quinta-feira, julho 18, 2019

Nota: retomemos o nosso caminho...

O jornalismo tem regras, sempre teve. Confundir tudo e subverter esses valores constitui uma ameaça a uma actividade profissional em crise, que se arrasta penosamente há anos lutando pela sobrevivência e pela credibilidade, e com empresas em situação de falência ou pré-falência financeira. Quando o jornalismo, por inexperiência, descuido ou pressão pela ânsia de vendas ou audiências, pisa o risco vermelho da tolerância, quando os meios de comunicação se transformam em meros vazadouros da sujeira que conspurca as redes sociais, e o vale tudo que ali impera, então começamos a razões para termos pena por uma destruição paulatina que acabará por tornar cada vez mais desnecessários e prescindíveis os meios de comunicação social, exactamente o oposto ao que defendemos e necessitamos todos.
Quando por qualquer razão se cometem erros, a maior virtude é reconhecer o erro (o jornalismo não é uma verdade absoluta quando é produzido por pessoas com os mesmos erros e virtudes de qualquer outro cidadão), pedir desculpa e continuar o caminho. Confundir factos, misturar acessórios ou protagonistas que nada têm a ver com uma história, ceder à pressão especulativa das redes sociais que não pode ser importada pelo jornalismo sério, ou cometer o erro do recurso sistemático a "narizes de cera" (uma arma de destruição silenciosa da deontologia jornalística) exige um combate serio em nome da seriedade, da sobriedade e da credibilidade. Sem moralismos idiotas e sem atacar seja quem for, apenas convidando a uma reflexão para que retomemos os carris do nosso próprio caminho (LFM, CP nº 134-A)

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