Segundo a SIC, "as eleições regionais que hoje decorrem em Baden-Wrttemberg, no sudoeste da Alemanha, são encaradas como decisivas e principal teste deste ano à coligação governamental de centro direita liderada pela CDU de Angela Merkel. A eleição em Baden-Wrttemberg, um dos estados federados mais ricos e bastião dos conservadores desde 1953, é vista como a mais importante entre as sete eleições regionais que decorrem este ano na Alemanha. Embora as sondagens prevejam que a União Democrata Cristã (CDU) continue a ser a força mais votada neste estado, o partido de Merkel arrisca-se a ser expulso do executivo estadual pela coligação entre o Partido Social-democrata (SPD) e Verdes. Isto depois de, em fevereiro, a CDU já ter perdido o governo da importante cidade-estado de Hamburgo para o SPD, e, na semana passada, ter sentido dificuldades em vencer as regionais na Saxónia-Anhalt (leste). Uma sondagem publicada na quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Forsa dava 48 por cento das intenções de voto à oposição ambientalista e social-democrata que em conjunto teria assim maioria absoluta para destronar o atual executivo de democratas-cristãos e liberais. A CDU e o Partido Liberal (FDP) do chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, somavam apenas 43 por cento das intenções de voto, no mesmo inquérito de opinião. A mudança de rumo na política nuclear anunciada pela chanceler e a impopularidade do atual primeiro-ministro regional, Stefan Mappus (CDU), são fatores que os analistas apontam como sendo explicativos para a queda nas intenções de voto na coligação conservadora-liberal. A perda de Baden-Wrttemberg pela coligação CDU-FDP significaria, segundo analistas, não só um revês ao nível regional, como teria também um grande impacto para a governação nacional. Isto porque reduziria ainda mais o peso da coligação liderada por Merkel na Câmara Alta do Parlamento (Bundesrat) -- onde a chanceler não tem maioria --, dificultando a aprovação de legislação. A Renânia-Palatinado, no oeste, é outra região que hoje vai a votos. O SPD deverá conseguir permanecer no governo ao formar uma aliança com os Verdes, mas arrisca-se a perder a maioria absoluta conquistada há cinco anos".
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