domingo, setembro 08, 2019

Nota: assim não vamos lá

Confesso que já me mete nojo - desculpem mas é isso mesmo - a suspeição que sistematicamente se faz, alguns políticos e nalguma comunicação social, em torno do facto de Pedro Calado ter trabalhado para o grupo AFA do empresário madeirense Avelino Farinha, um dos maiores enmpregadores individuais da Madeira, mas sempre criticado por uma certa elite social, particularmente da oposição política regional de esquerda, quiçá por parecer ser chique ou qualquer coisa idiota do género.
Vamos ao outro prato da balança apenas como exemplo mas natureza política diferente.
Conhecendo há muitos anos a pessoa em causa - Bernardo Trindade - pergunto-me se o facto de ele estar ligado a um dos maiores grupos hoteleiros da Madeira e do País, que se expandiu para o território nacional  e estrangeiro de forma paulatina, ele deveria ter sido impedido de ter exercido as funções de secretário de estado do turismo ou de integrar a actual Administração da TAP? Será que o facto de ter sido secretário de estado do turismo e ter estado sempre ligado a esse grupo familiar, isso fez com que seja legítimo lançar qualquer suspeição bandalha sobre ele, sobre a sua integridade e seriedade?
Conhecendo-o como o conheço recuso essa teoria e quem disser o contrário é uma besta. Será que os mesmos que agora tanto falam de Pedro Calado abriram os queixos nessa altura? Não me recordo. Então porque motivo, no que a Pedro Calado diz respeito - creio que ele esteve ligado 3 ou 4 anos à empresa de Avelino Farinha - ele tem que ser diabolizado por isso e ver ser colocada em causa a sua integridade e honestidade no exercício de funções públicas que exigem distanciamento?
Ou será que Avelino Farinha continua a ser um alvo preferencial e selectivo de uma certa corrente de opinião local, sem impacto nenhum na vida das pessoas, mas com ramificações partidárias conhecidas e facilmente identificáveis, incluindo a negócios e negociatas? Que raio de critérios são estes? Que raio de escalas de medição da seriedade de políticos são estas? Francamente? Será que é legítimo questionar também a isenção de meios de comunicação social só por causa dos seus principais clientes de publicidade ou dos rentáveis serviços prestados a terceiros, públicos ou privados? Será isso legítimo? Obviamente que não e no meu caso, que me considero uma pessoa da comunicação social, não hesito em mandar à merda quem disser o contrário. Mas admito haver quem ache que não tenho razão e insistir que quem tem esses interesses, não é isento. Daqui não saímos, eu sei, mas a verdade, a realidade, não é essa. Penso que quem tem responsabilidade não deve alimentar esta cirúrgica suspeição só porque é chique ou porque acha que o porreirismo populista e demagógico é fixe. Assim não vamos lá (LFM)

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