Li no Correio dos Açores que "o PSD/Açores apresentou um pacote legislativo para promover a transparência das contas públicas, que considera ser essencial para a “qualidade da democracia”, apelando a um largo consenso para a sua aprovação. “A transparência das contas públicas deve ser um desígnio do regime”, afirmou o líder parlamentar do PSD/Açores, Duarte Freitas, apelando ao envolvimento de todas as forças políticas neste processo para se obter um “quadro consensual”. Nesse sentido, frisou que esta questão “não pode ser redutível a lutas partidárias”, já que a legislação em causa “não é para esta legislatura, nem para este poder ou para esta oposição, é para o futuro dos Açores”. Em causa estão as “novas fórmulas e mecanismos”, que fazem com que existe “administração pública, investimento público e responsabilidades financeiras públicas fora do Orçamento”. “Não estamos contra qualquer nova forma de financiamento e de investimento público”, frisou Duarte Freitas, salientando que o PSD/Açores apenas pretende “assegurar que todos os cidadãos possam conhecer a realidade financeira da Região e as responsabilidades futuras”. Nesse sentido, considerou “imprescindível garantir que não exista qualquer dúvida acerca das contas públicas”, defendendo que deve ser “eliminada a opacidade e a falta de informação pormenorizada e consolidada”. Para inverter esse quadro, o PSD/Açores avança com um pacote legislativo que inclui uma anteproposta de lei, dois projectos de decreto legislativo regional e duas propostas de resolução. A anteproposta de lei visa alterar a Lei de Enquadramento do Orçamento da Região para que o executivo apresente ao parlamento informações “individualizadas e consolidadas de todo o Sector Público Empresarial Regional”. Um dos projectos de decreto legislativo regional pretende alterar o Regime de Apresentação de Contas pelo Sector Público Empresarial Regional para que cheguem ao parlamento elementos como planos estratégicos plurianuais, planos anuais de atividade, orçamentos anuais e relatórios trimestrais de execução orçamental, pretendendo ainda o PSD/Açores instituir um debate parlamentar anual sobre o Sector Público Empresarial Regional. O outro projeto de decreto legislativo regional visa criar uma Unidade Técnica de Apoio Orçamental no âmbito da Assembleia Legislativa para “elaborar estudos e documentos de trabalho técnico sobre gestão orçamental”. Relativamente às propostas de resolução, uma recomenda ao executivo regional que os mapas do Orçamento da Região, especialmente os que se referem a despesas sejam “detalhadamente desagregados de acordo com o classificador económico em vigor”. A outra visa a elaboração de um Código de Bom Governo para o Sector Empresarial Regional. Duarte Freitas frisou que este pacote legislativo “não é uma proposta fechada, está aberta ao contributo dos outros partidos”, manifestando esperança na abertura do PS porque “o partido no poder deve ser o principal interessado em que não haja opacidade nas contas públicas”. Onde é que eu já ouvi este discurso repetido não sei quantas vezes, mas com protagonistas em posições diferentes?!
quinta-feira, março 31, 2011
“É viável o transporte em navio Ferry entre Açores, Madeira e continente”
Segundo o Correio dos Açores, "o primeiro subscritor da Petição Pública “Linha marítima para passageiros entre os Açores, Madeira e Continente” , Almiro Matos Costa, afirmou ao ‘Correio dos Açores’ “acreditar” que “é viável a operação de navios ‘Ferry’” da Região para o Funchal e Europa. A petição, que está a ter uma grande adesão, ultrapassou as 400 assinaturas e pretende chegar às mil, é ainda assinada por Maria da Cunha Bettencourt , responsável pelo Blogue ‘O Porto da Graciosa’ e por Paulo Jorge Melich Farinha, responsável pelo Blogue ‘Farinha-ferry’. Na petição, que os seus promotores pretendem entregar ao presidente do governo dos Açores, Carlos César, afirma-se que os Açores são as únicas ilhas europeias sem beneficiar de um serviço de Ferrys, “não podendo assim usufruir de uma auto-estrada marítima natural que atenuaria a descontinuidade territorial com o Continente europeu”. Almiro Costa considera ‘inaceitável’ que os Açores estejam a ficar de fora da auto-estrada marítima já existente por navio Ferry, entre o Continente, Madeira e Canárias . “É uma exclusão de uma alternativa de transporte de mercadorias que se está a revelar cada vez mais importante para o desenvolvimento económico devido a diminuição dos custos de transporte de mercadorias e sua consequente facilidade e versatilidade (nomeadamente com a utilização de toda a diversidade de veículos nas rampas RO-RO e consequente diminuição de custos de carga e descarga ). Sublinha, por outro lado, que se está “a desprezar” na Região uma alternativa ao transporte Aéreo, de que os Açores são “completamente dependentes”. Em seu entender, a Região “está a perder com esta exclusão fluxos turísticos de famílias que poderiam deslocar-se a São Miguel com viatura própria, que fazem férias sem recorrer a agências de viagem mas que consomem mais na economia real”. Explica que Ponta Delgada está a menos de 1000 quilómetros da Madeira, mais ou menos a mesma distância que a Madeira está do Continente, “mas, apesar disso, as relações económicas entre os dois arquipélagos são residuais…”. No seu entender, “seria desejável criar condições para que a actividade económica entre as duas regiões Autónomas se desenvolva, pois o mercado natural dos Açores é a Macaronésia…” O ‘Correio dos Açores’ tem procurado ouvir o secretário regional da Economia, Vasco Cordeiro, sobre esta matéria, mas o governante só regressa sexta-feira de férias, altura em que voltaremos ao assunto".
Para resolver isto ao ex-bastonário não lhe deu nenhuma pressa...
Um médico acusado de molestar mais de 20 pacientes continua a exercer clínica privada e apesar de ter sido expulso da Função Pública há um ano. Alcídio Rangel terá cometido os crimes no Hospital de Santa Marta, mas a PJ acredita que há outros casos. O bastonário da ordem dos Médicos diz que quer separar o trigo do joio na profissão mas lembra que a decisão está nas mãos do Conselho Disciplinar, que tem muitos processos pendentes. Agora os que lá estão é que têm que resolver um caso grave, como é evidente, para além de outros que aos poucos serão conhecidos na comunicação social que se encontra em investigação na OM
Ortopedia: afinal qual a gravidade dos factos apurados?
Li no Jornal da Madeira de hoje que "a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais solicitou, no passado dia sete de Janeiro, a pedido do conselho de administração do SESARAM, à Inspecção geral das Actividades em Saúde que realize um processo de inspecção ao serviço de ortopedia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, informa o gabinete de Francisco Jardim Ramos, em nota assinada pelo chefe de gabinete.Na nota, sublinha-se que «o respectivo relatório final apresenta um retrato completo e circunstanciado da actividade do serviço de ortopedia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, sobretudo da sua actividade clínica». «As respectivas conclusões e recomendações fora, através de seu despacho, datado de 24 de Março de 2011, inteiramente subscritas, determinando a adopção imediata de medidas concretas para a resolução das disfuncionalidades detectadas», pode-se ainda ler na nota. O comunicado prossegue: »Neste contexto, foram determinadas medidas de natureza instrutória, as quais ficam sujeitas a segredo de justiça, cuja divulgação pública só é possível, quando legalmente seja consentido". Curiosamente até ao momento não existem reacções nem dos visados nem de estruturas corporativistas que costumam aparecer rapidamente a dar cobertura a tudo na praça pública, arranjando "explicações" para tudo e "culpados" de tudo o que se passa. Desta vez pelo menos não podem dizer que foi um "truque" de Miguel Ferreira ou do Secretário Regional pois o documento foi elaborado pela insuspeita Inspecção geral das Actividades em Saúde. A não ser que este organismo continental já passe a "suspeito" de uma qualquer cumplicidade com o "inimigo", quem sabe se à conta de algumas espetadas e de vinho jaqué...
Administrador dos CTT suspende cargo para esclarecer habilitações académicas
Um administrador dos CTT, Marcos Batista, dizia ser licenciado em economia mas, afinal, nunca concluiu o curso. Agora, Marcos Batista pediu a suspensão do cargo para tentar esclarecer as dúvidas relacionadas com as habilitações académicas.
Vale a pena confirmar a "crise socialista"...
"Ler a segunda série dos Diários da República Portuguesa nos últimos dias torna-se um trabalho difícil e complicado. São mais de 100, em apenas duas publicações editadas desde que o primeiro-ministro bateu com a porta, as vezes em que se pode ler na “bíblia” da actividade estatal as palavras “nomeio”, “contrato”, e “tempo indeterminado”. Os dias de nomeações “cor-de-rosa” estão perto do fim, e o Executivo socialista e respectivas administrações locais não conseguem dar vazão às prováveis últimas colocações do aparelho. Ministérios, câmaras, institutos, universidades e afins publicaram à volta de uma centena de novos nomes que não vão constar nas listas do desemprego. Menos de 24 horas depois de José Sócrates anunciar ter prescindido do emprego de governante, muitos foram os que passaram a ter remuneração fixa, publicada em Diário da República. Paulo Campos, secretário de Estado dos Transportes, foi dos primeiros a dar o exemplo. Baseado na lei, como sempre, nomeou para “prestar colaboração com o meu Gabinete como assessora a licenciada Cátia Solange Loureiro Rocha”. Atribui-lhe “remuneração equivalente à de adjunto de Gabinete, incluindo subsídio de refeição, despesas de representação, férias e subsídios de férias e de Natal”. Ou seja, 1.434,52 euros por mês, enquanto este Governo durar. Também “Carlos Jorge Reis Leitão” é nomeado “para exercer, em regime de substituição, o cargo de director de Planeamento do Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, IP”. Com a hipótese de “optar pelo vencimento ou retribuição base da sua função, cargo ou categoria de origem”. Naturalmente, a contar de 1 de Janeiro de 2011. Na assinatura do despacho lê-se o nome do presidente do Conselho Directivo do InIR, I. P., Alberto Conde Moreno, que igualmente assina a nomeação de “Maria Fortunata Pedreira Direitinho Rico Silva Dourado, para exercer, em regime de substituição, o cargo de chefe do Departamento de Comunicação do Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias, I. P”. Também com opção do vencimento. Já o Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais aproveita o dia a seguir à renuncia para tornar público que “foram celebrados contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, na sequência de recrutamento através de procedimento concursal” de dois assistentes técnicos. Ministérios, institutos, universidades O Centro Local da Beira Alta estava também sem director, logo, nomeia-se um licenciado para ocupar o lugar. E justifica-se esta contratação com os “termos e ao abrigo do disposto nos artigos 20.º e 27.º, conjugados com os nºs 8, 9 e 10 do artigo 21.º, todos da Lei n.º 2/2004, de 15 de Janeiro, alterada pelas Leis n.º 51/2005, de 30 de Agosto, e 64 -A/2008, de 31 de Dezembro e nova redacção dada pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de Abril, e com o n.º 5 do artigo 2.º e artigo 9.º, ambos do Decreto-Lei n.º 326 -B/2007, de 28 de Setembro”. Já o Ministério da Saúde faz tornar público que “foi celebrado um Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado, com efeitos a partir de 1 de Março de 2011, ficando este trabalhador integrado na carreira e categoria de técnico superior, com a remuneração de 1.201,48 euros (mil duzentos e um euros e quarenta e oito cêntimos), correspondente à 2.ª posição remuneratória da carreira de técnico superior e ao nível remuneratório 15 da tabela remuneratória única”, Carlos Morais Sarmento Morais. Para a administração Central do Sistema de Saúde, I. P., ACSS, I. P., entrou Maria de Fátima Dias Escada, “com a remuneração de 1.201,48 euros (mil duzentos e um euros e quarenta e oito cêntimos), correspondente à 2.ª posição remuneratória da carreira de Técnico Superior e ao nível remuneratório 15 da tabela remuneratória única”. No Algarve, o Instituto da Droga e da Toxicodependência, I. P., e na sequência de procedimento concursal comum, foi autorizada a celebração de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para ocupação de quatro postos de trabalho, existentes na carreira de Enfermagem, do mapa de pessoal da Delegação Regional do Algarve do Instituto da Droga e da Toxicodependência, I. P., com quatro pessoas, ficando as trabalhadoras posicionadas entre a 1.ª posição, 15.º nível remuneratório, e a 2.ª e 3.ª posição e entre 19.º e 23.º nível remuneratório, constantes do anexo ao Decreto -Lei n.º 122/2010 de 11 de Novembro”. Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia, e Ensino Superior, e sempre ao disposto do “disposto no n.º 3 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 164/2007, de 3 de Maio”, nomeou como “representante do Ministério” na secção interministerial do conselho consultivo da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género a Doutora Lígia Barros Queiroz Amâncio”. Do Ministério da Cultura soube-se que o licenciado Nuno Humberto Pólvora Santos foi nomeado “para prestar colaboração no meu Gabinete, na área da sua especialidade, em regime de comissão de serviço, através de requisição feita à entidade pública empresarial denominada OPART — Organismo de Produção Artística, E. P. E”, e que a este senhor, “pelo exercício das funções referidas no número anterior será atribuída a remuneração correspondente à de adjunto do gabinete, actualizável em função dos aumentos da função pública, incluindo o respectivo abono para despesas de representação e subsídio de refeição”. Para que não restem dúvidas, “o nomeado terá direito a subsídios de férias e de Natal de quantitativo equivalente ao da remuneração mensal referida no número anterior”. O pior é que esta nomeação só “dura enquanto se mantiver a minha nomeação (de Gabriela Canavilhas) no presente cargo, podendo ser revogada a todo o tempo”. No ranking das nomeações, seguem-se a Universidade de Lisboa, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, e vários institutos politécnicos. Logo seguidos de inúmeros municípios do País. Cada um destes Diários da República, nos dois primeiros dias depois do adeus de Pinto de Sousa, tinha entre 280 e 290 páginas. É de calcular que os seguintes sejam muito maiores.» (In Jornal “o Diabo”, publicado hoje no Jornal da Madeira, com a devida vénia)
Carta publicada em jornal irlandês alerta que pedido resgate português está para breve
O jornal irlandês "Sunday Independent" publicou um artigo de opinião sobre Portugal. Em jeito de uma irónica carta, em nome da Irlanda, é notado que os políticos portugueses, tal como os irlandeses vão mostrar-se renitentes quanto à ajuda externa. Quando assim for, diz "a Irlanda", "isto quer dizer que o resgate está para breve".
Norte: desemprego entre jovens toca recorde
Diz a Agência Financeira que "a taxa de desemprego dos jovens entre os 15 e os 24 anos na região Norte ultrapassou pela primeira vez os 25 por cento no último trimestre de 2010, revela o relatório Norte Conjuntura divulgado esta quarta-feira pela CCDR-N. «Este valor indica que, por cada três jovens empregados, existia um que queria trabalhar mas não encontrava emprego», salientam os autores do relatório, referindo que o novo máximo se fixou nos 25,3 por cento. De acordo com o relatório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a taxa de desemprego dos jovens tem registado uma subida acentuada desde 2002, ano em que se fixava em sete por cento. A taxa de desemprego dos jovens a nível nacional situou-se no último trimestre de 2010 nos 23 por cento, ligeiramente abaixo do trimestre anterior".
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PSD decidiu ir sózinho às urnas
O PSD decidiu, em definitivo que vai às urnas sozinho. mas admite coligar-se, se, e depois, de vencer as eleições. A decisão foi tomada ontem à noite, no Conselho Nacional do partido que aprovou as linhas gerais do programa eleitoral com uma abstenção apenas.
Passos explicou por que rejeitou o PEC 4
Pedro Passos Coelho, num artigo publicado no Wall Street Journal, explica por que rejeitou o PEC 4. Diz que as medidas de austeridade propostas pelo governo "não iam suficientemente longe".
Crise deixa tribunais sem tinta nas impressoras
Há muito que o mundo da Justiça se queixa de falta de meios e desta vez há uma situação quase caricata tribunais que dizem não ter tinta para as impressoras. Um Juiz do Tribunal de Almada lembra que parecem ninharias, mas, sem sentenças escritas, um arguido pode, num caso limite, ser libertado. A Direcção Geral da Administração da Justiça garante que os casos estão a ser resolvidos.
Amartya Sen aponta dedo acusador aos mercados
O Nobel da Economia considera que os mercados têm de ser responsabilizados pela forma como agravam a crise. Numa entrevista à jornalista Márcia Rodrigues, Sen acusa mesmo os mercados de agirem com total impunidade.
Standard & Poor's corta rating dos quatro maiores bancos portugueses
A agência de notação financeira coloca estes bancos um degrau acima de "lixo". O BCP já estava nesse patamar desde a passada segunda-feira. Agora descem a esse nível a CGD, o Santander Totta, o BPI e ainda duas subsidiárias, o Banco Espírito Santo de Investimento e o Banco Português do Investimento.
De 2007 até hoje, deficit esteve afinal sempre acima do tecto
Não foi apenas o défice do ano passado que teve as contas revistas... O novo método para contabilizar os desequilíbrios das empresas de transportes provocou também a subida dos números dos anos anteriores. Em 2007, o valor anterior do défice era de 2,8%, o mais baixo da democracia, viria a subir para os 2,9 no ano seguinte e a disparar para 9,4% em 2009. Com a revisão das contas, todos estes valores subiram. O défice de 2007 foi agora fixado nos 3,1% e o de 2008 em 3 e meio por cento. Ou seja, em nenhum desses anos, Portugal conseguiu manter o défice abaixo do tecto de três por cento. Em 2009, já se sabia que o desequilíbrio das contas do Estado seria muito maior, e atingiu, afinal, os 10 por cento.
Presidente do BPI acha que ajuda externa já devia ter sido pedida
O presidente do BPI questiona agora porque é que Portugal não pediu ajuda externa há mais tempo. Fernando Ulrich diz que a informação que tem sido divulgada sobre a situação do país torna cada vez mais difícil evitar essa opção. O banqueiro deixa, no entanto, elogios ao Ministro das Finanças. Diz que Teixeira dos Santos é "muito corajoso ao arcar com esta responsabilidade sozinho".
Os «ratings» explicados a todos
Escreve a jornalista da Agência Financeira/TVI, Paula Gonçalves Martins que "está farto de ouvir falar em agências e cortes de rating sem saber muito bem o que isso é e como funciona? Nós explicamos-lhe tudo, por A+B. No final, vai ver que até parece simples. Antes de mais, os ratings são notas ou classificações, que medem o nível de risco. Assim, quando uma agência baixa a nota de Portugal, quer dizer que o país apresenta maior risco de não pagar as suas dívidas. xistem três grandes agências mundiais que atribuem estas notas: a Fitch, a Moody's e a Standard & Poor's (S&P). A primeira costuma ser considerada a menos credível das três, e a última é aquela que os investidores mais seguem. Como interpretar a tabela das notas A explicação torna-se mais fácil olhando para a tabela de classificações tem 3 grandes áreas: A, B e C, do melhor para o pior. Na zona A, cabem as classificações de «prime» (excelente, AAA), notas «altas» e «médias altas». Os países com estas notas são os mais seguros. zona B já se divide entre notas positivas e negativas. As notas que ainda incluem três B (BBB) são notas «médias baixas» e são ainda consideradas positivas. Mas daqui para baixo, está-se no vermelho, é nota negativa e as dívidas destes países são consideradas «lixo». Isto significa que a dívida do país é considerada especulativa, e pouco recomendável, por existir o risco de o país não pagar aos credores. os primeiros níveis do vermelho, pode-se considerar que estamos perante lixo mas com alguma qualidade. Depois, à medida que se vai descendo na tabela, a qualidade do lixo vai baixando, em que o risco aumenta exponencialmente, até que se atinge aquilo a que se pode chamar de lixo tóxico: um investimento que não interessa a ninguém. Esta categoria é atingida já na zona C, quando um país está na bancarrota e com pouca ou nenhuma perspectiva de recuperar. uanto mais abaixo se está, maior o risco e maiores os juros exigidos pelos investidores. Onde está Portugal? As três grandes agências têm diferentes tabelas de classificação, mas, independentemente do que chamam às notas, o significado é o mesmo. A S&P, que baixou a nossa nota três níveis na última semana, é a que nos atribui a classificação mais baixa: BBB-. stamos no último degrau em que ainda se pode considerar nota positiva. Se descermos mais um nível (e a S&P não afasta um novo corte), caímos na categoria de não investimento, somos considerados um investimento especulativo e passamos a estar na área do lixo. Moody's e a classifica-nos com um A3 e a Fitch com um A- (duas notas que são, na verdade, equivalentes), três degraus acima da S&P. Mas a Fitch diz que também pode obrigar-nos a descer mais degraus. Estas agências são de confiança? Esta questão é polémica. As agências de rating sempre foram encaradas com credibilidade e respeito pelos investidores, mas nos últimos tempos algumas dúvidas foram levantadas e estas têm sido alvo de críticas. s agências têm contratos com os Estados cuja dívida avaliam. Ou seja, Portugal tem contrato com estas agências, paga-lhes para que avaliem a nossa dívida, para que lhe dêem uma nota, porque só assim os investidores se sentem seguros para investir na nossa dívida, ou seja, para emprestar dinheiro ao país. s agências não são directamente controladas por ninguém, mas a exactidão das suas avaliações é medida pelos resultados que dão: se as agências avaliam de forma errada e dão más indicações de investimento, levando os investidores a perder dinheiro, começam a ser vistas com maior desconfiança. inda que continuem a ser reputadas, a credibilidade das agências sofreu um duro golpe com a crise financeira, já que alguns bancos e países a quem atribuíam boa nota se revelaram mais frágeis e acabaram mesmo por perecer com a crise. Ou seja, viu-se que elas também falham e que alguma coisa estava mal nas suas avaliações". Veja aqui o video com esta notícia da TVI.
Juros da dívida pública sobem 34% em três meses
Segundo a Agência Financeira/TVI, num texto da jornalista Fernanda Teixeira, "a preços médios, em três meses, a taxa de juro da dívida a 10 anos trepou de 6,7 por cento para 8,2 por cento. Os juros da dívida pública já aumentaram 34 por cento desde que Portugal começou a ser alvo de uma sucessão de cortes de rating por parte das várias agências de notação financeira. Tudo porque os investidores temem que o Portugal anémico e endividado de hoje não consiga pagar o que pede emprestado amanhã. Fruto desta desconfiança, as agências de rating não dão tréguas a Portugal e reforçam os sinais de alerta. O risco de comprar dívida nacional está a aumentar e é este risco crescente que faz accionar o corte da notação. Desde Dezembro, Fitch, Moody`s e Standard & Poor`s, as três grandes agências de notação financeira, têm vindo a cortar o rating da República portuguesa, cada um com efeito imediato e consistente na subida dos juros. A preços médios, em três meses, a taxa de juro da dívida a 10 anos trepou de 6,7% para 8,2%, ou seja o preço do dinheiro ficou 34% mais caro. Os juros aumentam à medida que a qualidade da dívida cai e, de credível, a dívida tem vindo a descer patamares uns atrás dos outros. Agora está numa classificação apenas um nível acima da categoria «lixo». Esta nota traduz perigo, alerta encarnado para os investidores. Daí para baixo o perigo aumenta até à nota «C» - sinal de risco do país entrar em bancarrota, deixando de ser capaz de reembolsar os credores. E é por isso que os investidores com seguem com tanta atenção as notas atribuídas pelas agências".
Joe Berardo: "FMI não quer saber se os portugueses estão a passar fome”
Li no Económico que "Joe Berardo diz que a entrada do FMI só contribuirá para pagar o que Portugal deve aos investidores, sem melhorar o nível de vida. Para o comendador, o País deve evitar a todo o custo a entrada do Fundo Monetário Internacional."Se o FMI cá entrar vai estar é preocupado com o dinheiro que Portugal deve aos investidores. Não vão querer saber se os portugueses estão ou não a passar fome, não vai melhorar em nada o nosso nível de vida", diz Berardo. Sobre os sucessivos cortes de ‘rating' nas principais empresas e bancos nacionais, o empresário avisa que um possível resgate de Bruxelas de pouco servirá para mudar a situação. "O dinheiro que vier dos fundos e do FMI não vai melhorar o ‘rating' das empresas", sublinha o empresário. Em relação às eleições antecipadas, Joe Berardo considera que a mudança de cor política não mudará a situação económica portuguesa. "Não há dinheiro em Portugal, portanto tanto faz se o governo é PS ou PSD", afirma o comendador, não deixando de ressalvar que "a queda do governo de Sócrates contribuiu para piorar ainda mais o problema."
Prós e contras de recorrer à ajuda da UE e do FMI
Escreve o jornalista do Económico, Rui Barroso, que "a escalada dos juros no mercado secundário, aliada ao apertado calendário de reembolsos de dívida até Junho, tornam cada vez mais provável que Portugal tenha de recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e ao FMI. Conheças as vantagens e desvantagens desta opção. 1 - Financiamento mais barato que as taxas actuais do mercado Segundo a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, "a taxa de que se poderá estar a falar [no eventual recurso ao FEEF] é cerca de 4,2% nos prazos até três anos e 5,2% nos prazos superiores a três anos". No mercado secundário, que serve de indicador ao juro que Portugal terá de pagar se emitir dívida, os títulos a três anos negoceiam com uma ‘yield' de 8,69% e as Obrigações a cinco anos com juros de 9,132%. No entanto, as condições do apoio financeiro podem ser negociáveis, o que leva economistas como Luca Mezzomo, do Intesa SanPaolo, a defender que quanto mais rápido se solicitar ajuda, melhor: "Seria um erro esperar que a procura desaparecesse para agir. Pedir assistência agora preservaria algum grau de acesso ao mercado". Já o professor da Faculdade de Economia da Nova, Luciano Amaral, entende que "não ter recorrido ao FMI já tem em si um custo, que é as taxas de juro continuarem sempre a subir. Qualquer recurso à ajuda externa já teria permitido pelo menos travar o crescimento dos juros". Apesar da escalada nas taxas, Cristina Casalinho calcula que "o custo do financiamento do Tesouro português nos primeiros três meses do ano rondou 5,2%, tendo um prazo médio inferior a cinco anos". 2 - Fundo pode credibilizar mas leva país para a recessão Tendo em conta as taxas actuais no mercado secundário, o FEEF/FMI até poderia fornecer financiamento mais barato. Mas, para o estratega de dívida do Commerzbank, David Schnautz, a ajuda não significa que se resolvam os problemas: "A chave é reparar a economia portuguesa". Já para Azad Zangana, o pedido de ajuda seria um passo importante para Portugal. Isto porque, argumenta o economista da Schroders, "permitiria financiamento para seis a sete anos e a possibilidade de Portugal organizar as suas contas públicas" sem ter a pressão dos mercados. No entanto, as contrapartidas exigidas para recorrer ao FEEF/FMI são uma espécie de terapia de choque. "Só temos o lado da austeridade e a austeridade tem um efeito recessivo na economia. E é por isso que as taxas de juro [do FMI e da UE] não são sustentáveis, porque não estão baseadas numa possibilidade muito visível de crescimento", adverte Luciano Amaral. Apesar disto, agências de ‘rating' como a Fitch asseguram que "um programa económico do FMI/UE iria fortalecer a credibilidade de Portugal no esforço de fazer reformas orçamentais e estruturais depois do episódio" da demissão do Governo. E ameaça cortar o ‘rating' a Portugal se o país não pedir ajuda. 3 - FEEF pode ser insuficiente para resolver problemas de financiamento Os bancos internacionais e os líderes europeus têm referido que um eventual resgate a Portugal custaria entre 70 e 80 mil milhões de euros. Cristina Casalinho explica que Portugal teria de ter condições diferentes da Grécia, em que o problema se centrava principalmente nas contas do Estado, ou da Irlanda, que teve de assumir as responsabilidades da banca. Isto porque, em Portugal, os problemas de financiamento são transversais a toda a economia: "Uma vez garantido o financiamento do Estado nos próximos anos, tem de se assegurar igualmente o financiamento de bancos, empresas e famílias. O programa de auxílio a Portugal tem de salvaguardar esta especificidade". 4 - Reconquistar a confiança do mercado levará anos Com ou sem recurso a ajuda, a reputação de Portugal parece estar pelas ruas da amargura. "Os danos reputacionais já não interessam. Os investidores em Obrigações provavelmente removeram as OT da sua lista de títulos a comprar e qualquer alteração a isto será um processo de longo prazo", defende David Schnautz. Casalinho diz que "o recurso provoca não só danos de imagem, mas implica uma elevação dos custos de financiamento estruturais da economia portuguesa durante um período prolongado". E alerta que o pedido de ajuda "significa que, muito dificilmente, no espaço de dez anos Portugal poderá voltar a ter prémios de risco alinhados com a Espanha ou com maioria dos países europeus, excepto Grécia".
Crise: Irlanda cria sistema com apenas dois bancos
Segundo a TVI, "a Irlanda vai criar um sistema financeiro com apenas dois bancos, anunciou esta quarta-feira o ministro das Finanças, Michael Noonan, depois dos testes de stress terem revelado que a banca irlandesa necessita de mais 24 mil milhões de euros. Apesar do valor ficar abaixo do esperado - as últimas estimativas apontavam para 30 mil milhões de euros - mostra a falta de saúde financeira da banca irlandesa, depois de já ter recebido 220 mil milhões de euros (70 mil milhões de ajuda à recapitalização, e 150 mil milhões ao financiamento de curto prazo). Os quatro bancos irlandeses foram agora sujeitos a novos testes de stress, concluindo que o plano de salvação deste sistema financeiro vai ficar 24 mil milhões mais caro à União Europeia e FMI. Em reacção, Michael Noonan explicou, citado pela Reuters, que estas novas «injecções de capital vão ser aproveitadas para criar um novo sistema bancário com dois bancos de serviço universal, que serão os pilares deste sistema». Ao mesmo tempo o Irish Life & Permanent IPM.I será «reestruturado», garantiu o governante. Agora, quatro bancos irlandeses vão ser fundidos em dois: o Bank of Ireland e o Allied Irish Banks/EBS. O Allied Irish Banks foi, aliás, o que ficou em pior lugar, sendo aquele que necessita de realizar o maior aumento de capital: 13,3 mil milhões de euros. O Bank of Ireland precisa de 5,2 mil milhões de euros, o Irish Life necessita de quatro mil milhões de euros e o EBS terá que realizar um aumento de capital de 1,5 mil milhões de euros. O Governo liderado por Enda Kenny já detém a maioria do capital do Allied Irish Banks e do EBS, juntamente com o Anglo Irish Bank. Para resgatar a Irlanda, a União Europeia e o FMI já gastaram 85 mil milhões de euros. Mas a adivinhar mais dificuldades, o Banco Central Europeu tinha reservado uma linha de 60 mil milhõesde euros só para a banca irlandesa".
FMI: Portugal enfrenta «situação difícil»
Li no site da TVI que "o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que Portugal enfrenta uma «situação difícil», mas jura a «pés juntos» que «não foi entregue qualquer pedido de ajuda» - pelo menos para já - por parte do Governo português. De acordo com a responsável do FMI para as relações externas, Caroline Atkinson, citada pela agência Bloomberg, «Portugal está numa situação difícil e as autoridades vão precisar de continuar a desenvolver esforços para reduzir o défice orçamental». «Não temos nenhum pedido de ajuda de Portugal», adiantou. Estas declarações surgem no dia em que Portugal reportou a Bruxelas os números do défice orçamental. O INE anunciou esta quinta-feira que afinal o défice de Portugal chegou aos 8,6 por cento o ano passado, ou seja, bem acima da meta de 7,3% prometida pelo Governo a Bruxelas".
Opinião: "Un antipático (Sócrates) contra todos"

El Fondo Monetario Internacional confirma que España no es Portugal
Diz o ABC num texto do jornalista Pedro Rodríguez que "el Fondo Monetario Internacional -que hasta ahora no ha dejado de llamar la atención sobre los problemas financieros de España- ha dejado saber que nuestro país avanza por la dirección correcta y que los mercados así lo están reconociendo. De esta manera, la economía de España no estaría en posición de contagiarse de la grave situación que sufre Portugal en estos momentos, agravada este jueves con el reconocimiento por parte del gobierno de Lisboa de que su déficit fiscal fue bastante superior a lo anunciado en el 2009 y el 2010. Según ha recalcado Caroline Atkinson, portavoz oficial del Fondo Monetario, «las rotundas medidas que ha tomado el Gobierno de España en el terreno fiscal y reformas más amplias para abordar la situación en el mercado laboral, impulsar el empleo y crear más puestos de trabajos, así como los pasos para reforzar el sistema financiero son muy importantes». Con respecto a Portugal, la institución financiera con sede en Washington ha indicado que la economía lusa se encuentra en una «situación difícil» y que el gobierno de Lisboa debe cumplir con la obligación de recortar el gasto público e implementar las requeridas reformas para impulsar su crecimiento. Aunque según ha reconocido la portavoz Atkinson, Portugal no ha solicitado todavía ninguna ayuda financiera o paquete de rescate al Fondo".
Afinal....: Ministro de Dilma diz ser improvável compra de dívida portuguesa
Diz o Económico que "Guido Mantega, ministro das Finanças brasileiro, vê como pouco provável a aquisição de dívida pública portuguesa. "Não acredito nisso", disse hoje o governante brasileiro, citado pela Bloomberg, quando questionado sobre a possibilidade de o Brasil ajudar Portugal através da compra de títulos de dívida pública. Esse cenário foi admitido esta semana pela Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante uma curta visita a Portugal. A aquisição de dívida pública por parte de países como Brasil é uma das alternativas ao financiamento normal nos mercados, onde estão a ser cobrados taxas insustentáveis a Portugal".
Comunicação do Presidente da República após reunião do Conselho de Estado



Boa noite" (fonte: Presidência da República)
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Cuánto costará auxiliar a Lisboa?
Escreve o jornalista do ABC, Mocho Veloso que "la Unión Europea prepara entre bambalinas el rescate de Portugal. Y los mercados hace semanas que lo dan por hecho. La caída del primer ministro luso, José Sócrates, sólo ha despejado el camino y acelerado los tiempos. Ayer mismo, Bruselas dio una primera cifra a ese más que probable salvavidas para Portugal: 75.000 millones de euros. De ser así, España aportaría 6.240 millones para poner en orden las cuentas de la economía vecina. Fue Jean-Claude Juncker, primer ministro luxemburgués y presidente del Eurogrupo, quien estimó ayer ese montante total. De este, 25.000 millones serían aportados por el Fondo Monetario Internacional (FMI); el resto, 50.000 millones, por la Comisión Europea y los 17 países de la Eurozona. Y si como en el rescate a Irlanda, España avala el 12,48% del capital que desembolse la zona euro, su contribución final a la intervención de Portugal ascendería a 6.240 millones. Aunque esta cantidad podría variar en función de las condiciones que el Gobierno luso y las autoridades europeas y el FMI acordasen para la asistencia financiera a ese país. Como fuere, no parece que el importe final vaya a variar mucho del adelantado ayer por Juncker, que lo consideró «apropiado». De hecho, Royal Bank of Scotland se aproxima bastante a los primeros cálculos de Bruselas: 80.000 millones, prevén sus analistas. Lo que también podría rebajar la ayuda final de cada miembro es la participación o no de países ajenos al fondo de rescate. En el de Irlanda —costó 85.000 millones—, Reino Unido, Suecia y Dinamarca inyectaron 4.735 millones, por su grado de exposición a la banca celta. Entonces España dio 2.600 millones. Grecia recibió, en mayo de 2010, 110.000 millones a través de préstamos bilaterales y del FMI. Del actual fondo —dotado con 750.000 millones, de los cuales 400.000 son puestos por la Eurozona, 60.000 por la Comisión Europea y 250.000 por el FMI—, sólo 250.000 están disponibles de forma efectiva. Se usaron 17.500 en Irlanda. Quedan 232.500. Para Portugal, o quien los necesite"
Jornal inglês debaixo de fogo após gozar com Portugal
Segundo a Agência Financeira/TVI, "um artigo irónico que sugeria anexação de Portugal ao Brasil para acabar com a crise nacional desencadeou dezenas de comentários críticos.Pretendia ser uma piada, mas muitos leitores não gostaram. O reputado «Financial Times» sugeriu, na sua coluna «Lex», a anexação de Portugal ao Brasil, como uma província. Uma sugestão irónica para mostrar que os papéis se inverteram e que, nos dias que correm, era Portugal que tinha mais a ganhar com esta junção. Depois de descrever Portugal como um país «problemático» para a União Europeia, o jornal sugeria «uma ideia inovadora para lidar com a situação: a anexação pelo Brasil». Um país onde se fala português, e onde o PIB tem crescido, em média, 4% ao ano na última década e com taxas ainda superiores nos últimos anos. «Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB», acrescentava. «Claro, o antigo colonizador ia ressentir-se da perda de status. Mas a anterior colónia tem algo a oferecer, além de spreads mais baixos no crédito e défices corrente e do Estado proporcionalmente muito inferiores. O Brasil é um dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o centro emergente do poder mundial. Para casa, soa melhor do que a velha e cansada União Europeia», concluía. O artigo pretendia ser irónico, apesar de surgir publicado numa coluna prestigiada do jornal, mas os leitores não acharam graça e alguns consideraram-no mesmo insultuoso. O artigo está seguido de dezenas de comentários críticos, alguns deles também irónicos, sugerindo que o Reino Unido, pátria do «Financial Times» seja também anexado a antigas colónias, como os Estados Unidos, África do Sul ou mesmo à Índia, outra economia emergente e com elevadas taxas de crescimento nos anos mais recentes. O «Financial Times» é acusado de preconceito contra Portugal, de atentar contra a unidade na Europa e até de mau jornalismo. Há mesmo quem ameace suspender a subscrição da coluna «Lex», que é paga"
Opinião: "Como a crise política pode afectar o País e a sua carteira"
"Demissão do Governo não arrastará o PSI 20 para o abismo. O mesmo não deverá suceder com os fundos ricos em obrigações portuguesas. A semana que passou não se afastou muito da tendência normal dos acontecimentos dos últimos meses: o Sporting voltou a não marcar golos na Liga de futebol, o professor Marcelo Rebelo de Sousa discutiu mais uma vez o estado do país no Jornal Nacional da TVI de domingo, as ‘yields' das obrigações do Tesouro voltaram a bater novos máximos e a dívida pública não parou de crescer a um ritmo de 2 milhões de euros por hora. A grande novidade, ou talvez não, foi o anúncio da demissão do Governo na quarta-feira. Do ponto de vista da análise política, a renúncia de José Sócrates ao cargo de primeiro-ministro pode ter várias leituras mas do óculo económico e financeiro está longe de ser uma catástrofe. Pelo menos do ponto de vista dos mercados que, na quinta-feira, um dia depois de o pacote de medidas inseridas no PEC IV ter sido rejeitado pelo Parlamento e o primeiro-ministro ter apresentado a demissão do Governo, somou uma sessão de ganhos que prolongou-se até ao final da semana. Nem mesmo o corte de ‘rating' da dívida portuguesa das agências de notação financeira Fitch e Standard & Poor's na quinta-feira, abalaram o movimento da bolsa portuguesa. "O mercado não reage obrigatoriamente mal a más notícias. O mercado reage é muito mal à incerteza", justifica Ricardo Valente, professor na EGP- University of Porto Business School, salientando ainda para o facto de "a clarificação política e a legitimidade política serem fundamentais para o mercado". A última crise política em Portugal revela isso mesmo: desde a demissão de Santana Lopes, a 30 de Novembro de 2004, até à realização das eleições legislativas, a 20 de Fevereiro de 2005, o desempenho do principal índice accionista da bolsa portuguesa não diferiu muito da ‘performance' dos seus pares europeus. "Contudo, na actual conjuntura, o cenário mais provável é a continuação da tendência de ‘underperformance' do PSI 20", refere Angelo Mea, analista do BPI, no "Diário de Bolsa" do banco de quinta-feira. Os investidores podem ser impiedosos a penalizarem o preço de um activo. É isso que tem sucedido com os títulos de dívida soberana de alguns países da zona euro, onde Portugal se inclui, desde 2010, e o que deverá acontecer sobre alguns títulos da praça nacional, na eventualidade de Portugal recorrer a ajuda externa e ser obrigado a aplicar uma série de novas medidas de austeridade mais severas. Neste cenário, as indústrias "mais dependentes do sector público como é a construção, as auto-estradas (Brisa), as acções de telecomunicações", e ainda as empresas com elevados níveis de alavancagem deverão ser as mais penalizadas, referem os especialistas do BPI no relatório "Iberian Daily" de 24 de Março de 2011.
Para o departamento de ‘research' do banco, também as companhias regulamentadas, como a EDP e a REN, podem ser apostas mais arriscadas na eventualidade da ocorrência de pressões de cortes nos salários dos trabalhadores (decorrente da entrada do FMI no país) que propiciará uma redução dos custos da população em geral, afectando assim os lucros das empresas de serviços públicos (‘utilities') e relacionadas com o consumo de combustíveis. Do ponto de vista do sector financeiro, o BPI refere que dificilmente a banca passará impune a mais constrangimentos decorrente de um pedido de ajuda externa, dado que "os bancos são naturalmente afectados por este evento, dado o processo em curso de melhoramento dos rácios de capital e de alavancagem", lê-se no "Iberian Daily" de quinta-feira. Duarte Caldas, analista da IG Markets, expõe essas fragilidades ao lembrar que "a banca está muito dependente das operações do BCE, e mais ou menos trimestre essas operações vão terminar". Este é também um sentimento partilhado pelos analistas do UBS, que sugerem estar "relativamente cautelosos com os bancos, a Portugal Telecom e a EDP". Segundo uma nota de ‘research' do banco suíço enviado a semana passada para os seus clientes, estas companhias estão "vulneráveis e relativamente caras face às suas concorrentes europeias."Para os investidores que queiram continuar no mercado, o banco suíço recomenda a Brisa, Sonae e Zon por estarem a cotar a "desconto, com uma avaliação barata". Além disso, os especialistas do UBS escrevem que vêm "a possibilidade de se gerar um bom valor na Portucel, Mota-Engil, EDP Renováveis e Sonaecom". Já os analistas do BPI não têm dúvidas em apontar "as acções com maior exposição ao mercado internacional, como a Galp, Jerónimo Martins, Portucel ou Cimpor, como podendo poderão ser as empresas menos afectadas e, consequentemente, "serem uma boa alternativa para cobrir o risco dos eventos presentes". Para Duarte Caldas, a receita é simples: "As pessoas devem investir em empresas que têm estado a registar um bom desempenho desde o início do ano: Portucel, Galp, Jerónimo Martins", porque "o que subiu vai continuar a subir", conclui o analista" (texto do jornalista do Económico, Luís Leitão, com a devida vénia)
PSD: Governo demissionário pode pedir ajuda externa
Diz o Económico que "Miguel Macedo contraria Teixeira dos Santos e diz que o Executivo tem legitimidade para pedir auxílio financeiro. O líder parlamentar do PSD contestou hoje a ideia de que o Governo não tem condições de pedir ajuda financeira externa e disse esperar que "por uma vez" o executivo "esteja à altura das suas responsabilidades". Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Miguel Macedo considerou "totalmente incompreensível" a declaração feita hoje pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, de que "o Governo não está em condições para solicitar ajuda externa" e "não tem legitimidade para negociar seja o que for". "O Governo, é público, pediu a sua demissão, mas não foi aceite essa demissão, o Governo não está em gestão", assinalou o líder parlamentar do PSD, acrescentando: "E, mesmo que estivesse em gestão, já foi sobre essa matéria dito por vários especialistas aquilo que havia a dizer". Segundo Miguel Macedo, o executivo terá sempre condições de pedir ajuda externa, "não é o PSD que considera, é a lei da República, a Constituição". "Eu julgo que é tempo de parar com desculpas de mau pagador, perdoem-me a expressão popular. Que, por uma vez, nestas circunstâncias muito difíceis a que o Governo conduziu o país, o Governo esteja à altura das suas responsabilidades", concluiu. O líder parlamentar do PSD frisou que "o Governo não foi demitido, a Assembleia da República não foi dissolvida". "Neste momento em que estou a falar, o Governo está na plenitude dos seus poderes, não está em gestão. Isso é absolutamente inequívoco. E, portanto, é totalmente incompreensível uma declaração destas deste ministro das Finanças", considerou"
Chefe da diplomacia líbia abandona Kadhafi
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Koussa Moussa, está refugiado em Londres. Moussa já terá pedido asilo político a Inglaterra.
Opinião: "Europa, en el laberinto luso"

Espanha: guarda-real desmaia na recepção aos prícipes de Gales

Os terríveis efeitos da radiação

Já se conhece a "cara" de Mercúrio...

Policía frustra atentado no estádio do Borussia Dortmund

Judoca medalhada suicida-se em Viena

Jornal espanhol compara Sócrates a condutor em contramão Jornal espanhol compara Sócrates a condutor em contramão
Li no Económico que "aos olhos do ABC, Diário Digital espanhol, Sócrates é "um antipático contra todos". Por insistir que Portugal não precisa de ajuda externa, o primeiro-ministro é comparado a um condutor que viaja em contramão numa auto-estrada convencido que os outros é que estão errados."O primeiro-ministro português assemelha-se a um condutor que avança a toda a velocidade na auto-estrada em sentido contrário, convencido que todos os outros é que estão errados. Os Governos europeus e as instituições comunitárias dão como certo que Portugal não irá conseguir sair da crise sem assistência financeira, mas José Sócrates contraria todos dizendo que o país pode superar os seus problemas com os seus próprios esforços", escreve o jornal espanhol. E continua: "Na última cimeira europeia, em Bruxelas, o primeiro-ministro surpreendeu tudo e todos quando estendeu a mão aos jornalistas antes de se sentar e explicar a sua versão dos factos. E dada a sua fama de antipático, o gesto até poderia ser interpretado como uma espécie de despedida, tendo em conta que na próxima cimeira é possível que o Governo já esteja nas mãos da oposição. Mas inesperadamente, no final da cimeira, Sócrates atirou aos jornalistas: "Podem ter certeza que isto não é uma despedida, apesar de estar seguro que seria o que desejam". Na mesma ocasião, o primeiro-ministro português atacou sem grandes dissimulações as perguntas incómodas, apesar de estarem em sintonia com as afirmações de outros Chefes de Estado: "O que causa a especulação são perguntas como as que estão a fazer. Portugal não precisa de ajuda nenhuma e se o que se quer é acabar com os movimentos especulativos, é infantil acreditar que isso vai acontecer se pedirmos ajuda", cita o jornal. Para acreditar em Sócrates, acrescenta o periódico, "temos de nos abster das partes mais importantes da sua biografia". É que o político "começou a sua carreira como fundador da juventude do partido social democrata e mais tarde, já socialista, a sua carreira no sector privado da construção, nos anos 80, foi uma das mais desastrosas da época, tendo mesmo sido destituído. A sua licenciatura como engenheiro também levanta muitas dúvidas "tendo em conta que quatro das cinco disciplinas concluídas foram aprovadas por um professor que mais tarde foi ocupar um importante cargo no Governo de Sócrates. Já a quinta disciplina foi aprovada pelo próprio reitor da Universidade Privada de Lisboa que acabou por ser encerrada precisamente pelo cúmulo de irregularidades que foram surgindo à medida que se investigava o escândalo", continua o ABC. Mas o facto de alguns dos poucos exames feitos terem sido enviados por fax e ao Domingo não impediu o primeiro-ministro de aparecer na televisão a defender a sua honra e a acusar os seus adversários de estarem a inventar um esquema para o prejudicar, sublinha. Agora, "do que se trata é de dinheiro. De muito dinheiro e da possível quebra de um país. O Presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, já fez as contas a Sócrates e assegura que Portugal precisa de um plano de resgate de mais de 70 mil milhões de euros para garantir o pagamento de uma dívida que está essencialmente nas mãos dos espanhóis", critica o jornal". Para ler o artigo aqui.
Investigação conclui que ministro não podia delegar poderes no Secretário de Estado
A investigação ao pagamento feito à mulher do ministro da Justiça por acumulação de funções concluiu que Alberto Martins não podia delegar poderes em João Correia. Em declarações à RTP, o ex-secretário de Estado da Justiça alega que os processos foram remetidos pelo gabinete do ministro e que, por isso, entende não ter havido irregularidade.
Incompetência da governação socialista? Não, a culpa é do PSD...(VII)
Segundo a Agência Financeira/TVI, "sempre, sempre a subir. Os juros da dívida pública têm estado imparáveis, renovando máximos sucessivos. Até algumas maturidades de curto prazo têm já juros mais altos do que as de longo prazo. Isto indica que os mercados já nem na capacidade de Portugal em pagar um empréstimo de curto prazo confiam. A revisão em alta do défice de 2010 veio agravar a escalada, com recordes atrás de recordes. Já está mesmo «tudo pronto» para o resgate. Falta só o Governo decidir-se pelo pedido de ajuda. Na maturidade a dois anos já foram alcançados novos máximos esta quinta-feira, nos 8,255%, depois nos 8,265% e em menos de meia hora atingiu o pico dos 8,286%. Depois de o INE ter revelado um défice de 8,6% em 2010, escalaram até aos 8,418%. Também as Obrigações do Tesouro a 10 anos fixaram um novo recorde: já vão nos 8,536%. Os juros a cinco anos têm também protagonizado uma forte escalada nas últimas sessões, tendo batido novo recorde nos 9,355% - o valor mais alto desde que Portugal entrou no euro.
Fasquia dos 9% superada em vários prazos
Nas restantes maturidades há também valores nunca antes vistos: os juros a três anos já tocam os 9,261%, a quatro e a seis também também já superam essa barreira, a sete, oito e nove anos para lá caminham, estando bem acima dos 8%.
«Spread» face à Alemanha também atinge recorde
Com este cenário, não é de admirar que a diferença entre o que os investidores cobram para adquirir dívida portuguesa em detrimento da alemã seja cada vez maior. O chamado spread atingiu mesmo um recorde de 517,3 pontos base. Para se ter uma ideia do agravamento, há cerca de duas semanas rondava os 430 Na Alemanha, os juros estão nos 3,3%, numa trajectória que se tem mantido estável. Por cá, a curva é sempre ascendente. Aliás, no espaço de três meses, os juros da dívida soberana dispararam 34%. Os avisos e as pressões sobre Portugal repetem-se. A agência de notação financeira Fitch veio ontem dizer que ou pedimos ajuda, ou a nossa avaliação pode baixar. A ameaça já começa a ter efeitos: a CGD já levou com um corte de rating em dois níveis".
PJ investiga cirurgião suspeito de abusar de pacientes no Hospital de Sta Marta, em Lisboa
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Para estes casos o patético ex-bastonáro não teve oressa em agir, a mesma que usou para prejudicar a Madeira e dezenas de jovens médicos, num acto de pura vngança pessoal e corporativista que a justiça se encarregará de comprovar.
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