quarta-feira, fevereiro 17, 2021

Covid-19: Variantes britânica e californiana fundem-se numa só. Evento raro alarma cientistas

 


Uma nova versão do coronavírus surgiu nos Estados Unidos depois de a variante Kent britânica e de uma estirpe identificada na Califórnia se terem fundido numa só e infetado uma pessoa. Esta nova variante, ainda sem nome, foi identificada apenas uma vez, mas os cientistas temem que seja mais infeciosa e mais resistente à imunidade, segundo o ‘Daily Mail’. Os especialistas estão preocupados porque a variante em questão carrega mutações que parecem torná-la capaz de se espalhar mais rapidamente e também de ultrapassar parte da imunidade produzida por infeções anteriores ou vacinas.

Esta estirpe foi formada a partir da variante Kent – conhecida cientificamente como B.1.1.7 – e de uma variante californiana chamada B.1.429. Cientistas nos Estados Unidos afirmam que ambas se fundiram num “evento de recombinação”, que acontece quando duas versões diferentes do vírus infetam a mesma célula e trocam genes enquanto se reproduzem, dando origem a uma nova variante. Já no ano passado vários cientistas tinham alertado para a possibilidade deste tipo de eventos, mas disseram que são “improváveis” porque requerem condições muito específicas, que coincidem com situações incontroláveis, sendo mais prováveis ​​de acontecer durante grandes surtos.

Acredita-se que tenha acontecido neste caso porque várias mutações correspondentes às variantes de Kent e da Califórnia apareceram todas no mesmo local ao mesmo tempo. Não há detalhes do paciente e ainda não está claro se a combinação aconteceu no próprio ou se contraiu a variante através de outra pessoa. Para que uma variante combinada do vírus surja, uma pessoa deve estar infetada com duas estirpes do coronavírus – provavelmente de duas fontes diferentes – ao mesmo tempo, e então os vírus devem chocar dentro do organismo. A maioria dos locais tem variantes dominantes do vírus, o que torna improvável que alguém se infete com duas. Contudo, surtos enormes e mal controlados, como os do Reino Unido e dos Estados Unidos durante o inverno, aumentam significativamente o risco dos eventos combinados, porque o número de infeções é maior (Executive Digest, texto da jornalista Simone Silva)

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