terça-feira, maio 25, 2021

Grupo TAP teve prejuízo de 1.418 milhões de euros em 2020

Para além dos prejuízos, o Grupo TAP fechou 2020 com capitais próprios negativos de 2.127,672 milhões de euros. O Grupo TAP teve prejuízos de 1.418 milhões de euros em 2020, mais de 13 vezes os 105 milhões de euros negativos de 2019, segundo o relatório e contas da Parpública, que gere a participação estatal.

No que respeita à TAP, a Parpública diz no relatório e contas que "a operação e resultados de 2020 foram significativamente impactados pela quebra de atividade verificada a partir de março, em resultado da pandemia de covid-19, que afetou de forma sem precedentes o setor da aviação civil a nível global". Os prejuízos da TAP SA (negócio da aviação) ascenderam a 1.230,3 milhões de euros em 2020.

Assim, afirma a Parpública que aquilo que já eram as suas "legítimas preocupações" sobre a TAP foram "extraordinariamente ampliadas pelos impactos -- na companhia aérea, no setor, na economia e na sociedade -- das consequências da atual crise sanitária", referindo que as medidas extraordinárias a adotar vão "muito além das possibilidades" da sua intervenção enquanto acionista.

Além dos prejuízos de 1.418,156 milhões de euros (que comparam com prejuízos de 105,182 milhões de euros em 2019), o Grupo TAP fechou ainda 2020 com capitais próprios negativos de 2.127,672 milhões de euros.

Populares saqueiam lojas na Venezuela em protesto por recusa de notas de baixo valor

Populares saquearam na segunda-feira mais de duas dezenas de lojas nas localidades de Guasipati e El Callao, no estado venezuelano de Bolívar, em protesto por comerciantes terem deixado de aceitar algumas notas de bolívares, a moeda local. Os incidentes ocorreram uma semana depois de a população de San Félix e Puerto Ordáz ter protestado por os comerciantes e condutores de autocarros deixarem de aceitar as notas de 50.000 bolívares soberanos (BsS), equivalentes a 0,013 euros, à taxa oficial atual.

“Temos um número não confirmado de 18 estabelecimentos saqueados em Guasipati. De El Callao, informaram-nos de uma situação irregular e contam-nos que houve saques”, explicou o vice-presidente do Conselho Nacional de Comércio (Consecomércio) aos jornalistas.

Por outro lado, explicou que os motoristas – que, na Venezuela, são proprietários dos autocarros e cobram eles mesmos as viagens – deixaram de aceitar as notas de 50.000 e a população foi surpreendida quando os comerciantes as recusaram. A maior parte dos estabelecimentos comerciais afetados estão situados nas proximidades do mercado municipal de Roscio, em Guasipati.

TVI24 vai dar lugar à CNN Portugal


Portugal ocupa quinto lugar na tabela dos combustíveis mais caros


quarta-feira, maio 05, 2021

Mário Centeno entra ao ataque contra o Tribunal de Contas por causa do Novo Banco


O Governador do Banco de Portugal dramatiza auditoria e defende que “não é possível que haja qualquer dúvida, que permaneça qualquer dúvida, sobre a validação, verificação e demonstração dos níveis de capital do Novo Banco”. Mesmo depois de ter emitido um comunicado com a sua posição sobre a auditoria do Tribunal de Contas, o Banco de Portugal marcou uma conferência de imprensa e Mário Centeno aproveitou para atacar o relatório divulgado, dizendo que levanta dúvidas que põem até em causa a participação de Portugal na União Bancária.

“Como governador do Banco de Portugal não é possível que haja qualquer dúvida, que permaneça qualquer dúvida, sobre a validação, a verificação e a demonstração dos níveis de capital do Novo Banco. Tal colocaria em causa a participação na União Bancária”, defendeu Mário Centeno na conferência de imprensa exclusivamente presencial, depois de meses de eventos à distância devido à pandemia.

Ajudas públicas ao Novo Banco podem atingir 10,8 mil milhões de euros

 

Quanto custou o Novo Banco em auxílios de Estado desde 2014? As contas ainda não estão fechadas, mas Tribunal de Contas revela que encargos podem atingir os 10,8 mil milhões de euros. As ajudas de Estado ao Novo Banco poderão atingir os 10,8 mil milhões de euros, de acordo com a contabilização feita pelo Tribunal de Contas no relatório de auditoria.

O Tribunal de Contas faz uma discriminação de todas as medidas de auxílio estatal ao Novo Banco desde a resolução do BES, em 2014, incluindo injeções que não foram concretizadas mas que estão previstas no acordo de venda de 2017 que foi negociado com a Comissão Europeia.

Logo na resolução do BES, o Fundo de Resolução realizou uma injeção de 4,9 mil milhões de euros para a capitalização do então recém-nascido banco de transição, tendo recorrido a empréstimos do Estado e da banca para financiar essa operação.

Covid-19: Centeno avisa que "vêm agora" as decisões difíceis de política económica


O governador defendeu que a recuperação deve acontecer sem entrar numa crise económica, nem financeira ou social, e que os líderes devem "manter vivo o espírito que conduziu as decisões de 2020". O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, admitiu que "vêm agora" as decisões difíceis de política económica e reafirmou a intenção de uma "solução atempada" sobre as moratórias, com fim anunciado para setembro.

"Eu gosto de referir que as decisões difíceis vêm agora, não podemos descansar nos sucessos conseguidos", afirmou o ex-ministro das Finanças e antigo presidente do Eurogrupo, numa aula sobre economia, acrescentado que os sucessos não chegaram a todos e que é difícil compreender bons resultados quando se está perante uma pandemia desta dimensão e dureza.

O governador defendeu que a recuperação deve acontecer sem entrar numa crise económica, nem financeira ou social, e que os líderes devem "manter vivo o espírito que conduziu as decisões de 2020". Quanto às moratórias, em resposta a um aluno do Instituto de Gouveia, entidade que organizou a aula virtual, Mário Centeno disse que "foram absolutamente essenciais nesta crise com efeitos sísmicos", face aos duros confinamentos decretados e à preocupação de fazer chegar liquidez as famílias e as empresas.

"No pior dos piores dos cenários", Portugal arrisca pôr ainda mais €1,6 mil milhões no Novo Banco


Teve de ser auditoria do Tribunal de Contas a divulgar valor de rede de retaguarda negociada em 2017 com Bruxelas, que nem Governo, nem Banco de Portugal alguma vez assumiram. Já se sabia que havia uma rede de segurança de retaguarda através da qual Portugal garantiu à Comissão Europeia que, mesmo após todas as ajudas do Fundo de Resolução, poderia vir a injetar dinheiro no Novo Banco. Era o “pior dos piores” dos cenários, como classificou Mário Centeno ainda como ministro das Finanças. Nunca se soube qual o montante que poderia ser colocado nessa eventualidade – só o Tribunal de Contas agora o revelou: 1,6 mil milhões de euros.

A injeção de capital de retaguarda pelo Estado português no Novo Banco é “até ao montante máximo necessário para garantir a sua viabilidade a longo prazo (1,6 mil milhões de euros) no cenário adverso da Comissão Europeia, com base no plano de reestruturação preparado pela Lone Star para demonstrar a viabilidade do Novo Banco no final dessa reestruturação, em 31 de dezembro de 2021”, segundo as informações que constam do relatório de auditoria feita pelo Tribunal de Contas ao financiamento público recebido pelo banco, publicado esta segunda-feira, 3 de maio. O Tribunal de Contas chega a esse valor "com base" nos valores reportados pela Comissão Europeia.

terça-feira, maio 04, 2021

A supervisão comportamental em números 2020

O Banco de Portugal publicou o Relatório de Supervisão Comportamental. O Relatório descreve as atividades de supervisão dos mercados bancários de retalho desenvolvidas pelo Banco de Portugal em 2020. A Supervisão Comportamental tem como objetivo garantir a transparência de informação prestada pelas entidades supervisionadas aos seus clientes na comercialização de produtos e serviços bancários, assegurar o cumprimento do quadro normativo destes produtos e serviços e, deste modo, contribuir para a eficiência e para a estabilidade do sistema financeiro. Descubra nesta infografia os números da Supervisão Comportamental em 2020 (Banco de Portugal)



O impacto de curto prazo da pandemia COVID-19 nas empresas portuguesas


Moratórias de crédito


O Banco de Portugal publicou o Relatório de Supervisão Comportamental. O Relatório descreve as atividades de supervisão dos mercados bancários de retalho desenvolvidas pelo Banco de Portugal em 2020. O relatório aborda o tema das moratórias de crédito, uma das medidas adotadas nos mercados bancários de retalho para mitigar os efeitos da pandemia. Os dados disponíveis permitem concluir que o regime de moratórias de crédito contribuiu para que os riscos de incumprimento das famílias não se materializassem em 2020. Descubra nesta infografia como evoluíram as moratórias de crédito até março de 2021 (Banco de Portugal)

Madeira quer ter este verão mais turistas nacionais que no periodo pré-covid. TAP pretende ajudar operação com reforço de voos


 

Operadores turísticos equacionavam fretar 'charters' para a Madeira às suas custas para criar pacotes de férias económicos aos portugueses de julho a setembro, alegando a recusa da TAP em colaborar com os seus voos regulares. Mas a companhia garantiu ao Expresso querer "corrigir erros anteriores", e vai reunir-se esta semana com os agentes de viagens, anunciando a partir de junho sete voos diários para a Madeira, de Lisboa e do Porto

A polémica instalou-se na Madeira, em relação aos pacotes de férias para os turistas nacionais no próximo verão. A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e de Turismo (APAVT) avançou a intenção dos operadores turísticos portugueses fretarem 'charters' às suas custas em julho, agosto e setembro, face à "falta de diálogo" da TAP em contribuir aqui com os seus voos regulares, numa conferência de imprensa que decorreu esta sexta-feira no Funchal.

O secretário regional de Turismo, Eduardo Jesus, manifestou "pena por a companhia de bandeira não estar associada ao enorme trabalho feito no destino pelos operadores turísticos, que têm estado de braço dado", destacou que a região "tem sofrido perda de competitividade pelas tarifas praticadas pela TAP", e que "não é aceitável haver preços mais baratos para ir a Cancun do que para ir à Madeira".

segunda-feira, maio 03, 2021

Covid-19: Bruxelas alerta para impacto na aviação superior ao estimado


O responsável da direção-geral da Mobilidade e Transportes (DG MOVE) da Comissão Europeia defendeu que a aviação vai continuar a ter “grandes oportunidades”, apesar de notar que o impacto da pandemia no setor é superior ao estimado.

“Acredito que a aviação vai continuar a ter grandes oportunidades no futuro porque consegue unir as pessoas através dos continentes, através do globo e não há nada que possa replicar isso”, afirmou o diretor-geral da DG MOVE, Henrik Hololei, que falava no ‘Aviation Day’, uma iniciativa organizada pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).

No entanto, este responsável sublinhou que o impacto da pandemia de covid-19 o setor é maior do que o estimado, tendo em conta que a verdadeira “magnitude da crise” só será conhecida quando a recuperação tiver início, o que ainda “vai demorar a acontecer”. Para Hololei a recuperação do setor só será possível através de três pilares – conectividade, competitividade e viabilidade da aviação. Conforme destacou o diretor-geral da DG Move, Bruxelas, em conjunto com os Estados-membros, promoveu assistência a este setor, procurando aliviar o impacto da covid-19.

Tribunal de Contas divulga audutoria ao financiamento público do Novo Banco


O Tribunal de Contas aprovou o Relatório da Auditoria ao financiamento público do Novo Banco, na sequência do pedido formulado pela Assembleia da República. O Novo Banco é uma instituição bancária com 25% do capital social detido pela entidade pública Fundo de Resolução e 75% pela sociedade Nani Holdings, SGPS, SA, pertencente ao Fundo Lone Star. O financiamento público do Novo Banco pelo Fundo de Resolução tem sido realizado ao abrigo do Acordo de Capitalização Contingente, celebrado entre ambos, em 18 de outubro de 2017.

Sumário executivo do Relatório de Auditoria

Solicitada pela Assembleia da República, a auditoria reporta-se ao processo de financiamento público do Novo Banco (NB) pelo Fundo de Resolução (FdR), ao abrigo do Acordo de Capitalização Contingente (ACC) celebrado por ambos em 18/10/2017, e visa avaliar se esse financiamento salvaguarda o interesse público, o que neste contexto significa: i) concorrer para a estabilidade do sistema financeiro; ii) minimizar o impacto na sustentabilidade das finanças públicas; iii) financiar o valor apropriadamente demonstrado, verificado e validado (sendo as duas primeiras condições finalidades das medidas de resolução nos termos legais aplicáveis). As conclusões da auditoria são as seguintes:

O financiamento do NB pelo FdR (que detém 25% do capital social do NB), ao abrigo do ACC, é público e constitui despesa efetiva (apoio não reembolsável) das Administrações Públicas em contabilidade nacional, sendo incorreto que não o seja em contabilidade pública, tal como o Tribunal tem criticado nos seus Pareceres sobre a Conta Geral do Estado.

Novo Banco: Capitalização extra acordada com Bruxelas pode ir até 1.600 milhões de euros


O valor da capitalização extra do Novo Banco (NB) que o Estado acordou com a Comissão Europeia (CE) no âmbito da venda do banco à Lone Star vai até aos 1.600 milhões de euros, de acordo com a auditoria do Tribunal de Contas (TdC). Já era conhecido que, no âmbito do acordo do Estado com Bruxelas, em caso de necessidade e devido a circunstâncias adversas graves e caso os acionistas não as conseguissem colmatar, Portugal disponibilizaria "capital adicional limitado", mas o valor exato não era conhecido. No âmbito do acordo de venda, "o Estado português notificou a CE de três medidas de auxílio estatal (com uma terceira carta de compromissos) consideradas necessárias para concluir a venda", que funcionam "como garantias de capitalização do NB para cumprir os rácios aplicáveis", duas das quais após "esgotar outras alternativas", como recurso ao mercado. A primeira diz respeito ao Acordo de Capitalização Contingente (ACC) atualmente em vigor, que vai até 3.890 milhões de euros e dos quais o Novo Banco já consumiu 2.976 milhões de euros, restando 914 milhões de euros.

As outras duas medidas de auxílio em questão, a acionar caso falhem medidas alternativas, são a "tomada pelo FdR [Fundo de Resolução] de dívida subordinada emitida pelo NB, até 400 ME [milhões de euros]", e ainda uma "injeção de capital de retaguarda ('backstop capital') pelo Estado português no NB até ao montante máximo necessário para garantir a sua viabilidade a longo prazo (1,6 mil ME), no cenário adverso da CE". O cenário adverso que implica esse montante foi feito "com base no plano de reestruturação preparado pela Lone Star para demonstrar a viabilidade do NB no final dessa reestruturação", no final de 2021 (Sapo)

Moratórias abrangem quase 384 mil devedores

 

Após a declaração do estado de emergência, em 18 de Março de 2020, foi aprovado o regime de moratória pública, que entrou em vigor em 27 de Março de 2020. Além da moratória pública, foram também criadas moratórias privadas, no âmbito de protocolos dinamizados pela Associação Portuguesa de Bancos (APB) e pela Associação Portuguesa de Crédito Especializado (ASFAC). De acordo com o Banco de Portugal, no final de Março, contabilizavam-se 501,6 mil contratos a beneficiarem das moratórias, abrangendo 383,8 mil devedores e um montante global de crédito de 41,85 mil milhões de euros. Segundo dados apresentados hoje no “Relatório de Supervisão Comportamental“, os empréstimos em moratória totalizavam 13,6% do montante total de crédito concedido aos particulares e 32% no caso das empresas.

Segundo o Banco de Portugal, a maioria dos contratos que estavam abrangidos por moratórias de crédito beneficiava da moratória pública (81%), estando em causa sobretudo contratos de crédito para habitação própria permanente e outros créditos hipotecários (57%) e contratos de crédito a empresas (43%). Nas moratórias privadas, o banco central refere que os contratos de crédito aos consumidores correspondiam a 73% dos créditos abrangidos por estas moratórias – este tipo de crédito, com exceção do crédito pessoal com finalidade educação, não está abrangido pela moratória pública. No final de março de 2021, estavam também integrados, em moratórias privadas, contratos de crédito hipotecário, representando 27% do total de contratos abrangidos por este tipo de moratória.

Com a situação de pandemia de COVID-19, o risco de incumprimento dos contratos de crédito aumentou significativamente, em virtude da degradação das condições económico-financeiras das famílias. Para o Banco de Portugal, “o risco de incumprimento das famílias foi mitigado pela implementação das moratórias de crédito”, e revela-se “necessária uma rápida adoção de medidas para facilitar o reembolso dos créditos.” (Executive Digest)

Redução do transporte aéreo levou à perda de 7 milhões de empregos na UE


A redução do transporte aéreo, face ao impacto da pandemia de covid-19, levou a União Europeia (UE) a perder cerca de sete milhões de postos de trabalho diretos e indiretos, divulgou a Autoridade Nacional da aviação Civil (ANAC). “Na Europa, o impacto social da redução do transporte aéreo foi particularmente difícil, levando à perda de cerca de sete milhões de postos de trabalho diretos e indiretos”, afirmou o presidente da ANAC, Luís Miguel Ribeiro, que falava no ‘Aviation Day’, uma iniciativa organizada no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Assim, segundo este responsável, a recuperação do setor vai ser “mais longa” do que o que se previa, sendo assim necessário dar “segurança” aos clientes, tendo por base um conjunto de normas e protocolos. No entanto, apesar das medidas implementadas, é necessário “continuar a preparar respostas coordenadas e consistentes”, tendo em conta a evolução epidemiológica, acrescentou, lembrando que para a presidência portuguesa a recuperação da confiança dos cidadãos é importante (Executive Digest)

Sondagem: Ventura bate recordes de rejeição no Porto e entre os mais velhos

 


António Costa é um fenómeno de popularidade (é o único com saldo positivo na avaliação dos portugueses). André Ventura é um fenómeno de rejeição (é o único em que aumenta a percentagem de avaliações negativas). Mas há outra novidade no barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF que faz a avaliação aos líderes partidários: Catarina Martins ultrapassou Rui Rio, ainda que ambos mantenham um saldo negativo. O líder do Chega destaca-se de todos os outros por causa dos 64% de avaliações negativas. A rejeição é muito elevada em todos os segmentos da amostra, em particular entre os residentes da Área Metropolitana do Porto, os que têm melhores rendimentos, e os cidadãos com mais de 65 anos.

Sondagem: PSD recupera e a soma da Direita volta a ser superior ao resultado dos socialistas


Bloco de Esquerda continua a subir e solidifica terceiro lugar, beneficiando também da queda do Chega. PAN ressente-se da saída do líder. CDS afunda-se na irrelevância. O PSD (26,1%) recuperou em abril quase todo o terreno perdido no mês anterior, contribuindo para que a soma da Direita volte a ser ligeiramente superior ao resultado do PS (38,2%). Os socialistas continuam ainda assim com uma confortável vantagem de 12 pontos sobre os sociais-democratas, de acordo com a mais recente sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Destaque também para a contínua recuperação do Bloco de Esquerda (9,2%), que solidifica o terceiro lugar, beneficiando da quebra do Chega (7,2%). O CDS afunda-se de novo na irrelevância (0,4%).

Foi um mês de abril difícil para o PS. Começou com o confronto político e constitucional entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito do alargamento dos apoios sociais relativos à pandemia. E prosseguiu com o despacho da Operação Marquês, em que o país ouviu um juiz a dizer, em direto, que o ex-socialista José Sócrates se deixou corromper enquanto exercia o cargo de primeiro-ministro. O impacto, até ver, foi limitado: os socialistas perderam um ponto e meio nas intenções de voto, mas continuam quase dois pontos acima do que conseguiram nas legislativas de 2019. A conjugação da quebra do PS com a subida do PSD - que volta ao patamar que lhe é mais habitual nesta série de barómetros -, trouxe de novo o conjunto da Direita para um patamar superior ao dos socialistas, ainda que por escassas décimas: vale agora quase 39 pontos percentuais.

Sondagem: Ventura volta a aproximar-se de Rio como líder da Oposição

 

Mudança coincide com avaliação cada vez mais negativa dos portugueses à ação da Oposição. Rui Rio manteve em abril o estatuto de líder da Oposição (34%), mas André Ventura voltou a ganhar terreno ao social-democrata (31%). De acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, a aproximação do líder do Chega coincide com uma queda abrupta na apreciação dos portugueses ao trabalho da Oposição: apenas 22% de avaliações positivas (menos 11 pontos do que no mês passado), face a 36% de avaliações negativas (menos um ponto). A diferença entre o social-democrata e o radical de Direita é agora de apenas três pontos percentuais, em vez dos 15 pontos que se registavam no mês passado. Em terceiro lugar surge a bloquista Catarina Martins (13%), em quarto o comunista Jerónimo de Sousa (4%) e em quinto o liberal João Cotrim de Figueiredo (2%).

Ventura no Centro e Sul

Quando se analisam os diferentes segmentos da amostra, Ventura até está à frente de Rio como líder da Oposição em vários casos: nas regiões mais a sul, incluindo o Centro e Lisboa; entre as mulheres; em três das quatro faixas etárias (só fica atrás entre os mais velhos); e nas classes médias. Se o ângulo de análise forem as preferências partidárias, Ventura só está à frente de Rio entre os que votam no Iniciativa Liberal e no Chega. Mas consegue essa distinção por parte de um terço dos eleitorados socialistas e social-democrata. Quanto a Rio, nem entre os seus correligionários consegue ultrapassar a barreira dos 50 pontos percentuais.

Grupos hoteleiros temem que a recuperação seja muito lenta


A escassez ou ausência de eventos internacionais e as limitações dos voos reduzem drasticamente as taxas de ocupação das unidades hoteleiras. A recuperação do sector hoteleiro será muito lenta, eis o principal receio dos grupos que operam no sector. Para compensarem as épocas altas muito fracas, os grupos hoteleiros preveem que não vão poder contar com os grandes eventos internacionais que davam ocupação às épocas baixas, nem com o habitual fluxo do turismo de negócios.

Sobretudo, porque o turismo profissional – os congressos, as palestras, as reuniões de especialistas, os grandes encontros internacionais de associações e clubes –, bem como o turismo de negócios, provavelmente não voltarão a retomar as rotinas que tiveram antes da pandemia de Covid-19.

Senão, vejamos: quatro em cada dez viajantes de negócios europeus admitem que vão viajar menos após as restrições de viagens da Covid-19 serem totalmente levantadas, de acordo com um inquérito divulgado pela Reuters.

Sondagem: Braço de ferro constitucional sem efeito na popularidade de Marcelo e Costa


Presidente (71%) e primeiro-ministro (59%) continuam a beneficiar da avaliação positiva dos portugueses. Mas, no que toca à confiança, o inquilino de Belém (57%) vale o triplo do de S. Bento (16%). Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa protagonizaram, em abril, um braço de ferro político e constitucional. O confronto não parece, no entanto, ter afetado a popularidade de nenhum deles. De acordo com os resultados do barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, conseguiram até aumentar o saldo positivo. O presidente mantém-se, como sempre, uns degraus acima do primeiro-ministro, com a diferença entre os dois a ser particularmente visível no que diz respeito à confiança: quando os portugueses são obrigados a escolher entre um e outro, Marcelo vale o triplo de Costa.

O inquilino de Belém até desceu um ponto na percentagem de avaliações positivas, entre março e abril (tem agora 71%). Sucede que também caíram significativamente as avaliações negativas, o que lhe permite ter agora um saldo positivo de 61 pontos percentuais (mais seis do que no mês passado).

O fenómeno repetiu-se com o inquilino de S. Bento: caiu dois pontos nas avaliações positivas (tem agora 59%), mas também são menos os que lhe dão nota negativa, o que resulta num saldo positivo de 40 pontos (melhor, só em julho do ano passado).

Em cada cinco portugueses, apenas um tem planos de vida para 2021, diz um estudo da Cetelem


De acordo com os responsáveis do estudo, “no âmbito desta frágil conjuntura económica, 42% revelam que têm sentido dificuldades no pagamento das despesas mensais fixas, valor também mais elevado desde o início da pandemia (eram 34% em junho de 2020)”. Apenas um em cada cinco portugueses têm planos de vida para 2021, conclui um estudo realizado pela Cetelem.

Segundo esta empresa do banco BNP Paribas, presente em Portugal desde 1993, a crise económica associada à pandemia obrigou os portugueses a repensarem os seus planos. Um em cada três portugueses não estão capazes de suportar despesas extras e 42% dos nossos compatriotas sentem dificuldades no pagamento de despesas fixas – são outras conclusões deste estudo.

“O contexto pandémico sem precedentes que Portugal atravessa já dura há mais de um ano e com ele trouxe uma grave crise económica que afetou a vida dos portugueses. Por conseguinte, mudaram-se hábitos de consumo e vários planos agendados para 2020 e 2021 têm estado adiados, à espera de um contexto mais favorável para a sua retoma”, resume um comunicado da Cetelem. O Observador Cetelem procurou inquirir os portugueses no sentido de compreender o impacto da pandemia na sua capacidade financeira e nos seus projetos de vida.

Taxa de desemprego aumentou na maioria das regiões da União Europeia em 2020

 

Em Portugal, as regiões com a taxa de desemprego mais alta são Algarve, Área Metropolitana de Lisboa e Madeira. Na generalidade do Velho Continente, as regiões turísticas foram muito afetadas. Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, a taxa de desemprego das pessoas entre os 15 e os 74 anos aumentou face a 2019 na maioria das regiões NUTS II da União Europeia (UE), segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Em Portugal, as regiões com a taxa de desemprego mais alta são Algarve, Área Metropolitana de Lisboa (AML) e Madeira.

Depois do ano histórico de 2019 (taxa de desemprego a nível europeu atingiu os mínimos desde 2000), a Covid-19 veio abalar o mercado de trabalho e essa tendência inverteu-se. O aumento foi geral, mas, ainda assim, as taxas de desemprego continuam a ser bastante variáveis entre os Estados-membros.

Assim, as maiores taxas de desemprego foram registadas aqui ao lado, nas cidades autónomas espanholas de Ceuta (24,5%) e Melilha (23,7%). Outras duas regiões espanholas completam o quadro das piores regiões: Ilhas Canárias (22,6%) e Andaluzia (22,3%). Já a taxa de desemprego mais baixa foi registada na região polaca de Wielkopolskie (1,8%). Várias regiões checas estão também entre as taxas de desemprego mais baixas com percentagens entre os 1,9% e os 2,3%.

Sondagem: Maioria acredita que Governo dura até 2023 e consegue passar Orçamento

 

PS deve negociar à Esquerda (46%), com prioridade à inclusão de bloquistas e comunistas em simultâneo (30%). Um quinto dos socialistas prefere o PSD. A grande maioria dos portugueses está convencida que o Governo de António Costa vai durar até ao fim da legislatura (84%). Estão também em maioria, ainda que muito menos expressiva, os que acreditam na capacidade dos socialistas aprovarem o próximo Orçamento de Estado (52%). Conclusões de uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF, que também mediu o impacto do braço de ferro constitucional entre Belém e S. Bento, a propósito do alargamento dos apoios sociais em contexto de pandemia: a razão está do lado de Marcelo (50%).

O país é sacudido, de quando em vez, com o fantasma de uma crise política. Seja a ameaça real ou ilusória, o próprio presidente da República lhe acrescenta visibilidade. Como em fevereiro passado, quando o combate à pandemia dava sinais de descontrolo: "Não se conte comigo para dar o mínimo eco a cenários de crises políticas ou eleitorais", disse Marcelo. A julgar pelo barómetro de abril da Aximage, a opinião pública não acompanha as previsões da opinião publicada: quase nove em cada dez inquiridos apostam que a legislatura esgotará o seu tempo de vida (2023).

OCDE: Estado português fica em média com 27,4% do salário bruto

 

Portugal continua entre os países da OCDE que mais cobra em IRS e contribuições para a Segurança Social. Em média, o trabalhador português leva para casa 72,6% do salário bruto. Em 2020, o trabalhador português com um salário médio e sem filhos levou para casa 72,6% do seu salário bruto e o Estado ficou com 27,4% em IRS e Taxa Social Única (contribuição para a Segurança Social). Esta estatística da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), divulgada esta quinta-feira no relatório “Taxing Wages 2020”, pretende calcular a carga fiscal que incide sobre o fator trabalho nas economias avançadas para diferentes perfis de rendimentos e de composição do agregado familiar.

Estes valores relativos ao ano passado representam um agravamento da carga fiscal sobre o fator trabalho em Portugal, em linha com o que aconteceu ao conceito mais abrangente de carga fiscal que atingiu um novo recorde. Em 2019, os trabalhadores portugueses entregavam, em média, 26,9% do seu rendimento bruto ao Estado, levando para casa os restantes 73,1%. Já nesse ano esta carga fiscal sobre o fator trabalho tinha aumentado.

É de realçar que este cálculo da OCDE tem em conta apenas as taxas de retenção na fonte aplicadas aos salários brutos dos trabalhadores portugueses, excluindo o acerto de IRS que é feito no ano seguinte e que, em alguns casos, traduz-se numa fatura fiscal mais baixa quando há lugar a um reembolso.

Sondagem: Dois terços dos portugueses não confiam nos tribunais e nos juízes


Sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF revela descrença generalizada no regime. Políticos não são devidamente fiscalizados (83%) e Justiça não tem capacidade para investigar se são corruptos (62%). Nem os políticos estão a ser devidamente fiscalizados (83%), nem a Justiça tem a capacidade de investigar os casos de corrupção na política (62%). Os resultados de uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF revelam um clima de descrença generalizada. Não pode ser pior? Talvez possa. Os "tribunais e juízes" são a instituição em que os portugueses menos confiam. Uma avaliação em que o Ministério Público e a Procuradoria-Geral da República também são bastante maltratados. Foi no passado dia 12 de abril que Rui Rio recorreu ao que parecia ser um tremendismo retórico. Poucos dias depois do despacho do juiz Ivo Rosa relativo à Operação Marquês - que fez cair, por causa das prescrições e da falta de provas, a maior parte das acusações sobre personagens como José Sócrates e Ricardo Salgado -, o líder do PSD denunciava uma Justiça que "o povo não entende" e que constitui "o pior exemplo da doença do regime".

A julgar pelos resultados do barómetro de abril da Aximage, o líder social-democrata está em sintonia com a grande maioria dos portugueses. Mas não ficou sozinho nesse palco por muito tempo. Na sessão comemorativa do 25 de Abril da Assembleia da República, o combate à corrupção, a criminalização do enriquecimento ilícito, a impunidade dos poderosos e, finalmente, a descrença na Justiça, dominaram os discursos, da Direita à Esquerda. A exceção foi o PS, que ontem mesmo aprovou, em Conselho de Ministros, a Estratégia Nacional contra a Corrupção.

Sondagem Expresso-SIC: Portugueses com medo de novo confinamento

 


Uma taxa de aprovação de 48% não envergonha nenhum político, mas também pode não ser suficiente para alimentar grandes euforias. À pergunta se está algo, pouco, muito ou nada confiante na resposta dada pelo primeiro-ministro à pandemia, 48% dos portugueses assumiram-se confiantes, outros 10% dizem-se mesmo muito confiantes em António Costa. Ainda assim, a taxa de aprovação ao Executivo fica curta quando comparada com os valores conseguidos por Marcelo Rebelo de Sousa — 50% algo confiantes e 25% muito confiantes — e mesmo comparada com a Direção-Geral da Saúde: o organismo liderado por Graça Freitas merece alguma confiança de 52% dos inquiridos e muita de outros 13%. A tendência, de resto, mantém-se entre os que não têm qualquer confiança na atuação de Marcelo (4%), DGS (5%) e primeiro-ministro (8%). Ainda assim, no cômputo geral, a confiança dos portugueses nas autoridades parece sólida e em recuperação. A aprovação geral de Costa sobe oito pontos, ainda que distante dos 74% de há um ano; a da DGS recupera 17 pontos, quase recuperando a quebra de confiança registada desde setembro. E a de Marcelo sobe 10 pontos, para 76%, superando o seu melhor registo

Entre os que estão muito e os que apenas se dizem algo confiantes na sua ação, Costa chega a meados de abril com 59% de aprovação. Um número longe dos melhores — registados logo em março do ano passado, 75% —, mas ainda assim melhor que o conseguido no passado mês de novembro, quando se ficava nos 51%. Marcelo nunca chegou tão alto — 74% nas sondagens de março e maio —, mas também nunca foi abaixo dos 61%.

Sondagem: Dois terços confiam na vacina e querem tomá-la logo que seja possível


Numa altura em que se assinalam as três milhões de doses de vacinas administradas, são já dois terços dos portugueses que dizem confiar na inoculação e que a pretendem tomar assim que seja possível. A subir, também, os que acreditam que o Governo executará o plano de vacinação dentro dos prazos estipulados. No que ao regresso à normalidade concerne, a larga maioria não acredita que tal ocorra antes de um ano.

De acordo com a mais recente sondagem da Aximage para o JN/DN/TSF, 21% e 45% dos inquiridos afirmam ter uma confiança na vacinação muito grande e grande, respetivamente. Valor que compara com os 16% e 42% apurados em fevereiro. Confiança essa maior na faixa etária acima dos 65 e menor na dos 18-34 anos. Sem grandes oscilações ao nível do sexo, os maiores graus de confiança encontram-se nos extremos das classes sociais.

Sendo também dois terços aqueles que querem ser inoculados mal seja possível. Com uma evolução assinalável face à sondagem de novembro, altura em que a União Europeia não tinha ainda nenhuma vacina autorizada para o seu mercado. Se àquela data apenas 25% admitiam a imunização mal fosse possível, a proporção chega agora aos 67%.

Sondagem: Mais de metade dos portugueses não tenciona fazer férias

 


Entre aqueles que afirmam o contrário, a maioria vai gozá-las em Portugal numa casa alugada, hotel ou segunda residência e prevê gastar tanto como no ano passado. Mais de 50% da população portuguesa não tenciona fazer férias este ano - é, sobretudo, no Norte e na Área Metropolitana do Porto (AMP) que essa tendência se verifica com valores acima da média nacional. A sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF revela também que, entre aqueles que planeiam fazer férias, a grande maioria vai gozá-las dentro das fronteiras nacionais (90%) e estima realizar os mesmos gastos do que no ano passado (64%). Num tempo em que a pandemia condiciona fortemente a mobilidade, não espanta que apenas 5% dos inquiridos pretendam viajar para o estrangeiro durante o descanso anual.

O mesmo princípio de prudência observa-se nas despesas previstas para o verão. Dos 48% que tencionam fazer férias, só 11% admitem gastar mais do que no ano passado, valor que sobe para 21% quando se consideram aqueles que admitem despender uma quantia menor. É no Centro, na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e no Sul e ilhas que cerca de um quarto das pessoas pretende poupar face a 2020, enquanto no Norte 21% pensam gastar mais, quase o dobro ou mesmo o triplo em relação às outras regiões. O estudo conclui que, dos 43% que farão férias no país, a maior parte vai fazê-lo em casa alugada (24%), num hotel (23%) ou em segunda residência (19%). É interessante verificar que é sobretudo no Norte (43%) e na AMP (23%) que vive quem escolhe uma unidade hoteleira para o descanso.

Estudo: 1 em cada 3 portugueses não consegue suportar despesas extras


A pandemia trouxe consigo uma grave crise económica mundial, que acabou por alterar os hábitos de consumo e vários planos que estavam agendados para 2020 e 2021. Por cá, os portugueses fazem cada vez menos planos de vida, sentem dificuldade em pagar as suas despesas fixas e mal conseguem suportar despesas extra. As conclusões constam do mais recente estudo do Observador Cetelem, publicado esta quinta-feira, que adianta que em Portugal apenas uma em cada cinco pessoas tem planos de vida para este ano e uma em cada três não consegue suportar despesas extra. A pesquisa avança ainda que 42% dos portugueses sentem dificuldades no pagamento de despesas fixas.

Os resultados do inquérito, que pretendia compreender o impacto da pandemia na capacidade financeira dos portugueses e nos seus projetos de vida, permitem concluir que apenas 22% dos portugueses – e das classes mais altas – têm projetos de vida planeados para este ano. Entre eles, ter filhos (4%), mudar de casa (4%), sair de casa/juntar-se com o namorado/viver sozinho (4%), mudar de emprego (3%), casar (2%) ou investir num negócio próprio (2%).

Covid-19: Investigação aponta possível caminho do SARS-CoV-2 para o cérebro



Células que normalmente protegem e nutrem os neurónios podem ser o veículo usado pelo coronavírus SARS-CoV-2 para infetar o cérebro, de acordo com uma investigação em que participa um cientista português nos Estados Unidos. “Os astrócitos são células que normalmente protegem os neurónios, são uma espécie de sistema imunitário do cérebro e fornecem nutrientes e mecanismos de sinalização para os neurónios funcionarem normalmente”, disse à agência Lusa o investigador Ricardo Costa, a fazer um pós-doutoramento na Universidade Estadual do Louisiana. Ricardo Costa é o primeiro autor de um estudo que será apresentado no encontro deste ano da Sociedade Fisiológica norte-americana cujas conclusões apontam para os astrócitos como o caminho do SARS-CoV-2 para o cérebro em algumas formas da doença da covid-19.

Crise iminente em Itália pode ditar a saída do Euro, alertam economistas

 

Numa altura em que Itália ultima o seu plano de recuperação económica pós-Covid-19, com base nos 248 mil milhões de euros que a União Europeia vai disponibilizar como apoio, e que totalizam cerca de 12% do PIB, o país está a braços com aquela que pode ser a mais profunda reforma da economia italiana dos últimos anos: a saída da Zona Euro.

De acordo com o ‘The Daily Express’, a diferença entre a dívida pública e o PIB é demasiado alta (atualmente quase 160%), as taxas de desemprego continuam altas também, principalmente entre os jovens, há grandes disparidades regionais e uma baixa taxa de natalidade no país, o que Itália numa situação particularmente difícil, principalmente com uma nova crise financeira ainda a despoletar.

Os economistas Lucio Baccaro, Björn Bremer e Erik Neimanns estudaram a perceção dos italianos em relação a um resgate europeu e à saída da zona Euro e, no relatório, citado pelo jornal britânico, evidenciaram que a maioria das pessoas preferia sair caso o resgate dependesse de mais políticas de austeridade. O estudo adianta que, perante um cenário de crise, semelhante à que o país atravessa hoje, caso o governo levasse a referendo a permanência no euro dependendo das medidas de resgate, a resposta dos inquiridos não deixou margem para dúvidas. Os resultados sugerem, avança a pesquisa, que a opinião pública italiana é fortemente sensível aos custos de permanecer no euro.

O primeiro-ministro italiano já tinha dito, na segunda-feira, num discurso proferido na câmara baixa do parlamento italiano, que o “destino” e a “credibilidade” de Itália estão em jogo. Mario Draghi defendeu que será o sucesso, ou o fracasso, do amplo programa de reformas a ditar o papel do país na “comunidade internacional, a sua credibilidade e reputação enquanto membro fundador da União Europeia e protagonista do mundo ocidental” (Executive Digest, texto da jornalista Ana Sofia Ribeiro)

Medo, incerteza, frustração: Saiba como a pandemia mexeu profundamente com os sentimentos dos europeus em 2020


A União Europeia foi uma boa 'gestora de pandemia'? Em três inquéritos diferentes - um em fevereiro, outro em junho e outro em setembro de 2020 - o Parlamento Europeu auscultou os europeus para tentar entender como viveram a pandemia em várias frentes. Da incerteza à esperança, foram muitos os estados de espírito perante os desafios pandémicos. Saiba mais neste episódio de 2:59 - jornalismo de dados para explicar o mundo (Expresso)

Turismo: Número de hóspedes recua 59% e dormidas caem 66,5% em março

 

Os hóspedes em alojamento turístico terão recuado 59,0% e as dormidas terão diminuído 66,5% em março, uma variação homóloga “muito negativa, mas menos acentuada”, que compara com um mês de 2020 já afetado pela pandemia, divulgou o INE. Segundo as estatísticas rápidas do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a atividade turística em março, nesse mês o setor do alojamento turístico (hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação) registou 283,7 mil hóspedes e 636,1 mil dormidas, correspondendo a variações de -59,0% e -66,5%, respetivamente (-87,1% e -87,8% em fevereiro, pela mesma ordem). No mês em análise assistiu-se a uma recuperação das dormidas de residentes, com o mercado interno (peso de 71,1%) a contribuir com 452,1 mil dormidas, o que representou um decréscimo de 20,2% (-74,9% em fevereiro).

Já as dormidas dos mercados externos diminuíram 86,2% (-94,5% no mês anterior) e atingiram 184,0 mil. Os hóspedes residentes terão sido 233,8 mil, um decréscimo de 21,7% (-77,6% em fevereiro), e os hóspedes não residentes terão atingido um total de 49,9 mil, recuando 87,3% (-96,1% em fevereiro). O INE ressalva que “estas variações homólogas, em março, incidem sobre o primeiro mês de 2020 em que o impacto da pandemia covid-19 já foi sentido significativamente”. Em março, no contexto do estado de emergência, 58,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (63,9% em fevereiro) (Lusa)

Venezuela: A guerra na fronteira com a Colômbia onde cabem forças de segurança nacionais, ex-FARC, narcotráfico, tortura e locais em fuga


Relatório da Human Rights Watch denuncia "abusos aberrantes" por parte das forças de segurança da Venezuela contra a população em Apure, um dos estados mais pobres da Venezuela, uma região abandonada pelo regime onde grupos guerrilheiros penetraram e engordam a influência.

A guerra, que faz o que as guerras fazem, mudou-se para Apure, um dos estados mais pobres da Venezuela, há mais de um mês, alimentada pelo conflito e conivência com “grupos irregulares”, sobretudo forças dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Há grupos armados colombianos e um venezuelano a operar por ali, junto à fronteira colombiana, sedentos de dominar as rotas e o chão a favor da circulação de droga e outras mercadorias ilícitas. A Human Rights Watch (HRW) denunciou, na segunda-feira, “abusos aberrantes” por parte do exército venezuelano naquela região. Pelo menos 6000 residentes já fugiram para o outro lado da linha que divide os dois países.

A ofensiva das forças venezuelanas contra os tais grupos irregulares começou a 21 de março. Testemunham-se aviões militares a sobrevoar a zona, outros veículos de guerra a calcar a terra e armas pesadas a levantar pó. Na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Venezuela deu conta de várias baixas entre os militares, após “batalhas sangrentas”. Alguns vídeos nas redes sociais, cuja veracidade não foi verificada, mostram cadáveres de tropas venezuelanas espalhados numa área de vegetação. Terão havido também várias detenções, que supostamente estão a oferecer ao regime “informação valiosa”. O comunicado do Ministério da Defesa dizia ainda que os confrontos continuariam e que até se intensificariam, com o fim “neutralizar qualquer reduto destes deliquentes”, até ser garantida a sua “total expulsão e derrota definitiva”.

No documento da ONG Human Rights Watch podem ler-se menções a execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, torturas de distintas naturezas e ainda julgamentos de civis em tribunais militares. Segundo relatos recolhidos, as forças venezuelanas associadas aos “abusos aberrantes” são as Forças de Ações Especiais da Polícia Nacional Bolivariana, a Guarda Nacional Bolivariana e o Comando Nacional Anti-extorsão e Sequestro.

Sondagem (Vacinação Covid-19): Um em cada cinco portugueses continua por convencer. Mulheres são as mais céticas

 

Cerca de 21% dos portugueses ainda não está convencido relativamente à toma da vacina contra a Covid-19. A conclusão é de uma sondagem realizada pelo ISCTE e ICS para o ‘Expresso’ e a ‘SIC’, que revela que 6% dos inquiridos recusam-na, 8% hesitam, respondendo que “depende da vacina”, e 7% optam por não responder à pergunta. Entre aqueles que não têm confiança na vacina, 24% questionam a eficácia da mesma, 11% acreditam não precisar dela e 8% mostram ser contrários a qualquer tipo de vacina, mesmo uma que possa servir para travar a crise de saúde pública que Portugal enfrenta atualmente.

“A idade, a instrução ou o rendimento não estão relacionados com a vontade de ser vacinado/a. Contudo, há uma diferença significativa de nove pontos percentuais entre homens e mulheres, com as segundas a mostrarem menor vontade de serem vacinadas”, pode ler-se no relatório da sondagem. Para além disso, é ainda revelado que os inquiridos dos escalões etários que estão mais longe de serem vacinados, são aqueles que dizem estar menos satisfeitos com o processo de vacinação em Portugal: dos 25 aos 44 anos, mostra a sondagem.

A pesquisa revela também que cerca de 49% dos inquiridos considera que o processo de vacinação está a correr bem e 52% muito bem, contra 40% que dizem o contrário, com 34% a achar que a estratégia portuguesa está a correr mal e 6% muito mal.

Questionados sobre “quem tem maiores responsabilidades pela maneira como está a correr a vacinação em Portugal?”, o Governo lidera a lista seguido pela Indústria farmacêutica e depois pela Comissão Europeia. Adicionalmente, foi ainda possível observar que 79% dos portugueses diz já ter tomado ou estar disposto a tomar a vacina contra a covid-19, uma percentagem que permite ao país cumprir a meta da imunidade de grupo, prevista para o verão (Executive Digest)

Sindagem: Portugueses confiam mais nas autoridades que gerem a pandemia

 

Quebras no turismo: Portugueses viajaram menos 41% em 2020 

 

BES: Ricardo Salgado terá corrompido embaixador da Venezuela em Portugal


Zona euro entrou tecnicamente em recessão


Venezuelanos são força política em crescimento em Espanha