Mais de 136 mil trabalhadores precários perderam emprego
Um espaço pessoal de opinião, comentário e informação
Mais de 136 mil trabalhadores precários perderam emprego
Confiança no Governo para
a execução do plano de imunização contra a covid em queda. Portugueses rejeitam
inoculação prioritária a deputados e autarcas. Os portugueses estão divididos,
mas 35% entendem que a implementação do plano de vacinação está a correr mal.
Menos de um terço (31%) dá nota positiva e a maioria recusa que seja concedida prioridade
à imunização de políticos, sobretudo de presidentes de Câmara e de deputados.
E, no momento em que
cerca de 250 mil pessoas já possuem a vacinação completa em Portugal, a
confiança no Governo para concluir o plano dentro do prazo estipulado está em
queda. Se em dezembro, antes do arranque da imunização, 38% dos inquiridos na
sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF manifestavam confiança no Executivo PS
para levar o plano a bom porto, dois meses depois tudo se inverteu: 43% têm
pouca confiança e só 28% continuam a acreditar no respeito das metas.
O crédito do Governo é maior entre os idosos (45%) e menor nas faixas etárias dos 18 aos 49 anos. É na Grande Lisboa, e entre os eleitores do PS (60%) e da CDU (55%), que a confiança no Executivo de António Costa se mantém alta. A descrença é superior nas regiões do Centro e do Sul e ilhas e entre os simpatizantes de Iniciativa Liberal, Chega e Bloco de Esquerda.
O índice de
transmissibilidade do vírus em Portugal situa-se em mínimos desde o início da
pandemia. Comparando com a Europa, tem também o valor mais baixo. Portugal tem
o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais baixo da Europa,
de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
(INSA). Situa-se assim atrás de Espanha e Reino Unido, que também contam com um
número baixo neste indicador.
O valor do Rt em Portugal, ou seja, o número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado, é estimado em cerca de 0,67, adiantou o especialista Baltazar Nunes na chamada reunião do Infarmed, esta segunda-feira. Este “é o valor mais baixo desde o início da epidemia”, sendo que se encontra “abaixo de 1 em todas as regiões do continente e das regiões autónomas”, sublinhou.
Companhia aérea terá tido
um resultado operacional consolidado (EBIT) negativo de 907 milhões de euros,
segundo as projeções enviadas para Bruxelas pelo Governo português. A TAP
fechou 2020 com um resultado operacional consolidado (EBIT) negativo de 907
milhões de euros. A projeção, que está presente no documento enviado a meio de
dezembro para Bruxelas pelo Governo português, a que o ECO teve acesso, aponta
para que as receitas terão rondado os mil milhões de euros, isto num ano
fortemente marcado pelas restrições à aviação causadas pela pandemia.
A “crise sem precedentes”
para a aviação e para a TAP está a penalizar fortemente as contas da empresa,
explicaram tanto o CEO Ramiro Sequeira como o chairman Miguel Frasquilho esta
terça-feira no Parlamento. Alertaram para o impacto da pandemia na operação da
companhia aérea, que está à espera de “luz verde” de Bruxelas para avançar com
um plano de reestruturação.
As projeções presentes neste documento, a que o ECO teve acesso, indicam que o resultado operacional (EBIT) da TAP SA ter-se-á situado em -907 milhões de euros em 2020, o que compara com 47 milhões de euros positivos no final de 2019. O “buraco” deve-se à queda na operação já que a empresa perdeu 13 milhões de passageiros no ano passado. As estimativas apontam uma quebra de 69% nas receitas para 1.025 milhões de euros (face a 3.299 milhões em 2019).
Quatro em cada dez
inquiridos apontam a Páscoa como data para o regresso às salas de aula. Mais de
metade critica rendimento escolar do ensino à distância. A renovação do estado
de emergência será aprovada amanhã, no Parlamento, e a larga maioria dos
portugueses (82%) entende que deve manter as escolas fechadas até 15 de março.
Uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF mostra que 42% dos inquiridos
defendem as aulas presenciais só depois das férias da Páscoa, que começam a 26
de março. Apesar disso, os portugueses entendem que o ensino à distância fica
aquém da qualidade do presencial: 54% asseguram que aprender pela Internet e
televisão será pouco ou nada rentável e 40% criticam a forma como o Governo
preparou a escola para aulas virtuais.
A má nota dada ao ensino
remoto, todavia, não impede os portugueses de querer os portões das escolas
trancados, sobretudo no Norte (84%) e no Sul e Ilhas (83%). Olhando às
características das pessoas que mais o defendem, encontram-se linhas bem
marcadas quanto à idade e rendimentos: o fecho é pedido sobretudo por mulheres
(84%), idosos (88%) e pessoas com menor capacidade económica (classe D, 89%).
É um contraste forte com
a opinião dos jovens (até aos 34 anos, o fecho "´só" é pedido por 76%
dos inquiridos) e das pessoas com mais rendimentos (nas classes A e B, 78%
defendem-no). Quanto à orientação política, destacam-se os eleitores da CDU:
96% dizem que as escolas devem continuar fechadas.
Reabrir só depois da
Páscoa
Saber até quando as aulas devem ser virtuais é outra questão. Aqui, a opção que mais respostas recebe (42%) atira a reabertura para depois das férias da Páscoa. O regresso às salas de aula a 5 de abril é pedido sobretudo pelos eleitores da Direita (59% do Chega e 53% do PSD) e por quem vive nas cidades médias ou no interior, já que tem menos apoio nas áreas metropolitanas do Porto (38%) e Lisboa (40%) - não porque queiram um regresso mais cedo, mas porque são quem mais defende o ensino remoto até ao final do ano letivo. Na média nacional, 16% querem aulas online até ao verão. O facto de a grande maioria dos inquiridos querer, pelo menos, mais duas semanas sem aulas presenciais, todavia, não significa que façam uma apreciação positiva das aulas online. Mais de metade dos inquiridos (54%) acredita que o ensino remoto será pouco ou nada rentável.
Atual período de restrições mais difícil de suportar que o do ano passado (56%). Nem os cidadãos (68%) nem o Governo (56%) se prepararam de forma adequada para a terceira vaga da pandemia. O atual confinamento está a ser mais difícil que o de março do ano passado (52%), depois das falhas do Governo (56%) e dos cidadãos (68%) na preparação para a terceira vaga. A solução parece ser, por isso, prolongar as medidas restritivas: 80% dos portugueses quer o país fechado durante mais duas semanas, revela uma sondagem da Aximage para o JN, o DN e a TSF. E cerca de metade (46%) acredita que as restrições se vão manter até à Páscoa.
O número de novos
infetados desce de forma acentuada desde o início de fevereiro. Os
internamentos e as mortes acompanham a tendência, ainda que de forma diferida.
Mas, na memória da maioria das pessoas estará ainda a situação difícil de
janeiro, em que Portugal acusou os piores registos mundiais de covid-19. Também
por isso haverá tantos a concordar com o que o Conselho de Ministros deverá
formalizar hoje: mais duas semanas com comércio, restaurantes e escolas
fechadas, proibição de viagens entre concelhos e recolher obrigatório.
O apoio ao prolongamento do confinamento por 15 dias é generalizado (80%) e é quase unânime entre os cidadãos mais velhos (88%) e os mais pobres (90%). Há também uma grande maioria que acredita num período de restrições ainda maior: 46% acham que vai durar até à Páscoa (opinião maioritária em todos os segmentos da amostra e em particular entre as mulheres); 10% até maio (sobretudo os mais jovens); 14% até ao verão (os habitantes da região Sul são os mais pessimistas). Feitas as contas, 70% antecipam que o confinamento que hoje vai ser decidido não será o último.
Com
custos 40% mais baixos do que a TAP, SATA aplica cortes salariais de 10%. Plano
prevê saída de 150 trabalhadores. O plano de reestruturação da SATA seguiu esta
semana, quinta-feira, para Bruxelas, levando na bagagem propostas menos
agressivas do que as previstas no plano da TAP e a perspetiva de um regresso
aos lucros já em 2023. Se tudo correr como prevê Luís Rodrigues, o presidente
da transportadora açoriana, a SATA vai conseguir tornar-se sustentável dentro
de três anos, revertendo um ciclo de prejuízos que começou em 2013. O plano
prevê cortes de 10% na remuneração mensal bruta e a saída de mais de 100
trabalhadores. Estão fechados os acordos com todos os sindicatos e não haverá
despedimentos. As saídas serão feitas através de reformas e pré-reformas.
A SATA recebeu em agosto €133 milhões de auxílios do Estado, ao abrigo do artigo de resgate e restruturação, montante que permitirá à companhia viver mais uns meses sem asfixia financeira. Adicionalmente, o Governo Regional pediu, e teve autorização de Bruxelas, para receber mais €18 milhões extra, ao abrigo de medidas para minimizar o impacto da pandemia.
Com a procura deprimida e a generalidade dos países confinados, a TAP teve um janeiro com a atividade muito reduzida. O número de voos caiu 72% face ao mês homólogo de 2019. A TAP reduziu, em janeiro deste ano, o número de voos em 72% e a capacidade em 70% em relação ao mesmo mês de 2020, devido às medidas restritivas decretadas por todo o mundo para controlar a pandemia.
Na sua ‘newsletter’ interna, a que a Lusa teve acesso, a companhia aérea adiantou que “em janeiro manteve-se a tendência decrescente a que se assistiu em novembro e dezembro, no que respeita a número de voos e capacidade (ASK – Available seat kilometer), comparando com o período pré-pandemia”, acrescentando que “reduziu em 72% o número de voos e em 70% a capacidade face a janeiro de 2020”. A companhia nota que esta “tendência decrescente é também visível na evolução do número de voos, ao longo dos últimos meses, após a ligeira recuperação que se verificou no verão”, adiantando que “a taxa de ocupação média global da TAP, quando ponderada com o volume de voos realizados em cada mês, entre setembro e novembro de 2020, é de 50%, vinte e nove pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019”.
“Esta tendência resulta do agravamento que temos vindo a assistir das medidas restritivas, em todas as regiões do mundo, na sequência da 2.ª e 3.ª vagas, bem como da identificação da nova estirpe do novo coronavírus”, segundo a transportadora.
Mais de três quartos dos
portugueses afirmam-se pessimistas quanto à evolução económica, pelo que
grandes decisões como mudar de emprego, casar, ter filhos, comprar casa ou
carro estão fora dos seus planos para 2021, revela hoje um estudo. Elaborado
pelo Instituto Superior de Administração e Gestão (ISAG – European Business
School) e pelo Centro de Investigação de Ciências Empresariais e de Turismo da
Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC), o estudo ‘Lifestyle e decisões
de investimento das famílias portuguesas em 2021’ procurou “compreender quais
as principais expectativas das famílias portuguesas para 2021, no adverso
contexto trazido pela covid-19” e demonstrou ainda que “o desconforto financeiro
foi agravado pela pandemia”.
Com 76,2% dos inquiridos
a admitirem estar pessimistas ou muito pessimistas acerca da evolução da
economia portuguesa, o trabalho mostrou que “este será um ano de estagnação no
que diz respeito às grandes mudanças de vida e investimentos”.
“Desde logo, uma mudança de emprego estará fora dos planos para 77,9% dos inquiridos e 84,7% indicaram mesmo que não estavam à procura de novo trabalho. Nas decisões familiares, casar não será opção para a maioria e ter filhos não acontecerá, em 2021, para 94,1% dos inquiridos que já os têm e para 89,8% dos que não têm filhos”, conclui. Valores semelhantes foram encontrados relativamente às decisões de investimento, como comprar casa ou carro: 82,8% dos inquiridos que não têm habitação permanente não procurarão comprá-la em 2021 e, entre os que já a têm, 91% não irão fazer nova compra, enquanto no que se refere ao automóvel, 85% revelaram não pretender fazer uma primeira compra em 2021 e 94,2% dos que já têm veículo próprio afirmaram não querer voltar a investir.
Apesar de a task-force se mostrar satisfeita com a evolução do processo de vacinação contra a Covid-19, o mesmo não se pode dizer dos portugueses, de acordo com o mais recente barómetro CM/Intercampus. Os últimos dados revelam que 21,5% dos inquiridos consideram que a vacinação está a correr mal e 14% acham que está a correr muito mal, com apenas 19,7% a referir que está a correr de forma positiva.
No limbo estão 33,5% que dizem que decorre «mais ou menos», não manifestando também muita confiança nesta matéria. Quando questionados sobre quem terá culpa no mau funcionamento do plano, a grande maioria, cerca de 35%, dizem que é a equipa que comanda, no entanto, uma percentagem significativa de 25% considera que «todos» são culpados, não havendo por isso ninguém em concreto para assumir responsabilidades. Já no que diz respeito às causas para que o ritmo do processo seja tão lento, 21,2% apontam razões políticas e 15% dos inquiridos considera que se trata de falta de vacinas, que contribuem para que o plano não evolua de forma mais rápida. Dos 21% que falam em motivos políticos, 11% culpam concretamente a ministra da saúde, Marta Temido e 10,2% o primeiro-ministro, António Costa.
O coordenador da task-force de vacinação, Almirante Gouveia e Melo, disse na segunda-feira que a redução da entrega de vacinas no primeiro trimestre continua a confirmar-se, apesar de ser menor, havendo expectativas «muito mais positivas» relativamente aos trimestres seguintes. Assim, confirmando-se estas expectativas é possível que o objetivo de vacinar 70% da população, alcançando a desejada imunidade de grupo, possa acontecer mais cedo do que o previsto, passando para inícios de agosto, em vez de ser só no final do verão, disse o responsável ressalvando que para já «não passam de expectativas».
O especialista anunciou ainda que vai ser possível aumentar a velocidade de vacinação para cerca de 100 mil vacinas por dia, «o que fará com que se tenha que pensar em modelos alternativos aos centros de saúde, para que o processo decorra sem problemas». Gouveia e Melo disse ainda que chegaram cerca de um milhão de vacinas a Portugal, das quais mais de 680 mil já foram aplicadas no continente, 29 mil nos Açores e na Madeira. Para além destas, chegaram hoje mais 230 mil, que serão aplicadas esta semana. «Isto mostra uma execução muito elevada no processo de vacinação», sublinha.
«Neste momento, sem
contar com as vacinas que vão ser aplicadas esta semana, já temos sete
habitantes em cada 100 com pelo menos uma inoculação, 4,5% da população com a
primeira dose e 2,7% da população com a segunda dose», adiantou ainda o
responsável (Executive Digest)
Um estudo elaborado por investigadores do ISAG-European Business School e do Centro de Investigação de Ciências Empresariais e de Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC) mostra que 82,8% dos portugueses inquiridos que não têm habitação permanente não procurará comprá-la em 2021. Entre os que já a têm, 91% não tenciona fazer nova compra
O cenário é semelhante quanto ao possível investimento num carro: 85% não pretende fazer uma primeira compra em 2021 e 94,2% dos que já têm veículo próprio não quer voltar a investir este ano. Ainda assim, há algumas diferenças a apontar entre gerações. Os Baby Boomers (dos 61 aos 78 anos) estão disponíveis para gastar mais dinheiro tanto em investimentos financeiros (numa média superior a 61 mil euros) como na compra de carro (mais de 39 mil euros). No que à casa diz respeito, a Geração X (dos 40 aos 60 anos) destaca-se como aquela que pretende gastar mais, com um investimento médio de mais de 482 mil euros. No geral, o estudo “Lifestyle e decisões de investimento das famílias portuguesas em 2021” mostra que a pandemia veio abrandar ou mesmo travar as decisões e grandes investimentos dos portugueses para este ano.
19,6% dos inquiridos admite que a sua situação financeira é desconfortável ou muito desconfortável, o que compara com os 7,3% que dizia o mesmo antes da pandemia. Verifica-se também uma quebra de 66,6% para 52% no número de inquiridos que se dizem confortáveis ou muito confortáveis. Além da questão financeira, surgem ainda preocupações com a crise sanitária. Para mais de 85% dos inquiridos, a Covid-19 é vista como uma doença perigosa e com graves consequências para a saúde (Executive Digest, texto da jornalista Filipa Almeida)
Além de uma maioria que acreditar que Marcelo devia ser mais exigente com Costa, 65,5% dos portugueses acha que o Presidente da República baixou os níveis de exigência semanas antes das eleições presidenciais. Uma sondagem da Intercampus revela que 80% dos inquiridos acreditam que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa deve ser mais exigente com o primeiro-ministro, António Costa. A sondagem realizada, para o “Jornal de Negócios” e “Correio da Manhã“, revela que 16,4% defendem que Marcelo não deve ser mais exigente com António Costa. O mesmo estudo indica que 65,5%, os inquiridos dizem que o Presidente da República baixou os níveis de exigência semanas antes das eleições presidenciais. Apenas 25,8% dos portugueses entrevistados pela Intercampus dizem que Marcelo foi mais exigente com o Governo antes das presidenciais.
Além de as relações entre
Presidente da República e primeiro-ministro, a sondagem também avaliou os
resultados de André Ventura nas presidenciais. Concluiu-se que 42,5% das
pessoas inquiridas sublinharam que o resultado do líder do Chega – 11,9%, uma
percentagem próxima da ex-eurodeputada Ana Gomes – se deveu ao facto de “muita
gente” concordar com as suas ideias. Por sua vez, 19,4% dos inquiridos dizem
ser “por causa da fraca oposição que o PSD está a fazer” e 13,5% associam o
resultado ao facto de o PS “estar a governar mal” (Jornal Económico, foto do Expresso)
PSD – 17.971 votos, 32,1%
PS (coligação com BE, JPP, NC, PDR) – 23.577 votos,
42,1%
Duas
notas finais:
- sendo
certo que Câmara de Lobos e Calheta estão fora de qualquer cenário de coligação,
teremos PSD-M e CDS-M no terreno, com listas próprias, a brincarem às eleições,
guerreando-se uns aos outros para gáudio
da oposição?
Pelos vistos das duas uma: ou Pedro Calado quer fugir do governo Regional antes que a situação se agrave, ou está rendido a uma patética ambição doentia e corporativista de um pequeno grupo com saudades de mandar na CMF e que a julga uma "coutada". Falta o essencial: saber se é de propósito para fugir ao GRM e arranjar um pretexto para o fazer ou se está a ser obrigado a isso para que o queimem politicamente (LFM)
Eu hoje vou fazer algo que nunca pensei fazer: vou recuar, dar o benefício da dúvida e esperar que Cafofo consiga concretizar tudo o que terá sido delineado no processo negocial com vista à revisão da Lei de Finanças Regionais e outras iniciativas pendentes, incluindo uma revisão constitucional. Se a ideia é fazer uma festança apenas com a LFR, então vou ali e já venho... E não, não achem estranho o que acabo de afirmar! (LFM)
Ontem (22.2.2021) em
Lisboa, na reunião do INFARMED (onde foi destacada a evolução positiva global
na RAM em termos de números de casos covid19), a DGS retratou a situação nos
concelhos da Madeira (atualizado a 22 de fevereiro):
- Funchal está em risco
muito elevado com 561 casos/100.000 habitantes
- Calheta está em risco moderado com 64 casos/100.000
habitantes
- Câmara de Lobos está em
risco muito elevado com 947 casos/100.000 habitante
- Machico está em risco
elevado com 415 casos/100.000 habitantes
- Ponta do Sol está em
risco muito elevado com 791 casos/100.000 habitantes
- Porto Moniz está em
risco moderado com 128 casos/100.000 habitantes
- Ribeira Brava está em
risco elevado com 346 casos/100.000 habitantes
- Porto Santo está em
risco moderado com 77 casos/100.000 habitantes
- Santa Cruz está em
risco elevado com 426 casos/100.000 habitantes
- São Vicente está em
risco moderado com 39 casos/100.000 habitantes
- Santana está em risco
moderado com 119 casos/100.000 habitantes
No caso dos Açores
seleccionei três exemplos:
- Angra do Heroísmo está
em risco moderado com 12 casos/100.000 habitantes
- Horta está em risco
moderado com 21 casos/100.000 habitantes
- Ponta Delgada está em
risco moderado com 28 casos/100.000 habitantes
Quanto à situação
nalgumas das principais cidades continentais:
- Lisboa está em risco muito elevado com 721
casos/100.000 habitantes
- Porto está em risco
elevado com 261 casos/100.000 habitantes
- Coimbra está em risco
muito elevado com 841 casos/100.000 habitantes
- Braga está em risco
elevado com 282 casos/100.000 habitantes
- Leiria está em risco
elevado com 293 casos/100.000 habitantes
- Évora está em risco
moderado com 202 casos/100.000 habitantes
- Setúbal está em risco
extremamente elevado com 1073 casos/100.000 habitantes
- Faro está em risco
elevado com 408 casos/100.000 habitantes
- Vila Real está em risco
elevado com 276 casos/100.000 habitantes
Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, apresentou esta segunda-feira na habitual reunião do Infarmed, o estudo sobre as perceções sociais acerca da pandemia da Covid-19 em Portugal, concluindo que os portugueses estão mais cumpridores das regras estabelecidas. Em janeiro deste ano, cerca de 92% dos participantes disseram usar máscara sempre que saem de casa e apenas 1,7% dos inquiridos disseram ter estado com um grupo de 10 ou mais pessoas, um valor que compara com dezembro, quando essa percentagem foi de 20%.
Foi ainda possível observar uma “recuperação” no que diz respeito à confiança da população no sistema de saúde, bem como na adequação das medidas de resposta do Governo. Adicionalmente, verificou-se um “decréscimo muito grande” da perceção de risco de contrair a Covid-19. De acordo com a pesquisa, a 22 janeiro, 73% dos portugueses disse sentir um risco moderado ou elevado; a 19 de fevereiro, esse valor era de 56,5%. Ainda assim, segundo Carla Nunes, a redução tem que ver com o confinamento. Por último, a especialista adiantou que a perceção dos portugueses acerca do seu estado de saúde «tem estabilizado desde meados de dezembro, depois de um aumento constante desde o início da pandemia». Sobre o nível de confiança nas vacinas não foram avançados números, mas a responsável sublinhou que se mantém “muito elevado” (Executive Digest, texto da jornalista Simone Silva)
Um ano de pandemia de covid-19 deixou muitos europeus mais cansados, pessimistas e críticos em relação à forma como os governos estão a lidar com a crise. Segundo um estudo, os europeus estão também mais propensos a acreditar em teorias da conspiração. Um inquérito realizado a quase 8000 pessoas em França, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha, desenvolvido pelo centro francês de investigação política Cevipof, mostrou níveis generalizados de crença em teorias de conspiração relacionadas com a covid-19 e vacinas nos quatro países.
Mais de 36% dos inquiridos em França, 32% em Itália e Alemanha, e 31% na Grã-Bretanha concordaram que os Ministérios da Saúde estavam a trabalhar com empresas farmacêuticas para encobrir os riscos das vacinas. Já 42% em França, 41% na Grã-Bretanha, 40% em Itália e 39% na Alemanha sentiam que os governos estavam a explorar a crise para “controlar e monitorizar” os cidadãos.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou hoje para a possibilidade de se desenvolver uma ‘Grande Divergência’ em 2021, depois do ‘Grande Confinamento’ de 2020, inclusive na União Europeia (UE). Num discurso no âmbito da Semana Parlamentar Europeia, coorganizada pelo Parlamento Europeu e pela Assembleia da República, no quadro da dimensão parlamentar da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), Kristalina Georgieva admitiu que a sua “maior preocupação” para 2021 é que “o ‘Grande Confinamento’ de 2020 se tranforme numa ‘Grande Divergência’ em 2021”.
“A divergência é mais profunda no mundo em desenvolvimento, onde metade dos países que normalmente costumavam acelerar os níveis de rendimentos para os níveis dos seus pares mais ricos estão agora a ficar para trás. Mas é um risco também para a UE”, disse a responsável búlgara no discurso realizado a partir de Washington, por videoconferência.
Afinal
o que se tem passado nesses encontros da Quinta Vigia?
Cheira-me
que o propósito é resolver politicamente os casos mais polémicos, Ribeira Brava
(depois do saneamento de Ricardo Nascimento em 2017, injusto e despropositado,
acabou dando uma banhada nas autárquicas de 2017 com uma lista de cidadãos
apoiada pelo CDS-M mas cuja base eleitoral foi essencial e claramente do PSD-M)
um deles, São Vicente logo depois. E outros se seguem, casos da Ponta do Sol e
Porto Santo (deixando de fora os maiores municípios), onde as pespectivas
parecem ser negras, dadas as previsões de repetidas asneiradas políticas. E de
fora deixo Porto Moniz, porque cheira-me também que o PSD-M já decidiu que não
vai querer disputar agora a Câmara Municipal, ficando sentado de sofá à espera
que o socialista Emanuel Câmara seja obrigado a sair daqui a 4 anos por
limitação de mandatos. E nessa altura, depois do desastre eleitoral autárquico
de 2017, provavelmente o PSD-M já deixou de existir no Porto Moniz….
Aliás
esta ideia da desnecessidade de um PSD-M que "desaparece" do mapa
político de freguesias ou concelhos, por opção própria, é outro risco grave que
está a ser implementado pela nomenclatura laranja. Mais 4 anos de oposição nas
autárquicas do costume inevitavelmente pode atirar o PSD-M para uma penosa travessia
do deserto onde a luta pela sua sobrevivência passará a estar em cima da mesa. Não
duvido que os próprios militantes e simpatizantes social-democratas, perante estes
puzzles todos, acabem por concluir que a estratégia de abandono adoptada pelo
partido - que deliberadamente falha naquelas que são as eleições que mais
directamente mobilizam e interessam às bases partidárias e aos eleitores em
geral - transformará o PSD-M numa inutilidade, ainda por cima num tempo que é o
mais grave, como verificaremos com o tempo, da história da Madeira, mais grave
política, social, económica e financeiramente, etc
É
óbvio que não tem havido reuniões preparatórias das autárquicas dando a
palavras às bases do PSD-M em cada freguesia ou concelho, quando são elas que
estão no terreno, que garante a constituição de candidaturas e lutam pelos
votos necessários às vitórias.
Acham
que esses militantes vão andar no terreno, em campanha (se é que ela vai
existir nos moldes tradicionais) a pedir votos a favor de listas ou de
projectos autárquicos que estão contra o PSD-M, que concorreram em 2013 e 2017
(e não vou recordar os motivos que levaram a isso, alguns válidos, outros não)
contra o PSD-M?
E que
dizer do que se vai passar em São Vicente que será mais uma machadada na ética
política e uma sem-vergonhice que eventualmente estará em preparação (falo do
regresso de quem partiu, tudo porque o PSD-M vive de "retribuições"
por favores políticos passados e aceita de forma lamentável ser pulverizado do
mundo autárquico que foi sempre o seu), quiçá mesmo atropelando a própria lei?!
O que
tem havido e tem sido noticiado são encontros para trocas e para resolver
"berbicachos" que foram criados, ou pelo facto do PSD-M continuar
refém de pressões e chantagens, tudo em nome da salvaguarda do poder, ou porque
nem PSD-M nem CDS-M querem "apoquentar" as candidaturas
independentes.
No
caso da Ribeira Brava, surgida depois do comportamento vergonhoso mantido em
2017 com Ricardo Nascimento, claramente saneado por ter sido escolhido em 2013
por João Jardim.
No
caso de São Vicente, um caso bem diferente, porque como é sabido, a candidatura
dos denominados "independentes", em 2013 - que ganharam (repetindo a
façanha em 2017) com os votos do eleitorado social-democrata - aconteceu em
resposta a uma escolha, que na altura me pareceu discutível e pouco discutida,
que o PSD-M tomou neste concelho, apesar de existirem sinais de problemas e de
algumas movimentações de bastidores que foram erradamente desvalorizadas.
Movimentações que pretendiam impor uma determinada candidatura que, ao ser
preterida, acabou por ser incentivada (este processo teve sempre como
pano-de-fundo a disputa pela liderança do PSD-M e pela sucessão de AJJ),
processo que acabou por obrigar à desvinculação de várias pessoas que
corporizaram depois uma candidatura de cidadãos contra um PSD-M que acabou
enxovalhado e derrotado nas urnas.
Eu
continuo a afirmar que o que se passou no processo autárquico de 2013,
associado às regionais de 2011, teve a sua génese em disputas políticas e
pessoais, na área do PSD-M, e não apenas no Funchal, a que se juntou uma
organizada campanha de boicote - claramente perceptível no terreno (e muitos
dos que a prepararam estão vivos e podem confirmá-lo) - antes das regionais de
2011 que realmente marcaram o princípio do fim da liderança de João Jardim no
PSD-M e quanto a mim, aceleraram o processo de substituição e as directas no
final de 2014.
O
desgaste eleitoral do PSD-M era mais do que evidente e basta analisar os
números. A uma queda eleitoral nas regionais de 2011 que colocaram o PSD-M com
apenas 25 dos 47 deputados regionais num parlamento regional com 8 partidos
políticos (algo inédito na política nacional), juntou-se em 2013 a perda de 7
das 11 Câmaras Municipais incluindo a do Funchal, explicada por acontecimentos
políticos vários, que influenciaram negativamente o processo eleitoral, e o
voto dos cidadãos, mas por que o próprio PSD-M se dividiu profundamente neste
processo eleitoral. A própria presença do PSD-M como uma máquina operacional,
oleada, organizada, mobilizada e omnipresente sofreu um rude revés e perdeu
fulgor, sendo esse o momento em que se percebeu que as regionais e 2011 seriam
as piores de todas para João Jardim. Antes dos pouco mais de 34% do PSD-M na
autárquicas de 2013, tivemos um PSD-M abaixo dos 50% nas regionais de 2011 e
com apenas 2 deputados acima da maioria absoluta.
Recordo
os votos do PSD-M:
Regionais de 2007 – 90.339 votos, 64,2%
Autárquicas
de 2009 – 72.188 votos, 51,9%
Regionais
de 2011 – 71.556 votos, 48,6%
Autárquicas
de 2013 – 47.207 votos, 34,8%
Regionais
de 2015 – 56.569 votos, 44,4%
Autárquicas
de 2017 – 46.536 votos, 33,6%
Regionais de 2019 – 56.448 votos, 39.4%
Mas podemos lembrar os eleitos pelo PSD-M:
Assembleia
Legislativa (2007) – 33 deputados
Mandatos
nas Camaras Municipais (2009) – 47 eleitos (345 nas freguesias)
Assembleia
Legislativa (2011) – 25 deputados
Mandatos
nas Camaras Municipais (2013) – 33 eleitos (247 nas freguesias)
Assembleia
Legislativa (2015) – 24 deputados
Mandatos
nas Camaras Municipais (2017) – 26 eleitos (251 nas freguesias)
Assembleia Legislativa (2019) – 21 deputados (perda maioria absoluta)
Portanto, estes encontros na Quinta Vigia, limitados às elites concelhias, pouco ou nada resolvem em termos eleitorais nem garantem que as bases do PSD-M, os seus militantes e simpatizantes, aceitem as "negociatas" feitas no Funchal para agradar gregos-e-troianos. Sobre este tema publicarei um dia destes, muito brevemente, o “Bloco de algumas das minhas notas tontas sobre o processo autárquico-2021 na RAM” (LFM)
A União Europeia (UE) atingiu em novembro um novo recorde de excesso de mortalidade mensal devido à pandemia da covid-19: 40,5% de mortes adicionais face à média mensal entre 2016 e 2019, segundo o Eurostat. Estes dados constam da edição de fevereiro do painel de estatística com indicadores mensais e trimestrais de várias áreas estatísticas relevantes para acompanhar a recuperação económica e social da pandemia da covid-19 na UE. Em novembro, o excesso de mortalidade mensal chegou aos 40,5% na média da UE, batendo o anterior recorde de 25,1% registado em abril de 2020. Segundo o gabinete estatístico europeu, o indicador de mortalidade excessiva é calculado como a diferença relativa (expressa em percentagem) do número de mortes mensais em relação à sua média para o mesmo mês durante o período 2016-2019. Em Portugal, novembro foi também o mês com maior taxa de mortes adicionais (25,9%), depois de julho (25,3%) e abril (15,6%).