sexta-feira, dezembro 08, 2023

Sondagem Expresso: Governo acaba em queda e com economia no vermelho

A reta final pode ter sido em festa, com um Conselho de Ministros cheio de decisões de última hora. Mas na entrada do Executivo de maioria em gestão a proporção de inquiridos que avaliam o seu desempenho de forma negativa mantém a tendência crescente que se observa desde março de 2022, mostra a sondagem Expresso/SIC, elaborada pelo ICS-ISCTE. Eis o retrato na hora de saída: 27% de respostas positivas (1% “muito bom” e 26% “bom”), superadas pelas negativas: 48% avaliam o Governo como “mau” e 21% como “muito mau”. Este padrão é visível desde setembro de 2022, mas regista agora o segundo valor mais negativo da era Costa, anulando a inversão registada na sondagem de setembro passado.

Sendo a avaliação negativa em quase todos os grupos sociodemográficos, a exceção está nos simpatizantes do PS: só metade (49%) dá nota negativa ao Governo, próximo dos eleitores que se identificam com a esquerda (58%). Ao invés, os inquiridos que se posicionam ao centro (71%) e à direita (81%) são mais propensos a avaliar negativamente o Governo.

No que diz respeito à evolução da economia a situação é diferente: depois de se ter degradado entre maio e setembro deste ano, esta avaliação mostra uma ligeira melhoria: aumentou a percentagem de inquiridos que vê melhorias na economia (de 6% para 12%), e diminuiu a percentagem dos que acham que a situação piorou (de 69% para 65%). Sem mudar a conclusão: as perceções negativas superam as positivas, padrão que se mantém há mais de três anos. De resto, depois de uma diminuição significativa em setembro (45%), a percentagem de inquiridos que declaravam ser “difícil” ou “muito difícil” viver com o rendimento do agregado familiar voltou a subir em novembro, atingindo os 55% e — ficando assim em terreno negativo (Expresso, texto dos jornalistas DAVID DINIS e SOFIA MIGUEL ROSA)

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