terça-feira, dezembro 05, 2023

Como os Açores podem contaminar as eleições nacionais. O risco do PSD e a oportunidade do PS

Marcelo vai marcar eleições nos Açores para fevereiro. PSD acredita em maioria de Bolieiro, enquanto o PS quer aproveitar eleições na região para denunciar que Chega é "aliado não assumido" do PSD. Falta apenas a formalidade do Conselho de Estado, mas está decidido: Marcelo Rebelo de Sousa vai convocar eleições antecipadas nos Açores no início de fevereiro. A tempestade açoriana — provocada pelo chumbo do orçamento regional — está a ser vista como uma oportunidade para o PS e um eventual embaraço que o PSD dispensava a um mês de eleições legislativas. Numa altura em que o calendário torna inevitável um impacto nacional das regionais, o PSD de Montenegro refugia-se na confiança de José Manuel Bolieiro em chegar à maioria, enquanto Pedro Nuno Santos, favorito à vitória no PS, já aproveita os Açores como arma de arremesso eleitoral a nível nacional.

O PSD — quer a estrutura regional, quer nacional — preferiam não ter eleições e que o mandato fosse cumprido até ao fim (outubro). José Manuel Bolieiro, sabe o Observador, ainda terá conseguido convencer o Chega a admitir alterar o sentido de voto (de abstenção para voto favorável), mas o PAN mostrou-se irredutível, o que tornou inevitável que existissem eleições antecipadas.

O Presidente da República, tendo em conta o precedente que o próprio definiu em 2021, não tem outra alternativa senão convocar eleições antecipadas. E é o que fará, sabe o Observador. Há um consenso, entre os partidos ouvidos em Belém, que as eleições se realizem a 4 ou 11 de fevereiro e, mais do que isso, que não se realizem ao mesmo tempo do que as eleições legislativas. Isto significa que o novo governo regional estará a ser definido a duas semanas do início da campanha eleitoral nacional. Com a proximidade de calendário, não há forma de um terramoto nos Açores não ter réplicas nacionais e o risco maior, neste momento, é para o PSD.

PSD exclui candidatos à Assembleia que tenham sido condenados em 1.ª instância ou com "indícios fortes" de crime contra o Estado

O PSD vai excluir nomes que tenham sido condenados em tribunal e os candidatos terão de assumir um "compromisso de honra". Estes critérios foram aprovados pela Comissão Política Nacional. O PSD vai excluir da suas listas de candidatos a deputados às próximas legislativas quem tenha sido “condenado em primeira instância, pronunciado” ou sobre quem haja “indícios fortes” da prática de crime contra o Estado. Este é um dos critérios aprovados pela Comissão Política Nacional (CPN), que se reuniu na semana passada, para a elaboração das listas de candidatos às legislativas de 10 de março, reveladas esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias e a que a Lusa teve acesso.

“Para o PSD a dimensão ética não é menor. No total respeito da presunção da inocência e da separação de poderes, entendemos que há uma dimensão ética que deve ser considerada”, justificou o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, numa declaração à Lusa. O dirigente do PSD precisou que estes critérios se aplicam “a condenações e acusação definitiva por factos praticados no exercício de funções públicas”. “Eticamente as situações serão sempre avaliadas”, acrescentou.

segunda-feira, dezembro 04, 2023

Jurisprudência?

fonte: JN

Já está a dar falatorio

 fonte: JN

Sondagem: PS alarga distância para o PSD e Chega não pára de crescer

A crise política e a ausência de um líder não fizeram mossa ao PS. De acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF, os socialistas até reforçam o primeiro lugar (32,9%) com seis pontos de vantagem sobre o PSD (26,7%), que também cresce, confirmando a ideia de que, quando há eleições no horizonte, o Bloco Central ganha força. Mas há um partido imune ao apelo do voto útil: o Chega volta a subir (16,2%) e já vale mais do dobro do Bloco de Esquerda (6,9%). Seguem-se a Iniciativa Liberal (5%), a CDU (3,2%), o PAN (2,9%), o Livre (2%) e o CDS (1,5%). O resultado do PS é um paradoxo: consegue a melhor percentagem do ano (de um total de cinco sondagens) poucas semanas depois de uma investigação judicial que provocou um terramoto político que levou à demissão do Governo, ao anúncio da dissolução da Assembleia da República e à marcação de eleições para 10 de março. E quando ainda decorre a luta interna para encontrar um novo líder. Em vez de afastar eleitores, a crise parece ter funcionado como uma espécie de toque a rebate. Os próximos meses dirão se o fenómeno é fugaz ou duradouro.

É importante recordar que uma sondagem não é uma previsão sobre o futuro. É um retrato do que já passou. No caso desta sondagem, o trabalho de campo decorreu entre 18 e 23 de novembro. O que significa que, depois do choque inicial da Operação Influencer, os eleitores já sabiam que o juiz de instrução criminal tinha recusado as suspeitas de corrupção e libertado todos os suspeitos. Como também já tinham ouvido António Costa acusar o presidente da República de provocar uma “crise irresponsável” (Marcelo está em mínimos históricos na avaliação dos portugueses).

Uma vitória de Pirro

Sejam as razões que forem, a verdade é que a fotografia mostra os socialistas mais fortes (mesmo sem líder), quando se compara com a sondagem de outubro (subiram quatro pontos); mas bastante mais frágeis do que nas legislativas de 2022 (têm agora menos nove pontos).

Se estes resultados se replicassem nas urnas, estaríamos perante uma vitória de Pirro, porque a maioria parlamentar estaria à Direita (os diferentes partidos desse bloco somam 49 pontos). Um cenário inverso ao de 2015, em que a coligação PSD/CDS, então liderada por Passos Coelho, venceu as eleições, mas a maioria parlamentar estava à Esquerda.

Luís Montenegro já disse (e repetiu) que só será primeiro-ministro se vencer as eleições, ainda que recusando amarrar o partido a essa decisão “pessoal”. Esta sondagem não lhe aponta, de facto, as melhores perspetivas: mesmo que o PSD tenha crescido quase dois pontos relativamente a outubro (curiosamente os mesmos dois que os liberais perderam), continua quase três pontos abaixo das últimas legislativas.

Sondagem: Chega a influenciar governo é negativo... mas não muito

Com a perspetiva de uma maioria de direita no Parlamento, e independentemente de o PSD ser ou não capaz de chegar em primeiro, um dos temas da campanha já em curso será a influência e eventual participação do Chega numa solução de governo. Esta é uma possibilidade que a maioria dos portugueses (52%) considera negativa, segundo a sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF. Mas é importante notar que para 28% até é positiva e que para outros 17% é indiferente. Mesmo que uma boa parte dos que votam no PS e no PSD partilhem a ideia de que a influência do Chega seria negativa, o detalhe dos números revela um grau de preocupação diferente: entre os socialistas são 66%, entre os sociais-democratas apenas 44%. E há 38% de eleitores de Luís Montenegro que entendem que isso até seria positivo. Se somarmos os 18% para quem essa questão é indiferente, chega-se a uma maioria de 56% de sociais-democratas para quem a influência ou participação do Chega num governo não é incómoda. Tendo em conta a forma como avaliam esta questão os eleitores dos dois principais partidos, percebem-se melhor os resultados sobre quem serão os principais adversários nesta campanha. No caso de ser Pedro Nuno Santos o próximo líder do PS (e é ele o favorito a vencer a luta interna), os portugueses adivinham que apontará mais a André Ventura (44%) do que a Montenegro (40%). No caso do líder do PSD, a mira estará sobretudo direcionada para o rival socialista (47%), nem tanto para o líder do Chega (38%).

FICHA TÉCNICA

Sondagem de opinião realizada pela Aximage para DN/JN/TSF. Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal. Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região. A amostra teve 802 entrevistas efetivas: 675 entrevistas online e 127 entrevistas telefónicas; 389 homens e 413 mulheres; 172 entre os 18 e os 34 anos, 199 entre os 35 e os 49 anos, 206 entre os 50 e os 64 anos e 225 para os 65 e mais anos; Norte 257, Centro 165, Sul e Ilhas 142, A. M. Lisboa 238. Técnica: aplicação online (CAWI) de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para pessoas com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas (CATI) do mesmo questionário ao subuniverso utilizado pela Aximage, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 18 e 23 de novembro de 2023. Taxa de resposta: 68,68%. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de +/- 3,5%. Responsabilidade do estudo: Aximage, sob a direção técnica de Ana Carla Basílio (DN-Lisboa, texto do jornalista Rafael Barbosa)

Venezuela: EUA dispostos a reintroduzir sanções se não houver "mais progressos"

Os Estados Unidos avisaram que estão dispostos a suspender "nos próximos dias" o alívio de certas sanções impostas à Venezuela caso não haja progressos na libertação de presos políticos. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que, embora Washington se congratule com o facto de a Venezuela ter aberto caminho para uma revisão da candidatura da opositora María Corina Machado às eleições presidenciais de 2024, que está proibida até 2030, não vê progressos na libertação de presos políticos.

“Estamos profundamente preocupados com a falta de progressos na libertação de cidadãos norte-americanos e de prisioneiros políticos venezuelanos detidos injustamente. Continuaremos a empenhar-nos ativamente nos esforços diplomáticos a este respeito e estamos preparados para tomar medidas nos próximos dias para suspender certas sanções, a menos que haja mais progressos”, disse. A declaração de Kirby foi feita um dia após a Noruega, mediador entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, ter anunciado que as duas partes tinham chegado a acordo sobre um mecanismo para reconsiderar as desqualificações de candidatos, incluindo a candidata presidencial anti-Chávez María Corina Machado.

Essequibo: Porque é que a Venezuela quer por fim ao acordo com mais de 100 anos com a Guiana?

A Venezuela reivindica há décadas a região de Essequibo, uma área de 160 mil quilómetros quadrados, que representa mais de dois terços do território da Guiana e alberga cerca de um quinto da sua população – cerca de 125 mil pessoas. Este domingo, a Venezuela realiza um referendo que visa rejeitar uma decisão judicial de 1899 que estabelece a fronteira do país com a Guiana, antiga colónia da Grã-Bretanha e dos Países Baixos.

Em causa está a disputa pelo território de Essequibo, que corresponde a dois terços da Guiana, país vizinho da Venezuela, sendo que a área em disputa é rica em petróleo e a Guiana receia que Caracas a tente anexar pela via da força. A reivindicação da Venezuela tornou-se mais premente desde a descoberta de petróleo no Essequibo pela ExxonMobil em 2015. Uma nova e importante descoberta de petróleo foi feita na região no mês passado, acrescentando pelo menos dez mil milhões de barris às reservas da Guiana, mais do que o Koweit ou os Emirados Árabes Unidos. A Guiana possui as maiores reservas de petróleo ‘per capita’ do mundo e a Venezuela tem as maiores reservas comprovadas do mundo. A região de Essequibo, que aparece nos mapas venezuelanos como “zona em reclamação”, está sob mediação da ONU desde 1966, quando foi assinado o Acordo de Genebra. Entretanto, a Guiana autorizou já oito empresas petrolíferas estrangeiras a explorar jazidas petrolíferas em águas reclamadas pela Venezuela.

Venezuela: El chavismo y la oposición acuerdan una vía judicial para la posible habilitación de María Corina Machado

La presión ejercida por Estados Unidos para que el Gobierno de Nicolás Maduro y la oposición venezolana concretaran los acuerdos alcanzados ha dado un resultado. Los facilitadores de Noruega, que alentaron el último acercamiento entre las dos partes en las conversaciones de Barbados, han anunciado este jueves que los dirigentes venezolanos inhabilitados que aspiren a presentarse como candidatos a las próximas elecciones presidenciales pueden solicitar la revisión de sus procesos ante la Sala Político Administrativa del Tribunal Supremo de Justicia. El acuerdo abre la puerta a una eventual habilitación de María Corina Machado, ganadora de las primarias opositoras.

Lo que han llamado “el mecanismo”, una vía para dar garantías democráticas a las presidenciales de 2024, ha sido detallado en un comunicado difundido por Noruega cuando finaliza el mes de noviembre, el deadline que había puesto el secretario de Estado de EE UU, Antony Blinken, para que Venezuela diera señales de que las negociaciones están avanzando. “Las partes han convenido procurar la revisión de las medidas de inhabilitación dictadas por la Contraloría General de la República a diversas personas que aspiran a postularse como candidatos en las elecciones presidenciales de 2024″, indica el texto.

Venezuela: El chavismo compra tiempo para gestionar las inhabilitaciones políticas

El anuncio de una vía judicial para dirimir las diferencias sobre las inhabilitaciones salva de la ruptura los acuerdos de Barbados, pero no deja satisfecha a muchos. “Se han abierto las puertas del laberinto”, opinan expertos. En el último minuto del 30 de noviembre, el Gobierno de Noruega confirmó la recepción de un acuerdo entre el Gobierno chavista y la oposición venezolana que contempla la creación de un “procedimiento” que haría posible a los candidatos inhabilitados -en especial a María Corina Machado, que lidera todas las encuestas de opinión del país- apelar ante el Tribunal Supremo de Justicia la decisión que los impide participar en las elecciones de 2024. Los políticos inhabilitados tendrán 15 días para presentar sus recursos por el veto emitido por la Contraloría General de la República. La decisión abre una puerta para los candidatos, pero su resultado es incierto. Muchos analistas consideran que se trata solo de una forma del chavismo de comprar tiempo.

Estados Unidos había anunciado que esperaba hasta el 30 noviembre para ver algún gesto por parte de Caracas con el objetivo de concretar garantías para la organización de unas elecciones libres y verificables que permitan conjurar de una vez la interminable crisis política de la nación caribeña. Washington, una vez suprimidas las sanciones energéticas al Gobierno de Nicolas Maduro, también espera la liberación de algunos de los 300 presos políticos que todavía existen en el país.

Venezuela: Se agota el ultimátum de Biden sin respuesta de Maduro

Joe Biden decretó este jueves el Día de Venezuela en Estados Unidos, un acontecimiento sin precedentes en un evidente guiño a uno de los países más sufridos de las Américas. Para celebrar los aportes de su gran diáspora a la nación también invitó a 80 ciudadanos ejemplares a la Casa Blanca. Activistas, periodistas, deportistas, artistas, empresarios y luchadores por la causa democrática representaron a los casi 600.000 venezolanos llegados a EEUU, la mayoría durante el derrumbe del chavismo. "Estamos mirando al futuro y conversando sobre los siguientes pasos", declaró Cecilia González, defensora de derechos humanos, a la Voz de América. A las mismas horas, otros venezolanos, nada ejemplares, apuraban en Caracas el plazo impuesto por la administración de Biden para que se cumpla lo acordado en Barbados entre gobierno y oposición, con auspicio estadounidense. Transcurrido mes y medio de la firma, el chavismo apenas ha liberado a cinco de los 275 prisioneros políticos existentes en el país. Y ninguno de ellos estadounidense, como exigía Washington.

Maduro tampoco ha avanzado en el otro gran tema espinoso, la habilitación de la líder opositora María Corina Machado, que le permitiría participar en las elecciones presidenciales del año que viene. Las encuestas confirman hoy que la gran triunfadora de las primarias opositoras del mes pasado aplastaría al "presidente pueblo" en las urnas, ya que cuenta con un respaldo popular del 80% de los venezolanos, frente al 15% con el que cuenta Maduro. Y todo ello sin contar a la gran diáspora del exterior, masivamente antichavista.

Venezuela llega a acuerdos con media docena de petroleras internacionales tras el fin de las sanciones

El anuncio de inversiones internacionales en el sector petrolero de empresas como Repsol, Ecopetrol, China Petroleum e Indian Oil supondrán una expansión económica para 2024. Los acuerdos de Barbados han hecho posible la supresión de las sanciones energéticas en contra de Venezuela, y eso ha supuesto que Caracas adelante conversaciones con media docena de multinacionales con el objeto de restaurar su producción de petróleo. Esto ocurre cuando la oferta mundial, y la estadounidense en particular, podría estar necesitada de crudo venezolano para estabilizarse. Las concesiones ofrecidas por Estados Unidos esperaban, en contraprestación, un compromiso del Gobierno de Nicolás Maduro con la organización de unas elecciones presidenciales libres y verificables, sin vetos a candidatos, y en un marco de amnistía a los más de 300 presos políticos que hay en el país, sobre los cuales no hay respuesta en Caracas.

El presidente de Petroleros de Venezuela, Pedro Tellechea, ha dado la bienvenida al capital internacional. Además de Repsol y Eni, que llevan tiempo trabajando con Venezuela en proyectos gasíferos, la francesa Maurel and Prom ha anunciado que retoma sus operaciones en el Lago de Maracaibo. China Petroleum e Indian Oil ya adelantan trabajo con Miraflores. Se conversa con Trinidad sobre la explotación conjunta del campus Dragon, a cargo de Shell. Mitsubishi quiere reasumir el proyecto petroquímico de Metanol de Oriente, Metor. Caracas ha confirmado los proyectos conjuntos petroleros y gasíferos con la colombiana Ecopetrol. Se habla también de Petrobras y la india Reliance. PDVSA tiene enormes deudas con algunas de estas compañías.

Desinformação sobre alterações climáticas é persistente e resistente

A desinformação sobre o clima é persistente, difícil de combater e resiste às provas científicas, com a realidade das alterações climáticas a ser ainda posta em causa, indica um estudo divulgado. Quando as consequências das alterações climáticas são visíveis, seja o derretimento dos glaciares, a subida do nível do mar, ou as ondas de calor extremo, um terço da população mundial continua a duvidar e a contestar esses factos, alerta-se num comunicado sobre o estudo, da responsabilidade de uma equipa da Universidade de Genebra, Suíça. Os cientistas confirmaram que são os seres humanos os responsáveis principais pela aceleração do aquecimento global, mas um terço da população duvida ou contesta esse consenso, especialmente porque sobre estas matérias há muita desinformação, difundida por “interesses instalados” e extremamente persuasiva. Os investigadores, no estudo publicado na revista científica “Nature Human Behavior”, testaram seis intervenções psicológicas em cerca de 7.000 participantes de 12 países, concluindo que é preciso reforçar os esforços para combater a desinformação no que diz respeito às alterações climáticas. Tobia Spampatti, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra, explica no documento que as pessoas não processam as mensagens científicas como recetores neutros de informação, mas ponderando-as em relação a crenças, resultados desejados, laços emocionais e antecedentes socioculturais e ideológicos.

Venezuela vai iniciar nova e poderosa etapa na defesa do Esequibo, garante Maduro

Maduro frisou ainda que foram dados “os primeiros passos de uma nova etapa histórica” para “recuperar o que os libertadores deixaram”. Nicolás Maduro anunciou este domingo que a Venezuela vai iniciar uma nova e poderosa etapa na defesa do território Esequibo, em disputa com a vizinha Guiana: “O povo falou alto e claro e vamos iniciar uma nova e poderosa etapa, porque temos o mandato do povo, temos a voz do povo”. O presidente venezuelano falava na Praça Bolívar de Caracas para um importante número de simpatizantes que celebravam a vitória do “sim” no referendo consultivo de domingo.

“Era necessário dar um salto para iniciar uma nova etapa, no pleno exercício da soberania nacional, da Constituição Nacional. Demos os primeiros passos no caminho da unidade nacional (…) pelo futuro da Venezuela, para lutar pelo nosso país, pelo nosso Esequibo, pela paz”, disse. Maduro frisou ainda que foram dados “os primeiros passos de uma nova etapa histórica” para “recuperar o que os libertadores deixaram”. O governante elogiou e agradeceu ao Conselho Nacional Eleitoral, ao Plano República, a membros do seu governo, a partidos políticos, inclusive os da oposição, movimentos sociais, de jovens, religiosos e musicais pela jornada do referendo consultivo, pela união em defesa do território Esequibo.

“Fizesse chuva ou sol, o referendo iria decorrer e fez-se o referendo”, frisou, sublinhando que os venezuelanos sabem que “a Venezuela tem um sistema eleitoral transparente e fiável”. Por outro lado, explicou que os a petrolífera Exxon Mobil e os Estados Unidos investiram muito dinheiro para “deter e sabotar o referendo, para tentar comprar politiqueiros e restringir os direitos do povo”

Crise atinge em força fábricas do Norte e faz disparar insolvências

Porto e Braga são os distritos mais afetados. Créditos da covid ainda estão por pagar e a situação “vai agravar-se”. O número de insolvências decretadas pelos tribunais portugueses está a aumentar, em particular entre as empresas. As indústrias registam uma subida de 40% e é nos distritos de Braga e do Porto que o impacto se sente mais. Os patrões e os sindicatos estão preocupados com a falta de encomendas e anteveem que, num futuro próximo, a situação não vai melhorar (Jornal de Notícias)

Presidente da COP28 diz que "não há ciência que prove a eficácia" do fim dos combustíveis fósseis

A COP28 está envolta em polémica. Desde o presidente - o homem do petróleo do Dubai - ao país anfitrião, alvo de críticas de violação de direitos humanos. E no meio de tudo isto, foi divulgada agora uma declaração, que não é nova, do presidente da COP28 a dizer que não há ciência que prove que o fim dos combustíveis fósseis resolva alguma coisa. Veja aqui

"Há sempre pessoas que acreditam que o Hamas está a tratar bem os reféns. Não é verdade"

Em Telavive, Israel, os enviados especiais da CNN Portugal, Sérgio Furtado e João Franco, ouvem as declarações de um pai de um refém do Hamas. Alex Sherman garante que as imagens divulgadas pelo grupo islâmico, com cidadãos libertados a sorrirem e a acenarem para os combatentes, não passam de "manipulação" e "um grande teatro". Veja aqui

TAP estima crescimentos de 6% a 7% nos próximos dois anos

A TAP estima crescimentos de 6% a 7% nos próximos dois anos, disse este sábado o presidente executivo da companhia, levando em conta a limitação do aumento da frota e a necessidade de consolidar o trabalho que está a ser feito. “Estamos habituados a crescimentos pós-covid de 20% e 30% e isso é impensável a prazo em qualquer indústria. O que estamos a ver agora é um alisamento do crescimento, é natural. Estruturalmente se crescermos 3%, 4%, 5% sempre é bom e é preferível a crescer 30% num ano e depois cair no ano seguinte”, afirmou Luís Rodrigues.

O presidente executivo (CEO) da TAP lembrou que a companhia tem um condicionamento ao crescimento até ao final de 2025, por força do plano de reestruturação negociado com Bruxelas, que é o facto de não poder aumentar a frota. “É imposição do plano de reestruturação”, lembrou, acrescentando que o crescimento da companhia far-se-á por “troca de aeronaves mais pequenas para aeronaves maiores, bem como “aumentos de preço”.

Opinião: Muletas e identidade perdida

 

O país acaba de ser atirado, inesperadamente (?), para mais uma crise política, acelerada por mais um caso de alegada corrupção envolvendo diversos protagonistas e pondo em causa a credibilidade e a seriedade de instituições e pessoas, numa expressão pondo em causa o poder e todos os seus circuitos de decisão.

O PSD acabou por confrontar-se com uma oportunidade política com a qual não contava - vivíamos numa realidade política e governativa assente numa maioria absoluta e em sondagens que estavam longe de favorecer os propósitos dos social-democratas, entretanto obrigados a uma mudança radical da sua agenda a partir para eleições onde provavelmente, hoje mais do que nunca, precisam de saber o que realmente valem nas urnas e a recuperar a sua identidade perdida, identidade ideológica e programática.

E, nesse sentido, o PSD precisa de repensar muita coisa e de tomar decisões políticas que só a falta de coragem e o medo das urnas por parte de alguns líderes mais recentes têm impedido que as tome de forma inequívocas.

O PS, é sabido, apesar de chamuscado por um novo caso de corrupção, que acabou sendo o rastilho desta nova crise política, vai eleger um  novo líder - provavelmente alguém que fez parte deste carrossel de corruptos e de corrupção e compadrio com  múltiplas ramificações tentaculares, que inclusivamente se demitiu do cargo ministerial e que se viu envolto em vários casos, o último dos quais foi o processo da TAP - e já anunciou que vai concorrer sozinho, sem coligações pré-eleitorais mas disposto a retomar, com Pedro Nuno Santos, depois de 10 de Março e em função do novo quadro parlamentar, a defunta geringonça de esquerda que Costa criou em 2015 para afastar do poder a coligação PSD-CDS, de Passos e Portas, que foi a mais votada nas urnas mas que ficou aquém dos mandatos necessários a uma maioria absoluta parlamentar.

Neste quadro, pergunto como ousa o PSD insistir numa demonstração de absurda de insegurança, de medo das urnas, de impotência em modernizar um discurso demasiado banalizado, incapaz de construir e liderar uma efectiva alternativa política, repito, tudo porque continua a ter medo das urnas e do voto livre dos portugueses, subvertendo as suas prioridades? Em vez de criar condições para que essa alternativa seja plausível, recuperando votos perdidos, milhares deles, para a abstenção, para o Chega, para a IL e mesmo para o PS, eis o PSD apostado em ter como prioridade das prioridades, o desenterrar de ridículas bengalas que descaracterizam ainda mais o universo eleitoral que os social-democratas deviam liderar e não lideram porque, ao invés de consolidarem uma identidade própria, forte e mobilizadora, perdem-se em discutir coligações patéticas que nem mais-valias eleitorais são.

E na Madeira também não deviam, por ser desonesto, confundir eleições legislativas nacionais e as opções livremente tomadas pelos partidos, com a governação regional, que nada tem a ver com o assunto. Esta continua o seu caminho no seu contexto próprio, as eleições de 10 de Março são um outro desafio, uma outra frente que exige clarificação e não truques ditados pelo pavor das urnas.

Em situações normais, qualquer acordo entre o PSD e o CDS na Madeira teria supostamente de garantir pelo menos um deputado aos centristas, que durante algumas legislaturas tiveram deputados em São Bento. Aliás, acho estranho que o CDS madeirense, com o historial em legislativas nacionais (elegeu deputados pela RAM em 2009 e 2011), mais do que ter falhado a eleição em 2015, 2019 e 2022 não pareça interessado em eleger de novo um deputado em 2024 (…)

Pelos vistos recusa fazê-lo e prefere "implorar" para se esconder numa coligação que não é autárquica nem regional, tudo para não se submeter sozinho a eleições? Muito estranho. Para o CDS regional não seria um jackpot político ter em São Bento o único deputado centrista eleito para a Assembleia da República? Poderia ter acontecido em 2022! Ou será que o CDS sabe que, com o Chega e com a IL, essa eleição na RAM não tem mais viabilidade?

Ainda por cima parece-me que falta a coragem de olharem para os números, tanto a nível nacional como a nível regional, e perceberem de onde vieram mais de 50% dos votantes nos novos partidos de direita ou extrema-direita e qual a proveniência dos quase 400 mil votos nacionais do Chega (68 mil em 2019) ou os 12 mil votos na Região obtidos este ano (618 votos em 2019)? Caíram do céu? Obviamente que todos sabem a resposta a essa pergunta, resposta essa que só atesta o ridículo da banalização de certas coligações que nascem "cambadas".

Elaborei estes dois quadros que ajudam os leitores a perceber do que falo e dos alegados “sucessos” de coligações que tiram votos.

Como é que o PSD quer levar aos portugueses, e muito bem, a ideia de que é uma alternativa à esquerda liderada pelo PS e apelar ao voto útil, quando se refugia, por medo das urnas, no recurso a coligações patéticas que nada rendem, mesmo que possamos suspeitar que, em certos contextos, elas até podem transformar-se em abjectos instrumentos de pressão ou de ameaça que, a ser verdade, devem ter a resposta adequada. E depois de 10 de Março melhor ainda...

Também duvido que a Iniciativa Liberal perdoe ao PSD de Montenegro a impraticabilidade de uma coligação na Madeira depois das últimas regionais. E também acho bem que o líder da IL queira submeter-se ao eleitorado sozinho, mostrando o que vale, eventualmente elegendo mais deputados sozinho que os que poderia eleger se diluído numa qualquer negociata de coligação, ainda por cima numa eleição que funciona à base de círculos eleitorais separados uns dos outros no território nacional.

O PS sabe tudo isso, e tenta habilmente manipular as movimentações do PSD e potenciais parceiros, nestes tempos eleitorais, e até agora com algum sucesso. Se para os socialistas coligar-se à extrema-esquerda para dar corpo à defunta geringonça (que sem os deputados do Bloco não era possível) e que Pedro Nuno dos Santos, vai tentar ressuscitar – nunca foi problema, eles sabem que precisam de pressionar ao máximo o PSD de Montenegro para que este afaste qualquer cenário de acordo político, seja ele apenas parlamentar ou não, naquilo que será meio caminho andado para que o centro-direita não consiga uma alternativa ao PS e à potencial geringonça de esquerda 2.0. Caso não consiga atrair eleitores do PS e da abstenção. A disputa do eleitorado entre os partidos da direita não garante nenhuma alternativa. Esse tem sido o seu erro crasso.

Ventura, reconhecidamente um dos mais assertivos políticos portugueses, concorde-se ou não com as suas ideias, algumas delas mirabolantes, percebeu isso (?) e no final de uma audiência em Belém anunciou ter garantido ao Presidente que se ele entendesse que o líder do Chega não devia fazer parte de um governo liderado pelo PSD, ele aceitaria ficar de fora. Claro que acredita nisto quem quer, eu não acredito, porque tenho a certeza que depois das eleições de 10 de Março, e caso o Chega se confirme como um partido essencial na viabilização da tal alternativa ao PS, Ventura não abdicará de integrar um gabinete governativo liderado por Montenegro, diga o que disser Marcelo. É tudo uma jogada política astuta de Ventura destinada a atenuar o efeito no eleitorado da pressão promovida pela esquerda junto da opinião pública, concretamente na contestação a um alegado entendimento alargado envolvendo o PSD e toda a restante direita, neste momento a única possibilidade de ser viabilizada uma alternativa a esquerda liderada pelo PS.

Aliás a sondagem recentemente feita pela credível, Universidade Católica, mostra, para além de um empate entre PS e PSD - um quadro preocupante porque afinal os efeitos da crise no PS, pelo menos até hoje, não são os que inicialmente se julgava e o PSD de  Montenegro contava - um Chega e uma Iniciativa Liberal que, juntos, têm quase a mesma representação eleitoral que o PSD, o que não deixa de ser preocupante e demonstrativo de como o PSD continua a não  perceber como, porquê e para onde perde eleitores. Basta fazer concas, olhar para o percurso eleitoral desde 2011, algo que os líderes políticos detestam porque percebem que a realidade nunca lhes dá razão. Por isso refugiam-se em decisões idiotas como são as coligações pré-eleitorais que apenas tentam esconder fragilidades, falta de convicção, falta de apoio eleitoral, e o pavor em enfrentarem o veredicto dos eleitores sozinhos, permitindo-lhes partilhar deste modo o insucesso, quando ocorre, com terceiros. Uma vergonha. A falta de coragem em enfrentar nas urnas o eleitorado, mostrando o que vale e sendo credor, por si só, do apoio que os eleitores naturalmente entendam conceder, é uma das regras essenciais na democracia. Os acordos podem ser, devem ser, pós-eleitorais, neles participando apenas quem entender. Liberdade é isso mesmo.

Obviamente que cabe sempre, apenas e só ao eleitorado, decidir e fazer as suas escolhas em função das alternativas de estabilidade e de competência, ou não, colocadas em cima da mesa.

Lembro que a geringonça de direita nos Açores, formalizada no final de 2020, com o PSD local a se coligar ao CDS e ao PPM e a acordar entendimentos parlamentares com o Chega e a Iniciativa Liberal, penalizou o PSD de Rui Rio nas legislativas de 2022 devido do discurso pressionante da esquerda que causou claramente receio no eleitorado, receio que eu penso que hoje se esbateu. Aliás a constante subida eleitoral do Chega, no País e na Madeira - veremos em 2024 nos Açores - é prova disso mesmo, da incapacidade do sistema partidário tradicional em travar o discurso do Chega e a sua fácil penetração em vastos sectores de abstencionistas desiludidos com o sistema político e com a democracia e a governabilidade do país.

No caso concreto da Madeira há três interrogações que persistem sem resposta: a) o que ganha o PSD-M, no quadro da Assembleia da República, com o seu envolvimento numa coligação eleitoral de direita? Que ganhos obteve em 2022? b) Qual a ligação eleitoral entre as regionais de 2023 e as legislativas nacionais de 2024, no caso do Chega e do JPP (falo na eventual eleição de deputados de ambos, ou não)? c) Finalmente, vai Paulo Cafofo liderar a lista do PS-M a Lisboa, mesmo que depois suspenda o mandato para se dedicar às regionais de 2027, caso tudo se mantenha calmo na geringonça regional e a agenda eleitoral não sofra sobressaltos? (LFM, texto publicado em 3 partes no Tribuna da Madeira)

sábado, dezembro 02, 2023

Em 2022, a abstenção nas legislativas terá sido só 35% (e não 42%). Há um milhão de eleitores a mais nos cadernos

Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos sugere que a abstenção nas últimas eleições legislativas pode ter sido de 35% e não 42%, tal como foi conhecido. O fenómeno pode ser explicado pelos não residentes que continuam registados nos cadernos eleitorais em Portugal “Em território nacional, a abstenção dos eleitores nacionais que vivem efetivamente em Portugal esteve, provavelmente, mais próxima dos 35% do que dos 42%, em 2022”, é esta uma das conclusões do novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) sobre abstenção. Isto significa que os cadernos eleitorais de 2021 tiveram “cerca de um milhão de eleitores a mais relativamente às estimativas da população residente com cidadania portuguesa, com 18 ou mais anos”. Uma das explicações está no número de pessoas que vivem no estrangeiro e não alteraram a morada, o que significa que continuam a ser sinalizados para votar em Portugal. Todos os países têm diferenças entre o número de residentes estimados através dos Censos e o número de inscritos no recenseamento eleitoral que podem ser a menos (subrrecensiamento) ou a mais (sobrerrecensiamento). Em Portugal, estamos perante o segundo caso - há mais pessoas recenseadas do aquelas que estão realmente a morar no país. Uma das consequências é um aumento na taxa de abstenção. De acordo com o estudo “Afinal, quantas pessoas se abstêm em Portugal?”, Portugal tem uma das maiores “assimetrias” da Europa. “Portugal é o quinto país entre os 27 países da União Europeia em que a assimetria entre o número de recenseados e de residentes é maior, ficando atrás da Roménia, da Letónia, da Grécia e da Bulgária”, lê-se na investigação.

As eleições em países da UE antes das Europeias de 2024

Antes das eleições europeias de junho de 2024, vários países-membros da União Europeia (UE) ainda irão a votos em legislativas e presidenciais, cujos resultados poderão influenciar o sufrágio europeu. Marcadas para 06 a 09 de junho do próximo ano, as próximas eleições europeias serão marcadas por um cenário político em mudança na UE, contexto que a atual presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, assinalou que “as delegações estão a ficar cada vez mais fragmentadas” em mais grupos políticos. As datas decididas pelos Estados-membros para o sufrágio europeu também são “um desafio” para Portugal, por estarem ‘coladas’ a feriados, podendo aumentar a abstenção, segundo Metsola, numa recente entrevista à Lusa e outras agências de notícias europeias, em Bruxelas.

Ainda assim, a responsável sublinhou que “a afluência às urnas depende do tipo de campanha que se fizer e da forma como se consegue cativar os eleitores sobre a importância da Europa” e que um eventual “absentismo não significa necessariamente que os extremistas irão ganhar” ou ter mais peso na próxima legislatura do Parlamento Europeu, cabendo antes aos dirigentes políticas europeus “atuar” para evitar extremismos. Mas até junho de 2024, eleitores de vários Estados-membros serão chamados a votar, incluindo os portugueses. Eis a lista das principais eleições legislativas e presidenciais que ainda vão decorrer nestes seis meses.

DN-Lisboa - Ana Rita Gil: "Os portugueses são um povo de acolhimento, mas querem uma imigração regulada, previsível e controlada"

Ana Rita Gil, coautora de um estudo sobre a perceção dos portugueses em relação aos imigrantes, falou ao DN sobre algumas das conclusões deste trabalho. Admite que ficou negativamente surpreendida com a percentagem de pessoas (55,2%) que acha que a imigração está descontrolada e acredita que este que é um dos temas mais fraturantes na UE, pode fazer parte da próxima campanha eleitoral. Acha que quem olha para as conclusões do estudo da Lisbon Public Law da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) sobre a perceção que os portugueses têm da imigração no nosso país, parcialmente conhecidas nesta quinta-feira através do semanário "Nascer do Sol", pode ficar com a ideia de que a generalidade dos portugueses tem alguma xenofobia, desconfia dos imigrantes e critica as políticas públicas do governo?

Temos aqui várias afirmações que remetem para aspetos diferentes. Quanto à xenofobia: achamos que tal conclusão não pode ser retirada, de todo, do estudo. Os resultados dizem-nos o contrário, que a população portuguesa é de uma forma geral, recetiva à imigração.

71,7% dos inquiridos elegeu como uma das frases em que mais se revê a de que "os Portugueses devem receber bem os imigrantes". 68,7% considera importante Portugal receber imigrantes dentro e fora da Europa.

Anexar ou não anexar? Venezuela quer 74% de Guiana, mas território pede ajuda ao TPI

Domingo é dia de referendo na Venezuela, para saber se os habitantes da Venezuela querem anexar parte da vizinha Guiana, o que está a causar tensão entre os vizinhos da América do Sul.  Caracas nunca aceitou os limites territoriais impostos há décadas, mas os críticos de Nicolas Maduro dizem que tudo não passa de uma manobra para esquecer problemas económicos.  Esta sexta-feira, o Tribunal Penal Internacional de Haia pronunciou-se contra qualquer alteração do estatuto do território da Guiana por parte da Venezuela (veja aqui a notícia)

Sondagem: Montenegro perde para Pedro Nuno Santos e empata com Carneiro

Probabilidade de social-democrata chegar a primeiro-ministro depende do adversário socialista. Mas há 49% que dizem que o partido não está pronto para governar. Os indícios são sombrios para Luís Montenegro. De acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF, o líder do PSD perderia a corrida ao cargo de primeiro-ministro se o adversário fosse Pedro Nuno Santos. Se os militantes do PS escolherem José Luís Carneiro, as previsões dos portugueses apontam para um empate, mas com ligeira vantagem socialista. Mas há um outro dado preocupante: continua alta a percentagem dos que consideram que o PSD não está preparado para governar (49%).

Os dados não estão todos lançados: o PS ainda terá de escolher quem será o seu líder para as legislativas de 10 de março (o favorito é Pedro Nuno Santos). Por outro lado, o trabalho de campo da sondagem decorreu antes do Congresso do PSD, em que Luís Montenegro marcou a agenda (por exemplo, com a proposta de garantir uma pensão mínima de 820 euros, através do Complemento Solidário para Idosos). Dois factos que podem fazer oscilar a balança.

Sondagem: Avaliação ao presidente em mínimos históricos

A crise política também passa fatura ao presidente da República: neste final de novembro, e já depois de se decidir pela demissão do Governo, dissolução da Assembleia da República e antecipação das eleições legislativas, volta a cair na avaliação dos portugueses e regista o pior resultado em mais de três anos desta série de barómetros. De acordo com a sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF, mantém saldo positivo, mas são agora apenas quatro pontos. Marcelo Rebelo de Sousa foi sempre a principal referência política dos portugueses ao longo dos últimos anos. Foi sempre o político mais popular e chegou a ter mais de 60 pontos de saldo positivo (diferença entre notas positivas e negativas) nas avaliações regulares. A partir de abril do ano passado iniciou uma rota descendente, que se prolongou até abril deste ano. Em julho, em plena rota de colisão com Costa e na ressaca da crise do Governo desencadeada pelo “deplorável” episódio que envolveu Galamba, ganhou alguma popularidade. Mas voltou à rota descendente, à medida que se foi degradando a situação política. E cai para níveis mínimos, depois de derrubar a maioria absoluta e marcar novas eleições.

Sondagem: Montenegro melhor que rivais socialistas no potencial de voto

Luís Montenegro é o candidato a primeiro-ministro com maior potencial de voto (51%), de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Mas a distância que separa o líder do PSD de qualquer dos dois principais rivais socialistas é pequena: quatro pontos de vantagem para José Luís Carneiro (47%) e cinco para Pedro Nuno Santos (46%). Quando a análise se foca no outro lado da moeda, a ordem é inversa: Santos tem a taxa de rejeição mais alta (48%), seguido de Carneiro (44%) e Montenegro (43%).

O trabalho de campo desta sondagem decorreu entre 18 e 23 de novembro. Não reflete, por isso, o eventual impacto das promessas apresentadas no congresso do PSD (seja nas pensões, seja no IRS) do passado fim de semana. Mas também a escolha (a 15 e 16 de dezembro) dos militantes socialistas poderá dar um impulso a Santos ou Carneiro. Estes resultados não podem ser confundidos com intenções de voto (essa projeção será divulgada amanhã). O que este inquérito desvenda é qual é o mercado eleitoral a que candidato/partido pode aspirar nas eleições de 10 de março (potencial de voto) e aquele que lhe está vedado nesta altura (taxa de rejeição). E inclui as escolhas dos abstencionistas e dos indecisos.

Montenegro favorecido

Ao contrário do que aconteceu em estudos anteriores, os indícios são favoráveis a Luís Montenegro. Os portugueses podem prever uma vitória de Santos ou Carneiro, mas é o líder do PSD o que mais valorizam, como se percebe, desde logo pelo potencial de voto, que junta os que “votariam de certeza” (20%) aos que “poderiam votar” (31%). Com destaque para os que vivem na Região Centro e para os dois escalões etários mais jovens (18 a 49 anos).

sexta-feira, dezembro 01, 2023

Nota: eleição de Cafofo pressiona (por razões diferentes) coligação PSD-CDS-PAN e a esquerda madeirense

Eu não tenho dúvidas que a candidatura de Paulo Cafofo à liderança do PS-Madeira, e a sua mais que certa eleição a 2 de Dezembro, representa um desafio duplo, acrescido, direccionado em dois sentidos diferentes:

- em primeiro lugar obriga a coligação regional no poder - a geringonça PSD-CDS-PAN - a ter juízo, a resolver interna e rapidamente os seus problemas e divergências, quando surgirem, para garantir a estabilidade política para cumprirem a Legislatura regional de 4 anos. Porque para o PSD, CDS e PAN, por razões diferentes, enfrentar nas urnas um PS liderado por Sérgio Gonçalves, com o devido respeito pelo ainda líder do PS-Madeira, e tenho consideração por ele, que considero uma pessoa séria, embora sem o perfil político que os socialistas eventualmente precisavam, não tem nada a ver com enfrentar um PS-Madeira liderado por Paulo Cafofo que falhou por poucos votos, em 2019, a vitória socialista nas regionais;

- em segundo lugar, obriga a esquerda a repensar muito seriamente tudo o que "gira" a sua volta. Falo concretamente da JPP, do PCP, do Bloco e do próprio PAN que nas regionais de 2019 foram quase "engolidos" pela dinâmica socialista, da qual resultou a perda de  votos e de mandatos, incluindo o facto do Bloco até ter sido afastado da Assembleia Legislativa. Uma coisa é certa: a eleição de Cafofo em próximas eleições regionais, representa uma potencial ameaça eleitoral a esses partidos, sobretudo na eventual perda de apoio eleitoral e na perda dos chamados eleitores flutuantes, os eleitores que votam diferentemente, de eleição em eleição, sem compromissos fixos com nenhum partido.

Lembro que nas regionais de 2019 Paulo Cafofo foi candidato à liderança do Governo Regional da Madeira, mesmo sem ser o líder do PS regional, função que era desempenhada por Emanuel Câmara, presidente da edilidade do Porto Moniz, que concorreu ao cargo garantindo que Cafofo era o seu candidato às regionais de 2019.

Em Janeiro de 2018, Câmara ganhou as internas, e num universo de 1.952 militantes em condições de exercerem o seu direito de voto, dos 1.545 votantes, 877 escolheram Emanuel Câmara e 668 apoiaram a candidatura de Carlos Pereira. Pereira tinha sido eleito líder dos socialistas em internas realizadas em Maio de 2015, tendo obtido 701 votos num universo de 906 votantes

Em Julho de 2020 o então deputado Paulo Cafofo, antigo presidente da Câmara Municipal do Funchal e candidato do Partido Socialista nas eleições legislativas regionais de 2019, conquistou a liderança do PS-Madeira, com 1.431 votos, tendo sido o presidente eleito com a maior votação da história do partido. Já Sérgio Gonçalves foi eleito em Fevereiro de 2022 obtendo 1.095 votos dos 1.630 militantes com capacidade eleitoral.

Recordo os resultados eleitorais obtidos por candidaturas lideradas por Paulo Cafofo, porque muitas vezes a memória colectiva perde-se facilmente nomeadamente nas elites políticas. E preservação da memória muitas vezes é a nossa melhor defesa:

Autárquicas 2013 (Funchal)

- PS-BE-PND-MPT-PTP-PAN, 21.102 votos, 39,2%, 5 mandatos (maioria relativa)

- PSD, 17.450 votos, 32,4% (candidatura liderada por (Bruno Pereira), 4 mandatos

Autárquicas de 2017 (Funchal)

- PS-BE-PND-MPT-PTP-PAN, 21.102 votos, 39,2%, 6 mandatos (maioria absoluta)

- PSD, 17.971 votos, 32,4% (candidatura liderada por Bruno Pereira), 4 mandatos

Regionais de 2019

- PS, 51.207 votos (melhor votação de sempre), 35,8%, 19 mandatos (Cafofo 1º candidato e Emanuel Câmara 2º candidato)

- PSD, 56.448 votos, 39,4% (candidatura liderada por Miguel Albuquerque), 21 mandatos

Legislativas nacionais de 2022

- PSD-CDS, 50.634 votos, 39,8%, 3 deputados

- PS, 40.004 votos, 31,5%, 3 deputados

Duas observações complementares:

a primeira tem a ver com o facto de não saber se Paulo Cafofo vai querer resolver, como devia, o diferendo que parece existir hoje com Emanuel Câmara, se vai promover a reaproximação pessoal e política com o autarca que, sem ofensa, serviu de "barriga de aluguer" à sua ascensão na política regional, fora do espaço autárquico, e no PS-Madeira. Ricardo Franco, autarca de Machico, poderá ser determinante neste desfecho. Lembro, de novo, que Paulo Cafofo foi lançado para a ribalta autárquica, em 2013, por Vítor Freitas, na altura líder do PS madeirense. Uma vitória socialista no Funchal que, lembro-me bem, gelou o PSD-Madeira. A memória é algo que fica bem a todos;

a segunda nota tem a ver com Carlos Pereira, que obviamente deixou de ter condições políticas de manter-se em Lisboa (não pelo ataque feito agora a Cafofo, mas pelas polémicas que rodearam a sua passagem pela Assembleia da República) e de obter apoio de Cafofo seja para o que for. Não há volta a dar. Acho que deixou de haver confiança mútua e ponto final! Acredito que Pereira nunca perdoou à dupla Cafofo-Câmara a derrota sofrida  que o afastou da liderança do PS-Madeira. A minha dúvida é saber se vai assumir a liderança da oposição interna a Cafofo - e como - e se vai sequer marcar presença no Congresso Regional depois de praticamente não ter sido visto na campanha das regionais, salvo no dia em que Costa veio participar numa arruada seguida de comício em Machico e regressou a Lisboa horas depois.

Finalmente não me repugna nada que Cafofo seja candidato a Lisboa nas legislativas, mesmo correndo o risco - pelo desgaste que os socialistas vão sofrer no país - porque não tendo sido candidato a deputado regional o futuro líder do PS-Madeira , precisará, depois de eleito de um espaço político que lhe dê protagonismo mediático e algum espaço de manobra acrescido, sendo previsível que mantendo-se o calendário político regional até 2027, suspenda depois o mandato em Lisboa para se dedicar às regionais desse ano (LFM)

quinta-feira, novembro 30, 2023

Polémica sem efeitos ou braço-de-ferro desesperado?

fonte: Jornal da Madeira

Sondagem: Pedro Nuno Santos favorito na luta com Carneiro pela liderança do PS

Pedro Nuno Santos é o favorito dos portugueses a vencer as eleições no PS (52%) e o candidato socialista com maior probabilidade de chegar a primeiro-ministro (50%), de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. José Luís Carneiro (38%) só aparece à frente do seu principal rival (34%) quando se pergunta quem daria um melhor primeiro-ministro. No entanto, quando se analisam apenas os resultados entre os eleitores socialistas, Pedro Nuno deixa Carneiro para trás em todos os capítulos. A vantagem do ex-ministro das Infraestruturas é de dois para um relativamente ao ainda titular da pasta da Administração Interna. É assim quando se pergunta aos portugueses sobre qual dos dois tem mais hipóteses de vencer as diretas no PS, marcadas para 15 e 16 de dezembro (52% contra 26%), como quando a questão remete para as eleições legislativas de 10 de março e para a probabilidade de algum deles se tornar o próximo primeiro-ministro (50% contra 24%).

As escolhas no PS

É verdade, no entanto, que os portugueses não votam na escolha para secretário-geral do PS. Razão pela qual tem maior significado o que pensam os potenciais eleitores socialistas. E quando a análise se foca nos resultados deste segmento da amostra, a diferença é ainda maior: relativamente à pergunta sobre a corrida à liderança do partido, Santos chega aos 61% e alarga a vantagem para 35 pontos; quanto à probabilidade de chegar a chefe do Governo, cresce para os 59%, com mais 32 pontos percentuais do que Carneiro.

Também é certo que não são os eleitores socialistas a escolher o próximo líder. E a sondagem não chega ao ponto de distinguir como poderão votar os militantes do PS. Mas, também nessa contabilidade se adivinha uma vantagem para Pedro Nuno Santos: na contagem de espingardas que é atualizada todos os dias vai à frente em quem tem a capacidade de mobilizar eleitores para as diretas, por causa da sua ligação ao aparelho, ou seja, entre os deputados, os autarcas e os líderes de concelhias e federações.

Eleições: abstenção e evolução eleitoral do PSD e do CDS na Madeira


Este quadro mostra a evolução da abstenção (regionais e legislativas nacionais) na Madeira bem como evolução eleitoral do PSD e do CDS na Madeira, considerando os dados oficiais constantes de toda a documentação eleitoral. Importante paras perceberem, em tempos de negociatas políticas de coligações pré-eleitorais, os "benefícios" de certas apostas, "benefícios" esses que os números mostram de forma inequívoca (LFM)

20% dos madeirenses vivem com menos de 530 euros por mês

A Madeira, segundo o INE (dados de 2022), é a segunda região do país com a maior taxa de risco de pobreza ou exclusão social. Alguns cidadãos dizem que a vida está cada vez mais cara e que atualmente, é impossível poupar. Leia aqui os dados publicados pelo INE na sua versão original. Aproveito também para recomendar a leitura, e conjugação de todos os indicadores, o documento do INE, publicado em Novembro de 2023 intitulado "O ganho mediano mensal dos trabalhadores por conta de outrem não ultrapassa 1000 € em 285 (93%) dos 308 municípios - 2021". Leia aqui

A abstenção eleitoral nas Regiões Autónomas

Este quadro mostra a evolução da abstenção (regionais e legislativas nacionais) na Madeira e nos Açores, apenas com base nos dados oficiais constantes de toda a documentação eleitoral. O que nada tem a ver com a realidade de termos cadernos eleitorais empolados e, portanto, alegadamente distantes da realidade, situação que numa democracia eleitoral como a nossa, é um absurdo que ocorra. O problema é que sobejam os que acham, e bem, que temos cadernos eleitorais desactualizados que empolam os valores da abstenção. Mas nada é feito para resolver isso. O problema, muitas vezes escamoteado é que se actualizassem, como deviam, os mecanismos de registo eleitoral de cidadãos inscritos nos cadernos eleitorais, provavelmente a própria distribuição dos deputados a serem eleitos para a Assembleia da República, nos diferentes distritos continentais e Regiões Autónomas, também seria substancialmente diferente da actual. E não apenas isso seria mudado... (LFM)

quarta-feira, novembro 29, 2023

Sondagem: Apoio ucraniano para a adesão à UE e à NATO está em queda

Uma esmagadora maioria dos ucranianos é a favor da adesão à UE e à NATO, no entanto, o nível de apoio registou uma ligeira descida desde o verão, de acordo com uma sondagem divulgada pelo Rating Sociology Group. No total, 78% dos ucranianos votariam pela adesão à UE se um referendo fosse realizado agora, abaixo dos 85% em Julho, e 77% são a favor da adesão à NATO, uma queda em relação aos 83% em Julho. Os números de Julho também representaram uma ligeira diminuição em relação a uma sondagem semelhante realizada em Janeiro de 2023, na qual um recorde de 86% dos ucranianos eram a favor da adesão à NATO. A maioria em todo o país apoia a adesão a ambas as instituições, mas o nível de apoio é mais elevado na parte ocidental da Ucrânia e em Kiev.

Quando questionados se a adesão da Ucrânia à NATO apenas com os territórios atualmente controlados pelo governo era aceitável, mais de metade disse que não (53%), mas a ideia foi total ou parcialmente apoiada por 43% dos entrevistados. Houve um ligeiro desvio regional nos resultados, com os cidadãos da parte ocidental da Ucrânia e de Kiev mais dispostos a apoiar a ideia de aderir apenas aos territórios controlados pela Ucrânia e aos do sul, centro e leste. O Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse a 29 de novembro que a Ucrânia tinha feito progressos significativos na implementação das reformas necessárias para a adesão. “A Ucrânia está mais próxima da OTAN do que nunca”, acrescentou. Já a Comissão Europeia recomendou a 8 de novembro que a Ucrânia iniciasse negociações de adesão à UE. Será necessária uma votação unânime dos Estados-membros em Dezembro para que as negociações comecem oficialmente (Executive Digest)

Aeroporto da Madeira recebeu 4 milhões de passageiros até setembro


Rede de crimes na Ucrânia desmantelada em operação internacional. Os bandidos nem em guerra adormecem...

Uma operação internacional desmantelou um grupo organizado de crimes informáticos na Ucrânia ligado a “ataques de alto perfil que geraram perdas de centenas de milhões de euros” em 71 países, anunciaram hoje as autoridades europeias. Segundo a polícia do bloco europeu (Europol) e a Agência da União Europeia (UE) para a Cooperação em Justiça Penal (Eurojust), mais de 20 investigadores da Noruega, França, Alemanha e Estados Unidos foram enviados a Kiev para ajudar as autoridades ucranianas numa recente operação contra esta rede responsável por importantes ataques informáticos de ‘ransomware’, modalidade criminosa na qual se sequestra informação de uma empresa, um Governo ou um utilizador para cobrar um resgate.

Acredita-se que estes ataques tenham afetado mais de 1.800 vítimas em 71 países, atingindo grandes corporações, paralisando empresas e causando perdas de pelo menos várias centenas de milhões de euros. As investigações determinaram que os piratas informáticos criptografaram mais de 250 servidores de grandes empresas.

Cafôfo disponível para ser cabeça-de-lista a `Lisboa` se `Lisboa` assim o entender...

O candidato a líder do PS Madeira quer primeiro ser eleito e depois deixará que os órgãos do partido decidam os nomes para a lista. Estranha declaração de um partido supostamente autonomista, salvo se o poder de decisão final na escolha dos cabeças-de-lista esteja atribuído apenas a Lisboa, ao Largo do Rato