“Estamos profundamente preocupados com a falta de progressos na libertação de cidadãos norte-americanos e de prisioneiros políticos venezuelanos detidos injustamente. Continuaremos a empenhar-nos ativamente nos esforços diplomáticos a este respeito e estamos preparados para tomar medidas nos próximos dias para suspender certas sanções, a menos que haja mais progressos”, disse. A declaração de Kirby foi feita um dia após a Noruega, mediador entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, ter anunciado que as duas partes tinham chegado a acordo sobre um mecanismo para reconsiderar as desqualificações de candidatos, incluindo a candidata presidencial anti-Chávez María Corina Machado.
“Congratulamo-nos com o anúncio feito ontem [quinta-feira] pelos representantes de Maduro e da Plataforma Unitária, que define o quadro para uma rápida reabilitação de todos os candidatos. É algo que temos defendido. É uma notícia bem-vinda e pensamos que também é importante”, disse Kirby. Quinta-feira era o prazo que Washington tinha dado a Caracas para fornecer uma série de garantias para as eleições de 2024. A administração do democrata Joe Biden prometeu que, se Maduro não tomar uma série de medidas, restabelecerá as sanções que levantou temporariamente após os acordos de Barbados, nos quais o chavismo e a oposição assinaram garantias para essas eleições, incluindo a observação eleitoral. Kirby também fez uma declaração sobre o referendo que a Venezuela realizará no domingo sobre a disputa sobre o território de Essequibo que o país tem com a Guiana.
“Temos sido claros no nosso apoio a uma resolução pacífica. A decisão arbitral de 1899 que determina a fronteira entre a Guiana e a Venezuela deve ser respeitada, a menos que as partes cheguem a um novo acordo ou que o Tribunal Internacional de Justiça decida em contrário”, afirmou. A Venezuela reivindica a região de Essequibo, cerca de 70% do território da Guiana, incluindo as reservas petrolíferas ‘offshore’, argumentando que a decisão arbitral de 1899 é nula e sem efeito porque “afetou fraudulentamente 159.500 quilómetros quadrados do território” da Guiana de Essequiba, como lhe chama o governo venezuelano (Sapo)
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