quarta-feira, dezembro 27, 2023

Sondagem: Maioria defende demissão de Marcelo caso se prove interferência no caso das gémeas


Maioria dos inquiridos em barómetro da Intercampus acredita que o Presidente da República intercedeu para que as gémeas luso-brasileiras recebessem um tratamento médico em Santa Maria. A maioria dos inquiridos no barómetro Intercampus para o Jornal de Negócios e CM/CMTV acredita que o Presidente da República intercedeu para que duas gémeas luso-brasileiras recebessem um tratamento médico privilegiado no hospital de Santa Maria. Caso se prove que houve cunha por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, a maioria defende que o chefe de Estado deixe o cargo, de acordo com o estudo divulgado esta terça-feira no Jornal de Negócios e Correio da Manhã.

Interrogados sobre se o Presidente da República intercedeu junto do Governo para que as crianças recebessem um medicamento de valor elevado em 2020, a maioria dos inquiridos 58,9% disse ter essa percepção, enquanto só 17,5% admitiu não acreditar nessa hipótese e 23,6% não sabem ou não respondem.

Caso fique provado que Marcelo tenha responsabilidades no tratamento de privilégio das crianças, a maioria (61,7%) dos inquiridos defende que o Presidente da República deve demitir-se do cargo enquanto 23,9% considera que se deve manter. Os restantes (14,4%) não sabem ou não respondem.

Quanto ao principal responsável no caso, o Presidente volta a ficar com a maior fatia de culpa (26,5%) mas o Governo e o Ministério da Saúde também são apontados por 21,9% e o filho do chefe de Estado, Nuno Rebelo de Sousa, é indicado por 19,8%. Para 7,4% dos inquiridos, a culpa é do Hospital de Santa Maria e para 1,8% é dos médicos.

Este estudo de mercado realizou-se antes de o ex-secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, ter revelado ao Expresso no passado sábado que se reuniu por duas vezes, com o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, uma das quais por causa do caso das gémeas.

O caso do tratamento médico das gémeas foi revelado pela TVI no início de Novembro passado. O Presidente da República tem negado qualquer interferência para que as crianças recebessem o medicamento para a atrofia muscular espinal. O trabalho de campo deste barómetro da Intercampus decorreu entre 18 e 21 deste mês, com 611 entrevistas. O erro máximo da amostragem para um intervalo de confiança de 95% é de 4%. A taxa de resposta foi de 62,3% (Público)

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