fonte: El Dia
terça-feira, julho 15, 2025
Lucro do setor bancário cresce 717 milhões de euros em 2024 para 6.288 milhões
O lucro do setor bancário em Portugal, que cobre
quase na totalidade o sistema bancário, cresceu 717 milhões de euros em 2024,
para 6.288 milhões de euros, representando 1,4% do ativo médio, divulgou o
Banco de Portugal (BdP). Segundo os dados publicados pelo banco central nas
suas séries longas do setor bancário, o aumento do lucro, que no ano anterior
tinha representado 1,3% do ativo, foi o valor mais elevado da série, que conta
com informação desde 1990.
Para este aumento contribuíram as subidas de 137 milhões de euros da margem financeira (a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos), o aumento de 124 milhões de euros das comissões e a redução de 1.233 milhões de euros das provisões e imparidades para cobrir potenciais incumprimentos. O BdP assinala ainda que o montante total de empréstimos concedidos a particulares subiu para 132,8 mil milhões de euros, num aumento de 4,9 mil milhões de euros face a 2023.
Também o ‘stock’ de empréstimos para a compra de casa subiu em 2024, em cerca de 3,5 mil milhões de euros, para 102,4 mil milhões de euros. Segundo o banco central, esta evolução “terá sido impulsionada pelas medidas de estímulo ao setor da habitação, como a isenção de IMT e de imposto de selo para compradores até aos 35 anos, que entraram em vigor em agosto de 2024”.
Rússia: Como morrem os opositores de Putin
Roman Starovoit, ministro russo dos Transportes, foi encontrado morto nos arredores de Moscovo poucas horas depois de ter sido demitido por Vladimir Putin. Starovoit, que estava no cargo desde maio de 2024, foi substituído por Andrei Nikitin, agora nomeado chefe interino do Ministério dos Transportes, segundo a agência Ria Novosti. A demissão surgiu na sequência da suspensão do espaço aéreo civil após um ataque de drones ucranianos que forçou o cancelamento de quase 300 voos no fim de semana anterior. Segundo a imprensa russa, tudo indica que se tratou de um suicídio, já que foi encontrada uma arma junto ao corpo, mas a causa oficial da morte ainda não foi confirmada.
Este episódio reacende a atenção internacional para o destino trágico de várias figuras que, ao longo dos últimos 25 anos, desafiaram ou caíram em desgraça junto de Vladimir Putin. Muitos opositores — incluindo jornalistas, políticos, oligarcas e antigos agentes secretos — acabaram mortos em circunstâncias suspeitas, frequentemente classificadas como suicídios, acidentes ou causas naturais não esclarecidas.
Europa diz “basta” aos turistas: protestos, greves e mangueiradas estão a aquecer ainda mais o verão
O verão de 2025 está a ser marcado por uma onda crescente de protestos contra o turismo de massas em vários pontos da Europa, à medida que cidades e ilhas tentam lidar com a pressão provocada pelo regresso em força dos visitantes após a pandemia. Em Barcelona, manifestantes atiraram jatos de água sobre turistas. Em Maiorca, milhares saíram às ruas para exigir o fim do turismo excessivo. Em Paris, greves no Louvre deixaram visitantes sem acesso à Mona Lisa. E até o casamento de Jeff Bezos foi forçado a mudar de local em Veneza, devido a protestos que acusavam o magnata de “tomar conta da cidade”, revela a ‘Bloomberg’.
Com cerca de 756 milhões de turistas em 2024, os impactos da sobrecarga são cada vez mais visíveis. Desde aumento do custo de vida e escassez de habitação, até pressão sobre recursos naturais e degradação do património, muitos residentes sentem que a vida quotidiana está a tornar-se insustentável. As críticas centram-se também no alojamento de curta duração, com plataformas como Airbnb, VRBO e Wimdu a serem acusadas de retirar habitação do mercado de arrendamento. Em cidades como Lisboa, Berlim ou Porto, os habitantes dizem estar a ser empurrados para fora por turistas ou nómadas digitais com maior poder de compra.
Açores perde batalha no Constitucional após ação de António Costa no seu último dia como PM
Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade de várias normas do regime do domínio público hídrico dos Açores, aprovadas pelo PS-A. Caso chegou ao Palácio Ratton por ação de António Costa. O Tribunal Constitucional (TC) declarou a inconstitucionalidade de várias normas do regime do domínio público hídrico dos Açores e de decretos que desafetam terrenos em Santa Maria, segundo um acórdão publicado em Diário da República nesta quinta-feira. A medida tinha sido tomada pelo PS-Açores, antecessor do atual Executivo regional liderado por José Manuel Bolieiro. O pedido de fiscalização da constitucionalidade dos diplomas tinha sido solicitado pelo então primeiro-ministro do PS António Costa, em 2024, no seu último dia em funções no Governo.
Em maio de 2024, o assunto esteve na Assembleia Regional, onde o antigo primeiro-ministro socialista foi bastante criticado, designadamente pelo envio, no seu último dia em São Bento, dos diplomas para apreciação do TC. O próprio presidente do PS açoriano, Vasco Cordeiro, destacando que os decretos foram aprovados pelo Governo regional socialista a que presidiu, manifestou “discordância profunda, clara, inequívoca, entre aquilo que o Governo regional dos Açores do Partido Socialista pensa e acha sobre essa matéria, e aquilo que, aparentemente, o antigo primeiro-ministro entende sobre este assunto”. Vasco Cordeiro foi contundente contra a atitude de António Costa: “lamentável. Aliás, talvez doutra forma, poucochinha”.
Curiosidades aéreas
Sobrevivência a um acidente de avião: o segredo por trás dos assentos mais seguros. Ao reservar um voo, você já se perguntou qual assento lhe dá a maior chance de sobreviver a um acidente? Embora a aviação moderna seja incrivelmente segura, as estatísticas e os dados de acidentes revelam padrões quando as coisas dão errado. O mito versus a realidade: Não há assento "invencível" em um avião - mas os bancos traseiros mostraram estatisticamente melhores taxas de sobrevivência em alguns acidentes (Aviation knowledge)
Curiosidades aéreas
Por que os aviões evitam tempestades (é mais do que apenas turbulência)? Você provavelmente já viu relâmpagos pela janela e ouviu o capitão dizer: "Estamos fazendo um pequeno desvio para evitar o tempo à frente". Mas você já se perguntou por que os pilotos se esforçam para evitar tempestades - às vezes por 20 milhas ou mais? A turbulência é apenas algum tipo de mudança no ar ao redor do seu avião. O ar não é nada; é um fluido, como a água. As correntes de ar se movem para cima e para baixo, ondulam, mudam de direção e mudam de velocidade. Algumas das coisas que causam turbulência são mais fáceis de prever (Aviation knowledge)
Curiosidades aéreas
A pressão atmosférica é criada principalmente pela atração da gravidade sobre as moléculas de ar na atmosfera. Essa força da gravidade faz com que o ar tenha peso, e esse peso exerce uma pressão sobre tudo abaixo dele, incluindo a superfície da Terra e todos os objetos nela (Aviation knowledge)
"Ouve-se um dos pilotos a perguntar ao outro porque é que fez aquilo": investigação preliminar ao voo da Air India revela que combustível foi cortado deliberadamente
O Gabinete de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia
divulgou um relatório preliminar sobre o voo da Air India que se despenhou em
junho. O documento revela que o fornecimento de combustível para os motores foi
cortado. O avião, com destino a Londres, caiu poucos segundos depois de
descolar do aeroporto de Ahmedabad. Todos os ocupantes morreram, exceto um
passageiro.
Segundo o relatório, a que a CNN teve acesso, os
interruptores de controlo de combustível no cockpit do Boeing 787 Dreamliner
foram acionados, o que desligou os motores. Os investigadores conseguiram
recuperar dados das caixas negras da aeronave, incluindo 49 horas de dados de
voo e duas horas de áudio do cockpit, que registou o momento do acidente.
A aeronave atingiu uma velocidade de 180 nós (cerca de 333 km/h) quando os interruptores de corte de combustível de ambos os motores "passaram da posição RUN para a posição CUTOFF um após o outro com um intervalo de um segundo", refere o relatório. “No registo de voz do cockpit, ouve-se um dos pilotos a perguntar ao outro porque é que fez aquilo. O outro piloto respondeu que não fez nada”, lê-se no relatório. O combustível foi cortado para os motores, de acordo com o documento.
Corte de combustível, os edifícios danificados e a comunicação entre pilotos. O que revela a investigação ao acidente do avião da Air India?
Terá sido um corte do combustível que fez os pilotos
perder controlo dos motores e, quando conseguiram reverter este efeito, já era
tarde demais. "Conclusões definitas" podem demorar "meses ou
anos". A sair da pista, durante o processo de descolagem, o Boeing 787
Dreamliner da Air India atingiu uma velocidade de 180 nós (cerca de 333 km/h)
e, no espaço de um segundo, os interruptores que cortam o abastecimento de
combustível dos dois motores foram acionados. Graças à recuperação das caixas
negras do avião, que permitiram ter acesso a quase 50 horas de voo e duas de
áudio no cockpit, o Departamento de Investigação de Acidentes de Aviação da
Índia conseguiu apurar, numa avaliação preliminar avançada pela CNN, o que
aconteceu no passado dia 12 de junho, no maior desastre aéreo do século neste
país, que vitimou 241 pessoas.
“Cortaste o combustível?”, é dito na gravação reproduzida no relatório, ouvindo-se um dos comandantes a questionar o motivo para os motores terem parado de funcionar poucos instantes após o avião ter levantado voo. A resposta do outro comandante foi negativa, indicando que não terá sido ação humana de qualquer um dos pilotos que comandava o voo que fez cair o avião. Contudo, neste mesmo documento, as autoridades indianas escrevem que “não há ações recomendadas” para a Boeing nem para a General Electric, os responsáveis pelo avião e pelos motores, respetivamente.
Curiosidades aéreas
O ciclo de vida de uma tempestade
Deslize pelos céus! Cada tempestade passa por estes três
estágios principais:
1️ - Estágio Cumulus Imponente
• Fortes correntes ascendentes
• Ainda sem precipitação
2️ - Estágio maduro
• Fase mais violenta
• Correntes ascendentes e descendentes
• Chuva forte, trovões, relâmpagos, turbulência,
possivelmente granizo
3️ - Estágio de Dissipação
• Downdrafts dominam
• A precipitação enfraquece
• Tempestade começa a desmoronar
Os pilotos devem evitar o estágio maduro - é aqui que a tempestade é mais perigosa! (fonte: Aviation knowledge)
Curiosidades aéreas
O que é turbulência?
Uma mudança súbita e violenta no fluxo de ar que pode
fazer com que a aeronave desça ou mude de altitude inesperadamente.
Causas de turbulência
• Vento
• Tempestades
• Corrente de Jato
• Objetos perto do avião (por exemplo, cordilheiras)
Turismo do álcool em Albufeira. Como a economia da noite está a levar uma cidade ao limite
Há mais de 20 anos que a noite de Albufeira está refém do
“turismo do álcool”. O negócio da noite alimenta um turismo de excessos que
está a deixar marcas profundas na cidade e na sua reputação.. São 23h45. No
Destacamento Territorial da GNR de Albufeira, os militares das várias equipas
preparam-se para a noite que começa. Em “campo”, vão entrar o Comando
Territorial de Albufeira, a Unidade de Intervenção (UI) e o Grupo de
Intervenção de Ordem Pública (GIOP).
No verão, Albufeira conta com um reforço significativo de
policiamento: de Lisboa, chega todas as semanas um pelotão com 20 elementos da
Unidade de Intervenção para reforçar as equipas da GNR encarregues de garantir
a segurança durante a noite. O capitão Carlos Fraústo, que a equipa do
Observador acompanhou numa das muitas noites de trabalho, antevê horas muito
atarefadas para os militares que vão passar pela rua da Oura.
Foi a 24 de junho, apenas quatro dias antes desta noite, que entrou em vigor o novo Código de Comportamentos do Município de Albufeira para travar comportamentos desordeiros na via pública, proibindo nas ruas o consumo de álcool, urinar ou defecar e até circular parcial ou totalmente despido (tronco nu ou de biquíni). Prevê coimas de até 1.800 euros e sanções pesadas para bares e discotecas que incentivem consumos ou comportamentos de risco. Mas por enquanto, tudo aponta para um fim de semana igual aos outros.
Exemplo? Málaga renuncia ao Mundial 2030 porque «vamos ficar com o clube»...
A cidade de Málaga não vai estar representada no Mundial de 2030, organizado por Espanha, Portugal e Marrocos. A decisão foi comunicada pelo líder municipal da cidade, Francisco de la Torre. «A maior responsabilidade é não estarmos na candidatura», afirmou, em conferência de imprensa. Na base da decisão estão os problemas com obras em La Rosaleda e os eventuais prejuízos quer para o clube, quer para os adeptos. Dada a impossibilidade de construir um novo estádio até 2030, acolher o Mundial implicaria obras em La Rosaleda, de forma a enquadrar o recinto nas normas da FIFA, com 45 mil lugares e instalações mais modernas. Contudo, tal implicaria a mudança da equipa para o Estádio Ciudad de Málaga, pelo menos durante duas temporadas, o que não agradou ao município nem ao clube, porque o recinto tem capacidade para pouco mais de dez mil pessoas. «Entre o Mundial e o clube, vamos ficar com o clube.» O substituto de La Rosaleda, um dos onze estádios espanhóis escolhidos pela RFEF, deverá ser o Mestalla, casa do Valência. O Estádio de Balaídos, em Vigo, é outro dos candidatos (CNN-Portugal)
segunda-feira, julho 14, 2025
Curiosidades aéreas
Esta é uma comunidade em Illinois, nos Estados Unidos, onde cada casa tem acesso direto a uma taxiway conectada a uma pista de pouso. Esse estilo de vida permite que os moradores desfrutem da aviação de forma única, com hangares privados para guardar e manter seus aviões. Nesse ambiente, é possível encontrar aeronaves raras e vintage pertencentes a entusiastas da aviação, criando um lugar onde o amor por voar faz parte essencial do dia a dia. Essa comunidade também atrai visitantes e apaixonados por aviação, tornando-se um destino fascinante (fonte: Minuto Aereo)
Curiosidades aéreas
Durante a noite,
os aviões são equipados com luzes de navegação que ajudam a identificar a
direção em que estão voando. Essas luzes seguem um padrão internacional e são
instaladas em locais específicos da aeronave:
• 🔴 Luz vermelha: sempre na asa esquerda
• 🟢 Luz verde: sempre na asa direita
• ⚪ Luz branca: localizada na cauda do avião (parte de trás)
Essas luzes são
visíveis no céu à noite e têm uma função essencial: permitir que outros pilotos
ou observadores saibam a direção do voo, mesmo a grandes distâncias. Com um
pouco de atenção, é possível entender se um avião está vindo na sua direção, se
afastando ou cruzando o céu de um lado para o outro.
O que significa
cada combinação de luzes?
• Luz verde + luz
branca
→ O avião está indo da esquerda
para a direita em relação a você.
Você está vendo o
lado direito (verde) e a traseira (branca).
• Luz vermelha +
luz branca
→ O avião está indo da direita
para a esquerda.
Você está vendo o
lado esquerdo (vermelho) e a traseira (branca).
• Luz verde +
vermelha, sem luz branca
→ O avião está vindo na sua
direção.
Você está vendo a
parte frontal da aeronave. A luz da cauda (branca) não é visível.
• Luz branca ao
centro e as outras cores afastadas
→ O avião está se afastando, indo
embora.
Você está vendo a
cauda da aeronave.
Por que isso é
importante?
Essas luzes não
são apenas decorativas. Elas fazem parte de um sistema de segurança aérea que
permite que os pilotos evitem colisões e mantenham consciência da posição de
outras aeronaves no espaço aéreo. Especialmente em voos noturnos ou em
condições de pouca visibilidade, essas luzes podem salvar vidas.
Curiosidade: Esse padrão de cores é tão universal que até embarcações marítimas o utilizam — navios e barcos também têm luzes verde (bombordo) e vermelha (estibordo) para indicar direção. Ou seja, é um código visual adotado internacionalmente para navegação, seja no mar ou no ar (fonte: Minuto Aereo)
Portugal e a carga regulatória imposta às empresas
Portugal continua
a destacar-se negativamente na Europa pela carga regulatória imposta às
empresas e no mercado de trabalho. De acordo com o mais recente inquérito do
Banco Europeu de Investimento, 76% das empresas portuguesas apontam a regulação
no mercado laboral como um obstáculo ao investimento, bem acima da média da UE
(61%). Também no que respeita às regulações aplicáveis às próprias empresas,
83% das empresas em Portugal classificam-nas como uma barreira ao investimento,
face a 66% no conjunto da União Europeia.
Estes dados revelam um quadro claro e que já foi apontado por vários organismos internacionais como uma das razões estruturais para o fraco dinamismo económico do país: o excesso de regulação no mercado de trabalho e nas atividades empresariais em Portugal é um entrave direto ao investimento privado e à competitividade económica — uma limitação que penaliza o crescimento, a criação de emprego e a capacidade de atração de capital estrangeiro. Em contraste, e apesar de não se poder considerar a maioria dos países da UE como exemplos em termos de regulação laboral ou às empresas, a perceção de obstáculo regulatório é bastante menor, refletindo mercados mais abertos e dinâmicos, com menor interferência administrativa na gestão e organização empresarial do que em Portugal (Mais Liberdade, Mais Factos)
Os nossos indicadores nacionais
Apesar dos vários desafios socioeconómicos que o País enfrenta, recordamos estes 15 indicadores em que Portugal se destaca entre os melhores da Europa – para além do futebol (Mais Liberdade, Mais Factos)
Portugal perdeu demasiados jornais...
Nos últimos 20 anos, Portugal perdeu mais de metade dos seus jornais e revistas — uma redução de 60% no número de publicações periódicas no país. Em 2002 existiam 2.107 publicações registadas, mas esse número caiu para apenas 840 em 2022, segundo estudo da Marktest com base em dados do INE. Esta queda reflete uma profunda transformação no setor dos media português, marcada pela crise da imprensa tradicional, pela migração de leitores para o digital e pela crescente dificuldade dos órgãos de comunicação social em manter modelos de negócio sustentáveis. A redução drástica do número de publicações tem impacto direto na pluralidade informativa, na diversidade de conteúdos regionais e locais e no escrutínio democrático, sobretudo fora dos grandes centros urbanos. Portugal segue, assim, uma tendência global de redução da imprensa escrita, mas com uma dimensão particularmente acentuada, o que levanta questões sobre o futuro do jornalismo independente e de proximidade no país (Mais Liberdade, Mais Factos)
Falando de obtenção de nacionalidade portuguesa
O novo Governo aprovou, em Conselho de Ministros, uma proposta de lei que aumenta o prazo mínimo de residência no país para obtenção de nacionalidade portuguesa. O regime normal passa dos atuais cinco anos para dez anos, enquanto que, para os cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa, o prazo passa de cinco anos para sete anos. O diploma que altera a lei da nacionalidade, será agora submetido à Assembleia da República, onde será discutido e votado. No contexto europeu, qual o país onde é mais fácil obter a nacionalidade? Como se enquadra Portugal nesse contexto europeu? Atualmente, dos 31 países europeus analisados, treze exigem cinco anos ou menos de residência para obter a nacionalidade (regime normal), incluindo Portugal, França, Alemanha e Suécia. Outros, como Espanha, Itália, Áustria e Suíça, exigem o dobro: dez anos (Mais Liberdade, Mais Factos)
Portugal é um dos países europeus com salários mais baixos
Portugal é um dos
países europeus com salários mais baixos onde a progressão salarial é
penalizada de forma mais agressiva pela carga fiscal. Segundo dados da OCDE
para 2024, entre os países europeus com salário médio abaixo dos 25 mil €
anuais (em paridade de poder de compra, a preços de Portugal), Portugal é o
segundo que mais agrava fiscalmente a transição do salário médio para o dobro —
com um aumento de 7,4 pontos percentuais na carga fiscal total (IRS +
contribuições sociais do trabalhador e empregador).
Para um trabalhador com salário médio (1.572€ mensais), a carga fiscal total (IRS + TSU do trabalhador e empregador) é de 39,4%. Para quem recebe o dobro, a carga fiscal sobe para 46,8%. Neste “campeonato”, apenas a Grécia penaliza mais a progressão salarial (+7,9 pontos percentuais entre o salário médio e o seu dobro), sendo que na Eslováquia, Chéquia, Letónia, Estónia e Hungria este diferencial não ultrapassa os 3 pontos percentuais.
É verdade que existem vários países com salários médios mais elevados que penalizam mais do que Portugal as progressões salariais, no entanto, não se devem misturar as duas realidades. É muito diferente, e tem um impacto muito distinto na vida dos trabalhadores, taxar significativamente mais a partir do salário médio quando esse salário médio já é bastante elevado, ou quando o salário médio é baixo (caso português). Mas, também há exemplos de países com salários médios bastante elevados onde a penalização fiscal, ao passar do salário médio para o seu dobro, fica bastante abaixo de Portugal, como são os casos da Alemanha e da Áustria (diferencial de 0,8 e 1,6 pontos percentuais, respetivamente, entre a taxação do salário médio e do dobro do salário médio) (Mais Liberdade, Mais Factos)
Empresas, produtos locais e mitos...
Um dos mitos mais
difundidos é o de que consumir produtos locais é sempre a melhor opção para o
meio ambiente. Essa crença é muitas vezes sustentada pela perceção de que o
transporte dos bens alimentares aumenta em larga escala a pegada ecológica da
cadeia de produção e distribuição desses mesmos bens alimentares, devido à
emissão de gases com efeito de estufa (GEE). A maior meta-análise de sistemas
alimentares globais realizada até à data, publicada na Science, em 2018, por
Joseph Poore e Thomas Nemecek, analisou mais de 38.000 explorações agrícolas
comerciais em 119 países e mostra-nos uma realidade diferente. Foi estudada a
origem das emissões da cadeia de abastecimento de cada produto – desde as
alterações no uso do solo até às prateleiras do supermercado.
As duas principais
conclusões do estudo são:
1. Existem grandes
diferenças nas emissões de GEE dos alimentos: a produção de um quilograma de
carne de vaca tem um impacto climático, em termos de gases com efeito de
estufa, cerca de 60 vezes superior ao da mesma quantidade de ervilhas (60 kg de
CO₂-eq face a apenas 1 kg de CO₂-eq);
2. Para a maioria dos alimentos, a emissão de GEE resulta maioritariamente da alteração do uso do solo e de processos na fase de exploração agrícola (i.e., aplicação de fertilizantes orgânicos e sintéticos, e fermentação entérica – a produção de metano pelo gado). Em conjunto, o uso do solo e as emissões na fase de exploração representam, em média, mais de metade da pegada ecológica dos alimentos analisados. O transporte é um fator residual e representa, em média, cerca de 2% da pegada ecológica.
Falando de milagre económico e humanitário
Em dois séculos, o mundo assistiu a um milagre económico e humanitário. Desde 1820, o rendimento médio global (PIB per capita), a preços constantes (expurgando o efeito da inflação), aumentou 16 vezes, enquanto a percentagem da população mundial a viver em pobreza extrema caiu de forma vertiginosa — de 79,4% para apenas 8,5%, em 2024. Este progresso, ainda que desigual entre regiões, representa uma transformação estrutural sem paralelo na história da humanidade. Ao longo dos séculos XIX e XX, a industrialização, a melhoria das condições sanitárias, o avanço da medicina, a globalização e o acesso universal à educação foram determinantes para tirar milhares de milhões de pessoas da miséria absoluta (definida como viver com menos de cerca de 2$ por dia, em paridade de poderes de compra).
A queda da pobreza extrema foi mais acentuada a partir dos anos 1980, coincidindo com a abertura económica da China, a expansão da tecnologia e o crescimento das economias emergentes. Em 1950, mais de metade da população global ainda vivia em condições de extrema carência (53,3%). Hoje, são menos de 1 em cada 10 pessoas nesta situação. Estes dados mostram que o crescimento económico tem sido uma das ferramentas mais poderosas para combater a pobreza (Mais Liberdade, Mais Factos)
As empresas portuguesas e espanholas e os reguladores...
Portugal é um dos países da Europa Ocidental onde as empresas enfrentam maiores dificuldades para lidar com a regulação estatal e com os processos administrativos. Segundo dados de um inquérito do Fórum Económico Mundial (2023), ajustados para uma escala de 0 (muito fácil) a 10 (extremamente complexo), Portugal obteve uma pontuação de 6,2, apenas superado por Espanha (6,4). Este indicador mede a perceção das empresas sobre a dificuldade de cumprir regulamentações e requisitos administrativos impostos pelo Estado. Quanto mais elevada a pontuação, maior a carga regulatória sentida pelas empresas no seu dia-a-dia — desde licenças, fiscalizações, obrigações fiscais, até exigências burocráticas repetitivas.
Na comparação com outros países europeus, destacam-se os casos da Finlândia (3,3), Suécia (3,7) e Irlanda (4,1), onde as empresas consideram o ambiente regulatório significativamente mais simples. Simplificar a relação entre empresas e o Estado — através de desburocratização, digitalização e estabilidade normativa — é fundamental para atrair investimento, reduzir custos e libertar recursos para a inovação e o crescimento económico (Mais Liberdade, Mais Factos)
Tribunal de Contas alerta para “reduzidas taxas de ocupação” no transporte marítimo dos Açores
Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) ao serviço público de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores aponta para “reduzidas taxas de ocupação” na generalidade das linhas operadas pela empresa responsável pelo transporte marítimo regional. “As reduzidas taxas de ocupação registadas na generalidade das linhas operadas pela Atlânticoline, S.A., indiciam que os níveis de oferta impostos pelas Obrigações de Serviço Público (OSP) foram excessivos face à procura”, refere o relatório do TdC, a que a agência Lusa teve hoje acesso. O documento também aponta que nas OSP “nem sempre foram cumpridos os padrões mínimos de frequência fixados pelo Governo Regional para a operação regular de transporte marítimo de passageiros e de viaturas, embora as situações de incumprimento tenham ficado a dever-se a circunstâncias fora do controlo da empresa”.
O relatório de auditoria do TdC à execução financeira do contrato celebrado entre a Região Autónoma dos Açores e a Atlânticoline, concluiu que, “de um modo geral, não foi cumprido o prazo estipulado para o pagamento da contrapartida financeira devida pela prestação dos serviços objeto do contrato” e, no final de 2024, a dívida à empresa, no montante de 7,9 milhões de euros, “correspondia a mais de um ano da faturação por aquela emitida em execução do contrato (na ordem dos seis milhões de euros/ano, totalizando cerca de 18 milhões de euros)”. “Atualmente, o montante em dívida cifra-se em 5,9 milhões de euros, correspondente à totalidade da faturação emitida pela empresa em 2024, em virtude de terem sido regularizadas faturas já no decurso do corrente ano”, lê-se.
Governo regional admite que eventual insolvência da Azores Airlines poderá custar mais de 300 milhões de euros
O secretário
regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública admitiu que, se a
privatização da Azores Airlines não tiver sucesso, a companhia terá de ir para
insolvência, o que poderá custar mais de 300 milhões de euros. “A insolvência
representa não só ficarmos com o passivo que já lá está, mas poderá representar
mais 300 milhões de euros de pagamentos de indemnizações aos trabalhadores”,
advertiu Duarte Freitas.
O governante falava no parlamento açoriano, na cidade da Horta, durante um debate de urgência sobre o futuro da companhia aérea açoriana, promovida pelo Chega. Duarte Freitas adiantou, no entanto, que as negociações para a conclusão do processo de privatização “estão a decorrer a bom ritmo”, tanto com o consórcio Newtor/MS Aviation, como com a Comissão Europeia, com quem o Governo Regional assumiu o compromisso de concluir a alienação de 76% do capital da empresa.
Verão caótico nos céus da Europa: Atrasos nos voos podem ser os maiores da história
A União Europeia lançou um alerta sobre os atrasos nas companhias aéreas que poderão atingir níveis históricos durante este verão, devido à escassez de pessoal nos controladores de tráfego aéreo, greves, incêndios florestais e a elevada procura por voos. Segundo as autoridades europeias, o sistema de controlo aéreo está a operar no limite da sua capacidade, resultado da conjugação entre a falta de funcionários e o aumento da procura, que já ultrapassa os níveis pré-pandemia.
“No ano passado, registámos o pior verão de sempre em termos de atrasos e cancelamentos. Este ano prevê-se um cenário muito semelhante”, afirmou um alto responsável da EU, de acordo com o ‘Financial Times’. Atualmente, cerca de 37.000 voos operam diariamente no espaço aéreo europeu, número que atinge o limite máximo da capacidade dos controladores. De acordo com dados do Eurocontrol, o tráfego aéreo aumentou 5% até ao momento este ano, face ao mesmo período de 2024, com um crescimento equivalente nos atrasos relacionados com a gestão do fluxo aéreo. A falta de capacidade afeta particularmente nove países, entre os quais França, Alemanha, Grécia e Espanha — destinos turísticos de grande afluência.
“Suíça para os suíços”: cidade proíbe entrada de estrangeiros em piscina municipal para preservar “clima sereno”
A Suíça é um país protegido pelas suas montanhas, pelo que a própria geografia permite algum isolamento em muitas circunstâncias. Mas, ainda assim, consegue conviver com os lados bons e maus do mundo globalizado: a coexistência nem sempre é fácil e, diante disso, algumas pessoas agem com maior ou menor tolerância. Nesse contexto, a cidade de Porrentruy surpreendeu com uma medida polémica na sua piscina municipal. Num comunicado divulgado no site da cidade, o Conselho Municipal e a União Intermunicipal do Distrito de Porrentruy decidiram restringir o acesso à piscina a cidadãos não suíços ou aqueles sem autorização de residência ou trabalho no país. A decisão, comentaram, dá-se “no contexto das altas temperaturas e do fluxo extremo de visitantes nos últimos dias”. Segundo os responsáveis, desde o início da temporada de verão, “mais de 20 pessoas foram removidas e banidas da piscina municipal devido a comportamento inapropriado, incivilizado e desrespeitoso que viola as regras do local”.
‘Não há como estender a toalha’: espanhóis lutam para ter lugar nas próprias praias por entre a ‘enxurrada’ de turistas estrangeiros
Os turistas internacionais estão a manter os espanhóis longe das suas praias devido ao aumento constante dos preços dos hotéis e das rendas devido a um ‘boom’ turístico sem precedentes. De acordo com a agência ‘Reuters’, os 25 principais destinos da costa mediterrânica e atlântica de Espanha registaram uma quebra de 800 mil pessoas no turismo local no ano passado, enquanto os visitantes estrangeiros aumentaram 1,94 milhões, de acordo com dados oficiais publicados pela empresa de análise ‘inAtlas’.
A tendência parece que se vai manter, uma vez que o segundo país mais visitado do mundo — a seguir a França — prevê um recorde de 100 milhões de visitantes estrangeiros este ano. “Os preços subiram absurdamente. Toda a costa espanhola está muito cara”, apontou Wendy Davila, de 26 anos, que se viu obrigada a cancelar uma viagem “exorbitante” com o namorado a Cádis, na costa sul, para uma visita mais barata à cidade de Burgos, no interior, famosa pela sua catedral gótica e pelo túmulo do comandante El Cid, do século XI. “Agora não se vai de férias para onde se quer, mas para onde se pode”, acrescentou, que tem saudades das férias de infância na praia de Alicante, no Mediterrâneo.