputados - 04,41%
PCP - 02 deputados - 02,94%
BE - 01 deputados - 01,47%

Os motivos da alteração da lei eleitoral residiram neste desfasamento entre a percentagem eleitoral obtida pelos partidos e a percentagem dos mandatos:
PSD - 53,71 - 64,70 (mais 11,0%)
PS - 27,41 - 27,94 (mais 0,5%)
CDS - 7,04 - 4,41 (menos 2,6%)
PCP - 5,51 - 2,94 (menos 2,57%)
BE - 3,56 - 1,47 (menos 2,09%)

Se aplicássemos a percentagem das regionais de 2004, à projecção de deputados (27 do PSD, 14 do PS, 3 do CDS, 2 do PCP e 1 do Bloco de Esquerda), tínhamos o seguinte:
PSD - 57,44% dos mandatos
PS - 29,78%
CDS - 6,38%
PCP - 4,25%
BE - 2,12%
Se fizemos a mesma comparação – percentagem de votos e percentagem de lugares no parlamento – teríamos o seguinte cenário:
PSD - 53,71 - 57,44 (mais 3,73%)
PS - 27,41 - 29,78 (mais 2,37%)
CDS - 7,04 - 6,38 (menos 0,66%)
PCP - 5,51 - 4,25 (menos 1,26%)
BE - 3,56 - 2,12 (menos 1,44%)

Confirmado

Segundo o DN do Funchal, “para conseguir eleger pelo menos um deputado, o partido em que os dois independentes concorrerem deverá conseguir uma votação perto dos 3 mil votos. Tendo por base os resultados das últimas “regionais” de 2004, é fácil concluir que num parlamento que com 47 lugares o último deputado seria eleito com 2.696 votos. Essa deverá ser a meta principal dos independentes”.
Na realidade o ultimo a entrar seria, nos resultados de 2004, o 14º deputado do PS. O valor apurado por aplicação do Método de Hondt (2.696,5) resulta da divisão dos 37.751 votos totais dos socialistas por 14. Confirma-se que 2.700 votos (valor que fosse maior aos 2.696,5 do PS) são suficientes para eleger um deputado. O que não deixaria de ser curioso porque afinal a nova lei não é tão justa como era suposto. Com os resultados de 2004 aplicados à nova lei eleitoral, o Bloco de Esquerda com 5.035 votos elegeria apenas um deputado com esse valor (a divisão do total por dois, 2.517,5, era inferior ao valor que elegia o 47º mandato). O CDS/PP com 9.691 votos elegia três mandatos (o último com 3.230,3, por divisão do total obtido por 3) e op OPCP elegia apenas 2 (7.590. total de votos e o segundo mandato com os 3.795 resultante da divisão do total por 2).

Reforma

Já pensaram que as eleições vão determinar uma profunda reforma estética - entre outras - do nosso hemiciclo! Tudo indica que até as férias de Verão nada será feito, pelo que nos arriscamos a ter uma imagem de "baldanço" do novo parlamento, já que dos actuais 68 lugares, apenas 44 serão ocupados (3 estarão na Mesa). Mas vamos a calendários:
- se as eleições forem em Maio, a Assembleia Legislativa poderá estar empossada em Junho;
- depois, não creio que a nova Assembleia inicie as suas actividades sem alterar pelo menos o regimento (rever comnissões, rever constitução das comissões, rever como é que cada deputado pode fazer parte só de 3 comissões, distribuição das presidências, etc;
- terá que se realizar a eleição do Presidente da Assembleia, dos vices (continuarão a existir 3, agora com, 47 deputados?), instaladas as comissões (vão continuar as 10 comissões, agora com 47 deputados?);
- segue-se o processo de composição do futuro Governo Regional, que volta a tomar posse perante a Assmebleia Legioslativa;
- o futuro Governo Regional vai ter que levar o seu Programa (2007-2011) ao parlamento;
- eventualmente o Governo Regional pode ter que elaborar um orçamento regional rectificativo, embora nada o determine;
- etc, etc
Será exagerado admitir que não me espantaria nada que as férias de Verão dos deputados eleitos este ano fossem mais reduzidas?

Pagava

Eu pagava para ter acesso ao documento que, segundo a comunicação social, o representante da República na Madeira entregou hoje a Cavaco Silva, acerca da realidade política regional.

Citação

A Mentira é mais Interessante que a Verdade
«O que é a verdade»? Perguntava Pilatos gracejando, talvez que não esperasse pela resposta. Há quem se delicie com a inconstância, e considere servidão o fixar-se numa crença; há quem se afeiçoe ao livre arbítrio tanto no pensar como no agir. E se bem que as seitas de filósofos desta espécie hajam desaparecido, sobrevivem alguns representantes da mesma família, apesar de nas veias não lhes correr tanto sangue como nas dos antigos. Não é somente a dificuldade e a canseira que o homem experimenta ao perseguir a verdade, nem sequer o facto de, uma vez encontrada, se impor aos pensamentos humanos, o que leva a conceder às mentiras os maiores favores; é sim, um natural mas corrompido amor da própria mentira. Uma das últimas escolas dos Gregos examinou esta questão, mas deteve-se a pensar no que leva o homem a armar as mentiras, quando não o faz por prazer, como os poetas, ou por utilidade, como os mercadores, mas pelo próprio mentir.
Não sei como dizê-lo, mas a verdade é uma luz nua e crua que não mostra as máscaras, as cegadas e os cortejos do mundo com metade da altivez e da graciosidade com que aparecem iluminados pelos candelabros. A verdade pode, talvez, atingir o preço da pérola que mais brilha durante o dia, mas não alcança o preço do diamante ou do carbúnculo que tanto mais brilham quanto mais variadas forem as luzes. Com a mistura da mentira mais se acresce o prazer. Haverá alguém para duvidar que, tirando ao espírito humano as opiniões vãs, as esperanças lisonjeiras, as falsas valorações, as imaginações pessoais, etc., para a maior parte da gente tudo o mais não seria senão uma espécie de pobres coisas contraídas, cheias de melancolia e de indisposição, enfim, desagradáveis?
Francis Bacon (Ensaios - Da Verdade)

Queixas

Enganam-se os que pensam que a questão da lei de finanças regionais vai ficar por aqui, bem como todas as iniciativas legislativas deliberadamente aprovadas pel,os socialistas em Lisboa com o propósito inegável de prejudicar a Madeira. A Região vai responder, vai cumprir a promessa feita e vai levar até a Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu as queixas que mostrarão como Lisboa impede deliberadamente que os dinheiros comunitários sejam aproveitados e aplicados nas regiões mais carenciadas. O documento está em ultimação e posso garantir que Bruxelas vai ser informada.
Entretanto, para gáudio doméstico, confirma-se o que o Jornal da Madeira de hoje noticia, que "O Governo Regional entregou, no passado dia 12, no Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, uma acção contra o Ministério das Finanças, pedindo a impugnação de actos administrativos e a reparação dos danos causados. Em causa está a decisão de Teixeira dos Santos em aplicar uma sanção à Região, devido a uma operação de titularização de dívidas a fornecedores no valor de 150 milhões de euros, que foi realizada por uma entidade financeira exterior, a “TAGUS”.

Manias...

Somos uma potencia militar à escala mundial, ou quase. O jornal "Publico" de hoje publica um mapa - com a devida vénia o transcrevo - depois da reunião do Conselho de Estado. Segundo o jornal, o Presidente da República "quer que sejam sistematizados critérios claros sobre em que condições as Forças Armadas portuguesas devem ou não participar em missões militares no estrangeiro. Para atingir este objectivo, ouviu ontem o Conselho de Estado, depois de ter já debatido este assunto com o Governo, com as chefias militares e com o Conselho Superior de Defesa Nacional. De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, o Presidente não pretende lançar esta questão como debate nacional, mas defende que estejam definidos os critérios e as condições em que Portugal participa em missões militares quando se colocarem novas solicitações. Ainda recentemente, durante uma deslocação do ministro da Administração Interna, António Costa, a Timor, surgiu uma solicitação do Governo timorense para que Portugal envie mais forças da GNR. Além disso, a NATO tem sugerido o aumento de tropas no Afeganistão. E não é nunca de excluir que venham a surgir solicitações, por exemplo, por parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa ou de países desta organização.Esta foi a primeira reunião do Conselho sob a presidência de Cavaco e nele se estrearam o ex-Presidente da República Jorge Sampaio e os conselheiros de nomeação presidencial João Lobo Antunes, Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite, Dias Loureiro e Anacoreta Correia. Dado o tema em discussão, também os ministros da Administração Interna e da Defesa foram convidados a participar na reunião (...)". Manias de grandezas de um pais que gasta milhões lá fora e anda a lixar o Povo cá dentro por falta de milhares...

Citações

1 – Quando um homem cometer uma falta contra ti, considera logo que a opinião dele sobre o bem e o mal o terá levado a tal acto. Mal descobrires a razão lamentá-lo-ás, não sentirás nem surpresa nem cólera. Com efeito, ou tens a mesma opinião que ele sobre o bem, ou outra semelhante, e nesse caso deves perdoar-lhe. Ou não tens a mesma opinião que ele sobre o bem e o mal, e ser-te-á mais fácil a indulgência para com o seu engano.
2 – É vergonhoso que não renunciando o teu corpo a esta vida, a tua alma se lhe antecipe e renuncie.
3 – Não julgues as coisas ausentes como presentes. Mas entre as coisas presentes pondera as de maior preço e imagina com quanto ardor as buscarias se não as tivesses à mão. Mas ao mesmo tempo toma cuidado, não seja o caso que ao deliciares-te assim nas coisas presentes te habitues a sobrestimá-las. Procedendo assim, se um dia as viesses a perder davas em louco rematado.
4 – Prece dos Atenienses: “Humedece, humedece, amadíssimo Zeus, os campos lavrados dos Atenienses e as planícies”. Ou bem se não reze, ou então reze-se assim com candura e espontaneidade.
5 – É próprio do homem amar mesmo quem o ofende. Para chegares a esse ponto, pensa em que são teus parentes e em que pecam por ignorância e involuntariamente. Num instante todos estareis mortos. E lembra-te ainda de que não te fizeram mal porque não lesaram a tua faculdade directriz: ficou o que era.
6 – O guia interior é aquela parte que desperta por si, se modifica e plasma como quer e faz que todo o acontecimento lhe surja pelo modo que ela quer.
7 – Fosse a tua vida três mil anos e até mesmo dez mil, lembra-te sempre que ninguém perde outra vida que aquela que lhe tocou viver e que só se vive aquela que se perde. Assim a mais longa e a mais curta vida se equivalem. O presente é igual para todos, o que se perde é, por isso mesmo, igual, e o que se perde surge como a perda de um segundo. Com efeito não é o passado ou o futuro que perdemos. Como poderia alguém arrebatar-nos o que não temos?
Marco Aurélio, Imperador (121 a 180 DC)

Bem me cheirava

Bem me cheirava que faltava o frete do Banco de Portugal. E o banco liderado pelo antigo secretário-geral do Partido Socialista, Vítor Constâncio, não tardou a marcar presença. Como? Vejam bem: “O poder de compra dos portugueses aumentou em 2006 face aos parceiros comunitários, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal relativos à evolução da taxa de câmbio real. Os números que constam do boletim estatístico de Fevereiro demonstram que a taxa de câmbio efectiva real – uma medida do valor de uma moeda em relação a um cabaz de moedas corrigido pelo efeito de movimento de preços na economia – aumentou de 102,66 por cento em Janeiro de 2006 para 105,27 em Janeiro deste ano (...) Com uma apreciação da moeda, um país pode comprar mais bens gastando o mesmo dinheiro, pelo que o seu poder de compra sobe. E foi isso que aconteceu em Portugal no ano passado. Muitos analistas chamam também a esta evolução um aumento da competitividade em preços de um país, embora outros apliquem essa designação à taxa de câmbio real corrigida do custo do trabalho – em vez de corrigido dos preços”. Estão a ver?! Eu bem desconfiava que havia alguma maldade nos portugueses quando eles protestavam contra este governo socialista de Lisboa. Afinal ao contrário de estarmos tesos, até estamos com um poder de compra “dum caneco”!...

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Saber Aconselhar
“Quando queres dar a entender a alguém que está errado, começa por falar-lhe doutras coisas, acabando por chegar, como por acaso, aos actos que merecem reprovação. Descreve-os, então, de modo caricatural, diz todo o mal que pensas deles, mas fá-los acompanhar de circunstâncias diferentes, de modo a que a pessoa que queres aconselhar não se sinta directamente atingida. Procura que te escute de boa vontade, sem zangar-se; alegra a conversa com algumas piadas e, se de súbito o vires fazer má cara, mostra um ar cândido e interroga-o nesse sentido. Finalmente, misturando-as com considerações diversas, aborda as soluções a considerar num caso como o que te preocupa”.
Jules Mazarin (Breviário dos Políticos)

Vergonha na cara

É preciso ter lata. Segundo o “Pravda” (assim o catalogam os críticos do JM), Jacinto Serrão disse, ontem, no final de uma reunião da Comissão Política do PS, que os socialistas vão abalançar-se para as próximas eleições legislativas regionais «numa campanha de verdade e de cabeça erguida». Qual verdade? Que cabeça erguida? Cabe ao PSD seguir o rasto desta “verdade”, cabe aos partidos da oposição marcar de forma cerrada a “cabeça erguida” do PS local, até porque é suposto que, pela esquerda, poderão beneficiar da previsível penalização dos socialistas, e assim garantirem a sua sobrevivência parlamentar
A hipocrisia de Serrão vai ao ponto de querer branquear antecipadamente o impacto da lei de finanças regionais e das medidas sectoriais tomadas pelo governo socialista em Lisboa – e aplicadas no território nacional – limitando-se a responsabilizar o Governo Regional e as opções regionais pelo lado negro da realidade económica insular. Eu recuso aceitar, nem sequer me atrevo a afirmá-lo, que tudo o que foi feito e/ou decidido n a Madeira foi bem feito e/ou decidido. Todas as governações têm erros. Mas o hipopótamo é o PS nacional, o governo socialista de Lisboa e a cumplicidade concordante dos socialistas locais. E essa verdade não pode ser escamoteada.

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O Sofrimento do Hipócrita
“Ter mentido é ter sofrido. 0 hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma acção ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. 0 odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpetuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjoo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. 0 verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se. 0 traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. 0 hipócrita é um titã-anão”.
Victor Hugo, (Os Trabalhadores do Mar)

Bilhete Postal 2

Jacinto Lucas Pires, Escritor, articulista do DN, filho de Francisco Lucas Pires, falecido líder e fundador do CDS e depois eleito pelo PSD ao Parlamento Europeu, tem um “pó” contra Alberto João Jardim. Eu desconfio, sinceramente, que este Lucas Pires pensa que é fino, que é “chique” e que é “etiquette” desancar no coitado do Alberto João Jardim, agora que volta a estar na moda. Eu penso que não ajuda a vender livros ou música – ou será a falta de livros e de música que propicia tempo de sobra? Este Lucas Pires tem uma fobia qualquer. Vejam esta passagem do seu texto de opinião, a forma como os dois lados são tratados com exemplar “isenção” e como ninguém percebe que este opinador tem uma ”doença” qualquer: “Do lado da oposição, tem de se começar por acreditar na mudança. Pode parecer um paradoxo, mas não é: este estado de coisas só mudará quando os madeirenses acreditarem na possibilidade de uma mudança. E, para isso, não chega denunciar o populismo caciquista de Jardim, os tiques autoritários, o truque da chantagem autonomista, etc. Para que uma mudança ganhe corpo aos olhos dos eleitores, é preciso apresentar uma alternativa positiva. A ideia de um outro futuro para a região sustentada num trabalho rigoroso e protagonizada por figuras credíveis - e uma ideia acompanhada da ambição genuína de vencer (...)”. Uma coisa que me esquecia. Estou-me borrifando no Lucas Pires, diga o rapaz o que disser. Apenas acho piada nas suas diatribes...

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Os Convencidos da Vida
"Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear. Mas também os aturo por escrito. No livro, no jornal. Romancistas, poetas, ensaístas, críticos (de cinema, meu Deus, de cinema!). Será que voltaram os polígrafos? Voltaram, pois, e em força. Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista.
Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se?
(...) No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil.
Para quem o sabe observar, para quem tem a pachorra de lhe seguir a trajectória, o convencido da vida farta-se de cometer «gaffes». Não importa: o caminho é em frente e para cima. A pior das «gaffes», além daquelas, apenas formais, que decorrem da sua ignorância de certos sinais ou etiquetas de casta, de classe, e que o inculcam como um arrivista, um «parvenu», a pior das «gaffes» é o convencido da vida julgar-se mais hábil manobrador do que qualquer outro.
Daí que não seja tão raro como isso ver um convencido da vida fazer plof e descer, liquidado, para as profundas. Se tiver raça, pôr-se-á, imediatamente, a «refaire surface». Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi".
Alexandre O'Neill, (Uma Coisa em Forma de Assim)

Bilhete Postal 1

O Presidente da República convocou para segunda-feira uma ronda de audiências com os partidos representados na Assembleia Legislativa da Madeira na sequência da demissão de Alberto João Jardim. Uma mera formalidade prevista na Constituição e na lei. O anúncio foi feito depois de uma audiência de Cavaco Silva, em Lisboa, com o Representante da República na Madeira, Monteiro Diniz, que entregou um relatório detalhado sobre a situação na Região Autónoma.
Parece que existem 3 datas em equação: 6 e 13 de Maio (6 ou 13) e 3 de Junho, esta do agrado dos socialistas que assim confirmam que precisam de muito mais tempo para se prepararem. Sinceramente eu acho que Cavaco Silva também deveria ter ouvido os partidos políticos regionais antes de ter promulgado a lei das finanças regionais.

Citação

As Duas Faces da Ambição
“A ambição é como a bílis, humor que torna os homens activos ardentes, cheios de alacridade, e movimentados, se não for obstruída. Mas se for obstruída e não tiver curso livre, começa a ser adusta e portanto maligna e venenosa. Assim também os homens ambiciosos, se encontram caminhos abertos para a sua ascensão e continuam a progredir, são mais negociosos do que perigosos; mas se forem contrariados nos seus desejos, tornam-se secretamente descontentes, e projectam mau-olhado sobre os outros homens e sobre as coisas; alegram-se apenas quando as coisas correm mal, o que é a pior condição no servidor de um príncipe ou de uma república”
Francis Baconn (Ensaios - da Ambição)

Farejar...

Garantiram-me hoje que são vários os jornalistas interessados em saber quais os deputados que, depois da dissolução da Assembleia Legislativa – cuidado porque eles continuam em funções até à posse dos deputados que forem eleitos – ficam privados da chamada pensão vitalícia que, como é sabido (ou não, passa a ser...), só é atribuída depois de 12 anos de exercício político. Vamos a ver o que isto vai dar...

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Agradar a Todos e a Ninguém
“Aqueles que procuram agradar andam muito enganados. Para agradar, tornam-se maleáveis e dúcteis, apressam-se a corresponder a todos os desejos. E acabam por trair em todas as coisas, para serem como os desejam. Que hei-de eu fazer dessas alforrecas que não têm ossos nem forma? Vomito-os e restituo-os às suas nebulosas: vinde ver-me quando estiverdes construídos. As próprias mulheres se cansam quando alguém, para lhes demonstrar amor, aceita fazer-se eco e espelho, porque ninguém tem necessidade da sua própria imagem. Mas eu tenho necessidade de ti. Estás construído como fortaleza e eu bem sinto o teu núcleo. Senta-te ali, porque tu existes.
A mulher desposa e torna-se serva daquele que é de um império”.
Antoine de Saint-Exupéry (Cidadela)

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Vou rir...

Fiquem descansados. Andam todos "em cima" de Alberto João Jardim, desancando no PSD. Mas vai chegar a hora dos socialistas. A hora da lista. Eu dou uma ajuda:
Lobby do Norte - Câmara (Porto Moniz), João Carlos Gouveia (São Vicente)
Lobby do Porto Santo - Zeca Mendonça/Luisa Mendonça
Lobby do Sul/Oeste - José Manuel Coelho (Ponta do Sol), Caetano (Ribeira Brava), Nilson Jardim (Camara de Lobos)
Lobby do Funchal - "Milhares deles"...
Lobby do Sul /Este - Gil França, Filipe Sousa (Gaula), Silva (Camacha), e os "donos" do PS de Machico (Martins e Martins)
Lobby dos não falados - Calheta e Santana
Façam contas. Para 12 a 13 lugares é gente a mais, não concordam? Estão a ver isto o que vai dar!...

Registe-se...

"O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, avisou hoje que nenhum novo quadro eleitoral regional paralisará a Lei das Finanças Regionais. Falando no final da reunião do Conselho de Ministros, o responsável recusou-se a comentar a recente demissão do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim. O executivo cultiva um «espírito de sobriedade», reagiu o ministro da Presidência. No entanto, o ministro da Presidência frisou que a Lei das Finanças Regionais «foi proposta pelo Governo, aprovada pela Assembleia da República e promulgada pelo Presidente da República» e acrescentou que a Lei das Finanças Regionais é «hoje uma lei da República, para valer em todo o território nacional e é para cumprir. Nenhum quadro eleitoral regional pode alterar essa situação». O titular daquela pasta sustentou depois que a Lei das Finanças Regionais «é justa e equilibrada e visa garantir condições financeiras para políticas de coesão nacional e regional».
«Todos cumprem a Lei e isso incluí a Madeira»
«Tendo havido uma evolução na situação financeira da Região Autónoma da Madeira - anteriormente estava abaixo da média nacional em termos de rendimento, mas hoje está acima -, ninguém compreenderia que se mantivesse o mesmo quadro de transferências para aquela região. Isso não seria justo», alegou o ministro. «No território continental, a taxa máxima do IVA é de 21 por cento, enquanto que na Região Autónoma da Madeira é de 15 por cento», observou. Segundo Pedro Silva Pereira, ao nível do IVA, «tem de manter-se uma relação de proporcionalidade consoante o esforço dos portugueses nas diferentes regiões do país». «Em Portugal, todos temos de cumprir a lei - e isso é válido também para a Região Autónoma da Madeira», acrescentou"
(fonte: www.portugaldiário.pt)
De facto há ministros que só abrem a boca para arrotar “postas de pescada”. Que tal se este indivíduo se preocupasse com o que se passa com a Saúde por esse país fora?

Terminou a crise...

Já somos um país a sair da crise. O Banco de Portugal descobriu que, afinal, o crédito mal parado diminuiu em Dezembro, situando-se nos 2,01 mil milhões de euros, o que representa um diminuição de 7% face a Novembro (2,16 mil milhões de euros). Diz o Boletim Estatístico do Banco de Portugal que o crédito à habitação foi o que viu diminuir mais os créditos mal parados, passando de 1,17 mil milhões de euros em Novembro para 1,14 mil milhões de euros em Dezembro. Já o crédito ao consumo passou de 379 milhões para 378 milhões de euros. Quanto aos montantes totais de crédito, no segmento de habitação verificou-se uma diminuição ligeira para os 91,59 mil milhões de euros enquanto que no crédito ao consumo o valor total concedido aumentou para os 11,39 mil milhões de euros. De acordo com o relatório do BdP, a concessão de crédito ao consumo aumenta mais de 21% em 2006. Na concessão de crédito à habitação o aumento foi de cerca de 15%, sendo que neste último segmento o acréscimo de empréstimos foi acompanhado de uma diminuição ligeira do crédito mal parado, conclui o relatório do Banco de Portugal. Crise? Qual crise...

PT e Berardo

O que se passa com a PT, com a guerra entre SONAE e PT é um insulto ao nosso país. Regras de mercado, dirão alguns iluminado que acham piada a estes jogos de milhões para cima e bilhões para baixo. E no meio deste jogos os bancos, BPI, BES, BCP, enfim, jogando com os lucros indevidamente ganhos - e estamos a falar de milhões - aos clientes (os arredondamentos...). Vá lá que no meio destes jogos que chedgam a ocupar a primeira página dos telejornais das televisões portuguesas (a que ponto chegou este país mal-cheiroso e certa comunicação social saloia que nós temos!) ainda aparecem uns "teimosos" que tinham que ser madeirenses: "O empresário Joe Berardo, que detém 2% da Portugal Telecom, volta a afirmar que vai votar contra a desblindagem dos estatutos da operadora, na próxima Assembleia-Geral, marcada para 2 de Março. E pede aos accionistas para votarem na próxima AG «em consciência». O empresário madeirense já veio afirmar que a subida da contrapartida para 10,5 euros não altera a sua posição de oposição à Oferta Pública de Aquisição (OPA) de Paulo Azevedo".

Quanto mais cedo melhor

O PSD-M apresentou, esta quinta-feira, ao Representante da República, Monteiro Diniz, as datas de 6 e 13 de Maio para a realização das eleições legislativas regionais antecipadas, revelou o vice-presidente do partido, Miguel Mendonça. «Mas quem decidirá nesta matéria e de forma definitiva será o Presidente da República", adiantou Miguel Mendonça no final da audiência com o Representante da República. Sobre as eleições antecipadas em consequência da demissão do Governo Regional, o vice-presidente do PSD-M salientou «não se pode dar o beneplácito da boa fé ao PS que está no Governo quando recorre ao expediente de truncar, de asfixiar financeiramente a Região para chegar ao poder». «Isto tem que ser enfatizado na campanha», defendeu. Confrontado como articulava este discurso com a entrevista de Alberto João Jardim ao Diário de Notícias do Funchal, em que apela ao diálogo com o Governo da República, Miguel Mendonça escusou-se a comentar as declarações.
Fonte: portugaldiário.pt
Eu também concordo: quanto mais cedo, melhor, mais o assunto fica despachado...

Indultos!

Cavaco Silva - já é sabido - indultou no Natal passado um indivíduo que consta tinha uma lista mais negra que a cor preta na polícia. Num país civilizado, o Ministro da Justiça que levou a pasta a Belem para recolher as assinaturas presidenciais, tinha-se demitido ou tinha sido demitido por um primeiro-ministro sério. Mas em Portugal nada disso. Fazem-se inquéritos e mandam-se notícias para os jornais: "A inspecção-geral dos serviços de Justiça conclui que foram omitidos elementos relevantes da situação criminal” de Américo Pereira Mendes, o cidadão que recebeu um indulto presidencial no Natal de 2006, mas que se encontra foragido à Justiça Mais: “Na instrução do processo do indulto, a cargo do Tribunal de Execução de Penas de Lisboa, foram reunidos elementos, provenientes da Polícia Judiciária e do Registo Criminal, que não foram tomados em consideração”, escreveu ontem o Ministério da Justiça numa nota à imprensa. Alberto Costa, responsável da tutela, vai agora dar conhecimento das conclusões do processo “aos conselhos superiores da Magistratura e do Ministério Público” para avaliarem o caso e realizarem um inquérito, cumprido o prazo de 15 dias para as averiguações internas no Ministério.Num dos pontos da referida missiva, o Ministério acrescenta, no ponto dois, que “tais elementos [do indultado] encontravam-se actualizados, mas os registos em causa não eram de leitura evidente”, aludindo ao papel da tutela no processo. O próprio Tribunal de Execução de Penas de Lisboa informou o Ministério “ter procedido à reabertura do processo”, aguardando-se, agora, a conclusão. Isto é, isenta-se Ministério e Presidente da República de qualquer responsabilidade. Cavaco Silva concedeu redução de pena de Américo Mendes que tinha um mandado de captura internacional. Foram concedidos 34 indultos no Natal".
E Cavaco Silva? Não se importem. Deve estar satisfeito com mais este esclarecimento. Fez figura de parvo, mas não exige medidas a um governo do qual é o principal patrono. Alguém imagina que um indulto presidencial tivesse dado na barracada que deu sem que ninguém tivesse respondido pela bronca? Deixá-lo curtir!

Ricardo Vieira

Ricardo Vieira, de quem sou amigo há muitos anos, desde os tempos do Liceu – e não são divergências políticas ou opções partidárias diferentes que nos separam, como é evidente – telefonou-me a comentar um comentário meu, negando que a sua posição sobre as eleições legislativas regionais (intercalares ou não) tivesse alguma coisa a ver com o seu futuro político. Eu de facto concordo, até porque Vieira, se quisesse, tinha futuro político e tinha protagonismo partidário garantido, o que para mim é mais do que adquirido. Mas acabamos por ficar exactamente no ponto em que estávamos quanto ao essencial da questão. Aliás recomendei a Ricardo Vieira a leitura do tal artigo 19º da lei eleitoral para a Assembleia da República, tendo ele reconhecido que o mesmo, de facto, faz alusão a datas para a realização dos actos eleitorais. Apesar de tudo, Ricardo Vieira insiste no seu argumento, que eu discordo. Mas tudo continua como antes, quanto à nossa consideração e respeito mútuos. O que eu pretendi dizer, e mantenho, foi que o CDS/PP tinha o seu calendário político próprio, que eventualmente poderia ser forçado a negociar uma coligação alargada com o PS, com vistas às regionais de 2008. Mas isso nada tinha (ou tem) a ver com o futuro político de Ricardo Vieira, há muito dedicado à advocacia, apesar da sua passagem, muito curta, pela última campanha do referendo do aborto e pela defesa do “Não”, provavelmente por razões que se prendem com a sua formação católica desde os tempos de estudante liceal.

Penitencio-me

Tenho que me penitenciar para evitar mal entendidos. Quando falei em “jogadas que metem nojo” não me referi a pessoas especificamente, mas a determinadas lucubrações que habitualmente ocorrem nestes momentos. Portanto, separemos, rigorosamente, essas lucubrações das pessoas em si mesmas, por muito que eu possa não concordar com ambas. Mas nada de confusão entre um e outro. Quanto ao resto o que disse está dito. Estarei nesta campanha eleitoral inteiro, a 100%, totalmente ao lado do líder do meu partido e da lista de candidatos quer ele apresentar. Portanto, nada de confusões. E podem estar certos que sei do que falo, porque falo e quando falo. Não tolero hipocrisias. Porque parto do princípio que quem cala consente e, neste casdo, porque se trata de política pura e dura, o silêncio pode ser muitas vezes a causa de dissabores posteriores. Portabnto, penitencio-me pela eventual confusão quanto aos alvos da adjectivação - e dou por encerrado este assunto - mas reafirmo tudo, repito, reafirmo tudo o que disse.

Calado

Conheço estes momentos – de que maneira. Se fosse dado a fazer memórias, poderia talvez encontrar histórias engraçadas. Mas como estou noutra, resolvi que não prestar mais declarações a meios de comunicação social, o que implica que seja absoluto tempo perdido tentarem o contrário. Mas o que penso continuarei a dar conta na minha coluna do JM, enquanto eles estiverem dispostos a isso, neste blogue pessoal, e eventualmente no espaço de debate na RTP da Madeira onde, repito, quem ali está é um jornalista (que deixou de exercer essa actividade, cuja carteira profissional nº 566 está depositada na entidade competente) que produz opinião pessoal, que desenvolve comentários políticos. Não se trata de um debate entre um jornalista e correspondente do “Publico” e o secretário-geral adjunto do PSD da Madeira. Se fosse um debate partidário, penso que o meu interlocutor não estaria disposto a dar a cara nem eu seria a “vedeta” partidária convidada...