A ANA tem-se defendido afirmando que é o resultado de uma boa gestão e de algo que não se podia prever em 2012, na altura da privatização — o crescimento exponencial do turismo. Aponta também o encaixe de €3 mil milhões na privatização, num momento em que o país, sob intervenção da troika, desesperava por investimento estrangeiro e entrada de capital. Os números mostram uma realidade animadora, houve uma quase duplicação dos passageiros nos aeroportos portugueses, que saltaram de 29,5 milhões em 2013 para 55,7 milhões em 2022 (mais 88,4%). Este ano, só em Lisboa estão estimados 34 milhões de passageiros, mais de dois milhões do que em 2019. A procura traduziu-se, naturalmente, em mais negócio. Nas receitas o crescimento mais que duplicou, passou de €377,7 milhões para €847,3 milhões em 2022. Os gastos com os trabalhadores são, porém, menos exuberantes: em 2013 os custos com pessoal ascendiam a €54,4 milhões, dez anos mais tarde eram de €73,4 milhões. E o número de trabalhadores manteve-se estável (Expresso, texto da jornalista ANABELA CAMPOS)
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