quarta-feira, julho 19, 2023

Sondagem: Marcelo mais exigente mostra piores relações com Costa

 

O presidente da República mostra-se atualmente mais exigente para com o Governo socialista, por comparação com o primeiro mandato em Belém, indica a sondagem da Universidade Católica que a RTP divulga na semana do debate do Estado da Nação. A maioria dos inquiridos considera também que as relações entre Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro, António Costa, pioraram desde há um ano. Trinta e nove por cento dos inquiridos na sondagem do CESOP – Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público consideram que o chefe de Estado se tem mostrado mais exigente “na relação com o Governo”, face ao que aconteceu no primeiro mandato. Outros 34 por cento veem Marcelo Rebelo de Sousa igualmente exigente e 23 por cento entendem que está agora menos exigente. Quatro por cento não sabem ou não respondem.Em fevereiro deste ano, 36 por cento dos inquiridos pelo CESOP viam Marcelo mais exigente para com o Executivo. Trinta e oito por cento consideravam-no igualmente exigente e dois por cento menos exigente. Questionados sobre o estado das relações entre o presidente da República e o primeiro-ministro, face à situação de há um ano, 55 por cento dos inquiridos avaliam-nas como piores.

Trinta e oito por cento avaliam as relações entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa como iguais e somente quatro por cento como melhores. Três por cento não sabem ou não respondem. Uma subamostra de 656 entrevistados foi também chamada a avaliar o desempenho do chefe de Estado “nos últimos tempos”. Marcelo obtém este mês uma classificação média de 13,8, numa escala de zero a 20, com 88 por cento dos inquiridos a atribuírem-lhe avaliação positiva.Em fevereiro, a avaliação média do presidente era de 13,8 e a percentagem de avaliações positivas de 79 por cento.

Em julho do ano passado, o presidente da República tinha uma classificação de 12,9 e 83 por cento de avaliações positivas.

Em novembro de 2016, quando Marcelo cumpria ainda o primeiro ano do primeiro mandato em Belém, uma sondagem então realizada atribuía ao chefe de Estado a classificação média de 16,3, “a mais elevada das sondagens da Católica desde que há registos”, assinala o CESOP. Noventa e sete por cento dos inquiridos avaliavam então de forma positiva o presidente. Em maio de 2021, no primeiro ano do segundo mandato em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa obtinha uma avaliação média de 15,7, reunindo avaliações positivas de 97 por cento dos inquiridos.

Ficha técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena1 e Público entre os dias 6 e 15 de julho de 2023. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1006 inquéritos válidos, sendo 45% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 32% da região Norte, 20% do Centro, 34% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 29%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1006 inquiridos é de 3,1%, com um nível de confiança de 95% (Algumas perguntas foram colocadas apenas a uma subamostra de 656 entrevistados. Nestes casos, a margem de erro máxima é de 3,8%) (RTP, texto do jornalista Carlos Santos Neves (e grafismo de Sara Piteira)

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