terça-feira, abril 25, 2023

Qual a legitimidade de um fracasso político? Guiadó diz que "perseguição da ditadura" chegou à Colômbia

O opositor venezuelano, Juan Guaidó, escreveu no Twitter que a “perseguição da ditadura chegou hoje à Colômbia”, depois de ter sido expulso daquele país, onde se vai realizar uma cimeira internacional sobre a Venezuela. "Eles estão a obrigar-me a deixar a Colômbia", afirmou Guaidó num vídeo publicado no Twitter e filmado no avião que o levava para os Estados Unidos. "A perseguição da ditadura, infelizmente, chegou hoje à Colômbia", acrescentou.

As autoridades da Colômbia anunciaram na segunda-feira à noite que expulsaram o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó do país, onde arranca hoje uma cimeira internacional sobre a Venezuela. Guaidó explicou ainda que estava num voo comercial, depois de viajar "sessenta horas para chegar a Bogotá", onde anunciou na segunda-feira que estaria. Entrou na Colômbia a pé, confirmou fonte próxima do opositor venezuelano. O Governo colombiano acusou Guaidó de ter entrado no país "de forma não autorizada" e disse que o dirigente foi "levado até ao aeroporto El Dorado", em Bogotá, de onde partiu, de acordo com um comunicado.

Sondagem: Salgueiro Maia bate Otelo, Eanes, Sá Carneiro e Soares

O 25 de Abril começou por ser um golpe militar, que acabaria por dar origem a uma revolução popular. Foi um tempo marcado por figuras carismáticas, militares e civis, que dominaram a vida política nas décadas seguintes. Mas aquele que ficou no coração dos portugueses foi também um dos mais discretos: Salgueiro Maia. O capitão de Abril que comandou a coluna de Cavalaria que, desde Santarém, partiu para Lisboa, tomando os ministérios e o quartel da GNR no Carmo, culminando na rendição de Marcelo Caetano, é o escolhido por 40% dos inquiridos de uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF como a personalidade que mais associam ao 25 de Abril, deixando a grande distância figuras como Otelo Saraiva de Carvalho (12%), Ramalho Eanes, Francisco Sá Carneiro ou Mário Soares (todos com 11%).

É conhecido o perfil desinteressado de Salgueiro Maia. Ao ponto de Sophia de Mello Breyner Andresen lhe ter dedicado um poema, já depois da morte prematura do capitão de Abril: "Aquele que na hora da vitória respeitou o vencido; Aquele que deu tudo e não pediu a paga; Aquele que na hora da ganância perdeu o apetite". E talvez estas características (e o poema) tenham contribuído para se tornar uma figura relativamente consensual. Salgueiro Maia só não vence entre os segmentos de voto comunista (optam por Álvaro Cunhal, que não estava em Portugal) e do CDS (que preferem Spínola, o general que Marcelo Caetano mandou chamar ao quartel do Carmo, para não sofrer a humilhação de se render perante um capitão). Mas tem uma percentagem acima da média entre os eleitorados dos dois maiores partidos, PSD e PS (foi escolhido por 46%, em ambos os casos) (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

Sondagem: Portugueses dizem que a democracia está pior, confiam nas polícias, mas não nos tribunais

Os portugueses não estão satisfeitos nem com o estado da democracia nem com a maioria das instituições que garantem o seu funcionamento. De acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF, a propósito dos 49 anos do 25 de Abril, a desconfiança é particularmente elevada relativamente aos tribunais e ao Governo. Ao contrário, é alta a confiança nas Forças Armadas e nas Polícias. O país já está em contagem decrescente para comemorar meio século da revolução e a sondagem revela uma avaliação ambivalente da democracia. Quando as perguntas sugerem um balanço destes 50 anos, incluindo direitos e liberdades individuais ou direitos sociais, o balanço é francamente otimista (ler Conquistas de Abril). Quando se pede uma avaliação ao momento atual, o retrato é muito diferente e bastante mais pessimista.

Divisão entre gerações

A insatisfação é evidente, desde logo, quando se pede uma avaliação ao estado atual da democracia. São mais os que dizem que está pior (43%) do que os que acreditam que está melhor (33%), com destaque para o pessimismo das mulheres, dos mais velhos, dos que residem a norte e dos que votam mais à Direita.

No que diz respeito aos escalões etários, a avaliação piora com o avançar da idade, ao ponto de haver um cisma geracional entre os dois grupos mais novos (18 a 49 anos), em que há um saldo positivo (diferença entre as respostas que consideram que está melhor e os que dizem que está pior), e os dois grupos mais velhos (50 anos em diante), em que o saldo é negativo.

Tanto Mar, de Chico Buarque

Sei que está em festa, pá

Fico contente

E enquanto estou ausente

Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá

Com a tua gente

E colher pessoalmente

Uma flor no teu jardim


Sei que há léguas a nos separar

Tanto mar, tanto mar

Sei, também, que é preciso, pá

Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá

Cá estou doente

Manda urgentemente

Algum cheirinho de alecrim


Foi bonita a festa, pá

Fiquei contente

Ainda guardo renitente

Um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá

Mas certamente

Esqueceram uma semente

Nalgum canto de jardim


Sei que há léguas a nos separar

Tanto mar, tanto mar

Sei, também, quanto é preciso, pá

Navegar, navegar

Canta primavera, pá

Cá estou carente

Manda novamente

Algum cheirinho de alecrim

Venezuela: Colombia expulsa Juan Gaidó


As autoridades da Colômbia anunciaram na segunda-feira à noite que expulsaram o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó do país, onde arranca hoje uma cimeira internacional sobre a Venezuela. O Governo colombiano acusou Guaidó de ter entrado no país "de forma não autorizada" e disse que o dirigente foi "levado até ao aeroporto El Dorado", em Bogotá, de onde partiu, de acordo com um comunicado. Uma fonte da oposição venezuelana, que pediu para não ser identificada, disse à agência de notícias France-Presse que Bogotá "obrigou" Guaidó a apanhar um "voo comercial" para os Estados Unidos. Horas antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, Álvaro Leyva, tinha avisado que país iria expulsar Guaidó, por se ter deslocado a Bogotá, sem convite. A posição do Governo colombiano foi dada a conhecer depois de Guaidó anunciar que acabava de "chegar à Colômbia, da mesma maneira que o têm feito milhões de venezuelanos, a pé". "Vim no marco da cimeira convocada pelo Presidente [colombiano, Gustavo] Petro para esta terça-feira, 25 de abril, e solicitarei uma reunião com as delegações internacionais que assistirão”, explicou Guaidó, num comunicado divulgado na rede social Twitter. "Não vou parar de denunciar os crimes que lesam a humanidade cometidos pelo regime de [o Presidente venezuelano Nicolás] Maduro. Exijo a liberdade dos quase 300 presos políticos que permanecem nos calabouços, que deixem de perseguir a minha família, a minha equipa e os que lutam por uma melhor Venezuela. A nossa luta é por eleições livres e pelo respeito pelos Direitos Humanos", acrescentou. Em 15 de abril, Petro anunciou a realização de um encontro internacional para promover o reatamento do diálogo entre o Governo e a oposição venezuelana, embora sem a participação das duas partes. A Colômbia confirmou, na segunda-feira, que Portugal está entre os 20 países convidados para a conferência, assim como Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá, México, Alemanha, Espanha, França, Itália, Noruega e Reino Unido. De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano, a cimeira vai ainda contar com a presença do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell. Em 18 de janeiro, o Governo venezuelano condicionou o reatamento do diálogo com a oposição à devolução dos ativos do país que estão bloqueados no estrangeiro e acusou os EUA de continuarem a ameaçar a Venezuela com novas sanções. Washington respondeu que vai manter intacta a política de sanções até que sejam dados passos concretos para o "regresso da democracia" à Venezuela (Lusa)

Daniel Ziblatt. Politólogo de Harvard deixa avisos sobre coligações

Um dos mais famosos politólogos americanos alerta para um novo desafio. Daniel Ziblatt diz que coligações governamentais entre partidos do sistema, como o PSD, e partidos de protesto, como o Chega, costumam dar vantagem aos contestatários. Mas o polítólogo de Harvard, autor da obra "Como Morrem as Democracias" e especialista nos sistemas políticos europeus, diz que Portugal tem uma democracia estável, apesar de ainda não ter meio século.

Nota: Laura quê?

O caso Laura Cravo? Mas qual caso qual carapuça? Qual polémica? Caso sim, o que o esgoto comunicacional, promove e fomenta. Polémica sim, apenas aquela que a direita idiota, assanhada e sedenta de poder - mas incapaz de lá chegar, como as sondagens o mostram - amplia para tentar obter benefícios. A Laura Cravo apenas foi notícia (?) por ser a mulher de um ministro próximo de Pedro Nuno Santos, a chamada ala esquerda do PS e não porque faltou a publicação em DR de um qualquer despacho. É nesta confluência especulativa e interesseira que se cruzam alguns espaços mediáticos, falidos ou que para lá caminham e alguns políticos e partidos que cada vez mais mostram a incapacidade de levaram aos portugueses o que realmente lhes interessa na resolução dos problemas crescentes de uma vida de mer** para a qual não existem soluções nem alternativas políticas sérias, estimulantes e mobilizadoras. Só porcaria, casos e casinhos idiotas transformados em dispensáveis, desoladoras e frustrantes máquinas geradoras de "votos" que nunca vão chegar. Os políticos esquecem, continuam a esquecer, que em política...a política tem sempre um momento, que a política tem um tempo que muitas vezes dura demssiado pouco. Porque o caminho faz-se caminhando e as prioridades das pessoas cada vez mais não coincidem com as prioridades das elites partidárias graças à sua cagança pessoal que tem sido fatal. Mas nem isso tem servido de lição aos que sucedem a outros, derrotados e caídos e desgraça, alimentando um ciclo interminável que estimula radicalismos populistas absurdos e perigosos e vai destruindo paulatinamente os chamados partidos tradicionais. Depois queixam-se do eleitorado, das suas opções nas urnas, do facto de estarem fartos de idiotas que não conseguem perceber o que em cada momento mais importa e interessa aos cidadãos. Lúcia Cravo? Um não assunto transformado, como outros, num "caso" mediatizado por encomenda mas que o tempo se encarregou, e bem, de enterrar. Porque o tempo não tem tempo, não pode atrasar o virar das paginas da vida e da política, uma atrás das outras, devorando vaidades, destruindo incompetentes e derrotando os impreparados. E por aqui me fico! (LFM)

segunda-feira, abril 24, 2023

Opinião: Europeias à la carte

 

Está instalada a confusão e a dúvida sobre a data das eleições europeias em Portugal, na medida em que Bruxelas quer obrigar todos os estados-membros a realizá-las a 9 de Junho de 2024. No caso português a existência de vários feriados nessa altura do ano antecipa uma abstenção recorde que questiona, cada vez mais, a legitimidade da União Europeia e dos eleitos em condições tão patéticas como tem acontecido.

A realidade demonstra a idiotice costumeira de Bruxelas e a sua deliberada recusa em perceber que, depois da guerra na Ucrânia e do impacto dela na vida dos europeus, as próximas eleições europeias serão as mais importantes e as mais decisivas para o futuro da Europa e da União Europeia. Pessoalmente acho que depois de 2024 nada será como antes na Europa e que antes das eleições europeias a União Europeia será confrontada com o desafio de lutar pela sua existência.

Vejamos a realidade que começa a incomodar alguns políticos nacionais, e com razão:

- 13 de Junho de 2004 - A abstenção em Portugal ascendeu a 61,2%, tendo o PS sido o mais votado com 44,5%, cerca de 1,5 milhões de votos e 12 mandatos. No caso da Madeira a abstenção situou-se nos 54,1%, tendo a coligação PSD-CDS sido a mais votada com 50,3%, cerca de 52,3 mil votos;

- 7 de Junho de 2009 - A abstenção na Madeira foi de 59,83% contra 63,2% em todo o país. Na RAM o PSD foi o mais votado com 54,9 mil votos e 52,5%. No país o PSD foi também o mais votado com 31,7% e 1,12 milhões de votos, elegendo 8 mandatos;

- 25 de Maio de 2014 - A abstenção nas europeias em Portugal situou-se nos 66,2%, tendo o PS sido o mais votado com 8 deputados, 31,5% e pouco mais de 1 milhão de votos. Já na Madeira a coligação PSD-CDS voltou a ser a mais votada com 27 mil votos e 31%, num acto eleitoral que ficou marcado por uma abstenção de 66,14%;

- 26 de Maio de 2019 - abstenção nacional de 69,2%; abstenção regional de 61,46%. Vitória do PS com 33,4% e cerca de 1,1 milhões de votos (9 deputados). Na RAM, vitória da coligação PSD-CDS com 37,2% e cerca de 36,9 mil votos.

Constata-se que alguns políticos portugueses não querem eleições europeias a 9 de Junho de 2024, porque temem que o feriado do Dia de Portugal, 10 de Junho, mais o feriado de Santo António, sobretudo no caso de Lisboa, a 12 de Junho, provoquem, conjugados numa "ponte", uma abstenção ainda maior do que aquela que tem sido registada nas europeias, na medida em que os eleitores portugueses, tal como muitos outros eleitores europeus, acham que as eleições europeias e o modelo de funcionamento das instituições europeias, não resolvem os seus problemas, não dão as respostas esperadas, numa expressão, não servem para nada,

Depois há os efeitos dessa teoria absurda - vendida pelos fundamentalistas que dominam as instituições europeias, algumas delas manchadas por casos de uma corrupção vergonhosa que ninguém sabe até onde vai parar -  de querer conjugar,  numa Europa estilhaçada pelo impacto da guerra, uma inflação galopante e mafiosa, com a acelerada subida das taxas de juros e com o fim de programas de apoio social para que Bruxelas tenha milhares de milhões para brincar com uma guerra que ninguém sabe quanto vai custar, em que pé se encontra na actualidade e quando vai terminar. O que vemos é mais, cada vez mais, a vontade belicista europeia a ser questionada por muitos países que dificilmente resistirão em 2023 e 2024 à pressão da instabilidade europeia nos respectivos calendários e agendas eleitorais nacionais. Portugal não escapa a essa tendência como a seu tempo constataremos. Salvo se conseguirem estancar este agravamento acelerado da situação económica, social, financeira e orçamental no Velho Continente ameaçado pelo fenómeno do crescimento de radicalismos, de esquerda e de direita que são reflexo do descontentamento e da desilusão da opinião pública europeia (LFM, publicado no Tribuna da Madeira)

Opinião: O paradoxo finlândes


I - Por culpa exclusiva da Rússia e dos apetites sanguinários e expansionistas do ditador Putin - por isso invadiu a Ucrânia e tentou destruir o regime de Kiev - a NATO passou a ter a partir desta semana mais um membro, o 31º, a Finlândia, que tal como a Suécia solicitou a adesão depois daqueles trágicos e intoleráveis acontecimentos. O paradoxo da Rússia do ditador Putin tem a ver exactamente com a NATO. Alegadamente - eu não acredito nessas teorias da treta redutoras de Moscovo - um dos motivos da invasão russa na Ucrânia teve a ver com a proximidade desta à NATO e com a possibilidade das fronteiras da organização com sede em Bruxelas se aproximarem da Rússia, algo que Moscovo rejeitava e considerava uma ameaça perigosa. O que é caricato é que isso aconteceu por culpa de Putin e devido a esta adesão já formalizada, a que se seguirá a Suécia, travada temporariamente pela Turquia - por razões políticas e divergências entre os dois países - e secundada pelo putinista envergonhado da Hungria que continua a jogar nos dois tabuleiros, sem que Bruxelas seja capaz de o colocar na ordem. Parabéns Putin pela porcaria sanguinária e agressiva que incentivas, todos os dias.

II. Um, especialista da DECO deu conta de uma iniciativa deste organismo de defesa do consumidor apostada em “criar uma medida que contribua para que as famílias portuguesas consigam lidar com a subida das prestações” dos créditos à habitação". Segundo o economista Nuno Rico, o principal problema resulta do “enorme agravamento da Euribor, que é o indexante utilizado em 93% dos contratos de crédito à habitação em Portugal”. Ou seja, “o financiamento para a compra de casa em Portugal é feito essencialmente através de taxa variável porque é a mais competitiva, ao contrário das ofertas de taxa fixa”. E quanto a isto nem o governo milagreiro e salvador de Costa conseguiu até hoje vergar a resistência de uma banca sôfrega e capitalista, mais apostada no lucro fácil e em ganhar rapidamente mais dinheiro, milhões sobre milhões, à custa da desgraça do povo, da família e das empresas. Um exemplo: aumentam as comissões e taxas de juro aplicadas aos empréstimos bancários, mas resistem a remunerar as poupanças que as pessoas canalizam para os bancos respondendo aos apelos das autoridades nacionais e europeias para que ainda se possa poupar alguma coisa. O que, no caso de Portugal e de outros países europeus, é sinónimo de milagre. O caricato disto tudo é que os governos europeus ganham milhões com a desgraça dos cidadãos, à custa da inflação e sobretudo da guerra na Ucrânia que se abateu sobre os europeus e está a dizimar a sua vida, a todos os níveis. Sem perspectivas de inversão desta situação caótica em que nos encontramos.

III. Há coisas que parecem impossíveis ou pelo menos improváveis. Mas a irresponsabilidade ousada de quem decide, ou devia decidir, acaba sempre por ultrapassar isso tudo. Veja-se este exemplo recentemente denunciado: na fatura da água nas Caldas da Rainha passaram a ser cobrados serviços que não são prestados a toda a população, nomeadamente o saneamento. Há quem tenha fossas sépticas por falta da rede de esgotos, mas está obrigado a pagar o saneamento que não tem". E pronto, ainda dizem que vivemos num país moderno e europeu... O tanas! (LFM, texto publicado no Tribuna da Madeira)

Chega pode subir “até aos 20, 30%” mas politólogo de Harvard avisa que coligação “é um jogo muito perigoso” para o PSD

De acordo com as últimas sondagens da Aximage para o Diário de Notícias, o PSD já ultrapassou o PS nas intenções de voto, mas precisaria sempre do chega para formar Governo. Um dos politólogos mais reconhecidos do mundo, Daniel Ziblatt, professor da Universidade de Harvard e autor do livro ‘Como Morrem as Democracias’, avisa que esse será “um jogo muito perigoso” para os sociais-democratas. O especialista assinala, em entrevista à RTP que em Portugal, a revolução de 25 de Abril de 1974 marcou a história da democracia na Europa porque “originou o que se chama a terceira vaga da democracia” Uma democracia que, aos 50 anos, é jovem, mas vista como exemplo de estabilidade. “É um modelo de estabilidade na Europa. Quando me perguntam onde é que a democracia tem sido estável nos últimos 10, 50 anos, Portugal tem sido uma ‘ilha’ de estabilidade para a democracia”, considera Ziblatt. Sobre o chega e outros partidos de protesto, diz o especialista, que tem estudado os sistemas políticos de toda a europa, que o que se verifica é que acaba por correr mal ao partido maior.

“O que temos visto ao longo da história é que isto é um jogo muito perigoso, porque muitas vezes o partido maior o partido maior pensa que controla a situação, mas é quase como uma arrogância, na qual acabam por perder muito rapidamente o controlo quando se alinham com partidos, sobretudo quando esses partidos são antidemocráticos. Porque claramente os partidos antidemocráticos podem ser muito perigosos”, avisa Daniel Ziblatt. Os partidos de protesto, como o Chega, calcula o politólogo, perante o observado noutros países “podem subir até aos 20 ou 30%”, mas alerta que a coligação com partidos do sistema é sempre mais favorável ao lado dos contestatários (Executive Digest, texto do jornalista Pedro Zagacho Goncalves)

Venezuela: Maduro, 10 años de fraude, represión y corrupción

Nicolás Maduro ha sobrevivido a 10 años de tormentoso gobierno, con una presidencia que ha sido cuestionada y rechazada desde que asumió el poder como resultado de unas elecciones fraudulentas, el 14 de abril de 2013, que nunca han sido aclaradas. El origen dudoso de su primer triunfo electoral, con el 50,61% de los votos, frente al 49,12% obtenido por el opositor Henrique Capriles; y luego el segundo –de su no reconocida reelección presidencial internacional en 2018– han marcado su desempeño a lo largo de su Gobierno, calificado como el peor que ha tenido Venezuela en toda su historia contemporánea. A sus cuestionados triunfos electorales se le suman las dudas sobre su legitimidad como presidente ante la opacidad sobre el lugar de su propio nacimiento –Colombia o Venezuela–, lo que para muchos ha supuesto el dilema de si la presidencia del país está en manos de un ambicioso usurpador o un gran farsante que ha logrado engañar a medio mundo. Lo cierto es que el autobusero y sindicalista del Metro de Caracas nunca ha presentado un certificado de origen electoral limpio y transparente para ser presidente de Venezuela en sus dos comicios, como tampoco su partida de nacimiento.

Venezuela: Más de 20 años de cárcel para la 'enfermera' de Hugo Chávez

La 'enfermera-tesorera' y el guardaespaldas de Hugo Chávez serán condenados. La Fiscalía de Estados Unidos pide un severo castigo de 23 años y 5 meses para Claudia Patricia Díaz Guillén, y de 19 años y 5 meses para Adrián José Velásquez Figueroa. Ambos han sido declarados culpables de lavado de dinero y sobornos en EE.UU. La pareja de venezolanos fueron extraditados desde España en el año 2022 y están siendo juzgados en los tribunales de Fort Lauderdale, sur de Florida, donde se dictarán sus sentencias hoy mismo, si no hay un nuevo retraso. En el expediente firmado, entre otros, por Glenn S. Leon Markenzy Lapointe, jefe de la sección de fraudes de la Fiscalía General de EE. UU., se exponen las razones por las que, a su juicio, Díaz Guillén y Velásquez Figueroa deberían ser castigados con una sentencia ejemplar por el juez William P. Dimitrouleas. «La naturaleza y las circunstancias de su participación en un inmenso esquema de lavado y soborno, que involucra más de mil millones de dólares en bonos y más de cien millones de dólares en pagos de sobornos, merecen una sentencia significativa», reza el documento de 23 páginas, según recogen medios internacionales.

La Fiscalía asegura que la pena debe aplicarse por lo menos de 283 meses de cárcel para ella y no menos de 235 meses para él: «Serían lo suficiente y no más de lo necesario», dada la gravedad de los delitos cometidos. El castigo incluye el decomiso de sus propiedades, así como multas.

Sondagem: Costa estanca a sangria, Marcelo ainda em rota descendente

Primeiro-ministro continua a ter uma avaliação negativa, mas até recupera face a janeiro. Presidente mantém-se como o político mais popular, apesar de estar em queda há um ano. O primeiro-ministro parece ter conseguido conter a queda livre na popularidade que o aflige desde abril do ano passado. Ao contrário da maioria dos seus ministros, com destaque para João Galamba. E do presidente da República. António Costa continua, mesmo assim, num patamar historicamente baixo (saldo negativo de 27 pontos), de acordo com o mais recente barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF. Ao contrário, Marcelo Rebelo de Sousa, apesar de ainda não ter encontrado um antídoto para o desgaste, continua a ser o político mais popular, com um saldo positivo de sete pontos.

Ainda que a avaliação dos portugueses ao primeiro-ministro continue a ser bastante negativa, o simples facto de ter conseguido estancar a sangria é facto de relevo. Sobretudo se tivermos em conta que, em abril passado, marcava um saldo positivo de 26 pontos (a diferença entre as avaliações positivas e negativas) e que, desde então e até ao final de janeiro deste ano, se foi afundando, até chegar ao seu pior resultado de sempre (30 pontos negativos). No barómetro deste mês, até recupera ligeiramente (27 pontos negativos).

Sondagem: Três meses bastaram para fazer de Galamba o "pior" ministro


De ilustre desconhecido, a besta negra do Governo. Foi o percurso de João Galamba entre janeiro e abril, na avaliação dos portugueses. No polo oposto está Mariana Vieira da Silva, a única ministra com uma imagem positiva, de acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF. O ministro das Infraestruturas estreou-se nos barómetros em janeiro passado, quando ainda tinha poucas semanas no cargo. O desconhecimento era grande, ao ponto de 57% dos inquiridos se terem, então, refugiado numa avaliação neutra ou na recusa em dar opinião. Três meses depois, percebe-se que os portugueses não gostaram do que viram e/ou ouviram (com a TAP como pano de fundo) e que aplicaram um tratamento de choque: tem um saldo negativo de 42 pontos. Não escapa nem ao crivo dos eleitores socialistas. Galamba fica em pior posição que Fernando Medina, o que parecia ser "tarefa" impossível. O ministro das Finanças já estava num patamar baixo, mas ficou um pouco pior este mês (saldo negativo de 37 pontos), numa rota descendente desde abril do ano passado. Porém, e ao contrário do "novato" das Infraestruturas, Medina mantém a aprovação dos socialistas (saldo positivo de 21 pontos).

Dos cinco ministros que o barómetro avalia, a única acima da linha de água é Mariana Vieira da Silva. Tal como António Costa, a ministra da Presidência recupera alguns pontos relativamente a janeiro, mas há uma diferença substancial: ao contrário do primeiro-ministro, está em terreno positivo (três pontos). E é assim em quase todos os segmentos: regionais, de género, de classe e de idade (com a exceção dos 50/64 anos). Nos partidários, a história é outra: saldo positivo, só no PS (e melhor que o "patrão") (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

Portugal entre os países com maior aumento da receita fiscal

Com um crescimento de 16,6% na receita fiscal, Portugal ficou apenas atrás da Grécia, Lituânia e Irlanda dentro da zona euro, refere Eurostat. Em 2022, Portugal foi o oitavo país da União Europeia e o quarto da zona euro com um maior aumento da receita fiscal. Com um crescimento de 16,6% na receita fiscal, Portugal ficou apenas atrás da Grécia, Lituânia e Irlanda, refere este sábado o jornal Público (acesso pago), a partir dos dados do Eurostat. No total da zona euro, o PIB cresceu 8,3% em termos nominais em 2022, contribuindo para o aumento de 9% da receita fiscal, o que significou que o peso da receita fiscal no PIB aumentou ligeiramente, de 26,8% para 27%. Já a carga fiscal, utilizando o conceito que acrescenta à receita fiscal também as receitas com contribuições à Segurança Social, até diminuiu ligeiramente, de 42% para 41,9% do PIB. Também em 2022, a carga fiscal em Portugal voltou a renovar máximos históricos, ao atingir 36,4% do PIB em 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na semana passada. A subida de 14,9% face a 2021 deu-se à boleia da inflação, mas também com o “crescimento do emprego remunerado, as atualizações salariais e a subida do salário mínimo”. Foi o maior crescimento da carga fiscal desde 2013, ano em que foi executado o “enorme aumento de impostos”, quando Vítor Gaspar era ministro das Finanças no Governo de Pedro Passos Coelho (ECO digital)

Eleições: Duas datas para votar nas europeias

Eleições terão de ser a 9 de junho, um fim de semana prolongado. Solução para combater abstenção será aposta no voto em mobilidade. Votar para o Parlamento Europeu (PE) a 9 de junho do próximo ano, permitindo o voto antecipado no domingo anterior, dia 2, surge como a solução para Portugal de forma a mitigar o efeito que os feriados têm na subida da abstenção. O impasse nas negociações da data das europeias não deixa margem para alternativas. Segunda-feira, um dia antes do 25 de Abril, devem chegar as más notícias para Portugal: está marcada uma reunião técnica em Bruxelas onde, tudo indica, se confirmará que não há datas alternativas ao 9 de junho. “Todas as opções que testámos junto de outros Governos tiveram mais do que um país a opor-se”, diz ao Expresso o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes. E a decisão exige unanimidade. Nas reuniões que teve com os partidos no Parlamento, todos levantaram o problema de as eleições serem marcadas para 9 de junho, e Tiago Antunes comprometeu-se a tentar uma solução com Bruxelas.

INE: Rendimento e Condições de Vida

A população sentia-se menos satisfeita com a situação financeira do que com a vida em geral - 2022. De acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2022, a média da satisfação com a vida em geral foi 7,0, numa escala de 0 a 10, em que 0 significa “Nada satisfeito” e 10 significa “Totalmente satisfeito”, inferior à do ano anterior (7,1) e superior à registada em 2018 (6,8). Considerando alguns aspetos que contribuem para a avaliação da vida em geral, as relações pessoais foram, em média, as que mais satisfizeram a população com 16 ou mais anos (8,2), enquanto a situação financeira do agregado familiar foi o aspeto menos positivo, com uma satisfação média de 6,0. A média da satisfação com o tempo livre disponível foi 7,0.

A confiança nas pessoas em geral (sem considerar familiares e amigos) foi 5,6 em 2021 e 5,7 em 2022, numa escala de 0 a 10, em que 0 significa “Nenhuma” e 10 significa “Confiança total”, superior ao resultado registado em 2018 (5,2). Em 2022, 65,8% da população com 16 ou mais anos referiu sentir-se feliz sempre ou a maior parte do tempo, e 78,5% indicou nunca ou pouco tempo sentir-se só e isolado. Cerca de ¼ desta população (24,9 %) referiu reunir-se com familiares todos os dias e 42,2% todas as semanas, o que significa que a maioria (67,1%) se encontrava com familiares pelo menos uma vez por semana. No mesmo ano, 55,9% da população com idade igual ou superior a 16 anos referiu ter ido ao cinema (26,4%), ter participado pelo menos num espetáculo ao vivo (teatro, concerto, evento cultural organizado ao ar livre, etc.) (30,8%), ter visitado um local de interesse cultural (museu, monumento histórico, galeria de arte ou sítio arqueológico) (36,2%) ou ter assistido a acontecimentos desportivos ao vivo (23,8%), nos 12 meses anteriores à entrevista. A maioria da população com 16 ou mais anos (58,1%) referiu nunca ter lido um livro nos 12 meses anteriores à entrevista, a maior parte por falta de interesse (65,7%).  Mais de 40% referiram que leram pelo menos um livro nos 12 meses anteriores à entrevista, dos quais, quase 70% leram entre 1 e 4 livros (INE)

Como vai a vida dos portugueses? Em geral, vai bem, a situação financeira é que piora as coisas

 

A população residente em Portugal sentia-se em 2022 menos satisfeita com a situação financeira do que com a vida em geral, sendo mais acentuada esta insatisfação nos grupos etários mais elevados, revelam dados hoje divulgados pelo INE. O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2022 do Instituto Nacional de Estatística (INE), dirigido às pessoas com 16 ou mais anos, incluiu perguntas sobre a satisfação com alguns domínios específicos, nomeadamente a satisfação com a situação financeira do agregado, com as relações pessoais e com o tempo livre de que dispunham, bem como sobre a frequência com que os indivíduos se sentiam felizes e a existência de apoio social. A média de satisfação com a situação financeira foi 6,0 em 2022, inferior à média de satisfação com a vida em geral (7 numa escala de 0 [nada satisfeito] e 10 [totalmente satisfeito]). Segundo os dados, 39,3% dos inquiridos consideraram baixo o seu nível de satisfação com a situação financeira do agregado e apenas 12,8% tinham uma satisfação elevada.

Sondagem: PSD ultrapassa PS, mas só há maioria à Direita com o Chega

O PSD de Luís Montenegro (28,6%) ultrapassou o PS de António Costa (28,3%). São escassas três décimas, num cenário em que os socialistas também estancam as perdas e até registam uma pequena recuperação face a janeiro passado. De acordo com a sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF, o Chega mantém-se num sólido terceiro lugar (12,1%). Bem mais para baixo surge o BE (6,3%), que ultrapassa a Iniciativa Liberal (6,1%). Segue-se o PAN (4,5%), que parece ressurgir das sombras, ao contrário da CDU (3,5%), que se afunda um pouco mais. Fecham a tabela o Livre (2,7%) e um agonizante CDS (1,3%)

A sondagem dá indicações contraditórias sobre a capacidade de Luís Montenegro de conduzir o PSD à vitória nas legislativas (que, por enquanto, são virtuais). Se compararmos com a última pesquisa da Aximage, em janeiro passado, os sociais-democratas crescem quase quatro pontos percentuais (copo meio cheio). No entanto, se a comparação se fizer com as últimas eleições legislativas, ainda está meio ponto abaixo (copo meio vazio).

Sondagem: Líderes partidários todos no vermelho

É mais uma situação inédita nos barómetros da Aximage para o JN, DN e TSF: não há um único líder partidário com saldo positivo na apreciação dos portugueses. Estão todos no vermelho, ou seja, com mais avaliações negativas do que positivas. Com António Costa em destaque: porque é, nesta altura, o pior classificado, com um saldo de 31 pontos negativos, e porque, há apenas um ano, conseguia um saldo positivo de 19 pontos. Ou seja, no espaço de um ano, sofreu uma queda vertiginosa de 50 pontos.

O secretário-geral do PS entrou em terreno negativo a partir de julho do ano passado, deixando, então, acima da linha de água um único líder partidário, João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, que assim se manteve até janeiro passado. Sucede que o novo líder, Rui Rocha, não tem direito a estado de graça e marca a sua estreia nos barómetros com saldo negativo (cinco pontos) e com uma queda nas intenções de voto (de 9,5% em janeiro ainda com Cotrim, para os 6,1% de abril).

Quem também já anunciou a saída foi a coordenadora do Bloco, Catarina Martins, que, por isso, se despede destes barómetros, não só com um saldo negativo (14 pontos), como a perder gás. Mas a maior queda na vaga de abril é a de Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP. Aparentemente, a maior notoriedade resultou numa maior taxa de rejeição: passou de um saldo negativo de 15 pontos (em janeiro) para 28 pontos (em abril).

Quando se coloca o foco na avaliação do eleitorado de cada partido ao seu respetivo líder, percebe-se que o mais consensual é André Ventura, do Chega, que recebe nota positiva de nove em cada dez. No outro lado da escala e, portanto, em posição incómoda, está Luís Montenegro: só um terço dos eleitores sociais-democratas lhe dá nota positiva. Tem um longo caminho para percorrer até para convencer os seus de que encabeça uma alternativa política (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

sábado, abril 08, 2023

Venezuela: La purga de Nicolás Maduro también amenaza a Juan Guaidó

El fiscal general, Tarek William Saab, aprovechó el Domingo de Ramos para precisar quiénes son los 44 dirigentes chavistas, militares y empresarios boliburgueses que hasta ahora han caído en la purga "anticorrupción" desatada en el seno del chavismo, que realmente esconde una guerra de poder en la revolución. Horas más tarde Juan Guaidó, quien fuera presidente encargado de Venezuela durante cuatro años, denunció que el régimen bolivariano "estaría por dar una orden de captura en mi contra", en un intento de mitigar el efecto del carrusel de detenciones, hasta ahora todos chavistas o vinculados a las tramas del poder de la revolución. "Buscaron desfalcar, en su inmoralidad delictiva, a la economía nacional dañando a la comunidad en general", arengó el fiscal, uno de los muchos tentáculos del Estado venezolano que Nicolás Maduro maneja desde el Palacio de Miraflores. El propio Saab reclama la "máxima pena" para los ahora encarcelados, compañeros de revolución hasta hace muy poco. A los ya conocidos se han sumado en los últimos días los presidentes de los grandes emporios del país, como Pedro Maldonado, quien estaba al frente de Corporación Venezolana de Guayana (CVG), conformada por 14 empresas que administran recursos naturales, oro, diamantes, hierro, bauxita y otros minerales. Maldonado ejerció como pieza clave para la censura de medios independientes durante su etapa en Conatel, ente estatal de las telecomunicaciones.

Detenido el presidente de la corporación siderúrgica estatal y otros seis funcionarios en la purga anticorrupción en Venezuela

La purga anticorrupción contra funcionarios que desviaba el dinero del petróleo sigue activa en Venezuela. El Servicio Bolivariano de Inteligencia, Sebin, y la recién estrenada Policía Nacional Anticorrupción anunciaron este jueves la detención del viceministro de Industrias Básicas y Presidente de la Corporación Venezolana de Guayana, Pedro Maldonado, y de otros seis funcionarios de la directiva de este consorcio siderúrgico estatal, bajo acusaciones de estar vinculados a la trama de corrupción cercana al ministro Tareck El Aissami, que ha llevado hasta el momento a 25 personas a la cárcel. El procedimiento tiene que ver con la ofensiva contra funcionarios corruptos que lleva a cabo el Gobierno de Nicolás Maduro, en la ahora denominada Operación caiga quien caiga. Maldonado ha desempeñado varios cargos en la administración chavomadurista, y, como el diputado también detenido Hugbel Roa, es considerado una figura cercana en lo político y lo personal a El Aissami. Los alrededores de la sede de la CVG, en la ciudad de Puerto Ordaz, fueron tomadas por la policía desde el mediodía. El grupo de gerentes fue sorprendido en plenas sesiones de trabajo.

La propia Policía Anticorrupción justificó el procedimiento en un comunicado público, relatando que las “rigurosas investigaciones” adelantadas, junto a “las declaraciones rendidas por la banda criminal que está siendo procesada”, permitieron darle continuidad al desmantelamiento de la aludida red mafiosa, que desviaba los beneficios nacionales producto de la venta de petróleo a través de operaciones cambiarias.

Venezuela: Chávez gana en las encuestas 10 años después de muerto


Cuando uno camina por Caracas no puede sacudirse la sensación de sentirse observado. La mirada de Hugo Chávez, dibujada en un trazo negro que cualquiera reconoce al instante, está estampada en edificios de toda la ciudad. El comandante luce omnipresente, vigilante. Diez años después de su muerte por cáncer a los 58, el líder mesiánico que conectó con millones de venezolanos pobres se ha convertido en un icono. Desde la tumba sigue siendo el líder mejor valorado de Venezuela. Ningún político vivo, ni chavista ni opositor, le hace aún sombra a su figura. Días antes de asumir de su investidura en febrero de 1999, el presidente electo y Gabriel García Márquez compartieron un vuelo en avión (según recuerda la excanciller colombiana María Ángela Holguín). Al bajar, el Nobel colombiano escribiría: “Me estremeció la inspiración de que había viajado y conversado a gusto con dos hombres opuestos. Uno a quien la suerte empedernida le ofrecía la oportunidad de salvar a su país. Y el otro, un ilusionista, que podía pasar a la historia como un déspota más”. Chávez pudo ser las dos cosas, pero por encima de todo fue un líder amado por los suyos. El 5 de marzo de 2013, cuando un lloroso Nicolás Maduro anunció su muerte, miles de personas en todo el mundo pensaron que el chavismo no sobreviviría sin él. Era difícil ver en esa imagen de ministros desolados, considerados unos subalternos, la fuerza suficiente para mantenerse en el tiempo y vencer una y otra vez a una oposición siempre desnortada. Maduro, fontanero de la revolución del comandante y su mano derecha para solventar tropiezos, le sucedió porque así lo quiso Chávez. Y ahí sigue una década después.

Venezuela, sobrevivir con el salario mínimo más bajo de América Latina

En Quinta Crespo, uno de los principales mercados de Caracas, pueden cruzarse en un mismo día Beatriz, que lleva un brócoli que le costó un dólar y será lo que coma durante dos días; el exvigilante Cruz, con unos pocos tomates, un pimentón estropeado y una cebolla por los que pagó lo mismo que Beatriz; y Petra, que trabajó toda su vida como auxiliar de docente en un preescolar y ese viernes compró unos cuantos huevos por el doble de lo que pagaron Beatriz y Cruz por los vegetales. Son pensionistas venezolanos y se les ha ido casi un tercio de su pensión mensual, equivalente al salario mínimo, en esas compras que estirarán para comer unos pocos días.

El ingreso mínimo vital en Venezuela está fijado en 130 bolívares, que equivalen a unos 5,4 dólares, vuelve a rozar niveles de miseria, tras una voraz devaluación de la moneda en los últimos meses, y se ubica como el más bajo de América Latina, seguido por los de Haití y Cuba que este 2023 están más cerca de los 100 dólares, por encima de los 57 dólares mensuales que según Naciones Unidas marca el umbral de la pobreza extrema. El salario que una parte de los venezolanos percibe en un mes alcanza para una bolsa de pan y un litro de leche, para apenas para un paquete de cuatro rollos de papel higiénico o una caja de 30 pastillas de un antihipertensivo genérico. No alcanza para pagar las tarifas de los servicios de luz, agua y teléfono en una vivienda.

El estrellato secreto de los quesos venezolanos

Venezuela es, de acuerdo a la información del boletín especializado Latinometrics, el segundo país productor latinoamericano de quesos, superado sólo por Argentina, y uno de los 25 más importantes del mundo. Los balances de esta firma se apoyan en la información que aporta la FAO, de Naciones Unidas, y el monitor especializado Our World in Data. A pesar del grave estancamiento económico de estos últimos años, la producción local de queso –que no la exportación- no ha parado de crecer, llegando en 2009, incluso, a estar por encima de naciones emblemáticas en la quesería universal, como Suiza. Latinometrics ubica hoy la producción de queso local en 300.000 toneladas anuales. Ampliamente distribuido y apreciado entre la población, presente de manera permanente en la mesa nacional, la profusa producción de los quesos venezolanos es la consecuencia de una tradición ganadera de cierta importancia, vinculada a la propia fundación de la República, y a las condiciones particulares de un entorno tropical y llanero. En su mayoría se trata de quesos blancos frescos, con una enorme variante de ejemplares, —los de pasta hilada, preparados con leche cruda, como el Guayanés, telita, trenza y de mano, los más apreciados—, aunque también son famosos los quesos llaneros duros y salados, como el queso de Año. Las variantes santa bárbara y palmizulia, del sur del Lago de Maracaibo, semiblandos y de agujeros grandes, son también especialmente valoradas, y se producen y consumen variantes europeas criollizadas, como el pecorino, el parmesano, el gouda, el edam y el manchego.

Norte e Madeira estão no top 3 de regiões que mais progrediram na competitividade na UE


Quase ninguém evoluiu mais, entre 2016 e 2022, do que Norte e Madeira. No entanto, as sete regiões do país continuam mal posicionadas. E o fosso entre Lisboa e o resto é dos maiores na Europa. A Área Metropolitana de Lisboa (AML) é a única região NUT-2 do país que está acima da média europeia no Índice de Competitividade Regional divulgado na semana passada (relatório completo disponível aqui, em inglês). O fosso para as restantes é um dos maiores da Europa e no geral o retrato do país é pouco favorável. Mas olhando para a evolução nos últimos seis anos, também se encontram boas notícias. As regiões Norte e Madeira foram duas das que mais evoluíram, entre 2016 e 2022, de entre as 234 regiões de nível NUT-2 existentes na União Europeia (UE).

A região Norte apresenta mesmo a segunda melhor evolução naquele período. Melhor, só a região da Lituânia que inclui a capital desse país. A terceira região que mais progrediu na sua competitividade regional é a que inclui a capital da Polónia, que se vê, no entanto, igualada em termos de progressão pela região ultraperiférica da Madeira. O problema é que as regiões portuguesas estão, globalmente, mal posicionadas no Índice de Competitividade Regional (ICR). Com excepção da AML, que surge na posição 67, mais nenhuma atinge a média europeia. O Norte (lugar 133) é a que mais se aproxima, seguida pelas regiões Centro (146), Algarve (174), Madeira (181), Alentejo (empatada com a Madeira na posição 181) e Açores (208). Há outra conclusão negativa para Portugal: os Açores não só continuam na cauda desta lista de 234 regiões como estão a divergir, isto é, perderam competitividade entre 2016 e 2022.

O ICR tem estado a medir os principais factores de competitividade em todas as regiões NUT-2 da União Europeia desde 2010. Mede, em resumo, “a capacidade de uma região oferecer um ambiente atractivo para empresas e habitantes que ali queiram viver e trabalhar”, explicam os autores.

O colapso dos bancos vai levar-nos a uma crise económica mundial?

Há apenas umas semanas acreditava-se que a economia global estava finalmente a avançar; agora, os economistas preocupam-se com uma profunda recessão causada pelas consequências do colapso do Silicon Valley Bank (SVB), e pelo resgate do Credit Suisse, relata o The Economist. Analistas do JPMorgan Chase dizem que “uma aterragem suave agora parece improvável, com o avião em parafuso (falta de confiança do mercado) e motores prestes a desligar (empréstimos bancários)”.

Qual é o cenário agora?

Evidências anteriores ao recente caos bancário sugeriam que o PIB global estava a aumentar a uma taxa anual de cerca de 3%. Nos países ricos, os mercados de trabalho estavam em chamas. Até agora, há poucas evidências de uma mudança nos dados “em tempo real” para um crescimento mais lento. Um “indicador de atividade atual” produzido pelo banco Goldman Sachs, derivado de uma variedade de medidas de alta frequência, parece estável. Os índices dos gerentes de compras mostraram uma leve melhoria em março. As medidas semanais do PIB produzidas pela OCDE mantêm-se.

O UBS, outro banco, acompanha o crescimento do PIB global precificado pelos mercados financeiros (nos preços do petróleo e das ações cíclicas, por exemplo). Atualmente, indica um crescimento de 3,4%, contra 3,7% antes do colapso do SVB.

Competitividade: Norte e Madeira entre as 3 regiões que mais progrediram na UE, mas Lisboa é a única acima da média europeia

De acordo com o Índice de Competitividade Regional (ICR), a zona da Área Metropolitana de Lisboa é a única região NUT-2 que está acima da média europeia em termos de competitividade. O relatório, divulgado na semana passada, destaca a evolução, nos últimos seis anos, das regiões do Norte e Madeira. Segundo os números, citados pelo Público, existe um ‘fosso’ entre as outras regiões que não Lisboa e a Europa, num retrato pouco favorável ao país no que concerne à competitividade. No entanto, entre 2016 e 2022, o Norte e a Madeira estão no top 3 das regiões NUT-2 que mais progrediram, entre as 234 existentes na UE e analisadas no relatório. É o Norte que apresenta melhor progressão, só atrás da região da capital da Lituânia. A Madeira surge em terceiro lugar, ‘empatada’ com a região NUT-2 que inclui Varsóvia, a capital da Polónia.

Ainda há outro aspeto negativo destacado sobre a competitividade em Portugal: Para além de praticamente todas (com exceção de Lisboa) as regiões NUT-2 estarem abaixo da média europeia, os Açores (que estão em 208º lugar), até regrediram no índice, entre 2016 e 2022, se acordo com a análise. O índice em causa mede os principais fatores de competitividade das várias regiões NUT-2 na UE desde 2010, para analisar “a capacidade de uma região oferecer um ambiente atrativo para empresas e habitantes que queiram viver e trabalhar”.

Os autores assinalam a importância desta análise já que se verifica que as regiões mais competitivas “têm significativas vantagens económicas no seu desenvolvimento e outros domínios. Nestas regiões, por exemplo, o PIB per capita é mais alto, as mulheres têm melhor desempenho e há menos jovens que não estudam nem trabalham. O relatório assinala que “a competitividade regional fica acima da média em todas as regiões da Áustria, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Alemanha e os Estados-membros nórdicos”, enquanto em todas as regiões de leste está abaixo da média. A tabela dos mais competitivos é liderada por Utreque, nos Países Baixos. O país, aliás, tem cinco das suas 11 regiões NUT-2 no top 10 do ICR (Executive Digest)

Bancos cobraram €3 milhões indevidamente aos clientes em juros e comissões

Bancos tiveram de devolver comissões mal cobradas. Uma das fatias mais significativas foi a de amortização antecipada do crédito à habitação, implementada pelo Governo no fim do ano passado. Situações foram entretanto corrigidas. Os bancos tiveram de devolver 3 milhões de euros aos seus clientes, a esmagadora maioria dos quais por terem cobrado indevidamente comissões. Uma parte significativa desses encargos são as comissões anuladas pelo Parlamento em 2021, como a de processamento das prestações de crédito – e outra fatia relevante também se deve à comissão que foi anulada temporariamente no fim do ano passado para a amortização antecipada do crédito à habitação. “Em 2022 e no início de 2023, 110 instituições devolveram 3 milhões de euros aos clientes, em cumprimento de determinações específicas emitidas na sequência de ações de inspeção, algumas das quais realizadas em anos anteriores”, diz o relatório de supervisão comportamental que o Banco de Portugal publicou esta terça-feira, 28 de março. Cerca de 2,8 milhões são em comissões, os restantes 200 mil euros em juros cobrados indevidamente.

Lisboa é a 67.ª região mais competitiva da União Europeia, Utrecht é a primeira

A Área Metropolitana de Lisboa está muito à frente do Norte, a segunda região portuguesa mais bem classificada pelo índice de competitividade regional da Comissão Europeia. Em regra, as regiões das capitais europeias são as mais competitivas, mas Alemanha, Itália e Países Baixos destoam da regra

A Comissão Europeia publicou esta terça-feira o Índice de Competitividade Regional – ICR 2.0, uma versão totalmente revista do instrumento que visa medir as diferentes dimensões de competitividade em todas as regiões da União Europeia. Entre as 234 regiões analisadas com 68 indicadores anteriores à guerra na Ucrânia, as mais competitivas são Utrecht e Zuid-Holland, nos Países Baixos, e a região da capital francesa de Île-de-France. No final da tabela, estão, sobretudo, regiões romenas e búlgaras. Quanto às sete regiões portuguesas, a Área Metropolitana de Lisboa surge na 67.ª posição. Segue-se o Norte (133.ª), o Centro (146.ª), o Algarve (174.ª), o Alentejo e a Madeira (ambos em 181.º) e os Açores (208.º em 234).

Expresso: Com choque, mas sem surpresa

As conclusões do relatório da comissão independente para os abusos na Igreja são chocantes para a maioria dos portugueses. Numa das perguntas de “sim” ou “não” da sondagem ICS-ISCTE, 77% disseram-se chocados com o que ficaram a saber. O que não é exatamente o mesmo que ficar surpreendido. A ideia de choque, que se repete, aliás, entre os vários subgrupos analisados, está mais relacionada com a dimensão, os números e a violência física e psicológica que a revelação dos casos provoca nos inquiridos. Porém, o facto de os mesmos inquiridos não se mostrarem surpreendidos sugere que a Igreja Católica atravessa, de facto, uma crise de credibilidade. Em resumo, o que a comissão independente mostrou ao país são casos chocantes que não surpreendem. O relatório da comissão baseou-se em 512 testemunhos validados, que reportam a vários episódios entre 1950 e 2022. O número de vítimas, porém, chegará a “um mínimo” de 4815 pessoas. Os termos de Pedro Strecht, coordenador da equipa que estudou os abusos na Igreja, dão uma imagem da dimensão do problema. “Os dados apurados nos arquivos eclesiásticos relativamente à incidência dos abusos sexuais devem ser entendidos como a ‘ponta do icebergue’”.

SURPRESA? NEM POR ISSO

Além de credibilidade, sobre a Igreja paira a ameaça de uma crise de futuro, que se subentende nesta sondagem, em que a maioria dos portugueses não se diz surpreendida com as revelações. É certo que é uma maioria curta (52%), mas que engrossa e fica especialmente notória em subgrupos fundamentais, como o dos jovens — só entre os maiores de 65 anos há uma maioria de surpreendidos (61%) — e o dos mais instruídos: só 29% de quem tem o ensino superior é que ficaram surpreendidos. Ao contrário do choque, sem diferenças substanciais entre géneros, as mulheres aparecem como mais surpreendidas do que os homens. A grande clivagem, no entanto, é, e mais uma vez, entre católicos e não católicos. Entre os últimos, apenas 29% mostraram surpresa (Expresso, texto do jornalista JOÃO DIOGO CORREIA)

Sucessão de polémicas desvaloriza TAP

A sucessão de casos negativos que têm diariamente desfilado em torno da TAP — e que se acentuaram com o caso da indemnização milionária atribuída a Alexandra Reis — desvalorizaram a empresa e acabam por dar argumentos a potenciais candidatos à sua privatização para fazer baixar o preço.n A companhia tem em curso, ainda que informalmente, um processo de privatização. Foi inclusivamente contratada para agilizar o contacto com os investidores uma boutique financeira anglo-saxónica, a Evercore. Uma sugestão feita pela ainda presidente da TAP, uma vez que era uma empresa com quem ela já tinha trabalhado e possuía boa reputação.

António Costa assumiu claramente que o processo de privatização é para acelerar, mas a dramatização que tem havido em torno da companhia não ajuda a que a venda avance com a serenidade que seria desejável. E pode inclusive até atrasá-la, já que os gestores e os decisores políticos estão focados em gerir a crise.

É unânime, no mercado, a ideia de que toda a polémica em torno da TAP e as revelações que têm sido feitas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à sua gestão, destapando os “buracos”, acabarão por desvalorizar a companhia aos olhos dos potenciais candidatos. Um dos dossiês mais quentes é o do papel que tiveram as negociações da Airbus com David Neeleman na altura da privatização da TAP, em 2015, e de como a troca da frota permitiu aos acionistas privados capitalizar a companhia com quase 227 milhões de dólares. A questão é saber se com isso a TAP está ou não a pagar mais pelo leasing dos aviões do que os seus concorrentes. O assunto está nas mãos do Ministério Público.

Pouco se sabe sobre a privatização da companhia, é um tema que tem estado pouco em destaque na CPI — não obstante, Christine Ourmières-Widener afirmou na terça-feira que a Evercore ainda não foi contratada oficialmente. Um sinal de que o processo pode estar em banho-maria. Também não vai ajudar na aceleração do processo a saída da CEO e a fragilização do administrador financeiro, Gonçalo Pires, pois eram os dois responsáveis pelo dossiê dentro da TAP. A favor da privatização está, no entanto, a experiência do novo presidente da TAP, Luís Rodrigues, que estava a liderar a privatização da SATA. Resta saber como é que os principais candidatos à compra da TAP — Lufthansa, Air France/KML e IAG — estão a acompanhar o dossiê. Por enquanto, só têm sido notícia as manifestações de interesse (Expresso, texto dos jornalistas ANABELA CAMPOS e DIOGO CAVALEIRO)

"Algo vai explodir". Diretora do FMI diz que "é simplesmente impossível" que as taxas de juro subam tanto sem causar fragilidades

O Fundo Monetário Internacional prevê que o crescimento global se mantenha em cerca de 3% nos próximos cinco anos, a mais baixa previsão a médio prazo desde 1990. A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional manifestou preocupação com as crescentes vulnerabilidades da economia global devido aos esforços dos bancos centrais para combater as elevadas taxas de inflação. Antes dos encontros anuais de primavera do FMI e do Banco Mundial, Kristalina Georgieva alertou que uma "economia global frágil vai conduzir a um crescimento mais lento e a uma maior fragilidade financeira". "É simplesmente impossível que as taxas de juro subam tanto depois de terem sido tão baixas durante tanto tempo e isso não causar vulnerabilidades. Algo vai explodir", disse Kristalina Georgieva ao jornal POLITICO.

Georgieva salientou que uma repetição da crise financeira global de 2008 é improvável, apesar dos problemas no setor bancário que têm surgido nos Estados Unidos e na Suíça. Em 2008, a crise foi causada por demasiadas instituições financeiras que tinham ativos altamente sobrevalorizados. Georgieva destacou que tal não é o caso de momento e que o sistema financeiro, tanto bancário como não-bancário, é muito mais “limpo”. Na entrevista, Georgieva salientou também o potencial impacto económico negativo do mundo se dividir em diferentes campos geopolíticos devido a fricções causadas pela guerra da Rússia na Ucrânia. Reconheceu também a importância de defender os valores ocidentais, advertindo “quanto pior as relações fiquem, mais pesado será o efeito para o crescimento económico global". "O FMI estima a perda potencial do comércio entre 200 mil milhões  e 7 biliões de euros, o que equivale a cerca de 0,2% a 7% do produto interno bruto global." O Fundo Monetário Internacional prevê ainda que o crescimento global se mantenha em cerca de 3% nos próximos cinco anos, a mais baixa previsão a médio prazo desde 1990 (CNN-Portugal)

Sondagem: Pouca ou nenhuma fé na Igreja para travar abusos

Só 6% dos inquiridos tem muita confiança de que a Igreja Católica será capaz de tomar as medidas necessárias. É talvez o dado mais impressionante e que mostra como a imagem da Igreja Católica em Portugal sai manchada pela revelação dos abusos sexuais a crianças e adolescentes: a grande maioria dos portugueses (67%) tem “pouca” ou “nenhuma” confiança de que a instituição seja capaz de tomar medidas para impedir novos casos. O valor desce quando a pergunta é feita apenas aos católicos. E desce muito quando se dirige aos “católicos praticantes regulares”, isto é, aos que assistem a serviços religiosos pelo menos uma vez por semana. Neste último subgrupo, há uma maioria expressiva, de 61%, que confia na Igreja para tomar medidas que cortem com o passado revelado no relatório da Comissão Independente para os Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, chamado “Dar voz ao silêncio”. Mas é um resultado em claro contraciclo com o total dos inquiridos.