O ex-diretor regional das Florestas acusa o Governo Regional de falta de visão política. Rocha da Silva diz que é preciso ir mais ao terreno e defende a criação de um departamento específico, só para a manutenção dos percursos pedestres recomendados da Madeira.
terça-feira, maio 31, 2022
Segurança alimentar: “Aumento dos preços é um risco muito grande” para Portugal, alerta Costa
O primeiro-ministro, António Costa, alertou esta terça-feira que o aumento dos preços, em consequência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia é “um risco muito grande” para Portugal, no capítulo da segurança alimentar. “[Aumento dos preços] significa níveis de inflação que há muitos anos não tínhamos no nosso país, penso que só da minha geração para trás há memória de inflações desta natureza”, sublinhou em declarações aos jornalistas no fim do Conselho Europeu. Segundo o governante, este “é um peso muito grande para o poder de compra dos portugueses. É um risco brutal que estamos todos a pagar, consequência da guerra que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia”, afirmou.
A nível global, o responsável referiu que “em virtude da guerra e do bloqueio, por parte da Rússia, dos portos ucranianos, está em risco a segurança alimentar a nível mundial”. Costa mencionou que o presidente da União Africana, o senegalês Macky Sall, expôs ao Conselho Europeu a “situação muito difícil que vários países africanos enfrentam” devido à carência, principalmente, de cereais. O primeiro-ministro avançou ainda que o Conselho Europeu demonstrou “todo o apoio aos esforços” da ONU e de António Guterres para que os portos ucranianos sejam reabertos e para que se encontrem novas rotas de escoamento dos produtos alimentares (Multinews, texto das jornalista Simone Silva)
Madeira: Rogério Gouveia diz que as ajudas da UE são mais expressivas que as do Estado
O secretário das Finanças considera que as ajudas da União Europeia têm sido mais expressivas do que as do Estado Português. Uma posição manifestada por Rogério Gouveia, esta manhã, no parlamento regional, durante um debate sobre a Madeira na Europa em 2021.
Há cada vez mais negócios feitos com criptomoeda na Madeira
É uma tendência no mercado internacional, mas também na Madeira há cada vez mais negócios efetuados com criptomoedas. O pagamento de umas férias e a compra de uma moradia avaliada em quase meio milhão de euros são exemplos de transações feitas com bitcoins.
Madeira: Paula Jardim crê num aumento de vendas com a redução do imposto sobre bebidas
A presidente do Instituto do Vinho destaca a importância de ter sido aprovada no orçamento do estado uma redução de 50 %, no mercado nacional, no imposto sobre o consumo de bebidas espirituosas - neste caso, o rum e os licores produzidos na Madeira.
Sindicatos alertam que plano de reestruturação vai “destruir” TAP
Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP alertaram esta terça-feira, no parlamento, que, a manter-se como está, o plano de reestruturação vai “destruir” a companhia, apontando ainda o dedo ao funcionamento do aeroporto de Lisboa. Numa audição, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, as estruturas sindicais criticaram a manutenção de um plano que não contemplou uma recuperação tão acelerada como a que está a ter lugar no transporte aéreo. “Na nossa opinião este plano como está, a manter-se, vai destruir a empresa”, disse Paulo Duarte, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), apontando que a nova gestão está a levar a cabo um “esvaziamento” dos sindicatos. Por sua vez, Fernando Henriques, também do Sitava, deixou fortes críticas à gestão dos aeroportos nacionais, da responsabilidade da Vinci, dona da ANA. “O aeroporto de Lisboa é hoje um centro comercial equiparado ao Vasco da Gama e Colombo, com uma diferença: apanham-se lá aviões. Mas é secundário”, atirou, destacando que “a TAP é vítima da forma como a Vinci gere o aeroporto de Lisboa e os aeroportos nacionais e não o inverso”.
Cafôfo prepara estudo politico das comunidades portuguesas
O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas vai criar um estudo comparado das políticas das comunidades. O objetivo é criar um plano estratégico para conhecer melhor as dificuldades de cada comunidade.
Inflação em Portugal no valor mais alto em quase 30 anos
Desde fevereiro de 1993 que os preços não subiam tanto. Na altura, a inflação estava nos 8,2 por cento. No mês de maio, que hoje termina, chega de novo aos 8 por cento.
Madeira: Barreto justifica investimento de 100 mil euros em estudo de criptomoedas
É a justificação aos 100 mil euros de dinheiros públicos investidos no estudo encomendado pelo Governo Regional, para a criação de uma moeda eletrónica na Região
Madeira pretende criar dois recifes artificiais nos mares da Região
Uma informação avançada pelo secretário do mar e pescas no primeiro encontro regional do mar. Um evento que reuniu cerca de trinta escolas, na apresentação de projetos no âmbito da escola azul.
Madeira voltou a bater recordes no turismo
Foi uma subida de 26% relativamente a Abril de 2019, o último ano antes da pandemia. O secretário do turismo aponta vários fatores para a recuperação. Entre os quais, a chegada da Ryanair.
Madeira: Segurança Social quer clarificar as regras da atribuição de apoios
O Instituto da Segurança Social da Madeira está a preparar um regulamento para clarificar as regras da atribuição de apoios às Instituições de Solidariedade Social. É a resposta às recomendações do Tribunal de Contas, que criticou a falta de clareza nos apoios atribuídos entre 2016 e 2018. Em entrevista à RTP, para ver depois do Telejornal, a presidente do Instituto de Segurança Social, Micaela Freitas, diz que tudo será mais claro a partir de 2023.
Madeira: Deputada envolvida em megaprocesso pede ao Parlamento para ser substituída nos dias em que for a tribunal
Patrícia Dantas, deputada do PSD, está pronunciada por um crime de fraude na obtenção de subsídio num megaprocesso. A deputada do PSD Patrícia Dantas, pronunciada por um crime de fraude na obtenção de subsídio num megaprocesso, pediu à Assembleia da República para ser substituída por um dia de cada vez que tiver de ir a tribunal.
segunda-feira, maio 30, 2022
TAP fecha atividade de manutenção no Brasil e despede mais de 500 trabalhadores
A TAP encerrou a atividade de manutenção de aviões no Rio de Janeiro, Brasil, na sexta-feira, despedindo mais de 500 trabalhadores, confirmou hoje à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários brasileiro. Segundo Luiz da Rocha Cardoso Pará, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, que atua nos 27 estados do país sul-americano, na última sexta-feira, “foi fechada no Rio de Janeiro, com mais de 500 demissões, a [área de] manutenção da TAP”, a TAP Manutenção e Engenharia (TAP ME). “Foram feitas entre 500 e 600 demissões, infelizmente. A empresa estava vendo em Portugal se continuaria ou não [com a manutenção no Brasil], se era necessário e, para nossa surpresa, depois de mais de dois meses conversando com os trabalhadores, ela [TAP] admitiu que iria acabar mesmo a manutenção no Rio de Janeiro”, afirmou Pará.
Congestionamento nos pontos turísticos mais procurados: Sugestão de Albuquerque não resolve
Motoristas de autocarros de turismo e empresários
do Ribeiro Frio queixam-se do congestionamento do trânsito na zona. Garantem
que o ajuste dos horários aos pontos mais procurados não vai resolver a
situação, uma vez que são os carros de aluguer que ocupam os espaços de
estacionamento
Porto Santo terá dois novos aerogeradores
O Porto Santo terá, ainda este ano, dois aerogeradores para energia eólica. O objetivo é passar, dentro de um ano ou dois, para 60 por cento, a produção de energia renovável na ilha. O terreno está escolhido, na costa norte da ilha.
Região não deve usar dinheiros público para estudo
O presidente da Ordem dos Economistas diz que o novo estudo encomendado pelo Governo Regional, sobre a viabilidade de implementar uma moeda eletrónica na Região, deveria ter sido feito pelo privado e não com dinheiros públicos. Segundo Paulo Pereira, ainda há muita contrainformação em relação ao assunto.
Ucrânia: Rússia mantém familiares de tropas que se recusem a obedecer a ordens como reféns, diz relatório ucraniano
As autoridades russas têm retido como reféns as famílias dos soldados que se recusam a realizar missões de combate na Ucrânia, segundo revelaram esta segunda-feira os serviços de Inteligência da Ucrânia. O Ministério da Defesa ucraniano divulgou, em relatório, que as forças russas atualmente estacionadas em áreas ocupadas no leste da Ucrânia que se recusam a lutar têm recebido ultimatos. “Se os ocupantes se recusarem a realizar missões de combate, as suas esposas e filhos serão ameaçados de realocação para as regiões deprimidas do Extremo Oriente”, referiu a subdivisão do Ministério da Defesa na rede social ‘Telegram’. As famílias das forças russas no distrito militar ocidental do país também estão impedidas de deixar o país, disse o ministério. Têm crescidos os relatos de crescente dissidência na Rússia, ao fim de mais de três meses depois do início da invasão em larga escala da Ucrânia, ordenada por Vladimir Putin, que chamou como uma “operação militar especial” para “desnazificar e desmilitarizar” o país. A 25 de maio último, 115 membros da Guarda Nacional da Rússia, ‘Rosgvardia’, foram oficialmente demitidos depois de “recusar” as suas missões de participar da guerra de Putin (Multinews, texto do jornalista Francisco Laranjeira)
Albuquerque: PSD tem a última chance de recuperar o eleitorado
Miguel Albuquerque considera que Luís Montenegro terá um trabalho difícil à frente do PSD. O líder regional do partido, que até foi mandatário do novo presidente do PSD, considera que esta é a última oportunidade para recuperar o eleitorado e apresentar um projeto reformista para o país
Madeira: Profissionais de baixa atrasam cuidados de saúde
Há 151 profissionais de saúde infetados com a covid-19. O serviço de saúde lançou um plano de recuperação de atividade clínica, mas as infeções e falta de trabalhadores continuam a limitar a atividade no serviço.
Madeira: Estão por realizar cerca de 20.500 cirurgias no Serviço Regional de Saúde
Neste momento estão por realizar cerca de 20.500 cirurgias no Serviço Regional de Saúde. Antes da pandemia, em 2019, eram cerca de 19 mil. Os dados foram divulgados hoje, numa conferência de imprensa.
Lucros da banca. Valor duplicou em relação a 2021
A banca arrancou o ano com o dobro dos lucros alcançados no ano passado. O Jornal Público avança que os seis maiores bancos a operar em Portugal registaram, só no primeiro trimestre do ano, lucros conjuntos superiores a 600 milhões de euros. Uma melhoria explicada pelo crescimento da atividade comercial, mas também pelo corte de custos operacionais, principalmente com a redução de balcões e trabalhadores.
Sondagem: Portugal no pódio dos países com visão mais negativa do regime de Putin
Turismo é motor da economia, mas Estado está a falhar nas “condições ao setor”, alertam associações
INE: A economia do trigo
Portugal regista uma forte dependência externa em relação ao abastecimento de trigo, há mais de uma década que o grau de autoaprovisionamento é inferior a 10%. Em 2021, apenas 6,3% da utilização interna de trigo (consumo humano, alimentação animal, utilização industrial, etc.) era satisfeita pela produção nacional, o que compara com 59,9% em 1990. Consequentemente, a balança comercial de trigo em Portugal tem sido deficitária. Em 1988 (o primeiro ano da série disponível de informação homogénea), o défice foi cerca de 48 milhões de euros, o valor mais baixo do período, tendo atingido 286 milhões de euros em 2021. No final da década de 80, o principal fornecedor de trigo a Portugal eram os Estados Unidos. No entanto, em 1991, este fornecedor perdeu relevância, dando lugar a países da União Europeia, com destaque para a França.
A Ucrânia e a Rússia têm pesos residuais, respetivamente 0,5% e 0,3%, na estrutura nacional das importações de trigo (média 2012-2021). A suspensão das importações deste cereal com origem nestes países dificilmente poderá afetar o abastecimento interno deste cereal. No entanto, a instabilidade resultante da intervenção militar da Rússia na Ucrânia refletiu-se na cotação internacional do trigo o que, face à dependência externa de Portugal desta commodity, irá muito provavelmente aumentar o desequilíbrio da balança comercial. Tanto mais que, no que se refere à produção nacional em 2022, as previsões agrícolas apontam para uma diminuição da produtividade de 10%, face a 2021, numa campanha igualmente marcada pelo aumento significativo do preço dos meios de produção que, em conjunto com as condições meteorológicas adversas, contribuíram para a diminuição da área instalada (-8%). Neste cenário, mantendo-se o consumo interno ao nível de 2021 e admitindo, como hipótese técnica, que o preço de exportação do trigo no porto de Rouen se manteria, até ao final de 2022, ao nível registado a 18 de maio passado (443€/tonelada), o impacto na balança comercial portuguesa de trigo em 2022 já seria de um agravamento do défice próximo de 60% face a 2021 (considerando os dados já conhecidos do comércio internacional de bens para o 1º trimestre de 2022), correspondente a cerca de 165 milhões de euros (o que representaria perto de 1% de agravamento do défice global, tomando como referência o valor de 2021) (INE)
Seis maiores bancos de Portugal duplicam lucros e reduzem número de trabalhadores no início do ano
Os seis maiores bancos a operar em Portugal diminuíram em 10% o número de trabalhadores no primeiro semestre de 2022, um dos fatores que conjugado com o crescimento da atividade comercial e a melhorias do lado operacional, fizeram com que estas entidades bancarias tivessem terminado o período em análise com resultados líquidos conjuntos de 616,5 milhões de euro, mais do dobro do registado no período homólogo. A notícia avançada pelo ‘Público’ dá conta dos resultados da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander (triplicou os lucros), BPI (o único com uma quebra nos lucros de 19%), Novo Banco e Banco Montepio. São vários os fatores que potenciaram este crescimento, a margem financeira das instituições melhorou, tendo aumentado mais de 10% para o conjunto dos bancos, as receitas com comissões aumentaram mais de 15%, a redução dos custos com pessoal em 9%, entre outros, explica o jornal.
Ministro russo dos Negócios Estrangeiros nega que Putin esteja doente
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, desmentiu esta segunda-feira as notícias que têm sido difundidas, nomeadamente pelas secretas militares ucranianas, relativamente ao alegado estado de saúde debilitado do presidente Vladimir Putin. Em entrevista ao canal televisivo francês TF1, Sergei Lavrov defendeu que o presidente russo, Vladimir Putin, aparece regularmente em público e que “qualquer pessoa sã” não verá qualquer sinal de doença. “Vocês podem vê-lo na televisão, ler ou ouvir os seus discursos”, disse Lavrov. "Não acho que qualquer pessoa sã consiga ver nesta pessoa sinais de algum tipo de doença ou enfermidade", acrescentou.
Porto Santo vai ter novos hotéis nos próximos tempos
A informação foi avançada por Nuno Batista, presidente da Câmara do Porto Santo. A novidade vem no seguimento das novas rotas aéreas com a ilha dourada.
Sondagem: Apoio ao corte de laços com a Rússia divide o Ocidente do resto do mundo
Uma sondagem da fundação dinamarquesa Aliança de Democracias expôs uma forte polarização entre o Ocidente e o resto do mundo relativamente às perceções atuais sobre a Rússia. Do total dos 52 países inquiridos, 31 são a favor do corte de laços com Moscovo, sendo maioritariamente democracias ocidentais, particularmente a Europa e os Estados Unidos, mas também o Canadá, Japão e Coreia do Sul. No resto do mundo, particularmente em países da Ásia, Norte de África e Médio Oriente, a maioria das pessoas é a favor da preservação dos laços com a Rússia. Apesar da invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro, muitos países mantêm opiniões positivas relativamente à Rússia. Segundo uma pesquisa da Aliança de Democracias, organização sem fins lucrativos dedicada ao avanço da democracia, há uma clara divisão entre democracias liberais, principalmente ocidentais, e o resto do mundo no que diz respeito às opiniões acerca de Moscovo. Enquanto na Europa 55 por cento dos inquiridos se mostraram a favor do corte dos laços económicos com a Rússia devido à invasão da Ucrânia, na Ásia a maioria foi contra e na América Latina as opiniões dividiram-se.
Aeroporto da Madeira terá plano de contingência
Começam hoje as obras que vão alterar a ciclovia no Funchal
Está previsto para hoje o começo das obras que vão alterar a ciclovia na zona da ponta do Ribeiro Seco. Na prática é o fim da ciclovia, já que o espaço será adaptado a uma faixa de rodagem para transportes públicos e veículos prioritários. O objetivo da Câmara do Funchal é reduzir o congestionamento do trânsito naquela zona. A opção de suprimir a ciclovia vai custar 150 mil euros e é o cumprir de uma promessa eleitoral do atual presidente da Câmara, Pedro Calado.
Problemas de saúde de Putin e contínuas visitas a médicos “estão a ter um impacto muito sério” no Kremlin
Vladimir Putin precisa de fazer pausas regulares para tratamentos médicos, segundo revelou o antigo espião britânico Christopher Steele, em entrevista à rádio britânica LBC, na última semana, o que tem afetado o seu poder. “Entendemos que há desordem e caos crescentes no Kremlin”, denunciou. “Não há uma liderança política clara vinda de Putin, que está a ficar cada vez mais doente, e em termos militares, as estruturas de comando e assim por diante não estão a funcionar como deveriam”, acrescentou. Christopher Steele é um ex-agente do MI6 que trabalhou durante muitos anos na Rússia, inclusive na gestão do escritório russo de espionagem britânico durante três anos. Apesar de não ter citado as suas fontes, garantiu estar “bastante certo” das suas alegações.
Apesar dos desmentidos do Kremlin – o principal porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, negou já repetidas vezes qualquer problema de saúde do líder russo -, Steele trouxe uma versão diferente. “O que sabemos é que está constantemente com ele uma equipa de médicos”, frisou, apontando que muitas das reuniões do Governo, muitas das quais são televisionadas, devem ser ivididas em secções para que Putin possa sair e receber tratamentos regulares.
Chefes de inteligência britânica acreditam que Putin pode estar morto e que o Governo russo estará a usar um duplo no seu lugar
“Putin está muito doente e, quando morrer, a sua morte será mantida em segredo durante semanas, se não meses”, disse uma das fontes. “Há também a possibilidade de já estar morto. Acredita-se que Putin tenha contratado duplos no passado quando estava doente e o Kremlin pode estar a fazer o mesmo agora”, acrescentou.
domingo, maio 29, 2022
PSD: As primeiras missões de Montenegro
O novo presidente eleito do PSD, Luís Montenegro, vai ter entre as suas primeiras missões garantir a unidade no partido, que passará por decidir sobre a atual direção do grupo parlamentar e pela equipa dirigente que proporá ao Congresso. De acordo com o ‘site’ do PSD, e quando falta apenas apurar uma secção (no círculo da Europa), o antigo líder parlamentar conseguiu cerca de 72,5% dos votos e o adversário Jorge Moreira da Silva 27,5%, numa eleição em que a abstenção rondou os 40%, muito acima das duas anteriores diretas, mas em que obteve mais votos, em termos absolutos, do que Rui Rio em 2020 (contra si) e em 2021, contra Paulo Rangel. Durante a campanha interna, o antigo líder parlamentar repetiu, por várias vezes, que teria capacidade de unir o partido se vencesse e revelou até, em entrevista à Antena 1, ter um compromisso com o seu adversário interno de que o clima de campanha terminaria com a eleição.
Uma das primeiras tarefas de Luís Montenegro, assumida pelo próprio, será conversar com o atual líder parlamentar social-democrata e dirigente desde o início da liderança de Rui Rio, Paulo Mota Pinto, eleito em 7 de abril com mais de 90% dos votos, e que também nunca esclareceu se colocaria o lugar à disposição do novo presidente.
A associação, a fundação, o CCB, os bancos e os tribunais: que mundo é este que o Governo quer cortar com Berardo
Mas que atores são estes?
António Costa à beira de ultrapassar Pedro Passos Coelho
Rui Rio está próximo de abandonar a liderança do PSD, ao fim de uns longos quatro anos e três meses. Entre os presidentes sociais-democratas, é o terceiro com mais tempo a dar a cara pelo partido, só atrás de Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho. E_é o recordista na oposição – ou sem ter sido eleito primeiro-ministro – liderando o partido desde 18 de fevereiro de 2018. A 11 de outubro de 2017, em Aveiro, anunciou pela primeira vez que ia a jogo nas diretas de 13 de janeiro de 2018, que decidiriam o sucessor de Passos Coelho. Aí defrontou o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, tendo saído vitorioso com 54,37% dos votos dos militantes sociais-democratas. Tomaria posse um mês depois, no 37º congresso do PSD, realizado em Lisboa. Em janeiro de 2020 recandidatou-se e foi reeleito presidente do partido, concorrendo, numa primeira volta, contra Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, e numa segunda volta apenas contra o antigo líder parlamentar de Passos Coelho, que disputa agora as diretas de hoje com o ex-ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva.
E quando os juros subirem?
O total dos empréstimos para compra de casa aumentaram 4,8% em abril, para 98,3 mil milhões de euros, face ao mesmo período de 2021. Trata-se de um crescimento semelhante ao registado em março, revelou o Banco de Portugal (BdP). Feitas as contas, as instituições financeiras deram por dia 3,3 milhões de euros só em negócios de aquisição de um imóvel, não refletindo para já as restrições impostas pelo regulador. O Banco de Portugal, a partir de abril, impôs novos limites à maturidade máxima dos novos créditos à habitação em função da idade. Para clientes com idade superior a 35 anos a maturidade do crédito deve ser no máximo de 35 anos. Para clientes bancários com idade superior a 30 anos e inferior ou igual a 35 anos, a duração máxima do crédito deve ser de 37 anos. Já os créditos até 40 anos passam a ser possíveis para quem tenha idade inferior ou igual a 30 anos. No entanto, os analistas contactados pelo Nascer do SOL admitem que esse impacto ainda não é visível. «O crédito à habitação continua em níveis elevados mas não se espera que as recentes restrições possam ter grande impacto nesta tendência. Por outro lado, estas novas medidas podem fazer com que os jovens recorram aos créditos à habitação mais cedo», diz Henrique Tomé, da XTB.
Quase 52 milhões por dia em IVA e ISP em abril
Só no mês de abril, o Estado português arrecadou cerca de 51,6 milhões de euros por dia em IVA e Imposto Sobre Produtos petrolíferos (ISP). Estes são os valores que constam na mais recente síntese de execução orçamental onde está detalhado que, em Imposto sobre Valor Acrescentado, durante todo o mês de abril, o Governo arrecadou 1.329 milhões de euros, um valor bastante superior ao do ISP: 217 milhões de euros. No mês anterior, o Governo tinha arrecadado com estes dois impostos pouco mais de 37,4 milhões por dia, o que significa que, de um mês para o outro, o Estado aumentou estes lucros em 14,2 milhões de euros.No documento, o Governo explica: «Na receita fiscal sobressaiu o crescimento da receita do IVA (+26,2%), para além da cobrança do IRS (+6%), ISP (+22,8%), IRC (+76,4%), Imposto do Selo (+17,2%) e imposto de consumo sobre o tabaco (+14,4%)».
A recuperação da economia
Os dados do Ministério das Finanças divulgados esta semana mostram que o défice orçamental fixou-se em 782 milhões de euros em abril, «evidenciando uma melhoria de 4.272 milhões de euros face aos primeiros quatro meses de 2021, momento em que a atividade económica foi fortemente afetada por um confinamento geral». E, tendo por comparação o mesmo período de 2019, «de forma a expurgar o efeito base causado pela pandemia, o saldo melhorou em 528 milhões de euros».
Sondagem: Mais de 80% pedem novas medidas para atenuar a crise
Maioria considera insuficiente a atualização de pensões e salários e defende que devia haver limites aos aumentos de preços da energia e bens essenciais. A esmagadora maioria dos portugueses (81%) considera que o Governo tem de aprovar novas medidas para atenuar os efeitos da crise económica agravada pela guerra na Ucrânia. Limitar os aumentos dos preços da energia e de bens essenciais e baixar impostos são medidas defendidas como prioritárias por mais de metade dos inquiridos na sondagem feita pela Aximage para o JN, DN e TSF. O Orçamento do Estado foi aprovado anteontem; dias antes (as 805 entrevistas foram feitas entre 19 e 24 de maio), cerca de 80% dos inquiridos responderam que a atualização das pensões e o aumento previsto para a Função Pública são insuficientes.
sábado, maio 28, 2022
Madeira: Albuquerque põem ordem no acesso aos pontos turísticos
O presidente do governo garante que a vai coordenar com os agentes de viagens a hora de acesso dos locais mais procurados pelos turistas para evitar congestionamentos. Miguel Albuquerque lembra que a Região está a ter uma grande procura, o que é "um bom problema"
Madeira: Guias consideram insustentável concentração de turistas
Os guias de montanha dizem que a capacidade de carga de alguns pontos turísticos já atingiu o limite. A elevada concentração de turistas em algumas zonas está a provocar o caos no trânsito e longas filas nos percursos a pé. Sugerem medidas urgentes para que o destino Madeira não perca qualidade.
Juiz candidato ao Tribunal Constitucional sugere punir jornalistas para proteger segredo de justiça
Terça-feira vai ser votado o candidato único ao cargo de juiz-conselheiro do Tribunal Constitucional. O juiz António Almeida Costa defende que deve haver limites à liberdade de imprensa e que é preciso punir os jornalistas para garantir o segredo de justiça.
Ministro justifica rutura com Berardo
O ministro da Cultura garante que foram respeitados todos procedimentos na denúncia do contrato assinado entre o Estado e Joe Berardo. Diz que não conhece o colecionador e que nunca falou com ele. Pedro Adão e Silva afirma, ainda que tendo Joe Berardo uma atitude de litigância em relação a todos e tantos processos judiciais, não fazia sentido renovar esse protocolo.
Madeira quer Estado no capital do CINM
A Madeira está disponível para a entrada do estado no capital do Centro Internacional de Negócios. O convite é do presidente do Governo Regional. Miguel Albuquerque participou com o secretário de Estado da Economia, na conferência sobre tecnologia, organizada pela Câmara do Funchal.
CINM volta a admitir novas empresas
O Centro Internacional de Negócios da Madeira vai voltar a aceitar novas empresas. O prazo de licenciamento foi alargado até dezembro de 2023 no Orçamento do Estado, que foi hoje aprovado.
Prejuízos da TAP baixam para 121,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022
Os prejuízos da TAP reduziram-se no primeiro trimestre deste ano para 121,6 milhões de euros, face ao valor negativo de 365,1 milhões de euros obtido em igual período do ano passado, indicou esta sexta-feira a transportadora, em comunicado. Numa nota, publicada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP referiu que “o resultado líquido registou uma melhoria material quando comparado com o 1T21 [primeiro trimestre de 2021], com a perda líquida a diminuir 66,7% para -121,6 milhões de euros, apesar do impacto líquido negativo das diferenças cambiais de 14,7 milhões de euros, em resultado da depreciação do EUR [euro] face ao USD [dólar], com um forte impacto nas rendas futuras e, portanto, ‘non-cash’ neste período, parcialmente compensado pela valorização dos ‘recebíveis’ do Brasil, por via da apreciação do BRL [real] face ao EUR”.
PIB português regressa à cauda do pelotão a partir de 2023
Analisar números do produto interno bruto é quase como contemplar um quadro de Escher. Não sabemos bem se estamos a subir, se a descer ou qual é o referencial com que nos devemos comparar. A economia dá um salto no primeiro trimestre. Isso é bom? É mau? É assim-assim. Depende é, porventura, a resposta mais correta. E prudente. Para não se entrar em euforias injustificadas nem em angústias desnecessárias. Todas as boas notícias são bem-vindas mas convém, no entanto, ter uma perspetiva mais longa do que os dados mais recentes ou a última estimativa. Portugal começou o ano a grande velocidade e cresceu 11,9% no primeiro trimestre em comparação com igual período do ano passado. Foi a economia mais rápida da União Europeia (UE) no trimestre em que a guerra na Ucrânia começou. Foi o bom desempenho do primeiro trimestre, a par de sinais positivos sobre a recuperação do turismo, que levou a Comissão Europeia a rever em alta as projeções de crescimento português este ano. Nas previsões de primavera publicadas na semana passada aumentou a estimativa de 5,3% para 5,8%, ao mesmo tempo que cortou o valor esperado para o conjunto da zona euro, da UE e para quase todas as economias. Portugal foi um dos dois únicos países UE tiveram revisões em alta — o outro foi a Irlanda (de 5,1% para 5,4%) — e é mesmo o produto interno bruto (PIB) com maior projeção de crescimento este ano.
Um olhar estatístico sobre as finais da Champions: Qual o país mais bem-sucedido? Quem marcou mais golos? E quem perdeu mais vezes?
Ronaldo lidera em vitórias em finais
Como seria de esperar, o Cristiano Ronaldo, o 'Sr.Champions', que tantos recordes ostenta na competição, também não podia de deixar de ter este: com cinco triunfos, o astro luso é o jogador que mais finais da Liga dos Campeões ganhou até à data.
5 Cristiano Ronaldo (Manchester United, Real Madrid)
5 Karim Benzema (Real Madrid)
5 Luka Modrić (Real Madrid)
5 Gareth Bale (Real Madrid)
5 Isco (Real Madrid)
4 Dani Carvajal (Real Madrid)
4 Andrés Iniesta (Barcelona)
4 Marcelo (Real Madrid)
4 Sergio Ramos (Real Madrid)
4 Clarence Seedorf (Ajax, Real Madrid, Milan)
Sondagem: Mais de metade dos portugueses contra fim do uso de máscaras
Satisfação com a forma como o país tem lidado com a pandemia é crescente, mas a situação ainda causa muita preocupação sobretudo entre os mais velhos. Mais de metade dos portugueses está contra a decisão do Governo de deixar cair a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção contra a covid-19 nos espaços fechados. Muitos continuam a usá-la, sempre e às vezes, e só uma minoria (22%) admite que nunca a coloca. Apesar das críticas ao levantamento das máscaras, são cada vez mais os que consideram que Portugal tem lidado bem e muito bem com a pandemia.
A decisão de pôr fim às máscaras, com exceção dos serviços de saúde e transportes públicos, não agradou a 55% dos inquiridos na sondagem Aximage realizada, entre 19 e 24 de maio, para o JN, DN e TSF. Outros 37% concordam com a decisão do Governo e 8% não manifestaram opinião. A maioria dos críticos são da Região Norte, mas na Área Metropolitana do Porto, onde a pandemia também cresce a ritmo acelerado, há mais pessoas a concordar do que a discordar do alívio das máscaras. Olhando aos grupos etários salta à vista que são os mais velhos que mais discordam do fim das máscaras. E o inverso também é notório: 49% dos inquiridos entre os 18 e os 34 anos acham que a decisão foi acertada.
OE-22: As razões para a abstenção dos deputados do PSD/Madeira
Os deputados do PSD/Madeira justificaram esta sexta-feira a sua abstenção na votação do Orçamento de Estado de 2022 com as "garantias de boas concretizações" dos assuntos da região pendentes com a República e com a alteração positiva no relacionamento institucional. "A razão maior que nos leva a assumir este sentido de voto, para além da abertura registada, prende-se com o interesse superior da região e do país e pelo facto de termos já garantias de boas concretizações no que respeita a dossiês fundamentais para o futuro da Madeira, como é o caso da Zona Franca", disse o deputado social-democrata madeirense Sérgio Marques à agência Lusa.
O Orçamento do Estado para 2022 foi hoje aprovado em votação final global no parlamento, com os votos a favor do PS e as abstenções dos deputados do PSD da Madeira e dos deputados únicos do PAN e Livre. O parlamentar do PSD eleito pelo círculo da Madeira salientou a "abertura, o diálogo e a concertação que foram possíveis de estabelecer com o Governo da República durante a discussão do Orçamento do Estado".
sexta-feira, maio 27, 2022
Portugal perde cinco militares por dia desde o início do ano
Os números são considerados "graves" por atuais e antigos dirigentes militares que alertam para as consequências que podem gerar, como a de Portugal esgotar os seus recursos perante os compromissos que mantém com a NATO. “Podemos ter ainda resposta para esses compromissos, que são muitos, mas ficamos sem nada”, alerta o Tenente-General José Garcia Leandro, garantindo que a “situação que o País passa é grave” e salientando que “há muito tempo que os efetivos estão a cair”.
Negociador russo para o conflito na Ucrânia é nomeado líder de partido de extrema-direita...
Leonid Slutski vai substituir Vladimir Zhirinovski, fundador do partido, em 1989, que morreu no início de abril, aos 75 anos. Zhirinovski, um dos políticos mais populares da Rússia desde a queda da União Soviética, em 1991, era conhecido pelos seus escândalos, explosões e críticas ferozes ao Ocidente. Slutski, que anunciou que vai reformar o programa do partido para dar prioridade às políticas sociais, assegurou que o LDPR irá continuar a ser “um partido de oposição” que exercerá uma “oposição construtiva”. Os comunistas, o segundo maior partido representado na Duma, depois do Rússia Unida, e a oposição extraparlamentar têm acusado os ultranacionalistas de apoiarem cegamente a política do Kremlin. Em relação às negociações com a Ucrânia, Slutski admitiu que estão a decorrer em “low profile” (de forma discreta), mas considerou que o formato atual não precisa ainda de ser alterado. O LDPR, que venceu as eleições legislativas em 1993, sofreu um golpe nas eleições de setembro de 2021, quando perdeu 18 deputados na Duma, tendo agora 21, menos 36 que os comunistas (Sapo)
É possível um golpe de Estado na Rússia? Elites descontentes poderão repetir a história
É possível um golpe de Estado na Rússia? Há vários meses, a maioria dose analistas teria considerado a ideia como absurda. Atualmente, com a guerra na Ucrânia a causar pressão, a questão é relevante e até pode ser urgente. E esta questão foi complementada por outra: um líder que criou uma catástrofe tão imensa para o seu regime e país pode sobreviver? A especulação sobre um possível golpe é apenas isso – especulação. Como não há evidências diretas de que alguém em Moscovo esteja a planear um golpe, o melhor que se pode fazer, segundo o especialista sobre assuntos da Rússia do site ‘Bellingcat’, Christo Grozev, é tirar conclusões das condições existentes na Rússia e esperar que estejam certas.
A lista de males da Rússia é longa. O país vive atualmente um isolamento político quase completo, colapso económico iminente, crescentes dificuldades materiais e insatisfação, e uma derrota militar iminente. Assiste-se também à galvanização da NATO, que deverá acrescentar novos membros, e ao reforço da aliança dos EUA com a Europa.
Sondagem: Candidatos dividem portugueses, mas Montenegro vence entre eleitores do PSD
Sondagem para o DN, JN e TSF mostra que a maioria dos portugueses não tem preferência por nenhum dos candidatos à liderança. Mas, entre os que votaram no partido nas últimas legislativas, o ex-líder parlamentar ganha. A maioria dos portugueses, 58%, não consegue ter uma opinião sobre quem é melhor para liderar o principal partido da oposição, segundo a sondagem da Aximagem para o DN, JN e TSF. E os 42% que se pronunciam repartem-se pelos dois candidatos à sucessão de Rui Rio. Ou seja, Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva aparecem ambos com 21% nas preferências dos inquiridos para conduzir o PSD a partir de 28 de maio. No entanto, olhando apenas para os inquiridos que revelaram ter votado no PSD nas últimas legislativas de janeiro, a preferência vai claramente para Luís Montenegro, com 41% a pronunciar-se nesse sentido contra 22% para Jorge Moreira da Silva (37% não tem opinião). Nesta amostragem recolhida entre 19 e 24 de maio e que envolveu 805 pessoas, percebe-se que não há grandes diferenças na escolha dos inquiridos consoante a zona geográfica - a norte Jorge Moreira da Silva, antigo ministro do Ambiente, recolhe mais simpatia do que Luís Montenegro, enquanto o antigo líder parlamentar da bancada social-democrata granjeia mais apoios a centro, sul e ilhas. Já olhando para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, o que se vê é um empate nas duas regiões. No que diz respeito aos grupos etários também não se verificam grandes oscilações. Montenegro recolhe maior preferência entre os inquiridos dos 18 aos 49 anos e Moreira da Silva nos que têm 50 ou mais.
Sondagem: Candidatos à liderança do PSD geram indiferença na maioria
Nem Luís Montenegro, nem Jorge Moreira da Silva: mais de metade dos portugueses não tem opinião sobre qualquer dos dois candidatos à liderança do PSD, segundo um estudo da Aximage para JN/DN/TSF. Uma situação que se pode dever à fraca mediatização da campanha das diretas de amanhã. A candidatura do ex-ministro reconhece o problema da mediatização e admite ter sido prejudicada. Já a do ex-líder parlamentar desvaloriza e considera que a mensagem chegou a quem interessa: os militantes. Segundo o estudo da Aximage, feito com base em 805 entrevistas de norte a sul do país e ilhas, 58% dos inquiridos manifestaram não ter qualquer opinião sobre qual dos dois candidatos nas diretas será o melhor sucessor de Rui Rio na liderança dos sociais-democratas. Uma percentagem que atinge os 62% nos arquipélagos, os 68% no eleitorado feminino e os 62% na faixa etária entre os 18 e os 34 anos.
Sondagem: Quase 40% dos portugueses acham que a guerra vai durar mais de um ano
Mais de três meses depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, são cada vez mais os portugueses que acreditam que a guerra vai durar mais de um ano. Em março eram 16%, este mês são 39%. Mais do dobro, de acordo com os dados da sondagem sobre o conflito feito pela Aximage para o JN, DN e TSF. São também cada vez mais os que dizem sentir o impacto da guerra na sua vida particular (passou de 59% em março para 82% em maio), especialmente através da perda do poder de compra.
A percentagem dos que têm a expectativa de que a guerra vai durar entre seis meses e um ano também duplicou: passou de 13% em março, subiu para 22% em abril e atingiu os 26% em maio. Naturalmente em sentido inverso, quase caiu para metade os que acreditam que a invasão vai durar menos de seis meses - eram 30% dos inquiridos em março, subiram para 31% em abril, mas diminuíram para 18% em maio.
quinta-feira, maio 26, 2022
Estudo Custo-Benefício da Zona Franca da Madeira: Conheça as conclusões e caminhos alternativos
As economias
insulares do tipo daquelas que nos interessam no contexto do presente trabalho,
que tem como ponto focal a Região Autónoma da Madeira, apresentam três características
que, por limitarem a possibilidade de beneficiarem dalguns daqueles fatores de
crescimento, são fundamentais para a explicação das dificuldades que as
economias insulares enfrentam para alcançaremos níveis de rendimento das
economias não-insulares que lhes servem de referência. As três características,
cujos efeitos interagem e se reforçam mutuamente, são a dimensão, a distância (ou
isolamento) e a vulnerabilidade.
. As economias
insulares são pequenas, o que restringe fortemente as economias de escala de
que podem beneficiar, o que por sua vez constitui um desincentivo ao investimento
naquelas economias. Além disso, a pequenez das economias insulares reduz a disponibilidade
de massa crítica para atividades de I&D e para o desenvolvimento de
clusters. Uma forma de contrariar a falta de dimensão consiste na
especialização da economia. Porém, tal comporta riscos, especialmente por
contribuir para uma forma de vulnerabilidade:
- a dependência
excessiva relativamente a um certo tipo de produção/exportação. Além disso, a
especialização requer uma forte inserção da economia insular no contexto
internacional, para o que é fundamental a existência de redes de transporte e de
comunicação com elevada qualidade. Contudo, a existência destas redes é dificultada
pela grande distância física entre as ilhas e os centros económicos relevantes,
distância essa que tem de ser percorrida em transporte aéreo ou marítimo, com custos
elevados. Certas dimensões da vulnerabilidade das economias insulares resultam da
pequenez (nomeadamente, a dependência de um número reduzido de bens/serviços
exportados, ou das remessas dos emigrantes, ou de apoios externos) e da
distância (dependência das redes de transporte e de comunicação). Outra vertente
importante da vulnerabilidade das economias insulares resulta do facto de
estarem frequentemente expostas a riscos naturais, que as projeções para o
clima indicam poderem estar a agravar-se.
Em face das
dificuldades impostas por aquelas três características, as estratégias de desenvolvimento
das economias insulares têm passado essencialmente pela internacionalização, que
tem de estar assente numa força de trabalho devidamente preparada para tal
(adequação do capital humano), bem como em infraestruturas adequadas, em
especial, boas redes de transporte e de comunicação. Essas redes podem
contribuir para a exportação do resultado da exploração de recursos naturais
relativamente abundantes em que a economia se especialize, mas podem também ser
fundamentais para o desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo, ou para a
exportação de serviços que possam ser prestados à distância (por exemplo,
serviços financeiros, serviços a empresas, call centres).
Quase certamente, a
atração de empresas industriais de grande dimensão e impacto na economia
regional será difícil, dadas as dificuldades colocadas pelas três
características fundamentais discutidas acima. Com efeito, aquelas três
características confluem num aumento significativo dos custos das empresas
industriais, pelo que o incentivo a oferecer para conseguir atrair
investimentos industriais de monta terá certamente de ser bastante mais
expressivo do que o proporcionado por um regime de benefícios fiscais. Não será
pois de estranhar que, no caso da ZFM, o número de empresas industriais licenciadas
seja apenas cerca de 3% do total das empresas licenciadas.
Em comparação, a atração
de empresas de serviços que possam ser prestados à distância será mais fácil.
Além das redes de transporte e de comunicação, para conseguir atrair estes investimentos
será importante oferecer boas condições de vida na ilha e será provavelmente indispensável
oferecer benefícios que reduzam os custos de estabelecer e operar essas empresas
na economia insular. Porém, provavelmente refletindo as dificuldades em atrair outro
tipo de investimentos, as economias insulares da União Europeia mais bem-sucedidas
parecem ter seguido a via da aposta no turismo. Ainda segundo Armstrong e Read
(2003), as outras economias insulares bem-sucedidas foram as que se
especializaram na prestação de serviços financeiros (provavelmente configurando-se
como “paraísos fiscais”) ou na exploração de recursos naturais (principalmente
na extração de petróleo e nas pescas).
A opção pela
exploração de recursos naturais só é possível para as economias que efectivamente
dispõem de recursos naturais importantes. A aposta no turismo suscita críticas,
principalmente pelo facto de muitos dos empregos criados por esta via exigirem poucas
qualificações e serem relativamente mal remunerados. Além disso, a atividade
turística está sujeita a flutuações, muitas vezes causadas por fenómenos
imprevisíveis e totalmente fora do controlo dos agentes económicos da região –
recorde-se, por exemplo, o efeito de desastres naturais, ataques terroristas e sublevações
populares, para lá das flutuações cambiais e da imposição/remoção de obstáculos
às viagens.
Em face disto e das
dificuldades causadas pelas três características fundamentais das economias
insulares, provavelmente a opção mais fácil será por uma estratégia de
crescimento que inclua a atração de empresas de serviços financeiros.
No entanto, nos
últimos anos, um conjunto importante de países desenvolvidos tem adotado
posições cada vez mais restritivas relativamente à concorrência fiscal e aos
paraísos fiscais. Uma delas será a decisão de adotar 15% como possível taxa
mínima de tributação das empresas. Ainda que tal medida, de aplicação a determinados
grupos empresariais, implicando desagregação de contas por jurisdição, e ainda
outras complexidades aplicacionais, possa não ter uma influência decisiva sobre
a ZFM, não deixa, todavia, de criar um novo ambiente para a tributação das
multinacionais que os decisores terão de equacionar.
É neste contexto
algo desfavorável a regimes fiscais especiais que se discute agora o futuro da
ZFM. Apresentámos neste trabalho vários cenários de quantificação do efeito do eventual
fim dos benefícios fiscais oferecidos pela ZFM. Os cenários traçados, ao
contrário do que aconteceu nos estudos anteriores, assumem, com base na realidade
contabilística das empresas e na natureza dos benefícios fiscais, que, na
sequência da eventual extinção dos benefícios fiscais associados à ZFM, dela
saem entre 10% e pouco mais de 30% das empresas aí sediadas. Mesmo seguindo
estes cenários, a perda imediata de empregos oscila entre 1 255 e 3 426, representando
entre 1% e cerca de 3% da população na RAM). Nos cenários mais conservadores, a
perda de VAB chegaria a 219 milhões de euros, enquanto nos cenários mais prováveis
seria cerca de 400 milhões de euros, correspondendo a um intervalo compreendido
entre cerca de 10% e mais de 22% do VAB total da Região Autónoma da Madeira.
Embora os custos do
fim da ZFM sejam claros e significativos (sempre superiores a 219 milhões de
euros) do ponto de vista agregado, sob o prisma das finanças públicas
(regionais), o resultado imediato é incerto: é positivo na maioria dos
cenários, mas nunca ultrapassando os 18 milhões de euro, e é negativo noutros
cenários. Não é demais voltar a salientar que os eventuais benefícios imediatos
que podem ser sentidos nas contas públicas regionais podem ser absorvidos nos
custos agregados enunciados anteriormente.
Ora, tendo em conta
a natureza de região ultraperiférica, a concorrência internacional, a estrutura
setorial da região e a reconfiguração mundial das cadeias de valor na era
pós-pandémica, não se anteveem soluções alternativas que não passem pela
subsidiação à instalação de empresas de produção de bens transacionáveis, e atividades
de alto valor acrescentado, de forma a compensar um eventual encerramento da
ZFM (ou a redução dos benefícios fiscais a ela associados).
Esta política teria
necessariamente um custo fiscal associado que, do ponto de vista estrito das contas
públicas, se deveria comparar com as eventuais poupanças fiscais associadas ao encerramento
da ZFM.
De salientar,
ainda, que, como referimos acima, existe um movimento significativo, apoiado por
larga maioria de países, que procura definir e aplicar, nas condições definidas
no designado "Pilar 2", um patamar mínimo de 15% como taxa efetiva do
imposto sobre o rendimento das sociedades. O projeto BEPS (OECD, 2013)
desencadeou uma tendência mundial de combate ao planeamento fiscal, sendo os
territórios de baixa tributação vistos com crescente ceticismo. Todavia, a
história da coordenação internacional de políticas fiscais mostra a extrema dificuldade
na aplicação concreta deste tipo de medidas. Mais do que isso, os países
procuram retardar a efetiva concretização de medidas que lhes retirem competitividade
fiscal. Adicionalmente, é previsível que a concorrência fiscal se passe a evidenciar
na determinação da base tributável. O tipo de deduções ao lucro tributável, à
matéria coletável e à coleta do imposto passarão a ter maior pertinência. Neste
caso, o incremento das deduções associadas a atividades de I&D e de despesa
com trabalho altamente qualificado deveriam ser equacionados. E até,
porventura, um maior grau de exigência quanto a este tipo de atributos das
empresas aquando do respetivo processo de licenciamento. De facto, o TFUE, uma
vez classificada a RAM como região ultraperiférica, não impede a existência de
incentivos fiscais, ou de apoios especiais de natureza financeira, aos
investidores que contribuam para o desenvolvimento da Madeira. Estas são vias
negociais que se podem explorar.
O eventual fim da
ZFM, no figurino jurídico-fiscal hoje se conhece, não tem necessariamente que
privar a RAM de mecanismos de atração de investimento, desde que respeitando as
regras da UE. No estado atual de desenvolvimento da Região, a existência de formas
especiais (mais generosas quando comparadas com o todo nacional) de incentivo aos
investidores deve ser ainda um objetivo. A equipa de projeto constatou que
cerca de 50% (710 empresas em 1432, ver tabela V.4) das empresas com licença
ZFM ao longo de todo o ano de 2019, não tiveram atividade de vendas e
prestações de serviços, apesar de terem beneficiado de cerca de 3.5 milhões de
euros de benefícios fiscais. Numa futura eventual revisão do enquadramento
fiscal da ZFM, esta situação pode ser melhorada indexando a existência de
benefícios a atividade mercantil materialmente relevante. Do ponto de vista dos
benefícios externos ou sociais, embora se verifique uma atividade de I&D
que compara positivamente com a média da RAM, não existe uma clara evidência de
atração de trabalhadores mais qualificados ou a receber salários mais altos que
na RAM. Numa futura revisão do enquadramento fiscal da ZFM, uma melhoria dos
efeitos externos potenciais pode ser acautelada indexando a existência de benefícios
a atividades de investigação e desenvolvimento e/ou atração de trabalho
altamente qualificado, preferencialmente com parceiros nacionais, materialmente
relevantes.
Neste sentido é de
equacionar a manutenção do regime fiscal associado à ZFM ou a sua substituição
por um regime de apoios diretos, a negociar para as regiões ultraperiféricas junto
da UE e que privilegiem, na linha dos requisitos para os benefícios atribuídos
a empresas da ZFM, a criação de emprego qualificado, a reconfiguração setorial
e a melhor inserção da RAM nas cadeias de valor globais. Preconiza-se o apoio a
atividades com um grau assinável de efeitos positivos externos e inter temporais
eventualmente ligados ao tecido empresarial local mais dinâmico e inovador e às
valências da Universidade da Madeira (Estudo Custo-Benefício da Zona Franca da Madeira, realizado por António
Martins, Paulo Gama, Pedro Bação, Tiago Sequeira, todos da Faculdade de
Economia da Universidade de Coimbra e do CeBER – Center for Business and
Economic Research (o estudo foi encomendado como Prestação de Serviços
Externo pela Autoridade Tributária)
Estudo Custo-Benefício da Zona Franca da Madeira: Conheça o Sumário Executivo
A Autoridade
Tributária encomendou à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra um
estudo de custo-benefício do impacto de alterações no regime fiscal da Zona Franca
da Madeira (ZFM). Depois de caracterizado o regime fiscal em vigor e a sua
evolução passada, e de revistas as principais características macroeconómicas
da Madeira, uma região ultraperiférica com menos de 80% do PIB per capita da União
Europeia e altamente dependente do setor do Turismo, o estudo analisou dados
contabilísticos de 1,432 empresas sediadas na ZFM traçando cenários de saída.
Estes cenários
preveem uma saída de empresas em contexto de fim da ZFM muito inferior ao que tem
sido sugerido por estudos anteriores. Ainda assim, nos diversos cenários
prováveis de saída que se quantificam, ainda que considerando um subgrupo por
vezes pequeno de empresas, os impactos no VAB e no emprego são muito significativos,
apontando-se para perdas de VAB sempre superiores a 200 milhões de euros (com um
valor mais provável de 400 milhões) e de mais de 1.250 postos de trabalho.
Estes cenários
mostraram um grau de consistência elevado, sugerindo que é sempre a mesma tipologia
de empresas que sai em consequência do eventual fim da ZFM (em alguns casos um grande
número de empresas coincide sair em diversos cenários). Além do efeito no VAB e
no emprego, analisamos outras possíveis implicações do eventual fim da ZFM. Uma
está relacionada com a eventual perda de efeitos externos das empresas da ZFM
sobre a economia da RAM. A este respeito, a nossa análise indica que as
empresas da ZFM não evidenciam fortes efeitos de spillover, pelo que essa perda
não deverá ser extremamente relevante. Outra dimensão do eventual fim da ZFM é
o seu efeito sobre as contas públicas. Os nossos cálculos sugerem que o efeito
imediato nas contas públicas (da Região Autónoma da Madeira) por via da retirada
dos benefícios fiscais pode ser positivo, situando-se entre cerca de -9.6 milhões
de euro e +18.7 milhões de euro. No entanto, mesmo que positivo, este efeito
será facilmente ultrapassado por custos económicos derivados do aumento das
prestações sociais e receita fiscal associada a uma eventual diminuição do
consumo ao longo dos primeiros anos após o eventual fim dos benefícios fiscais
associados à ZFM. Tendo em conta os resultados obtidos, é parecer dos autores
que é de equacionar a manutenção, no horizonte temporal possível, do regime fiscal
associado à ZFM ou a sua substituição por um regime de apoios diretos. Estas
soluções, a negociar para as regiões ultraperiféricas junto da UE, devem privilegiar
a criação de emprego qualificado, a reconfiguração setorial, as atividades de
I&D e a melhor inserção da RAM nas cadeias de valor globais.
Pontos-chave
Os
regimes fiscais da ZFM evoluíram no sentido de incrementar os requisitos
dirigidos aos investidores, como objetivo de incentivar a criação de riqueza e
de emprego na ZFM e de minimizar potenciais comportamentos abusivos.
Em termos
reais, a RAM apresenta um PIB per capita de cerca de 80% da média da União Europeia,
tendo o mesmo apresentado uma tendência de convergência que, no entanto, parece
ter parado em 2015.
A taxa
de desemprego na RAM é superior à média nacional.
A economia
e as empresas da RAM são menos produtivas do que a média nacional; também o nível
de capital humano e de investimento em I&D são inferiores à média nacional.
A ZFM
tem um peso substancial no VAB criado e no comércio externo da RAM e um peso
não negligenciável no emprego.
As
empresas da ZFM têm mais ativos fixos tangíveis, são mais produtivas e têm uma atividade
internacional muito mais intensa do que, em média, as empresas da RAM.
Neste
estudo considera-se que, como fim da ZFM da Madeira nos moldes atuais, poderá haver
um número substancial de empresas que permanece em atividade na RAM.
Com base
em micro-dados empresariais, definiram-se cenários de saída fundados em critérios
de rendibilidade e de internacionalização.
Nos
diversos cenários prováveis de saída que se quantificam, ainda que considerando
um subgrupo relativamente pequeno de empresas, os impactos no VAB e no emprego
são muito significativos, apontando-se para perdas de VAB sempre superiores a 200
milhões de euro (com um valor mais provável de 400 milhões) e de mais de 1,250
postos de trabalho.
Embora
contribuindo para a produção e emprego, as empresas da ZFM não evidenciam fortes
efeitos (externos, noutras atividades) na RAM.
O
impacto imediato nas finanças públicas do fim da ZFM depende das consequências
em termos de desemprego, não se podendo excluir a possibilidade de ser positivo.
É de
equacionar a manutenção, no horizonte temporal possível, do regime fiscal
associado à ZFM ou a sua substituição por um regime de apoios diretos.
Estas soluções, a negociar para as regiões ultraperiféricas junto da UE, devem privilegiar a criação de emprego qualificado, a reconfiguração setorial, as atividades de I&D e a melhor inserção da RAM nas cadeias de valor globais (Estudo Custo-Benefício da Zona Franca da Madeira, realizado por António Martins, Paulo Gama, Pedro Bação, Tiago Sequeira, todos da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e do CeBER – Center for Business and Economic Research (o estudo foi encomendado como Prestação de Serviços Externo pela Autoridade Tributária)