sábado, dezembro 30, 2023

Sondagem: Avaliação aos oito anos de Governo de Costa é positiva

António Costa chega ao fim do seu tempo como primeiro-ministro com saldo positivo entre os portugueses. De acordo com uma sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF, são mais os que dão boa nota (41%) aos seus oito anos de Governo, do que os que fazem uma avaliação negativa (36%). São também em maior número (39%) os que acreditam que o seu desempenho terá um efeito positivo nos resultados do PS, mesmo que a maioria (48%) entenda que não deve participar na campanha.

O país foi abalado por uma inédita crise política a 7 de novembro. Na sequência de uma investigação do Ministério Público, o primeiro-ministro apresentou a sua demissão, prontamente aceite pelo Presidente da República, que haveria de optar, poucos dias depois, pela dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições antecipadas para 10 de março. Tudo apontava, então, para o fim da longa carreira política de António Costa. Uma morte que talvez tenha sido prematuramente anunciada. De então para cá, o ainda primeiro-ministro desdobrou-se em entrevistas, proclamações oficiais e intervenções avulsas. E parece ter virado a maré a seu favor.

Sem unanimidade

Da última vez que o barómetro da Aximage para o DN, JN e TSF mediu o desempenho do então primeiro-ministro, em outubro passado, o saldo era de 22 pontos negativos (mais avaliações negativas do que positivas). António Costa esteve no vermelho desde julho de 2022 (escassos seis meses depois de ter conseguido uma maioria absoluta nas urnas) e a avaliação agravou-se ao longo do último ano. Mas, quando se pergunta, agora, que balanço fazem, já não dos últimos 30 dias, mas do conjunto dos oito anos de Governo, o saldo é positivo.

Sondagem: Marcelo negativo pela primeira vez

Adivinhava-se que poderia acontecer e o barómetro de dezembro da Aximage para o JN, DN e TSF confirma: Marcelo Rebelo de Sousa regista, pela primeira vez, um saldo negativo na avaliação dos portugueses (mais notas negativas do que positivas). O único segmento da amostra em que o presidente se mantém acima da linha de água é entre os eleitores do PSD. Depois de um pico de popularidade, em julho passado, na sequência do conflito com António Costa e do “deplorável” episódio que envolveu João Galamba, o presidente começou a acusar o desgaste. Perdeu fôlego na avaliação de outubro e, em novembro, depois de decidir dissolver a Assembleia da República e antecipar as eleições, só conseguiu quatro pontos de saldo positivo. Em dezembro, com o caso das gémeas brasileiras a marcar a agenda mediática, passa para um saldo negativo de 17 pontos. Quando se analisam os segmentos geográficos, Marcelo está no vermelho em todas as regiões: o Centro continua a ser o terreno mais favorável (saldo negativo de dois pontos) e o Porto o mais cáustico (saldo negativo de 34 pontos). A tendência para uma menor tolerância entre os homens volta a confirmar-se (saldo negativo de 26 pontos), mas a novidade deste barómetro é que também as mulheres fazem agora uma avaliação negativa do presidente da República (saldo negativo de 10 pontos). Se se tiver em conta as preferências partidárias dos eleitores, Marcelo só se mantém à tona entre os sociais-democratas (embora com uma erosão significativa, de 37 para 7 pontos de saldo positivo). Os eleitores socialistas, que foram o principal pilar da popularidade do presidente, abandonaram-no definitivamente (de 46 pontos de saldo positivo em outubro, para 20 pontos de saldo negativo em dezembro).

Números

59%

Os liberais são os que dão mais negativas ao presidente (59%). A maior percentagem de positivas (42%) surge no PSD (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

Sondagem: Benfica ainda é o favorito para vencer a liga, mas cada vez menos

Inquiridos pela Intercampus acreditam que as águias ainda reúnem mais condições para ganhar a liga, mas são cada vez mais os que que colocam o favoritismo do lado dos leões. O Benfica continua a ser visto como o favorito para levantar o troféu de campeão nacional no final desta época, mas o Sporting aproxima-se cada vez mais. Cerca de um terço (32,9%) dos inquiridos do barómetro da Intercampus para o Negócios, o Correio da Manhã e a CMTV responderam em dezembro que as águias têm "mais hipóteses de ganhar" a Liga Portugal, por comparação com os 29,3% do Sporting (uma diferença de apenas 3,6 pontos percentuais), os 17,2% do FC Porto e os 0,8% do Braga.

Neste momento, com 14 jornadas completas, o Sporting lidera o campeonato com mais um ponto do que o Benfica, três do que o FC Porto e cinco do que o Braga. A diferença face a novembro é notória - nesse mês, o Benfica reunia favoritismo entre 38,4% dos inquiridos contra 21,3% do Sporting - e ainda mais relativamente a outubro, quando os leões tinham apenas 16,6% contra 47% dos encarnados. Já o FC Porto teve uma ligeira descida face aos 18,4% de novembro e os 19% de outubro.  Um total de 19,8% dos inquiridos não responderam a esta pergunta.

Sondagem: Cerca de 40% dos portugueses ainda não sabem em quem votar

A primeira sondagem com Pedro Nuno à frente do PS dá uma vitória ao seu partido, mas com um bloco da direita superior à esquerda, retirado o PAN da equação porque pode fazer acordos dos dois lados. A primeira sondagem feita após Pedro Nuno Santos ser eleito secretário-geral do PS — da Intercampus para o Jornal de Negócios/Correio da Manhã/CMTV — revela que cerca de 36% dos inquiridos ainda não sabem em quem votar nas eleições antecipadas de 10 de Março.

Entre os 611 portugueses questionados, 18,3% ainda não sabem sequer se votarão — mas destes, 20% sabem quem escolheriam caso votassem — e 18% dizem que fá-lo-ão, mas que ainda não decidiram em quem. Ainda, 4% dos inquiridos já decidiram o seu voto, mas não quiserem revelá-lo à empresa de sondagens. O elevado número de indecisos face às próximas eleições legislativas tem sido evidenciado em vários estudos de opinião desde que foi anunciada a demissão do Governo e a dissolução do Parlamento.

A sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO/RTP, feita entre os dias 15 e 24 de Novembro, também evidenciava a expressão dos indecisos: 22% — o maior grupo —, face a 20% das intenções directas de voto para o PS e o mesmo valor para o PSD. Outra sondagem, realizada entre 18 e 27 de Novembro pelo ICS-ISCTE para o Expresso/SIC, revelava haver tantos indecisos (17%) como eleitores do PSD (18%) e do PS (22%).

PS à frente, direita com mais deputados

O inquérito da Intercampus para o Jornal de Negócios/Correio da Manhã/CMTV — que foi realizado entre 18 e 21 de Dezembro, pelo que a Aliança Democrática, entre PSD e CDS, ainda não era uma opção — coloca a CDU com apenas 2,3%, logo abaixo do Livre (2,9%) e do PAN (3%); em último lugar fica o CDS (que não irá a eleições sozinho), com 1,6%.

Somando as intenções de voto dos decididos e do mais provável voto dos indecisos, o PS lidera a sondagem com 25,4%, seguido do PSD com 22,5% (se se somar o resultado do CDS ascende ao 24,1%). Em terceiro lugar segue o Chega, com 11,6% das intenções de voto, e em quarto lugar o Bloco de Esquerda, com 8,8%. Em quinto lugar está a IL, que reúne 6,6% das intenções de voto dos portugueses.

Somados os blocos de direita e de esquerda, conclui-se que o primeiro reúne 42,3% dos votos e o segundo 39,4% — excluindo o PAN da equação, que tanto pode fazer acordos à esquerda como à direita, como fez na Madeira, pelo que existem 3% dos votos eventualmente disponíveis para qualquer futura maioria no Parlamento. Note-se, porém, que o PSD recusa qualquer possibilidade de acordos com o Chega, pelo que, despida do seu apoio, a direita fica com 30,7% dos votos, muito atrás da esquerda toda junta.

Por fim, a sondagem aponta que o Chega é o partido que colhe mais rejeição pelos portugueses — com mais de metade dos inquiridos a escolhê-lo como aquele em que jamais votaria. Segue-se o PS, com 17,5%, e a CDU, com 17,3%. O trabalho de campo deste barómetro da Intercampus decorreu entre 18 e 21 deste mês, com 611 entrevistas através de telefone fixo. O erro máximo da amostragem para um intervalo de confiança de 95% é de 4%. A taxa de resposta foi de 62,3% (Publico, texto do jornalista Henrique Pinto de Mesquita)

Sondagem: "Não’ a maiorias absolutas mas a haver, o PS é o preferido

Já diz o povo que ‘gato escaldado de água fria tem medo’ e isso parece ser o sentimento dos portugueses sobre uma nova maioria absoluta. Mais de metade dos portugueses rejeitam uma nova maioria parlamentar de um só partido, segundo o barómetro deste mês da Intercampus para o CM/CMTV e ‘Negócios’. São mais de 61% os que não querem repetir a arquitetura atual do Parlamento, seja de direita, seja de esquerda (Correio da Manhã)

Sondagem: Maioria dos eleitores não emprestava dinheiro a Pedro Nuno nem a Montenegro

Socialista é o preferido para primeiro-ministro, mas último para um empréstimo. Líder do PSD é o mais honesto e trabalhador. A conclusão simples desta sondagem é que Pedro Nuno Santos é o preferido para primeiro-ministro, em relação a Luís Montenegro, por curta margem. Mas a questão é mais complexa: a maioria demonstra que não confia nem num nem noutro. Mais de metade dos inquiridos do estudo da Intercampus para o CM/CMTV e ‘Jornal de Negócios’ assumem que não pediriam a nenhum dos dois um conselho financeiro  (Correio da Manhã)

Sondagem: ‘Não’ a maiorias absolutas mas a haver, o PS é o preferido


Já diz o povo que ‘gato escaldado de água fria tem medo’ e isso parece ser o sentimento dos portugueses sobre uma nova maioria absoluta. Mais de metade dos portugueses rejeitam uma nova maioria parlamentar de um só partido, segundo o barómetro deste mês da Intercampus para o CM/CMTV e ‘Negócios’. São mais de 61% os que não querem repetir a arquitetura atual do Parlamento, seja de direita, seja de esquerda (Correio da Manhã)

Sondagem: PS cresce e vence coligação do PSD e CDS nas legislativas

Se dúvidas houvesse, as próximas eleições vão ser uma verdadeira dor de cabeça matemática para os partidos. Comecemos pela primeira conclusão da sondagem deste mês da Intercampus para o CM/CMTV e ‘Jornal de Negócios’: nem a soma das intenções de voto no PSD e CDS chega para tirar a vitória ao Partido Socialista (Correio da Manhã)

Sondagem: Eleitores sem confiança em Pedro Nuno e Montenegro

A conclusão simples desta sondagem é que Pedro Nuno Santos é o preferido para primeiro-ministro, em relação a Luís Montenegro, por curta margem. Mas a questão é mais complexa: a maioria demonstra que não confia nem num nem noutro. Mais de metade dos inquiridos do estudo da Intercampus para o CM/CMTV e ‘Jornal de Negócios’ assumem que não pediriam a nenhum dos dois um conselho financeiro (Correio da Manhã)

Oitante distribuiu 31,8 milhões de euros ao Fundo de Resolução

Esta foi a segunda distribuição ocorrida este ano, depois do pagamento de um dividendo de 32 milhões de euros também em 2023. O Banco de Portugal informou em comunicado que a Oitante, cujo Fundo de Resolução é acionista único, efetuou uma distribuição de reservas no montante de 31,8 milhões de euros, sendo que esta foi a segunda distribuição ocorrida este ano, depois do pagamento de um dividendo de 32 milhões de euros também em 2023. “Em termos agregados, a Oitante já distribuiu ao Fundo de Resolução o montante de 78,8 milhões de euros, dos quais 63,8 milhões de euros foram entregues em 2023. Os valores obtidos e a obter pelo Fundo de Resolução em resultado da sua participação de 100% no capital da Oitante contribuirão para a redução dos prejuízos de 489 milhões de euros que este Fundo suportou na resolução do BANIF e serão utilizados no reembolso da dívida do Fundo de Resolução, nomeadamente perante o Estado”, informou o Banco de Portugal esta quinta-feira. Sobre a mesma operação, a Oitante salientou em comunicado que esta “representa o alcançar de mais um objetivo resultado da estratégia implementada pela Sociedade. Recorda-se que a Oitante concluiu com sucesso o pagamento da totalidade do seu empréstimo obrigacionista de 746 milhões de euros, a 30 de junho de 2022, antecipando dessa forma em 3 anos o vencimento do empréstimo obrigacionista previsto para dezembro de 2025, com claros ganhos e poupanças para o acionista” (Jornal Económico)

Taxas aeroportuárias podem subir em 2024

As taxas aeroportuárias em Lisboa poderão subir 12,4%. O regulador da aviação civil aprovou a proposta da ANA Aeroportos, mas não na totalidade. A concessionária tinha proposto um aumento de mais de 16%, mas a ANAC deixou em suspenso o aumento relativo a três taxas específicas e pediu mais informações à ANA Aeroportos. A subida foi criticada pelas companhias aéreas. Esta não é ainda a decisão final, e a ANA Aeroportos tem 15 dias para justificar as propostas.

Tudo serve para fazer me***: PPM contesta no TC nome da coligação PSD-CDS

O Partido Popular Monárquico vai reclamar junto do Tribunal Constitucional a designação AD, escolhida pela coligação PSD-CDS. O presidente do PPM diz que a designação "é uma sigla de três partidos". Gonçalo da Câmara Pereira acrescenta que o PPM também foi convidado a integrar a nova aliança, mas recusou, por considerar que o convite "foi estranho".

Provas de aferição mostraram um colapso na aprendizagem em Portugal

Os resultados das provas feitas em maio e junho e só agora divulgadas dão resultados negativos na maioria das disciplinas e níveis avaliados. As únicas notas positivas registaram-se em Educação Artística e Educação Física.

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Resultados são "desastrosos"

Professores falam em "descalabro" e dizem que os fracos resultados não se podem atribuir à pandemia ou à instabilidade nas escolas. Diretores escolares lamentam a demora na divulgação, importante para preparar estratégias pedagógicas. Há conteúdos com menos de 3% de positivas. Foi nos meses de maio e junho do ano letivo 2022-2023 que os alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos fizeram provas de aferição, pela primeira vez em formato digital. As notas, a que o DN teve acesso, chegaram às escolas no passado dia 15. Timing criticado pelos diretores escolares que foram agora confrontados com resultados, numa primeira análise, considerados "desastrosos".

"As provas são importantes para aferir as aprendizagens e fazer reajustes dos planos para os alunos. Entendo o atraso por ter havido greves à correção, mas o ideal era as escolas terem começado a trabalhar os resultados, pelo menos, em setembro. Com certeza teríamos apontado estratégias desde essa altura", sublinha Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Espanha, Comunidades Autónomas e competividade

fonte: El Economista

Espanha, Comunidades Autónomas e seu financiamento

fonte: El Economista

Espanha, Comunidades Autónomas e hotelaria

fonte: El Economista

Açores pré-eleitoral....

fonte: Sol

quarta-feira, dezembro 27, 2023

Maior visibilidade pública e reforço da resposta à evolução digital são desafios da Comissão Nacional de Eleições

Conclusões constam do “Estudo de Identificação e formulação de estratégias para resposta aos desafios atuais e futuros da CNE – Comissão Nacional de Eleições”, apresentado esta terça-feira na Assembleia da República. Uma maior visibilidade pública e o reforço na resposta à evolução digital estão entre os principais desafios da Comissão Nacional de Eleições (CNE), identificou o Centro de Estudos de Gestão (CEGE) do ISEG num estudo recente. Numa nota emitida a propósito da apresentação pública do documento, é destacado que existe “uma perceção maioritariamente positiva da CNE”. Contudo, o “Estudo de Identificação e formulação de estratégias para resposta aos desafios atuais e futuros da CNE – Comissão Nacional de Eleições” alerta para a “necessidade de reforçar a notoriedade e imagem da Comissão como garantia histórica da fiabilidade e confiabilidade dos atos eleitorais, bem como para aumentar o conhecimento público acerca das suas atribuições e responsabilidades”.

Em percentagens, 68% dos inquiridos admitem conhecer bem ou muito bem a atividade desenvolvida pela CNE e 72% dos inquiridos concordam que a CNE transmite confiança à sociedade. Sobre o conhecimento público das competências da CNE, metade respondeu afirmativamente.

Polémica idiota: “Para o sistema de pensões da Segurança Social não ser deficitário, os reformados têm de ganhar menos”

João Pratas, presidente da associação que representa as gestoras de fundos considera que a correção do desequilíbrio no sistema de pensões da Segurança Social implica que as reformas venham a sofrer um corte. “Não faz sentido este regime ser sustentado em impostos”, defende.

“Para não ser deficitário, os reformados têm de ganhar menos. Isto é uma coisa que nenhum político vai dizer”, afirma o responsável pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP). E alerta para a necessidade de não sobrecarregar as gerações futuras.

“Desde que alguém diga: ‘eu acho que as gerações mais novas devem continuar a pagar impostos para suportar um desequilíbrio em que as gerações mais velhas beneficiam’, é um problema de opinião. Eu não concordo”, diz.

Para João Pratas, os portugueses não têm consciência de que podem perder até 40% do rendimento na reforma com as regras atuais e apela a que sejam repostos os incentivos fiscais para este tipo de produtos.

Os planos de poupança reforma (PPR) sob a forma de fundos voltaram a perder dinheiro este ano. Já saíram 103 milhões de euros destes fundos desde o início do ano, em parte para saldar o empréstimo com a casa, tirando partido da possibilidade aberta pelo Governo. João Pratas assinala que esta almofada financeira existe porque no passado os PPR tinham um benefício nos impostos.

Os dados da CMVM mostram que o montante sob gestão dos PPR encolheu 16%. Este ano, os portugueses estão a recorrer aos PPR para abater ao crédito da casa, aproveitando que o Governo suspendeu a penalização por resgate antecipado. Quanto é que já foi levantado este ano nos fundos?

Há uma parte grande dos PPR que nós não representamos, que são os seguros. Nos fundos de investimento vê-se algum efeito da lei favorável ao resgate, embora tenhamos que fazer a soma no final, porque muitas pessoas resgatam o PPR e depois fazem um novo, eventualmente sem benefício fiscal, ficando com o PPR liberto. Até outubro estávamos com subscrições líquidas negativas de 103 milhões em 2023, de um volume total de 3.569 milhões.

Opinião alheia: "Coligações e cálculos eleitorais"

Uma coligação entre PSD e CDS pode resultar numa situação curiosa. E deixar mais um dilema ao Presidente

1.NÃO ACONTECEU, MAS IA ACONTECENDO E PODE ACONTECER

Tem havido alguma discussão no PSD sobre se deve concorrer às legislativas em coligação com outros partidos ou não. Como a Iniciativa Liberal já se pôs de fora, neste momento, a questão resume-se a saber se o PSD (eventualmente, com mais algum partido irrelevante como o PPM ou o MPT) vai coligado com o CDS ou não. Do lado do CDS, é óbvio o interesse: conseguirem voltar a existir, com a vantagem de nem sequer terem de convencer algum eleitor — o que seria uma tarefa árdua.

Para o PSD, as contas são simples: o seu eleitorado está tão habituado a coligações com o CDS que, de certeza, nenhum eleitor social-democrata deixará de votar numa coligação que os inclua. Um pouco como os Verdes e o PCP. Adicionar à votação do PSD um ponto percentual de votos no CDS pode dar-lhe mais um ou outro deputado e, com as vicissitudes do método de Hondt, poderá ainda buscar mais um ou outro, contribuindo para que elejam mais deputados do que o PS

Mas a coligação pode gerar uma situação curiosa. Suponha que a coligação PSD/CDS consegue ter mais três deputados do que o PS e que o CDS fica com quatro lugares para si. Isso quer dizer que a maior bancada do Parlamento é a do Partido Socialista, ficando o Partido Social-Democrata em segundo.

Se pensa que este cenário é implausível, está enganado. Da última vez que PSD e CDS concorreram coligados, em 2015, sob a sigla PàF, tiveram 38,5% dos votos e elegeram 107 deputados; o PS teve 32,3% e elegeu 86; dos 107 deputados da PàF, 18 eram do CDS, ou seja, o PSD ficou com 89, apenas mais três do que o PS. A possibilidade que descrevo no parágrafo anterior esteve à beira de acontecer.

Eleições nacionais. Estudo do ISEG propõe voto eletrónico

A adoção do voto eletrónico faz já parte de um estudo apresentado pela comissão nacional de eleições. Mas a queda do Governo adiou o debate. Nas eleições de março mantém-se em vigor as regras que levaram por exemplo à anulação da maior parte dos votos dos emigrantes.

Novas regras na UE exigem orçamentos equilibrados no longo prazo

Actual trajectória da dívida de Portugal está em linha com o que pedem as novas regras orçamentais da União Europeia, mas para assegurar a sua sustentabilidade será preciso manter o esforço. Mais adaptadas a cada país e concentradas em garantir a sustentabilidade da dívida pública, as novas regras orçamentais acordadas pelos governos da União Europeia (UE) não forçam, no imediato, a uma mudança dos planos para o défice e para a dívida delineados pelo Governo português. Mas exigem, ainda assim, a prazo, a continuação por vários anos de saldos orçamentais equilibrados que mantenham a dívida numa trajectória descendente.

O entendimento atingido esta quinta-feira pelos ministros das Finanças faz com que, possivelmente a partir de 2025, Portugal, pelo facto de ter uma dívida pública acima do limite de 60% do PIB, seja convidado pela Comissão a apresentar um plano orçamental que, a quatro ou sete anos, coloque os indicadores orçamentais na trajectória necessária para assegurar a sustentabilidade da dívida, tendo como mínimo exigido uma redução do rácio da dívida de um ponto percentual ao ano.

O ritmo elevado a que o peso da dívida pública no PIB tem caído em Portugal e os planos para este indicador delineados no último Programa de Estabilidade serão, com toda a probabilidade, suficientes para cumprir com aquilo que é exigido nas novas regras, tal como já acontece com as mais exigentes regras actuais. Mas o foco que passará a ser dado à sustentabilidade da dívida terá, para um país ainda com uma dívida elevada, as suas exigências.

Justiça: O mistério do processo que investiga campanha de Passos Coelho

O Ministério Público averigua tudo ou vai deixando alguma coisa para trás? O processo 1441/17 investiga uma suspeita: a campanha eleitoral do PSD em 2015 terá sido financiada com "luvas" pagas pela construtora brasileira Odebrecht como contrapartida da construção da barragem do Baixo Sabor. Mas a investigação não anda nem desanda - apesar das informações vindas das autoridades judiciais brasileiras. A procuradora-geral da República esclareceu em recente visita à sede da Polícia Judiciária que o Ministério Público não guarda denúncias na gaveta. "Investiga, perante a notícia da prática de factos, aquilo que deve investigar", disse Lucília Gago. Mas há investigações mais ou menos demoradas - e outras que se parecem arrastar no esquecimento, protegidas do escrutínio e da curiosidade, até que o carimbo do arquivamento lhes ponha um fim.

O processo 1441/17 é um dos casos que não anda nem desanda. Investiga o negócio da construção da barragem da EDP no Baixo Sabor, em Torre de Moncorvo, por um consórcio constituído pela brasileira Odebrecht e o grupo português Lena - e abarca um rol de crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento de capitais, recebimento indevido de vantagens e fraude fiscal. Jaz misteriosamente adormecido, vai para sete anos, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), o órgão do Ministério Púbico contra a criminalidade mais grave e complexa, sem que ainda se conheçam arguidos.

O Ministério Público suspeita que a Odebrecht terá distribuído em Portugal "luvas" no valor de 4,7 milhões de euros como contrapartida pela adjudicação da obra - e que parte desse dinheiro, quase 870 mi euros, terá sido utilizada para financiar em 2015 a campanha eleitoral do PSD, então presidido por Pedro Passos Coelho.

Sondagem. Aliança PSD+CDs+IL à beira da maioria

Na primeira sondagem sobre a intenção de voto dos portugueses nas próximas legislativas depois de conhecido o novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, o PSD mantém-se na frente, mas agora apenas com um ponto de vantagem sobre o partido no poder – a diferença, no último estudo da Consulmark2 para o Nascer do SOL e Euronews, era de quatro pontos (depois de distribuídos de forma meramente aritmética os inquiridos ainda indecisos). Este novo estudo, realizado entre o último domingo (ou seja, no dia seguinte à confirmação da eleição de Pedro Nuno Santos nas eleições diretas do PS) e quarta-feira, continua a apontar para uma clara maioria de direita no próximo hemiciclo e revela que uma coligação alargada do PSD com o CDS e a IL ficaria à beira da maioria absoluta.

Tendo afastado qualquer acordo com o Chega e assumido a estratégia de uma aliança pré-eleitoral com o CDS e independentes (que, nesta sondagem, soma mais votos do que os dois partidos em separado), Luís Montenegro deveria convidar Rui Rocha a propor aos liberais uma revisão da estratégia do partido de ir às urnas com listas próprias no dia 10 de março. Com efeito, se o objetivo de sociais-democratas, centristas e liberais é afastar o PS do poder e criar uma alternativa sólida de governabilidade sem o Chega de André Ventura, só com uma coligação alargada e com listas conjuntas daquelas três forças políticas poderão atingir tais metas.

Europa: alargamento “existencial” vs. reforma adiada

Há uma dezena de países a bater à porta da União Europeia (UE), cujos processos de adesão estão em fases muito distintas. No Conselho Europeu da semana passada, os dirigentes dos 27 Estados-membros acordaram abrir as negociações para a adesão da Ucrânia e da Moldova, concedendo à Geórgia o estatuto de país candidato.

O desejo de adesão deste trio de antigas repúblicas soviéticas foi precipitado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022. O país invadido apresentou o pedido de adesão nesse mesmo mês, enquanto Moldova e Geórgia o fizeram no mês seguinte. Em junho desse ano, foi concedido o estatuto de candidatos à Ucrânia e Moldova, enquanto a Geórgia teve de aguardar até dezembro de 2023. Alguns processos arrastam-se há quase duas décadas. Ou há mais de três, no caso da Turquia, que pediu a adesão à então Comunidade Económica Europeia em 1987, obteve o estatuto de candidato em 1999 e iniciou negociações em 2005. “Na sequência do contínuo retrocesso da Turquia nos domínios da democracia, do Estado de direito e dos direitos fundamentais, as negociações de adesão entre a UE e a Turquia encontram-se num impasse desde junho de 2018”, lê-se no site do Conselho Europeu. “O ataque extraordinário da Rússia exigiu uma resposta forte da UE”, diz Jacob Öberg

Troca de prisioneiros. Venezuela e EUA trocam detidos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a libertação de um prisioneiro colombiano em troca da libertação de dez norte-americanos pelo regime da Venezuela. O acordo entre Washington e Caracas, mediado pelo Catar, implicou um indulto concedido por Joe Biden ao empresário Alex Saab, considerado um aliado próximo do presidente da Venezuela e que é acusado de branqueamento de capitais nos Estados Unidos.

Idade da reforma em Portugal pode chegar aos 67 anos em 2030

A idade da reforma em Portugal deverá aumentar para os 67 anos no final desta década. E, em 2050, pode ultrapassar os 68 anos. Caso se confirme esta previsão da Comissão Europeia, Portugal pode vir a ser um dos oito países com a idade da reforma mais elevada.

Pobreza: um conceito visto à lupa

Como se explica que o Luxemburgo, um pequeno país com um dos maiores PIB per capita do mundo, esteja mais longe de erradicar a pobreza do que a Hungria? Os dados não revelam tudo. É preciso conhecer os conceitos estatísticos que os suportam, defende neste artigo a especialista em estatística e diretora da Pordata Luísa Loura.

Os mais recentes dados sobre a pobreza revelam que o Luxemburgo está mais longe de erradicar a pobreza do que a Hungria. Será que é mesmo assim? Quando se olha para a lista de países da União Europeia e para as suas respetivas taxas de risco de pobreza, ordenadas por ordem decrescente, há posições inesperadas. É o caso do Luxemburgo, onde a taxa de risco de pobreza atinge os 17%, e da Hungria, onde este valor é de apenas 12%. Há uma definição estatística pelo meio que tem de ser bem entendida antes de podermos interpretar estes dados. A taxa de risco de pobreza reflete a proporção da população que vive abaixo do limiar do risco de pobreza. E é na definição deste limiar que está o cerne do conceito de «risco de pobreza».

Como se define o limiar de risco de pobreza?

O limiar de risco de pobreza não é um valor único. É estabelecido para cada país e calculado (em dois passos) a partir dos rendimentos líquidos da população. Para isso, primeiro apura-se o valor do rendimento que separa a metade da população com rendimentos mais baixos da metade que tem rendimentos mais elevados. A este valor chamamos «rendimento líquido mediano». O limiar de risco de pobreza é igual a 60% deste rendimento líquido mediano. Fica claro desta definição que o limiar de risco de pobreza varia de país para país.

Conselho da UE dá ‘luz verde’ formal a reforma para regras orçamentais “realistas”

“Os embaixadores dos Estados-membros junto da UE chegaram formalmente a acordo sobre a proposta de reforma do quadro de governação económica da UE, aprovando um mandato de negociação com o Parlamento Europeu sobre o regulamento relativo à vertente preventiva e um acordo de princípio com vista à consulta do Parlamento Europeu sobre o regulamento relativo à vertente corretiva”, indica o Conselho em comunicado.O Conselho da União Europeia (UE) deu hoje ‘luz verde’ formal à reforma das regras orçamentais, com tetos para défice e dívida pública, que impõe mais salvaguardas para redução “realista” dos rácios, visando a “sustentabilidade das finanças públicas”.

“Os embaixadores dos Estados-membros junto da UE chegaram hoje formalmente a acordo sobre a proposta de reforma do quadro de governação económica da UE, aprovando um mandato de negociação com o Parlamento Europeu sobre o regulamento relativo à vertente preventiva e um acordo de princípio com vista à consulta do Parlamento Europeu sobre o regulamento relativo à vertente corretiva”, indica o Conselho em comunicado. Vincando que o objetivo é “assegurar a solidez e a sustentabilidade das finanças públicas”, a estrutura que junta os Estados-membros fala em novas regras que preveem uma redução dos rácios da dívida e os défices “de forma gradual, realista, sustentada e favorável ao crescimento, protegendo simultaneamente as reformas e o investimento”.

Sondagem: Confiança no PR cai, mas pouco. Chega capitaliza com corrupção

“Em geral, tende a confiar nesta instituição ou tende a não confiar?” Cinco meses depois, a equipa do ICS-ISCTE que fez a sondagem para o Expresso e a SIC voltou a fazer esta pergunta para avaliar a confiança em seis instituições. E o que resulta das respostas é um quadro mais negro do que em junho passado, com o Governo a sair ainda pior da fotografia. Agora, depois do caso Influencer e da demissão de António Costa, apenas 28% dos inquiridos dizem con­fiar no Governo — uma queda de 6 pontos —, sendo que também o Presidente da República perde a confiança em 4 pontos percentuais dos inquiridos, acima da margem de erro da sondagem. Mesmo assim, e em plena polémica relacionada com as suspeitas de tratamento preferencial a duas gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, a perda de Marcelo é menos pronunciada, permitindo ao chefe de Estado manter-se destacadamente como a única instituição que merece avaliação positiva dos portugueses: 65%. Ainda assim, vale a pena anotar que o trabalho de campo foi feito antes da comunicação do Presidente ao país acerca daquele tema, no dia 4 de dezembro.

Sondagem: “Falam demais e fazem de menos”: atitudes populistas altas em todos os grupos

“Os políticos falam demais e fazem de menos?” 87% concordam. “Os deputados de­viam seguir a vontade do povo?” 77% respondem que sim. “As diferenças políticas entre a elite e o povo são maio­res do que as diferenças políticas que existem no povo?” 60% subscrevem. Três das seis afirmações que pretendem medir atitudes populistas em Portugal obtêm “a concordância de maiorias muito expressivas”, de acordo com a sondagem realizada pelo ICS-ISCTE para o Expresso e a SIC.

Esta escala, explica o relatório da sondagem, “consiste num conjunto de seis afirmações que visam captar as componentes centrais do populismo enquanto orientação ideológica”, tendo por base a definição mínima definida por um dos mais referenciados especialistas em populismo, Cas Mudde. Nas suas investigações, Mudde defende que a sociedade se encontra “dividida em dois campos homogéneos e antagónicos — o povo, puro, versus a elite, corrupta ou incapaz — e que a política deveria ser a expressão da vontade geral do povo”. E, assim, os entrevistadores colocaram cada uma destas questões aos 803 inquiridos neste estudo de opinião.

Venezuela - "La culpa es algo que me persigue todos los días": María Corina Machado sobre sus hijos en NTN24


Vaticano. Milhões investidos. Fortunas em artigos de moda. Conversa do Papa gravada secretamente. Um cardeal condenado. Não é um filme. É o julgamento do século

Um investimento de vários milhões de euros numa propriedade de luxo em Londres que correu mal, um outrora poderoso cardeal do Vaticano que gravou secretamente uma conversa com o Papa e uma consultora de segurança acusada de gastar fundos da Igreja em marcas de moda. Não, isto não é o enredo de um novo thriller histórico, mas sim o que emergiu do que foi apelidado de "julgamento do século" do Vaticano, que examinou uma ladainha de má conduta financeira que custou milhões de euros à Santa Sé. O julgamento de dois anos e meio no tribunal criminal da Cidade do Vaticano envolveu 10 arguidos, incluindo, pela primeira vez, um cardeal.

Trata-se de Giovanni Angelo Becciu, outrora uma das figuras mais poderosas do Vaticano, que ocupou o cargo de "sostituto" ("substituto") na Secretaria de Estado da Santa Sé, um equivalente do chefe de gabinete papal. Nesta função, o prelado, de 75 anos, tinha privilégios de acesso ao Papa sempre que necessário e foi mesmo apontado como um potencial futuro Papa.

Atualmente, enfrenta uma pena de cinco anos e meio de prisão, depois de ter sido condenado por vários crimes de peculato. Becciu é o primeiro cardeal a ser condenado e sentenciado por um tribunal do Vaticano. O cardeal tem negado repetidamente as acusações contra ele e, após o veredito, o seu advogado disse que iria recorrer. No entanto, antes do início do julgamento, o Papa destituiu o seu outrora próximo assessor da sua posição de líder do departamento do Vaticano para a canonização de santos, juntamente com o seu direito de voto num futuro conclave.

Afinal, quantas pessoas se abstêm em Portugal?

A Fundação faz um retrato inédito da abstenção em Portugal e conclui que tem sido inflacionada. Há um desvio de quase um milhão de eleitores entre as estimativas da população e os registos nos cadernos eleitorais no país. O principal motivo são os portugueses a viver no estrangeiro, mas que estão recenseados para votar aqui. Por sua vez, os chamados eleitores-fantasma pouco pesam no registo oficial dos que se abstêm. Nas últimas legislativas, em 2022, a abstenção atingiu os 42 por cento entre os residentes em Portugal.

Os investigadores analisaram os resultados eleitorais e concluíram que esta abstenção cairia sete pontos percentuais se os portugueses que residem no estrangeiro ­- mas mantêm a sua morada no país, estando assim registados para votar em Portugal - fossem inseridos nos cadernos dos círculos eleitorais no estrangeiro.

Os autores defendem que a emigração é a principal causa da abstenção técnica no país. Ou seja, é responsável por aquela parte da taxa oficial de abstenção que não resulta da opção de não votar, mas sim da existência de um número de eleitores registados superior ao dos eleitores reais.

Este policy paper afasta também o mito dos eleitores-fantasma. Até agora, a conservação nos cadernos eleitorais de pessoas que já morreram era apontada como a principal causa do sobrerrecenseamento.

Em vésperas de eleições legislativas e europeias, os autores apontam várias medidas para resolver este fenómeno. Destacamos aqui duas delas:

  • Tornar o recenseamento eleitoral no estrangeiro mais flexível e apelativo para os portugueses que vivem fora. Por exemplo, aumentando o número de deputados que são eleitos pelos dois círculos eleitorais no estrangeiro (Europa e fora da Europa). Ou, em alternativa, fundindo os dois círculos eleitorais.
  • Facilitar o voto à distância dos portugueses emigrados, com extensão do voto antecipado e em mobilidade à rede de embaixadas e consulados no estrangeiro em todos os atos eleitorais. Outra hipótese seria dar aos cidadãos que têm a sua morada civil em território nacional possibilidade de votar nos círculos eleitorais no estrangeiro. Com este policy paper, a Fundação quer aprofundar o conhecimento sobre a abstenção no país e as suas causas, permitindo assim aumentar a eficácia das medidas para a combater (FFMS)

Sites com ‘fake news’ geradas por IA cresceram 1000%. Especialistas alertam para “guerra de desinformação” com eleições em 2024

A Inteligência Artificial (IA) veio abrir toda uma nova vasta gama de possibilidades no mundo da tecnologia, mas da mesma forma trouxe uma série de ameaças. No que respeita a automatismos de criação de ‘fake news’ (notícias falsas, desinformação), regista-se uma crescimento explosivo de conteúdo online que tem uma fachada semelhante a artigos factuais, mas que, em vez disso, dissemina informações falsas sobre eleições, desastres naturais, guerras, líderes políticos, ou outros temas.

O fenómeno tem ganho proporções alarmantes nos últimos meses. Segundo dados da NewsGuard, uma organização que acompanha os fenómenos de desinformação e Fake News nos EUA, os sites com artigos falsos criados por IA aumentaram 1000% desde maio deste anos, de 49 para mais de 600. O Washington Post assinala vários casos, como uma história que acabou por se tornar viral, sobre o psiquiatra de Banjamin Netanyahu, que alegadamente teria morrido e deixado uma nota sobre o envolvimento do primeiro-ministro. Trata-se de uma notícia falsa, criada por inteligência artificial, mas que ganhou tração nas redes sociais e sites de notícias em árabe, inglês e indonésio, e até apareceu como peça noticiosa num programa de televisão no Irão.

Estudo aponta quais as companhias aéreas que se podem revelar um ‘pesadelo’ nesta época festiva

O desejo de nos reunirmos com os nossos entes queridos durante a época festiva pode ser contrariado pela incerteza das viagens aéreas. O que poderia ser uma viagem agradável pode tornar-se subitamente um pesadelo logístico. Um estudo realizado pela ‘Which?’ revelou quais as companhias aéreas mais prováveis de transformar a viagem festiva numa verdadeira dor de cabeça: para o estudo foram analisadas as estatísticas de pontualidade e cancelamento de 35 das maiores companhias aéreas mundiais, salientando quem garantirá um regresso a casa sem complicações na época festiva, com base em dados extraídos de voos realizados entre outubro de 2022 e setembro de 2023. Veja na lista as melhores companhias aéreas em pontualidade

1º Etihad e Ibéria: 85% de pontualidade

2º Finnair, 80%

3º KLM, 79%

4º Aegean Airlines: 78%

5º BA Cityflier e Virgin Atlanti: 77%

6º American Airlines e Norwegian: 76%

7º Emirates, Icelandair e Vueling, 75%

8º Eurowings, 74%

“A televisão generalista tem quedas superiores à venda de jornais”

A televisão portuguesa, sobretudo a generalista, onde se enquadram os privados SIC e TVI, tem perdido telespectadores de ano para ano, como se verifica nos resultados das audiências. O fenómeno foi destacado por Carlos Rodrigues, diretor da CMTV, na edição desta semana da revista TV Guia. “O acontecimento televisivo mais relevante do ano é o movimento do público. Com a queda sustentada das generalistas, SIC e TVI entram em 2024 com menos 10% de audiência, em conjunto, que no início do ano anterior. Ou seja, um em cada dez espectadores, em média, no espaço de apenas um ano“, notou, antes de deixar um alerta. “A televisão generalista tem quedas superiores à venda de jornais em Portugal. Isso tem fortes implicações para todo o mercado, a começar nos orçamentos de grelha e no investimento publicitário, que vai procurar novos refúgios“, avisou.

Bancos despediram este ano mais de 60 mil trabalhadores a nível global

Os bancos despediram mais de 61 mil trabalhadores este ano em todo o mundo, segundo o Financial Times. O ano que agora termina foi marcado por uma quebra forte da atividade empresarial (que afetou principalmente os bancos de investimento) e pelas falências e resgates do SVB e do Credit Suisse. Foi um ano duro para os trabalhadores do setor bancário. Em 2023, os bancos dispensaram, a nível global, 61.905 trabalhadores, um dos piores anos em despedimentos desde a crise financeira de 2008, calcula o Financial Times num artigo publicado esta terça-feira, 26 de dezembro.

Depois de anos pandémicos de atividade frenética, em particular na banca de investimento, sem mãos a medir com fusões, aquisições e outros negócios em 2020 e 2021 - o que obrigou a milhares de contratações e à disputa de quadros entre bancos, provocando um aumento dos salários - o abrandamento foi brusco logo em 2022. O ano 2023 continuou a tendência: a atividade empresarial congelou, os grandes bancos perderam comissões, e sobraram os despedimentos como modo de salvar as contas trimestrais.

Sondagem: Maioria defende demissão de Marcelo caso se prove interferência no caso das gémeas


Maioria dos inquiridos em barómetro da Intercampus acredita que o Presidente da República intercedeu para que as gémeas luso-brasileiras recebessem um tratamento médico em Santa Maria. A maioria dos inquiridos no barómetro Intercampus para o Jornal de Negócios e CM/CMTV acredita que o Presidente da República intercedeu para que duas gémeas luso-brasileiras recebessem um tratamento médico privilegiado no hospital de Santa Maria. Caso se prove que houve cunha por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, a maioria defende que o chefe de Estado deixe o cargo, de acordo com o estudo divulgado esta terça-feira no Jornal de Negócios e Correio da Manhã.

Interrogados sobre se o Presidente da República intercedeu junto do Governo para que as crianças recebessem um medicamento de valor elevado em 2020, a maioria dos inquiridos 58,9% disse ter essa percepção, enquanto só 17,5% admitiu não acreditar nessa hipótese e 23,6% não sabem ou não respondem.

Caso fique provado que Marcelo tenha responsabilidades no tratamento de privilégio das crianças, a maioria (61,7%) dos inquiridos defende que o Presidente da República deve demitir-se do cargo enquanto 23,9% considera que se deve manter. Os restantes (14,4%) não sabem ou não respondem.