quinta-feira, janeiro 11, 2024

Nota: um drama que exige coragem e a percepção de que a realidade mudou demasiado e rapidamente

Esta semana foi algo deprimente porque ficamos todos a perceber, mais ou menos, que a crise que ameaça o futuro do grupo de comunicação social português Global Média, é mais profunda, difícil e complexa do que parece, e poderá ter as suas raízes numa conjugação de protagonistas, factos, realidades erradamente escamoteadas, e decisões desajustadas, durante algum tempo desvalorizadas, mas que acabaram por conduzir o grupo a uma situação que precisa de ser resolvida. Neste momento o problema parece ser simples: ou a necessidade de tomar medidas, porque a crise no sector da comunicação social, que não é nova, é hoje uma realidade incontornável ou, lamentavelmente, podemos ter um desfecho ainda pior do que aquele que alguns vaticinavam, dada a ramificação deste grupo privado presente, paradoxalmente, em meios de comunicação social que durante anos, antes da privatização, estavam na órbita do sector empresarial do Estado, casos da Lusa, DN e JN.

Aliás, suspeito que foi esse antecedente, independentemente da gravidade e da desumanidade subjacente ao caso e à crise, que garantiu a polémica, o espaço mediático e a atenção política em torno desta instabilidade na GM.

quarta-feira, janeiro 10, 2024

Grupo que controla a Global Media estava debaixo de olho das autoridades europeias

A Union Capital Group, gestora de investimentos sediada em Genebra, é a gestora do fundo World Opportunity Fund, que passou a controlar a Global Media Group em novembro. No entanto, esta foi liquidada e eliminada do registo comercial suíço a 25 de julho de 2022. A informação é avançada pelo Público que dá ainda conta que José Paulo Fafe, atual CEO da Global Media, trata de tudo o que está relacionado com a aquisição e gestão de um dos maiores grupos de comunicação em Portugal diretamente com o fundador da Union Group Capital, o francês Clément Ducasse. Esta quarta-feira, José Paulo Fafe disse à Lusa que o fundo World Opportunity Fund investiu sete milhões de euros na compra de 51% nas Páginas Civilizadas, durante a comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do Bloco Esquerda (BE) sobre a situação na Global Media.

Ministro da Cultura alerta para risco de Lusa ter acionista hostil pela primeira vez

O ministro da Cultura alertou para o risco de a Lusa ter um acionista hostil pela primeira vez, devido às participações da Global Media e das Páginas Civilizadas, mas assegurou não haver motivo de preocupação para os trabalhadores. Pedro Adão e Silva falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do PCP e do Bloco Esquerda (BE) sobre a situação na Global Media Group (GMG). “Não temos nenhuma experiência de ter um acionista hostil na Lusa”, disse, advertindo, contudo, que existe “um risco”, em alusão às participações de 23,36% do Global Media Group (GMG) e de 22,35% das Páginas Civilizadas.

Para Pedro Adão e Silva, “a partir do momento que há esta alteração na estrutura acionista” passa a haver “essa possibilidade”, o que, diz, terá consequências para a alteração do contrato de prestação de serviços noticiosos celebrados entre a Lusa e o Estado, já que tem de “ser aprovado por unanimidade no Conselho de Administração da Lusa”. Ainda assim, o ministro da Cultura considerou “que não há motivos para preocupação” para os trabalhadores, porque “quem tem aportado sempre recursos à Lusa é sempre o Estado”.

O governante com a tutela da comunicação social defendeu o processo de compra da Lusa pelo Estado, entretanto interrompido após a queda do governo, e uma alteração do modelo de governação da agência noticiosa. O novo modelo incluía a disponibilização do acesso à Lusa gratuitamente para todos os meios de comunicação social, justificando que a assinatura da agência é um recurso “muito” significativo para muitos meios. “Permitiria não apenas reduzir esses custos, mas também ter acesso a um conjunto de serviços que neste momento, grande parte dos órgãos de comunicação social, mesmo os internacionais, deixaram de subscrever para poupar”, disse (Executive Digest)

Global Media apresentou contraproposta para ficar com totalidade da Lusa

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse que a Global Media apresentou uma contraproposta para ficar com a participação do Estado na Agência Lusa, o que significaria passar a deter 95% do capital. Pedro Adão e Silva falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do PCP e do Bloco Esquerda (BE) sobre a situação no Global Media Group (GMG). O ministro da Cultura refutou o argumento de que a compra da participação de 45,7% da agência Lusa, pertencentes à Global Media e à Páginas Civilizadas, seria fundamental para o pagamento dos salários no Global Media Group (GMG), adiantando que o grupo “fez uma contraproposta para adquirir a participação do Estado”, cenário em que ficaria “com 95% da agência Lusa”. Em causa está a negociação do processo de compra, pelo Estado, de 45,7% da agência Lusa, pertencentes à Global Media e à Páginas Civilizadas.

Pedro Adão e Silva revelou hoje que a carta que a Direção-Geral do Tesouro e Finanças entregou em novembro ao ex-presidente executivo da Global Media, Marco Galinha, manifestava o interesse do Estado em adquirir as participações na agência “pelo preço unitário de 2,60 euros, correspondendo a um preço total de 2 milhões e 531 mil euros, aos quais depois era preciso descontar a dívida” do grupo à Lusa. O processo de compra pelo Estado falhou por “falta de um consenso político alargado”, segundo o Governo. O Estado, através da DGTF – Direção-Geral do Tesouro e Finanças, detém 50,15% da Lusa, com o Global Media Group (GMG) a ser detentor de 23,36% e a Páginas Civilizadas 22,35%. O fundo Union Capital Group (UCAP Group) controla a maioria (51%) do capital da Páginas Civilizadas, a qual detém 41,5% da GMG (Executive Digest)

Relatório de Davos aponta desinformação como maior ameaça global

O Fórum Económico Mundial defendeu que a difusão generalizada de informações falsas, alavancada pela inteligência artificial, ameaça a democracia e polariza a sociedade, e é o maior risco a curto prazo para a economia global. No seu mais recente Relatório de Riscos Globais, a organização aponta ainda que uma série de riscos ambientais representam as maiores ameaças a longo prazo. O relatório foi divulgado antes da reunião anual de CEOs e líderes mundiais na cidade suíça de Davos e baseia-se num inquérito a cerca de 1.500 especialistas, líderes da indústria e decisores políticos. O relatório apresenta o fenómeno da desinformação — alavancado pela inteligência artificial – como o risco mais grave nos próximos dois anos, recordando que os rápidos avanços na tecnologia também estão a criar novos problemas ou a agravar os já existentes.

Os autores do documento hoje divulgado temem que a emergência de ‘chatbots’ de inteligência artifical, como o popular ChatGPT, leve à produção de conteúdos que podem ser usados para manipular grupos de pessoas de uma forma generalizada. A inteligência artificial será um dos temas centrais na próxima semana nas reuniões de Davos, que deverão contar com a presença de chefes de empresas de tecnologia, incluindo o CEO da OpenAI, Sam Altman, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, e participantes da indústria de tecnologias de informação, como o cientista-chefe de inteligência artificial da Meta, Yann LeCun.

Emocionante: Sara Sidner da CNN, um testemunho de amor à vida. Em direto

Sara Sidner, jornalista da CNN Internacional, revelou em direto que foi diagnosticada com cancro de mama em estadio III, mas não quis fazer da sua doença o foco da atenção: numa emotiva mensagem, alertou para o facto de haver uma grande probabilidade de uma em cada oito mulheres vir a ter neoplasia maligna da mama. E mais: “Se for uma mulher negra, a probabilidade de morrer de cancro da mama é 41% superior”.

Regionais nos Açores: policia coloca Ventura na ordem!


Costa vai regressar à escola assim que deixar cargo de primeiro-ministro

António Costa dedicou o dia à Ciência e Ensino Superior. Em Barcelos, onde inaugurou mais uma residência universitária paga pelo PRR, o primeiro-ministro revelou que vai voltar à escola logo que deixe o cargo.

Regionais nos Açores: Apenas 74% dos candidatos concorrem pela ilha de residência

Análise às listas dos partidos que concorrem às eleições de 4 de fevereiro revela que 221 candidatos (26%), entre efetivos e suplentes, não concorrem pelo círculo eleitoral onde residem. Há até quem integre as listas regionais e resida no continente (Açoriano Oriental)

Açores: “Gestão dos aeroportos da ANA devia passar para a Região”

O especialista e consultor em aviação comercial, Pedro Castro, defende que os aeroportos dos Açores geridos pela ANA/VINCI deviam passar para a Região e retirá-los da alçada do Governo da República. “Focava-me em obter maior autonomia e poder regional sobre as infra-estruturas do arquipélago numa agenda comum aos governos regionais para retirá-los da alçada do governo central”, afirma Pedro Castro, a propósito de uma pretensão da Câmara Municipal de Vila do Porto, em reabrir o aeroporto de Santa Maria para operações nocturnas. Com efeito, a presidente do município de Vila do Porto anunciou que pretende reforçar contactos para a reabertura do Aeroporto Internacional de Santa Maria, no período nocturno. Bárbara Chaves pretende oficiar, novamente, às entidades competentes para o efeito, a começar pela própria ANA – Aeroportos de Portugal/VINCI Airports, que gere a infra-estrutura.

A autarca mariense explica que o reforço da posição tem que ver com os dois últimos pedidos de aterragens de emergência: um avião da companhia aérea colombiana Avianca em Novembro passado, com cerca de 250 passageiros a bordo e outro da companhia espanhola Air Europa em Dezembro, com cerca de 355 passageiros.

Secretário da Defesa dos EUA esteve quase uma semana internado em segredo (nem Joe Biden sabia)

É um caso estranho e pouco comum na política, ainda mais num país desenvolvido como os Estados Unidos. O secretário da Defesa foi hospitalizado no primeiro dia do ano por “complicações na sequência de um procedimento médico recente”. Até aqui tudo normal. Só que o presidente norte-americano, Joe Biden, esteve vários dias sem saber da hospitalização de Lloyd Austin. Este sábado, e depois de o assunto ter começado a gerar grande polémica, o secretário da Defesa acabou por emitir um comunicado a assumir “total responsabilidade” pelo caso, depois de ter estado quase uma semana hospitalizado em segredo.

“Reconheço que podia ter feito um trabalho melhor em assegurar que o público estava devidamente informado. Prometo fazer melhor”, pode ler-se no comunicado. O senador republicano Roger Wicker, principal representante do partido no Comité de Serviços Militares acusou o Pentágono de falhar em informar o Congresso de forma imediata, como é exigido por lei. “Quando uma das duas principais autoridades do comando está incapaz de executar as suas responsabilidades, os militares, membros do Congresso e os americanos devem saber todas as circunstâncias”, afirmou o senador.

Guilherme Silva: “Espero que seja o partido mais votado a assumir a liderança do governo

Guilherme Silva, ex-vice-presidente da Assembleia da República e antigo dirigente social-democrata, acredita que  o eleitorado já fez as pazes com o PSD,  mas não esconde o receio de um período  de instabilidade a seguir às legislativas antecipadas. Acredita que será mais fácil vencer as eleições com Pedro Nuno Santos na liderança do PS e aconselha Montenegro a divulgar alguns nomes  de futuros ministros. Não imagina André Ventura no governo, mas defende que “o voto dos eleitores do Chega tem o mesmo valor que o voto dos eleitores de outras forças políticas”

O Conselho Nacional do PSD aprovou esta quinta-feira, por unanimidade, a coligação com o CDS-PP e o PPM. Esta aliança poderá ter vantagens para o PSD?

Sou favorável a esta coligação. Entendo, desde o início, que o líder do PSD precisa de mobilizar o eleitorado do PSD, mas também de conquistar os eleitores da direita democrática em toda a sua extensão. Só desta forma é possível preparar uma alternativa à governação de esquerda, desde a geringonça até à maioria absoluta. Sou um apoiante, desde sempre, de uma solução abrangente com todos os partidos da direita democrática e todos os movimentos da sociedade civil que se identifiquem com esta área política. Poderia haver mais partidos a integrá-la, mas não é por isso que não ganhará a força e a dinâmica que são necessárias para vencer as eleições.

Está a falar da Iniciativa Liberal…

Exatamente. Mas com certeza que se associará a este projeto a seguir às eleições, é essa a posição do partido e temos de a respeitar.

Revê-se na posição assumida pelo presidente do PSD de excluir acordos com o Chega a seguir às eleições?

Compreendo que o momento pré-eleitoral precisava de uma clareza no sentido de passar aos eleitores a noção de que a alternativa aos governos de esquerda exige uma concentração de votos no PSD ou na coligação. Esta posição poderá reforçar a votação na coligação e isso é fundamental, porque o PSD só poderá liderar um governo se esta coligação for a mais votada. Fomos críticos da geringonça, porque António Costa queria ser primeiro-ministro a qualquer preço, e é preciso respeitar o eleitorado. Há um desrespeito pelo eleitorado quando o partido mais votado não integra o governo.

A pitoresca cidade europeia que ficou arruinada pelo excesso de turismo


Se há uns anos poucos a conheciam, hoje em dia já não se pode dizer o mesmo. Dubrovnik, a pitoresca cidade croata que serviu de cenário para a série “A Guerra dos Tronos” está na bucket list de milhões de pessoas — mas os turistas estão a arruiná-la. É, atualmente, um dos destinos mais procurados da Europa e o número de visitantes ultrapassa em muito a população residente. Já resistiu a terramotos e às bombas lançadas na guerra pela independência da Croácia, no início dos anos 1990. Agora, contudo, precisa de lidar com um volume insustentável de turistas que chegam ao destino, principalmente na época alta, de junho a setembro. Todos querem conhecer a morada de uma das séries mais famosas de sempre.

Só em 2022, por exemplo, mais de um milhão de visitantes chegaram à cidade, que conta com uma população de cerca de 28.400 habitantes, segundo relatos do “The Dubrovnik Times”. Outro dos anos mais caóticos foi o de 2019, quando receberam 1,5 milhão de turistas — o equivalente a 36 visitantes por residente. Nesse período, ultrapassou locais de renome como Veneza e Barcelona, e ganhou o estatuto de destino mais turístico da Europa. Um dos motivos para este aumento significativo foi sobretudo o maior número de navios de cruzeiro, que todos os dias chegam com milhares de passageiros. Os efeitos deste turismo excessivo são evidentes. Os engarrafamentos obstruem as ruas, os autocarros turísticos estacionam fora das muralhas da Cidade Velha, as infraestruturas estão a ficar desgastadas devido ao número elevado de visitantes e os habitantes locais são excluídos das suas próprias comunidades.

Público: Há cada vez mais pessoas a procurar o Porto Santo para envelhecer

Na primeira vez, Chiara Giovannini ficou encantada com a imensidão do oceano, a suavidade do clima, a amabilidade das pessoas, a harmonia com a natureza. Da segunda vez, gostou “ainda mais” da ilha do Porto Santo. “Quando me reformar, vou morar aqui”, pensou. Não se mudou de repente. Terminara a carreia de administrativa havia três anos quando se atreveu a fazer um teste de um ano. “Vou ver como é...” Nada a prendia a Itália. O marido morrera. Não tem filhos nem netos nem irmãos nem sobrinhos. Estava livre para escolher onde viver os seus últimos anos.

O Porto Santo não promete vida mais longa, apesar das propriedades terapêuticas das suas águas (ricas em iodo, cálcio e magnésio) e das suas areias (ricas em magnésio, cálcio, fósforo, enxofre e estrôncio). A Região Autónoma da Madeira até tem uma esperança média de vida à nascença abaixo da média nacional. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, no triénio 2020-22, estava nos 78,7 anos, menos dois anos e dois meses. Chiara “estava óptima de saúde”. Não se pôs a pensar nas maleitas que a idade havia de lhe trazer. “Queria viver perto do mar e sentia uma harmonia completa” naquela ilha, que é reserva da biosfera. Já lá vão oito anos, contava ela 65, vendeu o apartamento que tinha perto de Florença e comprou casa aqui.

Estes anos deram para perceber como funciona o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (Sesaram). Em 2022, foi-lhe diagnosticado um cancro numa mama. Teve de se submeter a análises, exames, uma cirurgia, uma série de sessões de radioterapia. Vai às consultas de oncologia à Madeira. No princípio, apanhava um avião, com bilhete reservado e pago pelo serviço público. Seguia numa carrinha do aeroporto, em Santa Cruz, para o hospital, no Funchal. Ultimamente, marcam-lhe viagem no ferry. Nos dois meses de radioterapia não andou cá e lá. O serviço suportou as despesas da estada. "É mais ou menos como em Itália", conclui, num encolher de ombros. "Em qualquer lado se pode adoecer."

Opinião alheia: subsídio de mobilidade

 fonte: Diário dos Açores

Nota: Afinal quem nos governa em Portugal?


Com algum humor, diria que o novo líder do PS, Pedro Nuno dos Santos, em dez palavras proferidas, em 8 fala da direita. Passos Coelho foi derrotado pela geringonça de esquerda, apesar de ter obtido mais votos nas urnas, em Novembro de 2015, ou seja, há mais de 8 anos! Nuno dos Santos acha que as trampa que fizeram entre 2015 e 2024 e as promessas, centenas delas, que não cumpriram, o casos na justiça, na saúde, na educação, as incerteza na função pública, etc, é tudo ainda culpa de Passos Coelho. Por isso, para ajudar as pessoas mais desatentas e que não são obrigadas a se lembrar de tudo, elaborei este quadro que mostra quem governou Portugal entre Janeiro de 1980 e Março de 2024. Talvez ajude a perceber o embuste do discurso socialista assente na suposição de que podem lavar as mãos como Pilatos sempre que lhes apetece. E que ninguém lhes diz nada, por muito incapaz, deprimente e incompetente que seja a actual oposição à direita dos socialistas.
Afinal quem nos governa em Portugal, desde Janeiro de 1980:
  • PS (2 governos) com António Costa, desde 26 de Novembro de 2015 até 2024, depois da demissão neste ano
  • PSD, com Passos Coelho, entre 20 de Junho de 2011 e 30 de Outubro de 2015 e, depois, entre 30 de Outubro de 2015 e  26 de Novembro de 2015, tendo caído na Assembleia da República às mãos da geringonça de esquerda
  • PS (2 governos), com José Sócrates, desde 12 de Março de 2005 até 20 de Junho de 2011, caindo depois do pedido de falência do pais e do pedido de ajuda externa.
  • PSD (2 governos), com Durão Barroso, entre 06 de Abril de 2002 e 17 de Julho de 2004, altura em que foi para Bruxelas, sendo substituído por Santana Lopes entre 17 de Julho de 2004 e 12 de Março de 2005, quando uma proposta de remodelação não foi aceite pelo ex-Presidente, Jorge Sampaio
  • PS (2 governos), com António Guterres, entre 28 de Outubro de 1995 e 6 de Abril de 2002, tendo-se demitido depois da derrota do PS nas autárquicas de Dezembro de 2001
  • PSD (3 governos), com Cavaco Silva, entre 6 de Novembro de 1985 e 25 de Outubro de 1995
  • PS, com Mário Soares, entre 9 de Julho de 1983 e 6 de Novembro de 1985
  • PSD (3 governos) com Sa Carneiro e Pinto Balsemão, entre 3 de Janeiro de 1980 e 9 de Julho de 1983. O governo de Sá Carneiro, devido à morte deste em acidente aéreo ainda hoje não explicado, esteve em funções entre 3 Janeiro de 1980 e Dezembro de 1980, em plena campanha eleitoral presidencial.
Portanto, é fácil fazer contas de perceber quem, PS ou PSD, esteve mais tempo no poder desde Janeiro de 1980 até os nossos dias, percebendo-se a idiotice constante do discurso alegadamente radical do novo líder socialista, Pedro Nuno dos Santos, que em dez palavras proferidas, fala 8 vezes na direita... (LFM)

sexta-feira, janeiro 05, 2024

Legislativas 2024 : o que a cegueira e a desesperada fome do poder "impede" o PSD de perceber

Pela leitura deste quadro vemos a "esmagadora" força eleitoral do PPM, um partido que pretensamente defenderá a monarquia apesar de existir num estado republicano e laico, mas que desconfio que com as migalhas de um espertalhão que um dia desembarcou no Corvo, nos Açores, e percebeu o que tinha que fazer para alcançar um tacho na política regional, por 75 apenas votos (!) mais os 260 votos na Madeira - a Madeira sempre teve uma certa tendência para estas idiotices da monarquia... Mas é com esta "força" e esta "representatividade" que o passista Montenegro conta numa patética coligação que não devia ter os votos de quem discorda dessa palhaçada social-democrata que começa a roçar a lucubração por causa da doentia fome de poder. O caricato é que os coveiros passistas do PSD, em 2015, por lá continuam a pensar prioritariamente nas próximas presidenciais.


Este quadro mostra o verdadeiro pesadelo do PSD - do CDS nem falo por ser eleitoralmente demasiado insignificante - que o leva a negociatas partidárias dispensáveis e patéticas, caso da coligação de direita, que são infelizmente um reflexo da falta de convicção, da falta de força eleitoral e da falta de dignidade política e de coragem em enfrentar a vontade e a livre escolha dos portugueses nas urnas. As manipulações em torno dos mandatos são uma palhaçada, mais uma, desta fraca liderança passista. O PSD vai oferecer lugares elegíveis aos parceiros da coligação, ficando por isso ainda mais fraco do que já está, e como a seu tempo veremos. O que nos serve de potencial consolo é que depois de 10 de Março muita coisa vai mudar a começar no PSD... Se assim for será o tempo das vassouradas e do regresso do PSD às suas origens ideológicas, já que há muito que deixou de ser um partido social-democrata, como na sua essência fundadora, para ser um partido da direita europeia a troco de uma pretensa influência que nunca chegou, salvo ter sido o trampolim para o tacho europeu de Durão Barroso, cuja história e verdade um dia conhecermos, tenho essa esperança, desde logo a começar pelo tempo da guerra no Iraque e da Cimeira nos Açores, rastilho para muita coisa O problema do PSD, o verdadeiro problema, são os 678 mil votos perdidos em 4 anos para o Chega e a Iniciativa Liberal e sem que existam motivos para uma reversão dessa realidade penalizadora. Por omissão e pelas patetices do próprio PSD. E ponto final! (LFM)

Legislativas 2024: recordando os eleitos em 2022 e algumas explicações

Este quadro mostra a distribuição dos mandatos pelos diferentes círculos eleitorais do pais - um mapa que só será publicado depois da dissolução da Assembleia da República e da convocação oficial das eleições legislativas de 10 de Março. A definição do número de deputados tem a ver com a proporcionalidade atribuída a cada círculo e com o número de eleitores recenseados em cada um deles. Como se verifica, dos 230 deputados, Lisboa e Porto elegeram cerca de 38,3% dos lugares (88 mandatos) mas só tinham 32,5% dos eleitores nacionais.

Por exemplo a Madeira e os Açores, juntos, totalizavam 4,5% dos eleitores nacionais em Março de 2022 e tiveram também 4,8% dos lugares em São Bento. O quadro mostra também a eleição, nas legislativas de 2022, dos 230 deputados pelos diferentes círculos eleitorais nacionais. Recordo que as legislação eleitoral define o total dos deputados eleitos pelos dois círculos da emigração pois, como facilmente percebemos, se assim não fosse, a proporcionalidade a que os inscritos na Europa e Fora da Europa obrigaria, pelos cerca de 1,5 milhões de eleitores, a muitos mais deputados o que não fazia sentido.

Mesmo assim, numa futura reforma do sistemas eleitoral julgo que as comunidades de emigrantes no estrangeiro repito, com cerca de 1,5 eleitores recenseados em Março de 20212, merecem muito mais que os 4 deputados, cerca de 1,7% dos mandatos, apesar de terem 14,1% do total de inscritos nos cadernos eleitorais.

É esta a realidade - este quadro - que mais preocupa os partidos e dirigentes, porque raramente a percentagem nacional se reflete exactamente no número de deputados eleitos, que o são, círculo a círculo e por via da aplicação do método de Hondt.

Finalmente recordo o que aconteceu em Março de 2022 e que ajudará as pessoas a perceberem melhor o que acabo de referir:

Se vermos o quadro acima, PS e PSD apresentam percentagens de deputados superiores à percentagem eleitoral - no caso dos socialistas é substancialmente maior. O CDS apesar de ter mais votos que do PAN não elegeu nem sequer 1 deputado e o PCP apesar de ter menos votos que o Bloco elegeu mais 1 deputados dos os bloquistas. Esta realidade eleitoral - os deputados são eleitos por círculos autónomos e nem sempre as votações nestes são semelhantes às votações nacionais o que impede rigor nas projecções feitas - raramente é reflectida de forma segura nas sondagens, porque isso obrigaria a trabalhos acrescidos e custos maiores. Deixava de haver sondagens se as exigências subissem de patamar!

Acresce, finalmente, que no momento da votação podem existir factores, próprios de um círculo eleitoral e apenas a ele circunscritos, que podem influenciar o sentido de voto dos cidadãos naquele momento, facto que não tem obrigatoriamente que se refletir na votação do círculo eleitoral vizinho. Por exemplo, questões que interessam apenas aos eleitores da Madeira não dizem rigorosamente nada aos eleitores de Bragança, etc. (LFM)

segunda-feira, janeiro 01, 2024

Oposição venezuelana exige afastamento de navio de guerra britânico de exercícios com a Guiana

A Venezuela advertiu o Reino Unido e a Guiana que vai responder de maneira oportuna e legítima às ameaças à soberania nacional, no âmbito do diferendo sobre Essequibo. A oposição venezuelana exigiu, este sábado, o afastamento do navio de guerra do Reino Unido que na quinta-feira chegou às Caraíbas para participar em exercícios militares conjuntos com a Guiana, numa altura de crescentes tensões pelo diferendo territorial pelo Essequibo.

“Levantamos a nossa voz em repúdio à provocação desnecessária no território de Essequibo e apelamos à retirada imediata do navio de guerra britânico”, afirma a Plataforma Unitária Democrática (PUD), num comunicado divulgado nas redes sociais. No comunicado, a PUD “reitera” que “os venezuelanos têm documentos legais sólidos para defender o território de Essequibo”, que “devem ser apresentados ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para garantir que tome uma decisão em conformidade com as leis”. “Exigimos igualmente a validade do Acordo de Genebra de 1966 como único instrumento para a solução prática e satisfatória do conflito de uma forma pacífica. Por tal motivo, rejeitamos a presença do navio de guerra britânico no território em reclamação, por tratar-se de uma ação provocadora e desnecessária”, sublinha a PUD. Por outro lado, a PUD apela “às partes [Venezuela e Guiana] para que construam soluções através dos canais diplomáticos”. A Venezuela iniciou, quinta-feira, exercícios militares junto à fronteira com a Guiana, em "resposta à ameaça" do Reino Unido, que enviou um navio de guerra para a zona em plena crise sobre Essequibo.

Ilusões: Alívio do IRS dá mais a ganhar em 2024, mas corta reembolsos de 2025

Trabalhadores e pensionistas com mais rendimento líquido mensal graças às novas tabelas de retenção na fonte do IRS. Mas atualização vai cortar no valor dos reembolsos de 2025. A partir de janeiro, trabalhadores e reformados vão ficar com mais uns euros em termos de salário líquido, devido às novas tabelas de retenção na fonte de IRS, publicadas no sábado em Diário da República. As pessoas com remuneração bruta até dois mil euros mensais serão as que mais vão beneficiar da atualização feita. Em contrapartida, devido ao alívio do imposto sobre os rendimentos, o valor dos reembolsos de IRS a receber pelos contribuintes, em 2025, será inferior ao registado até hoje.

Com esta medida, o valor a partir do qual os salários fazem retenção de IRS aumenta para 820 euros. "Quem ganha o salário mínimo, que em janeiro sobe para 820 euros, não pagará IRS", garantiu o Ministério as Finanças, num comunicado que apresenta diferentes simulações sobre o efeito da medida. Ou seja, o salário mínimo não estará sujeito a retenções na fonte, o que se traduz em mais 27,75 euros no rendimento líquido mensal para quem o aufere (quase 390 euros num ano). Já um salário de 1 300 euros brutos pagará menos 27,93 euros de IRS. No entanto, para o mesmo salário, se o contribuinte não for casado e tiver um filho, pagará menos 20,79 euros de IRS. Noutro caso, uma pessoa casada, com dois filhos, com um salário mensal bruto de 900 euros, passa a descontar menos 23,23 euros de IRS. Noutro exemplo, um contribuinte, casado e com dois filhos, que recebe dois mil euros brutos mensais beneficiará de uma redução da retenção na fonte de 16%, ficando com mais 56,32 euros no seu rendimento líquido disponível.

Sondagem: Pedro Nuno Santos favorito (51%) para primeiro-ministro

Maioria prevê que o socialista tem mais hipóteses de chefiar próximo Governo. Também dizem que é mais competente (38%). Mas Luís Montenegro é mais honesto (30%). Pedro Nuno Santos bate Luís Montenegro num frente a frente em que os portugueses foram chamados a dar a sua opinião sobre os atributos pessoais dos dois principais candidatos a primeiro-ministro. É o mais competente, solidário e influente. Mas o líder social-democrata é mais honesto. Feito o balanço, é à esquerda que estará o melhor chefe de Governo, ainda que a margem seja escassa, de acordo com uma sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF. A vantagem é bem maior quando se pergunta qual terá mais hipóteses de lá chegar: 51% apontam para o líder socialista.

Quando faltam pouco mais de dois meses para as eleições legislativas e, a julgar pelos resultados deste primeiro frente a frente entre os dois principais candidatos à liderança do Governo, é o secretário-geral do PS quem parte em vantagem para a campanha. Em particular quando se tenta avaliar a dinâmica de vitória, ou seja, quem é que os portugueses entendem que tem maior hipótese de chegar a primeiro-ministro: Pedro Nuno Santos tem uma vantagem de 22 pontos sobre Luís Montenegro. O socialista vence em todos os segmentos sociodemográficos da amostra (regiões, género, idade e classe social) e em quase todos os segmentos de voto partidário. A exceção são os que votam no PAN e no PSD, que apontam o líder social-democrata como favorito. Mas, há sinais preocupantes para Montenegro, mesmo entre os seus potenciais eleitores: 29% apostam que será Pedro Nuno Santos a suceder a António Costa.

Montenegro melhora

O favoritismo do socialista não se restringe, no entanto, a uma questão de pressentimento. Quando se pede aos portugueses que, perante uma série de atributos pessoais, escolham entre um e outro, também é quase sempre Pedro Nuno Santos que leva vantagem. Mesmo que Luís Montenegro esteja agora um pouco melhor do que em julho passado, quando se fez um exercício semelhante, então com António Costa como adversário.

Venezuela acusa Argentina de violar acordos internacionais ao confiscar avião

A Venezuela acusou a Argentina de violar acordos internacionais sobre navegação aérea ao aceitar confiscar, a pedido dos Estados Unidos, um avião iraniano-venezuelano, retido desde junho de 2022 em Buenos Aires. O Governo venezuelano exigiu à Argentina "que devolva imediatamente o avião, que só pode voar com a autorização expressa da República Bolivariana da Venezuela, à qual pertence", de acordo com um comunicado divulgado no sábado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano. No documento, a Venezuela condenou a decisão das autoridades argentinas, que sexta-feira declararam ser procedente um pedido de confiscação de um Boeing 747 Dreamliner de carga, da Emtrasur, filial do Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas e Serviços Aéreos (Conviasa, estatal). "O Estado argentino continua a violar os seus compromissos internacionais através da assinatura de convenções internacionais", como "a Convenção sobre a Aviação Civil Internacional, a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, a Carta das Nações Unidas, o Acordo Bilateral entre a Argentina e a Venezuela e outros relativos à Navegação Aérea Internacional e aos Direitos Humanos", acrescentou.

Crise na Global Media: Guerra de acionistas sobre situação financeira

Os acionistas minoritários da Global Media acusaram o novo dono de ser o responsável pelos salários em atraso. O dono dos jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias e da rádio TSF é um fundo estrangeiro com sede nas Bahamas e a ERC quer saber mais sobre quem manda na Global Media.

Covid: Especialistas recomendam regresso do uso de máscaras de proteção

Cada vez mais especialistas recomendam o regresso do uso de máscaras. A Ordem dos Médicos pediu a utilização das máscaras nos transportes coletivos, nos lares e nas unidades de saúde.

Benefícios fiscais: Justiça investiga casa de Luís Montenegro


Em causa está o processo de construção da casa e benefícios fiscais atribuídos à reabilitação urbana, apesar de a moradia de seis pisos, em Espinho, ser uma construção nova. Luís Montenegro disse que não teve "nenhum tratamento diferente" nem praticou "nenhum ato desadequado", e espera que a investigação encerre o assunto. O processo foi aberto na sequência de uma denúncia anónima e não tem para já arguidos.

Casa de Espinho: Montenegro não se sente condicionado e repudia insinuações sobre benefícios fiscais

Luís Montenegro disse não se sentir condicionado com a abertura de um inquérito pela Procuradoria-Geral da República aos benefícios fiscais na sua casa de Espinho. O líder do PSD falou esta tarde em conferência de imprensa para esclarecer o tema da investigação. Deixando claro que não voltará a esta questão, Montenegro repudiou as insinuações de que tem sido alvo. Montenegro lamentou "especulações absurdas que nascem da obscuridade de interesses que lidam mal com a minha liberdade".