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domingo, outubro 23, 2022

Como a Europa chegou ao inverno energético

A crise da energia começou com as sanções à Rússia de Vladimir Putin?

Não. A União Europeia não consegue produzir energia suficiente para as suas necessidades (em 2020 importou 57,5% do que consumiu). Se a isso aliarmos um plano de transição energética a meio caminho e outros fatores já teríamos suficientes problemas para assegurar um abastecimento regular e seguro de energia.

Que outros fatores?

Antes da pandemia o preço do gás era baixo e as reservas eram abundantes. Quando a produção de petróleo e de gás baixou de forma drástica à medida que as economias pararam, as reservas foram consumidas devido a um inverno particularmente rigoroso na Europa. No mar do Norte o vento teimou em soprar com pouca força, pelo que a energia produzida pelos parques eólicos marinhos caiu a pique. Por outro lado, com o regresso à atividade, as empresas a operar na China, país que estava com baixas reservas de carvão, começaram a consumir muito mais gás natural liquefeito. Uma das regras básicas do mercado funcionou, ou seja, o aumento do preço devido à maior procura. No espaço de um ano, o preço do gás na Ásia mais do que decuplicou.

sábado, setembro 10, 2022

Crise energética: Em tempos de ‘vacas magras’, UE gastou mais gás até julho do que em igual período de 2021

A Europa está a cair nos braços de uma crise energética que alguns observadores já consideram ser a maior de sempre. A guerra na Ucrânia aprofundou ainda mais as divisões entre Moscovo e Bruxelas e tornou dolorosamente evidente a dependência da União Europeia do gás que flui a partir da Rússia. Para evitar um desastre energético de grandes proporções, os 27 Estados-membros aprovaram em julho uma estratégia que prevê cortar em 15% o consumo de gás, para ser possível enfrentar o inverno que se aproxima e que se prevê que seja um dos mais frios e escuros, quer metaforicamente, quer literalmente. Contudo, e apesar de a Comissão Europeia ter já anunciado que as reservas no bloco estão já a mais de 80% da sua capacidade total, algo que só estava planeado acontecer em novembro, as estimativas apontam que as populações europeias estão a consumir mais gás hoje do que no ano passado.

domingo, agosto 21, 2022

Crise energética: Saiba o que os países europeus estão a fazer para tentar reduzir o consumo

A ameaça do corte de fornecimento de gás russo à Europa levou a Comissão Europeia a definir metas de poupança e os Estados-membros a preparar planos de redução do consumo de energia, para evitar escassez no inverno. Em Portugal, o plano de poupança energética deverá ser conhecido no final de agosto, mas em alguns países já são conhecidos e as medidas variam, consoante o grau de dependência de cada país do gás russo. Em Espanha, o “Plano de choque de poupança e gestão energética”, anunciado pelo governo de Pedro Sánchez, prevê que os espaços refrigerados tenham uma temperatura mínima de 27 graus e que os aquecimentos, quando chegar o inverno, não subam acima dos 19. Todos os espaços com entrada direta desde a rua têm até 30 de setembro para instalar um sistema de portas que se mantenham fechadas quando não está a entrar ou a sair alguém. Além disso, têm até 2 de setembro para afixar informação sobre a temperatura interior e as medidas adotadas para poupar energia.

sexta-feira, março 08, 2019

Centrais eólicas marítimas em crescimento até 2030


As centrais offshore europeias vão estar na rota do crescimento na próxima década. Os 16 gigawatts (GW) existentes no final de 2017 podem evoluir para quase 100 GW até 2030, segundo a previsão mais otimista da Wind Europe. Portugal deverá desenvolver 175 megawatts (MW) até 2030, com o Reino Unido, a Alemanha e a Holanda a liderarem este crescimento. Já a EDP Renováveis está atualmente a desenvolver projetos num total de 3.567 MW para entrarem em operação até 2022, em Portugal, França, Reino Unido e Estados Unidos (infografia do Jornal Económico, por Mário Malhão)

sexta-feira, agosto 03, 2018

EDP recebeu 4,7 mil milhões de euros com os CAE e os CMEC até 2017

Entre 1997 e 2012 o estado encaixou 12 mil milhões com a privatização e dividendos da EDP. Empresa investiu em Portugal 9 mil milhões de euros em sete anos (por Mário Malhão do Jornal Económico)

quarta-feira, maio 30, 2018

Portugal tem o gás mais caro da UE. Preço da luz é o segundo mais alto

Portugal manteve, em 2017, os preços mais elevados da União Europeia (UE) no gás e o segundo lugar no preço da electricidade, em termos de paridade do poder de compra, segundo o Eurostat. De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, Portugal está no segundo lugar da tabela dos preços mais altos da electricidade expressos em paridade do poder de compra (28,0 PPC por 100 quilowatt-hora, kWh), logo depois da Alemanha (28,8) e seguido da Bélgica (26,4), da Roménia (26,0) e da Polónia (25,4). Os mais baixos observaram-se na Finlândia (13,0% PPC), no Luxemburgo (13,4) e na Holanda (14,0). No que respeita aos preços do gás, Portugal é o país onde este é mais caro (10,0 PPC por 100 kWh), seguindo-se a Espanha (9,6), a Itália (8,9), a Suécia (9,5) e a República Checa (8,3). Os consumidores no Luxemburgo são os que pagam menos (3,3 PPC por 100 kWh), seguindo-se os do Reino Unido (4,5) e da Bélgica (5,1).
Por outro lado, mais de metade do que se paga na conta da luz em Portugal (52%) corresponde a taxas e impostos, sendo que os residentes na Alemanha contribuem mais (55%) e os em Malta são os menos taxados (5%). As taxas e impostos do gás representam, em Portugal, 27% do preço, sendo a Holanda o país com maior carga fiscal (51%) e o Reino Unido com a menor (9%). Já em 2016, Portugal tinha os preços mais altos do gás e os segundos mais altos da electricidade (Lusa)

Mais de metade da conta da luz em Portugal é para impostos

Só Dinamarca (69%) e Alemanha (55%) tem uma carga fiscal maior sobre o preço da electricidade. A média dos 28 Estados-membros é de 40%, um valor muito abaixo do registado em Portugal (52%). Em Portugal, a percentagem de impostos e outras tarifas sobre a electricidade representaram 52% do preço médio da luz, no segundo semestre de 2017, o que corresponde à terceira percentagem mais elevada em toda a União Europeia, de acordo com dados do Eurostat revelados esta quarta-feira. Só Dinamarca (69%) e Alemanha (55%) vêem a carga fiscal sobre o preço da electricidade pesar mais. A média dos 28 Estados-membros é de 40%, um valor muito abaixo do registado em Portugal. O gabinete de estatística da União Europeia divulgou hoje os dados sobre os preços da energia (gás e electricidade) entre os 28 Estados-membros, para 2017, onde se observou que os preços da energia mantiveram-se estáveis, registando-se uma redução de apenas 0,2% na luz e 0,5% no gás, face a 2016.

Portugueses são os que pagam mais pelo gás na União Europeia. Na luz, só os alemães têm uma fatura mais pesada

É em Portugal que os preços do gás são mais elevados, no quadro da União Europeia. De acordo com o Eurostat, em relação à electricidade, só a Alemanha consegue destronar as tarifas lusitanas. É em Portugal que os preços do gás são mais elevados, no quadro da União Europeia. De acordo com o Eurostat, em relação à electricidade, só a Alemanha consegue destronar as tarifas lusitanas. Usar gás em Portugal custa mais do que em qualquer outro Estado-Membro da União Europeia. De acordo com os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Eurostat, são os portugueses quem mais paga por este tipo de energia, mesmo tendo-se registado um recuo de 2% destas tarifas. No que diz respeito à eletricidade, Portugal só perde o campeonato dos preços altos para a Alemanha. Os números do gabinete de estatística de Bruxelas revelam que, em termos de paridade do poder de compra, foi em Portugal, em Espanha e em Itália que os consumidores mais pagaram pelo gás consumido. Luxemburgo, Bélgica e Estónia foram, por outro lado, os países onde menos se pagou pelo gás. Entre julho e dezembro do ano passado, por cá, os clientes pagaram 7,99 euros por cada 100kWh de gás, o que representou uma queda homóloga de 2% da tarifa. Isto quando, em média, na União Europeia, os preços do gás rondam os 6,33 euros. No preço praticado a nível nacional, as taxas e impostos tomaram uma fatia de 27%, o que fica em linha com a média comunitária.

quarta-feira, maio 23, 2012

Molinos en el fondo del mar

"En el archipiélago de las Orcadas (extremo norte de Escocia), varias compañías europeas están aprovechando las instalaciones del Centro Europeo de Energía Marina para comprobar la eficacia de distintas técnicas para obtener energía de las mareas o de las olas marinas. El proyecto que la española Iberdrola ha puesto en marcha a través de su filial Scottish Power está ya listo para dar el salto: crear un parque de hélices submarinas con una potencia de 10 megavatios capaces de abastecer 5.000 hogares. El prototipo de Scottish Power Renewables está sumergido al suroeste de la isla de Eday, "una zona perfecta porque las corrientes son muy fuertes, hay poca distancia entre las islas y la profundidad es muy buena: unos 45 metros", explica Alan Mortimer, jefe de Innovación de Scottish Power Renewables.
Aunque no se han cumplido los agoreros pronósticos de fuerte lluvia y el sol alterna con las nubes, el día es frío y muy ventoso en Eday, lo que impide que desde el barco que recorre la bahía se pueda sumergir uno de los robots utilizados en la construcción y mantenimiento de la turbina y la hélice, que iba a transmitir imágenes en vivo del prototipo. El prototipo es una turbina Hemmerfest HS1000 fabricada en Noruega por esta compañía, participada por Iberdrola. Con una base de 20 metros, a los que hay que añadir los 10 metros que mide el radio de la hélice, los 45 metros de profundidad a los que está instalada la turbina son ideales para aprovechar las fuertes mareas de este corredor marino, el Fall of Warness. Tras el éxito del periodo de pruebas, el Gobierno escocés ha autorizado la instalación de una decena de turbinas semejantes varios cientos de kilómetros al suroeste, entre las islas de Islay (famosa por su whisky de fuertes aromas ahumados) y Jura (que produce un whisky más suave pero tiene el valor añadido de que George Orwell eligió sus parajes casi deshabitados para aislarse y escribir su obra cumbre, 1984). Ese proyecto, considerado en este momento el más grande del mundo, será una prueba de fuego para calibrar la eficiencia de la energía de las mareas. Si funciona, Iberdrola y otras empresas podrían impulsar un proyecto mucho más ambicioso para generar 1.600 megavatios (la potencia equivalente a un reactor nuclear y medio) en Pentland Firth, el estrecho que separa las Orcadas de tierra firme. La energía de las mareas no es absolutamente nueva. Ya la probaron los franceses en los años sesenta mediante el sistema de crear barreras marítimas a modo de presas. "Pero el sistema de barreras es ecológicamente más complicado porque afecta a la vida marina y la de los pájaros", explica Mortimer. "Lo que queremos es saber si esta energía es competitiva y eso depende del rendimiento que ofrezca, de los costes que genere y de cuál sea la situación de sus competidores, por ejemplo los precios del petróleo", explica Álvaro Martínez, responsable de operaciones off-shore de Energías Renovables de Iberdrola. "El mantenimiento es uno de los retos, porque al estar sumergidas, el acceso a las turbinas es difícil. El plan es que estén en funcionamiento cinco años y luego se lleven a tierra para hacer un repaso y volver a instalarlas", añade. Martínez rehúye hablar de costes y rentabilidades. "Es difícil", se excusa. En Eday se están probando media docena de sistemas para aprovechar las mareas. "Aquella boya es la de nuestro sistema", señala Martínez desde el bote. "La estructura que se ve un poco más allá es de una empresa francesa que utiliza un sistema diferente. La nuestra es una hélice parecida a la de los molinos de energía eólica, que permanece fija en el suelo marino. La de ellos se parece más a la hélice de un barco y se sustenta entre dos pilares que asoman 40 metros por encima de la superficie", explica.
"Eso tiene la ventaja de que permite hacer el mantenimiento cuando se quiere y sin necesidad de llevarla a tierra. Pero tiene varios problemas: es más caro porque los pilares se han de construir a mucha profundidad en el suelo marino, puede generar rechazo porque la estructura es visible en la superficie y además obliga a los barcos a navegar a una distancia de más de 20 metros de la estructura. La nuestra no se ve y no obstaculiza la navegación porque está varios metros bajo la superficie del mar", asegura. Iberdrola ha apostado fuerte por las energías renovables. "Creo que la eólica ya es comercial. Esta está en fase experimental. La ventaja respecto a la eólica es la previsibilidad: no sabes cuándo soplará el viento ni a qué velocidad, pero sí sabes cuándo son las mareas y cómo son, lo que te permite optimizar el diseño y adaptarlo a la zona en la que se va a instalar la hélice. Eso, por ejemplo, tampoco ocurre con la energía de las olas
" (texto do jornalista do El Pais,
Walter Oppenheimer, com a devida vénia