segunda-feira, dezembro 31, 2018

Governo usa “interesse público” para omitir dados da Zona Franca

Centeno ignora parecer da comissão de acesso a documentos e recusa divulgar informação sobre incentivos da Zona Franca da Madeira. Postos de trabalho são ponto sensível da investigação em Bruxelas. Governo teme “potenciais danos” e acena com riscos financeiros. Ao arrepio de uma recomendação da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), o Ministério das Finanças recusa revelar estatísticas e relatórios sobre a Zona Franca da Madeira (ZFM) enquanto estiver de pé a espinhosa investigação da Comissão Europeia às isenções atribuídas às empresas do centro de negócios. O PÚBLICO tenta desde Agosto obter documentos que abarcam um período de 11 anos – de 2007 a 2017 –, mas o ministério liderado por Mário Centeno rejeita divulgar de imediato a informação, alegando que isso representa “potenciais danos para o interesse público”, podendo afastar investimento privado e implicar riscos económicos e financeiros para Portugal.
A investigação da Comissão Europeia está a ser pilotada pela comissária Margrethe Vestager — conhecida pelas multas já aplicadas aos gigantes tecnológicos Google e Apple — e representa um passo inédito dado em Bruxelas. Ao longo de três décadas, o executivo comunitário aprovou os vários regimes fiscais da ZFM, mas em 2018 revelou dúvidas sobre se Portugal terá respeitado “algumas das condições de base” que levaram a Comissão Europeia a aprovar esses instrumentos em 2007 e 2013, em relação ao chamado Regime III. Os dados sobre os postos de trabalho são um ponto sensível da investigação da Comissão Europeia. Uma das condições para o Estado português conceder as isenções exige a criação de empregos — e Bruxelas duvida que algumas sociedades tenham criado e mantido efectivamente os empregos necessários.

Marques Mendes: Regimes diferentes para recuperação do tempo de serviço dos professores “é inconstitucional”

Luís Marques Mendes afirma que é inconstitucional que a recuperação do tempo de serviço dos professores aconteça de formas diferentes na Madeira, nos Açores e no continente.

Venezuela: Casi mil menores deambulan solos por Caracas

Germaín se estruja los ojos, dice que cree que tiene fiebre, se ve mareado y fastidiado. Su mamá saca una sábana del bolso y lo manda a dormir. El pequeño se coloca la tela como una capa y camina unas cuadras hasta un recodo de la estación de metro Plaza Venezuela, en el centro de Caracas. Tiene 12 años y ahí comparte un colchón con otros niños de un grupo de 15, la mayoría sin sus padres, que vive en ese trozo de acera, frente a la sede del servicio de inteligencia venezolana (Sebin). Los adultos se acomodan sobre cartones bajo un puente, a orillas del contaminado río Guaire que cruza Caracas, particularmente fría este diciembre. “Es que hoy no hemos comido”, justifica Thairen Arenas, de 39 años, que desde hace dos años vive en la calle con dos de sus cuatro hijos. El "hoy" al que se refiere la mujer, desempleada y sin estudios, es la noche después de Navidad, cuando varias fundaciones recorrieron algunas avenidas de Caracas para repartir comida típica navideña y regalos a las cada vez más numerosas personas sin hogar. “Así es esto, un día te llegan muchas bendiciones (comida), como ayer que nos trajeron hallacas y juguetes para los niños, y otro no tienes nada y nos toca reciclar”. "Reciclar" es buscar los restos de comida de los restaurantes y también pedir dinero. Arenas está con otra mujer y otros niños.

domingo, dezembro 30, 2018

Venezuela: Niñez abandonada

Las calles de Caracas están llenas de niños que corren, se ríen, se bañan en ríos sucios, buscan comida en la basura y también consumen drogas. Estos menores de edad muestran una de las tantas caras de la severa crisis económica y social que azota al país petrolero que es Venezuela (El Pais)

Opinião alheia: "Os Açores como refúgio"

Nascida em Chaves, licenciada em Vila Real, foi nos Açores que Maria João Sousa encontrou condições para fazer o que sempre sonhou: ser professora, e ser respeitada por isso. Mil vezes pensou em desistir. O saltar de ilha em ilha, a casa a tiracolo, os dois filhos, ainda crianças, a mudar de escola todos os anos. Faial primeiro. Depois São Miguel. Terceira, no ano seguinte. A família sempre longe, o marido. Um mar de distância a separá-los. A saudade esticada pelo Atlântico e pelos montes e montanhas até Chaves.
Nunca teve medo do trabalho e mil vezes pensou fazer outra coisa. O bom ordenado, a estabilidade da carreira, o respeito da profissão. Tudo ingenuidades que ficaram lá trás quando Maria João Sousa terminou a licenciatura em Educação Básica na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
A primeira paragem, com o canudo ainda fresco na mala e uma montanha de ilusões na alma, foi o pequeno Centro Escolar Viatodos. Ali, a meio caminho entre Famalicão e Barcelos. Foi bem recebida. A escola era simpática e os alunos educados. Mas e o futuro? O ano seguinte.
Maria João Sousa tinha 26 anos. Sabia que fosse qual fosse a escola a que concorresse, seria a mais nova, em idade e em tempo de serviço. Sabia que tamanha juventude, significava arriscar um ano de horários zero, turmas de substituição. Enfim, o que sobrasse. Falou com o marido, com o resto da família em Chaves, e aventurou-se para os Açores.

Opinião alheia: "Carreira de professor salva pela autonomia da Madeira"

Duas décadas de carreira, 2.º escalão. Nélio Velosa é professor na Madeira (sempre foi), e não fossem os anos de congelamento estava agora a fazer contas ao que iria ganhar no 5.º escalão.
Quase metade da vida de Nélio Velosa foi passada numa sala de aula. Professor de Português há 21 anos, sempre na Madeira, só conheceu quatro escolas. A 2+3 Dr. Alfredo Ferreira Nóbrega Júnior, na Camacha, onde estagiou, quando acabou o curso da Universidade da Madeira, a EB1/ PE do Porto Santo, na ilha onde nasceu e cresceu, a B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, em Santana, novamente na Madeira, e a Básica dos 2.º e 3.º ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro, no Funchal, onde está efectivo há 17 anos.
Não fossem os tais nove anos, quatro meses e dois dias em que as carreiras estiveram congeladas, Nélio Velosa estava agora no 4.º escalão à beira de subir para o 5.º. Ficou-se pelo segundo, já lá vai mais de uma década. “Felizmente, graças à autonomia, vou recuperar todo o tempo de serviço”, diz ao PÚBLICO, no dia em que o diploma que estabelece o modelo de recuperação integral do tempo de serviço para os professores na Madeira foi publicado no Diário da República.

Opinião alheia: "São todos professores mas o tempo deles não vale o mesmo"

O futuro próximo dos professores portugueses vai provavelmente ser diferente consoante o local onde vivam. A autonomia beneficia os professores das ilhas, enquanto os docentes do continente ficam a marcar passo na carreira. O PÚBLICO deixa-lhe o testemunho de três professores em situações diferentes.
Na Madeira e nos Açores, onde até ganham mais, os professores já sabem que vão ter assegurada uma progressão mais rápida na carreira e, portanto, terão melhores ordenados, enquanto no continente deverão continuar a marcar passo. Tudo por causa de maneiras diferentes de contar o tempo de serviço que esteve congelado. 
Como acontece com a maioria dos docentes do quadro, não foi só o congelamento das carreiras, válido para toda a função pública, que tramou este professor de Educação Visual e autor do blogue de estatísticas da educação DeArlindo. Houve também pelo meio duas alterações de fundo da estrutura da carreira docente que contribuíram activamente para esta lenta ascensão dos professores, que para a maioria já tornou impossível a chegada ao topo.
O que se passou com Arlindo Ferreira, que desde há 16 meses é também director do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, na Póvoa de Varzim, é um exemplo paradigmático desta situação. Por via da primeira daquelas alterações, ocorrida em 2007 por decisão da então ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, desceu três escalões. Isto porque entretanto a maioria dos professores passou a ter uma carreira de seis escalões em vez de dez, o que levou ao reposicionamento destes em função do seu índice remuneratório, que se manteve igual.
Foi assim que Arlindo Ferreira caiu do 6.º escalão para o 3.º, em que ainda se mantém, embora por poucos dias mais. Já lá iremos. Conta este professor que progrediu para o 6.º escalão no dia 29 de Agosto de 2005, precisamente na véspera da entrada em vigor do congelamento das carreiras decretado pelo Governo de José Sócrates, que se prolongaria até 2007. Quando este congelamento chegou ao fim, muitos professores não só já tinham descido de escalão por causa da alteração decidida por Maria de Lurdes Rodrigues, como estavam obrigados a permanecer mais tempo em cada patamar da carreira: a média de três anos, que vigorara desde 1999, transformou-se em cinco.
Pouco antes de terem chegado mais sete anos de congelamento (2011 a 2017), a carreira docente voltou a mudar e também pela mão de uma ministra do Governo de José Sócrates. Foi em 2010, com Isabel Alçada. A agora conselheira de Marcelo Rebelo de Sousa voltou a estender a carreira por 10 escalões, baixou o tempo médio de permanência em cada um para quatro anos e introduziu um novo travão: o acesso ao 5.º e 7.º escalão passou a estar dependente da abertura de vagas por parte do Governo. E assim continua a ser.
Com esta condição, o tempo de espera no 4.º e 6.º escalão pode eternizar-se. Arlindo Ferreira está a contar que tal lhe aconteça. No domingo irá progredir para o 4.º escalão devido ao descongelamento das carreiras iniciado este ano. Será a sua primeira progressão em 13 anos. E por uma questão de dias não iria ter qualquer tempo de serviço congelado a ser-lhe creditado. “Caso fosse promulgado o diploma da devolução dos dois anos, nove meses e 18 dias iria ficar indefinidamente a aguardar” que tal acontecesse, refere.
Razões? Se o diploma do Governo não tivesse sido vetado por Marcelo, a contagem daquele tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira só começaria a ser feita para quem progredisse a partir de 1 de Janeiro de 2019. Arlindo teria assim falhado o ponto de partida por dois dias. E como o acesso ao próximo escalão (5.º) está dependente da abertura de vagas, a devolução de quase três anos de tempo de serviço iria demorar bem mais tempo a chegar do que o período-padrão de permanência em cada patamar da carreira, que é de quatro anos.
Arlindo Ferreira não tem dúvidas disso. Como também não tem do seguinte: “Se não existir qualquer devolução de tempo de serviço e a manter-se a carreira tal como ela é agora (com quotas de acesso ao 5.º e 7.º escalão), e tendo eu 49 anos agora, a minha expectativa é a de ter apenas chegado ao 8.º escalão quando perfizer a idade legal para a reforma” (texto de Clara  Viana, Publico)

Opinião alheia: "Por que razão os professores das ilhas saem beneficiados?"

Estatuto de autonomia da Madeira e dos Açores permite às duas regiões regerem-se por regras próprias, salvo algumas excepções.
O que justifica que os professores dos Açores e da Madeira vejam contado na íntegra o seu tempo de serviço, ao contrário dos colegas do continente? Fernando Pimenta, que é investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa e venceu recentemente um prémio da Assembleia da República com um estudo sobre autonomia e regionalismo, explica que há várias ordens de razões para os órgãos de governo destas regiões gozarem, desde 1976, de um estatuto que lhes confere poderes quase absolutos em matéria política, administrativa e financeira.

Opinião alheia: "Um país, duas classes de professores"

O princípio da igualdade fica em dúvida quando a República reconhece direitos a uns e os nega a outros que, em tese, estão em igualdade de circunstâncias.
Entre perplexidades que a contagem do tempo de serviço dos professores suscita há uma particularmente intolerável: a diferença de tratamento que está para ser concedida aos docentes do continente em relação aos seus congéneres dos Açores e da Madeira. Se os governos dos Açores e da Madeira mantiverem as suas decisões de conceder a recuperação integral do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira e se o Governo da República mantiver a sua decisão de dar apenas dois anos, nove meses e 18 dias, teremos de nos confrontar com uma série de situações de injustiça que vão demorar tempo a curar.
A primeira tem a ver com a instituição de uma divisão entre a mesma classe profissional num mesmo Estado – o que fará com que docentes nos Açores possam passar à frente dos do continente apenas por força de uma decisão política; a segunda é a afirmação que as autonomias regionais se podem arrogar a desafiar princípios e decisões políticas pensadas para a maioria dos portugueses sem que ninguém as conteste (mesmo que a sua legalidade seja, na aparência, indiscutível); a terceira é que, perante esta óbvia discriminação, os sindicatos reforçam razão dos seus protestos e tornam a gestão deste grave diferendo político muito mais difícil de sustentar.
As autonomias existem para decidir sobre o interesse das suas populações e a Constituição confere-lhes o poder de criar legislação, fora das funções de soberania, sem ter de seguir o padrão do continente. Mas a Constituição também diz que “todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei”. Ora, por muito que haja quem sobreponha o valor das autonomias a estas questões, o princípio da igualdade fica em dúvida quando a República reconhece direitos a uns e os nega a outros que, em tese, estão em igualdade de circunstâncias.
O refúgio na autonomia, nos estatutos dos Açores ou da Madeira ou na Constituição não serve por isso como resposta para a situação absurda que se está a desenhar. Há questões políticas em cima da mesa que não podem ser ignoradas. Têm por isso a palavra os representantes da República, o Presidente, o primeiro-ministro ou os líderes partidários. Os salários dos professores, de todos os professores, são sustentados pelos impostos dos portugueses e se não há dinheiro para pagar os custos de todo o tempo de serviço congelado a um docente de Mogadouro, como pode haver para um docente de Ponta Delgada ou do Machico? (texto de Manuel Carvalho, editorial do Público)

Porto do Funchal espera 10 navios para passagem de ano

A infraestrutura portuária começa a receber a 31 de dezembro, a partir das 6 horas da manhã, os navios que devem fazer a passagem de ano na Madeira. O Porto do Funchal espera receber 10 navios para a passagem do ano na Madeira. As estimativas da Administração dos Portos da Madeira (APRAM) apontam para mais de 20.000 passageiros. O dia 31 de dezembro vai ser agitado no Porto do Funchal. A infraestrutura portuária da Madeira vai receber a partir das 6 da manhã e até às 12h00, sete dos dez navios que planeiam ficar para a passagem de ano na ilha. O AIDAnova, o Vale Moral, o Columbus, o Ventura, o Queen Vitoria, o Zenith, o Marella Dream, o Marco Polo, o AIDAstella, e o Mein Schiff I, são os navios que devem fazer a passagem de ano no Porto do Funchal (Jornal Económico)

Guilherme Silva ao Sol: "A situação do PSD não se remediaria com nenhum messias"

Histórico do PSD defende que Rui Rio, se perder as eleições, deve dar um sinal nessa noite de que está disponível para acordos com o PS. Como fez Jerónimo de Sousa em 2015.
Este ano vamos ter eleições europeias, legislativas e regionais na Madeira. O PSD está preparado para estes atos eleitorais?
- Infelizmente, o partido tem vivido situações de conflitualidade interna que não têm ajudado. Estas eleições para o Parlamento Europeu são talvez as mais importantes que até hoje ocorreram. O PSD deve fazer um esforço muito grande no sentido de apelar aos portugueses para a importância destas eleições. Como sabemos, tem havido um enfraquecimento dos partidos tradicionais, a proliferação dos partidos radicais, e a pior coisa que podia acontecer na Europa era que se formasse uma maioria radical. 
O resultado das eleições europeias poderá ser decisivo para a liderança de Rui Rio?
- O resultado de cada partido nas eleições europeias será um sinal do seu maior fortalecimento ou enfraquecimento. Não creio, porém, que um resultado mais fraco venha a traduzir-se numa convulsão interna que implique uma mudança de liderança. A liderança vai manter-se até às eleições legislativas.

Os impostos que vão sofrer alterações em 2019


Passagem de ano na Madeira com recorde de peças disparadas

O fogo de artifício terá cerca de 26 toneladas, sendo que nove dos quais são para explosivos. Serão disparadas mais de 174 mil peças. A passagem de ano na Madeira vai ter recorde de peças disparadas, que será superior a 174.632, disse à lusa Carlos Macedo, dirigente da empresa responsável pelo espetáculo. O fogo de artifício irá ter cerca de 26 toneladas, nove dos quais de explosivos, e uma equipa com 350 pessoas envolvidas em toda a operação, levada a cabo pela Macedo’s Pirotecnia, que ganhou o concurso para a execução do espetáculo. O Governo Regional investiu 3,7 milhões de euros nas festas de Natal e Passagem do Ano, um aumento de 10% relativamente ao ano passado. Só o fogo custa aos cofres regionais 1,3 milhões de euros.
O acréscimo traduz-se num aumento do número de postos de fogo: há dois novos postos no mar e mais um na ilha do Porto Santo. No total, são 38 postos (31 no anfiteatro da cidade, cinco no mar e dois no Porto Santo). O tema estará relacionado com os 600 anos da descoberta do arquipélago, sendo que a duração prevista do espectáculo de fogo de artifício será de oito minutos e terá alusões a algumas das características da ilha, referiu o responsável pela empresa. Na Passagem do Ano de 2006 para 2007 a Madeira foi reconhecida pelo World Guinness of Records com o maior fogo de artifício do mundo, na altura também pela mão da Macedo’s Pirotecnia (Jornal Económico)

Fogo de artifício atrai milhares à ilha da Madeira na passagem de ano


Eleições europeias, legislativas e na Madeira marcam calendário político de 2019


Esperados mais de 50 mil turistas na passagem de ano na Madeira


quinta-feira, dezembro 27, 2018

Metade dos helicópteros ao serviço do INEM não cumpre o contrato

O INEM tem quatro helicópteros ao serviço e só dois cumprem os requisitos técnicos exigidos no contrato de 38,7 milhões de euros, noticia esta segunda-feira o Jornal de Notícias (JdN).

Há um crime em Portugal que supera todos

Portugal é o quarto país mais seguro do mundo, numa lista liderada pela Islândia, Áustria e Nova Zelândia. Entre 2008 e 2017, os crimes mais violentos caíram 37%, mas nem tudo vai bem com a segurança dos portugueses... Jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos. Para explicar o mundo

Sondagem: António Costa atinge popularidade mais baixa desde que é primeiro-ministro

O primeiro-ministro recuou, em Dezembro, para o pior nível de popularidade desde que assumiu a liderança do Governo. Nesta altura, só Catarina Martins e Jerónimo de Sousa merecem avaliação positiva dos portugueses inquiridos pela Aximage. Distante vai o tempo em que António Costa era considerado o líder partidário mais popular em Portugal. Em Dezembro, a sondagem da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã atribui uma nota de 9,7 numa escala de 0 a 20, a primeira negativa do líder socialista desde que assumiu a chefia do Governo.

quarta-feira, dezembro 19, 2018

Justiça: mais instabilidade?

Anda nova polémica no ar - uma vez mais envolvendo política e magistratura - que desconfio poder não acabar nada bem - passível de aumentar a suspeição, já crescente na opinião pública, de que a política, a exemplo da Turquia ou da Hungria, pretende uma justiça domada e controlada, para que os políticos não sejam incomodados na libertinagem e continuem a comportar-se - alguns deles, uma minoria de espertalhões descarados, obviamente não todos - de forma bandalha, graças a mecanismos subterrâneos de corrupção de colarinho branco, tráfico de influências com múltiplas ligações e misteriosas ramificações, e que precisam de ser denunciados, julgados e esmagados, repito, esmagados com toda a força e de forma exemplar, doa a quem doer.
Aliás o PSD, quando são tantos os desafios que tem pela frente para suster o seu descrédito, preocupa-se - imagine-se as prioridades ridículo do transitório "rioismo" - com a composição do Conselho Superior de Magistratura e com a discussão em torno da pomposamente chamada "delação premiada", uma coisa que noutros países existe e que em linguagem popular se chama premiar a bufaria entre a bandidagem na esperança que a justiça encontre, pela via da "compra" de alguns bandidos, as provas que por vezes não consegue encontrar de forma sustentada e factual.

terça-feira, dezembro 18, 2018

Comércio do Funchal: é urgente fazer alguma coisa

Eu lembro que a problemática do comércio tradicional na baixa citadina do  Funchal (e curiosamente em Braga, que conheço bem, notamos um fenómeno algo semelhante), sobretudo numa lógica de futuro e não de procurarmos remendos em função das épocas do ano. Mais do que a modernização da oferta, é apenas uma opinião pessoal, há que diversificar essa oferta, complementando-a com a concorrência que aos poucos tem sido a causa da morte lenta do comércio tradicional. Há uma campanha de marketing agressiva e pragmática que precisa ser pensada e realizada para travar um epílogo que alguns começam a perspectivar no horizonte mais próximo. Nós não podemos vender um produto qualquer na baixa citadina a um preço superior ao que encontramos nas grandes superfícies, ainda por cima pagando estacionamento na cidade, porque as pessoas fazem as suas escolhas lógicas.
Com a nova direcção da ACIF, liderada pelo meu amigo Jorge Veiga França - desde os tempos do  Liceu - e com a Associação de Comércio e Serviços, acho que em 2019 poderia ser realizada uma iniciativa de debate sério sobre o futuro do comércio tradicional, quer em termos de oferta aos residentes, quer em termos do que fazer quando a cidade é visitada por milhares de turistas a bordo de navios que param no Funchal aos fins-de-semana.
Finalmente acresce que o PSD apresentou uma proposta de estacionamento gratuito no Funchal, na quadra natalícia, que até podia ser parcial se assim decidissem, proposta que acabou por ser recusada pela maioria na CMF, o que significa que com o estacionamento pago e sem ter uma oferta diferente às ofertas das grandes superfícies, o que temos são as contradições de quem na autarquia diz que apoia o comércio tradicional mas é incapaz de ver a lenta agonia do sector e vai recusando medidas que não sendo salvadoras podiam ajudar a travar esse fenómeno perigoso e que pode ter graves consequências económicas e sociais. Pensem nisso a serio e recuem no fundamentalismo da recusa sistemática a tudo o que a oposição apresenta na cidade (LFM)

segunda-feira, dezembro 17, 2018

O gamanço é para continuar porque TAP e companhias já ameaçaram (em silêncio)....

Confesso que cada vez que leio estas notícias (notícia de hoje do JM) e vejo estes títulos fico em pânico, com uma espécie de urticaria em todo o corpo. Em pânico porquê? Porque não acredito que neste momento República e Região tenham condições para se entender e negociar seja o que for, porque suspeito que o Estado se quer livrar deste encargo e vai rasteirar Madeira e Açores, e porque não acredito - e sei do que falo, de fonte digna da minha confiança - que a TAP ou a Easyjet (desconheço a Transavia....até este momento) aceitem que seja alterado o actual sistema do subsídio de mobilidade se que daí advierem prejuízos para elas.

Será que o TdC vai esclarecer dúvidas?


Será que o Tribunal de Contas (Madeira) sempre vai realizar alguma auditoria a municípios que mexem em tantos milhões, que se comportam como se fossem os salvadores da situação financeira dos mesmos e que, alegadamente, gastam milhões por ajuste directo em publicidade e marketing político (não confundir com o institucional...)? E, já agora, a reboque disso, alargar essa auditoria a certas empresas públicas municipais sobretudo aquelas que são acusadas de serem apenas uma espécie de "passadeira" na circulação de certos recursos financeiros bem avultados para publicidade e prestações de serviços individuais?

sexta-feira, dezembro 14, 2018

Nada de deslumbramentos

Recomendo vivamente que não se deixem influenciar por ambientes forçados ou quase ficcionais. Felizmente sei do que falo, sem como tudo isso é feito. Nos últimos anos de actividade política mais intensa, sobretudo depois da campanha das regionais de 2011 (foi ela que marcou muita coisa, a começar por uma certa mudança de atitude do eleitorado que deixou de ser tolerante como antes), eu percebi, melhor do que antes, que as encenações são o maior perigo para as lideranças partidárias, sobretudo para as lideranças mais fracas ou aquelas que se fragilizam porque se sentem mais ameaçadas por acontecimentos futuros que não controlam. A minha sugestão é esse: não se iludam nem se deixem influenciar - acho que todos estão conscientes disso - porque uma coisa é a realidade dentro de portas, muitas vezes bem preparada e cujos protagonistas nada têm a perder se se envolverem, outra coisa é, depois, a realidade concreta, lá fora, quando é preciso fazer escolhas e tomar opções. Aqui é que as coisas se complicam porque os resultados normalmente acabam por nada ter a ver com as encenações, As autárquicas de 2017 foram, nesse aspecto, bem dolorosas, porque acabamos por constatar que a diferença entre a tal realidade concreta e o imaginário sempre volátil, assente em suposições desfasadas, foi demasiado chocante e penosamente derrotadora.
Sem a persistência no terreno, sem a paciência para falar com as pessoas, ouvi-las, percebe-las, lutar por elas, com elas, sem que estatutos sociais - uma merda da sociedade dos nossos dias - influenciem seja o que for, incluindo o relacionamento pessoal na política, tudo o que for feito vai direitinho e aceleradamente para o caixote do lixo. O que é preciso, cada vez mais preciso, é a humildade dos sábios, o seu realismo e pragmatismo, sem mentiras, sem hipocrisia, sem demagogia, sem a merda das redes sociais da trampa quando se transformam em arenas de julgamento até do carácter de pessoas que nem conhecem, sem o acomodamento patético de quem acha que a política se faz hoje com o facebook e outras redes sociais mais usadas, manipulando grupos de espertalhões "paridores" de comentários anónimos, todos articulados, obedecendo a uma mesma cartilha de procedimentos e adjectivações, sem os sofás do acomodamento, sem o convencimento, sem a mania tonta de que temos sempre a razão, etc.
Eu sei, conheço bem esse fenómeno, que em caso de vitória não faltam aqueles que se colocam na primeira fila a reclamar méritos que ninguém lhes reconhece. Os mesmos, as tais ratazanas, que em caso de derrota são também as primeiras a sair do esgoto e a querer responsabilizar terceiros pelo fracasso, pelo desaire, pela incapacidade de antecipar desfechos previsíveis (o que eu poderia dizer sobre isso...), regra geral porque ambicionam ocupar o lugar do outro, etc, etc. 
Temos que saber quais são os atributos essenciais ao sucesso. Portanto, nada de guerras internas, nada de divisões patéticas, nada de intrigas estúpidas, nada de amuos infantis, nada de pedantismo idiota, nada de tolerância para os oportunismos promovidos, intolerância anda maior para os incompetentes que se julgam iluminados caídos dos céus, ofendendo a inteligência e o saber e experiência das pessoas. Há sempre a possibilidade de paralelamente suprir essas falhas e essas faltas e encontrar uma linha de rumo que atenue os efeitos dessa incompetência promovida. Com a qual temos que viver porque as escolhas são da responsabilidade de que as faz. Portanto, não se iludam com facilitismos de festanças que valem o que valem (LFM)

Há sempre um outro circo ali ao lado...

Que fique claro: eu recuso julgar na praça pública seja quem for. Não me reconheço com autoridade para fazer isso seja a quem for, nem sequer essa é prerrogativa que me seja atribuída. Basta que o faça a mim próprio, aos meus actos e aos meus "coices", na certeza de que a minha consciência de tão serena que está que dorme melhor que eu. Mas também acho que as pessoas, no mínimo, esperam e desejam que os outros tenham a inteligência, a coragem, a sabedoria e a dignidade de perceberem o que devem fazer, quando devem fazer e porque devem fazer. Caso contrário que raio de autoridade política, pessoal e moral se lhes reconhece e concede? Nenhuma, zero. Viram meras anormalidades, influenciadas pelo oportunismo e condicionadas pelo instinto da sobrevivência numa selva, cada vez mais selvática, chamada política, carregada de oportunistas, moralistas, puritanistas e "juízes" até de carácter do outro. Regra geral esses já partiram todos os espelhos que tinham em casa! Onde não faltam os saloios e otários que confundem tudo e que ofendem a nossa inteligência, perorando sobre o que o outros fazem ou devem fazer e valorizando ou desvalorizando os factos em função da sua conveniência, quase sempre, como diz o povo, usando três ou quatros pesos e três ou quatro medidas. Falo das chamadas ratazanas do esgoto que só aparecem cá por cima quando procuram o estrume que as alimenta.  Mas que regra geral são barulhentos, demasiado barulhentos, porque acham que isso lhes dá importância e estatuto. Eles sabem que na política, na tal selva cada vez mais selvática, não são mais-valia de coisa nenhuma, ninguém as conhece, não ganham rigorosamente nada, nem sequer propiciam votos ao grupo de que fazem parte. Mas como não têm espelhos em casa, nem consegue ver-se a si próprios, não percebem quem são nem o que valem naquela selva selvática onde se julgam "reis" só porque falam  alto, demasiado alto, para serem levados a sérios e serem respeitados. São os bobos de uma corte que se vai desfazendo, definhando paulatinamente, sem que os responsáveis pela sua continuidade se apercebam disso e façam o que devem fazer. E quando o circo perde a piada, as pessoas fazem outras escolhas, logo ali ao virar da esquina, porque no circo ao lado há palhaços novos e malabaristas mais habilidosos. Fiquem bem (LFM)

Talvez um dia,quem sabe....

Nesta data importante para o PSD-Madeira - e lá estarei votando porque cumpro as minhas obrigações militantes, nada mais do que isso - limito-me a recuar no tempo, convém que se faça isso com regularidade, até porque o nosso erro colectivo é acharmos normal, natural e vantajoso que se procure branquear o passado, concluindo que alguns falam de tudo, contam histórias da carochinha, mas a verdadeira história do que se passou depois de 2011 na Madeira, nos bastidores da política e do poder regional, essa continua por ser escrita e contada. Ao pormenor. Com protagonistas, fatos, amores e traições, com tudo, incluindo boicote, manipulações e outras panaceias. Quem me dera ser um contar de histórias ou um escritor... Talvez um dia,quem sabe, esta curiosidade seja satisfeita!

quinta-feira, dezembro 13, 2018

Empresa de milhões com sede em casa em ruínas

Autoridades acreditam que pode ser uma empresa de fachada para passar faturas falsas.

Brexit: quem é Theresa May?

A antiga ministra do Interior chegou ao cargo de primeira-ministra na sequência da demissão de David Cameron

O país onde um gestor ganha 160 vezes mais do que os seus trabalhadores

Os presidentes executivos das empresas cotadas no índice PSI-20 ultrapassaram a crise e o período de resgate da troika com aumentos salariais de quase 50%, enquanto os trabalhadores perderam 6,2%. O fosso salarial entre o que ganham os CEO destas empresas e os profissionais que empregam, no artigo de jornalismo de dados de 2:59. Para Explicar o Mundo (Expresso)

Madeira: Auditoria aos procedimentos de identificação, registo e reporte dos encargos plurianuais na Conta da RAM de 2017

O que auditámos?
Os trabalhos incidiram sobre os procedimentos de identificação, registo e reporte dos encargos plurianuais evidenciados no Mapa das Responsabilidades Contratuais da Região Autónoma da Madeira (RAM) de 2017.
O que concluímos?
O sistema de controlo interno associado ao registo dos encargos plurianuais revelou insuficiências ao nível da fiabilidade da informação inserida no Sistema Central de Encargos Plurianuais (SCEP).

Madeira: PS e PSD devem agir imediatamente e dar o exemplo

Independentemente do que se passou e do facto de ter apresentado queixa na PJ, o deputado do PS-M Avelino Conceição deixou de ter condições para continuar a exercer o mandato de deputado. Por isso acho mesmo que devia renunciar ao mandato, imediatamente.E quanto a isso não há nada a fazer. Respeitando a liberdade de cada um em ser o que bem entender na sua vida, fora de funções com responsabilidades públicas, a verdade é que a partir do momento em que esta notícia virou notícia - e será viral, não tarda muito - o PS-Madeira não pode manter um deputado protagonista de assuntos com esta gravidade e que foram protagonizado por ele, segundo foi noticiado (eu não vi o video nem vejo merdas dessas). 
Embora de natureza diferente e com atenuantes que o primeiro caso do deputado do PS-M não tem, também acho - e curiosamente outro caso envolvendo um deputado de Machico - que o deputado social-democrata protagonista da cena com a polícia, deveria ter suspendido imediatamente o mandato até o cabal esclarecimento do que se passou. O PSD-M não pode ser prejudicado por atitudes que podendo ser imprensadas, e resultar de alguns copos a mais, a verdade é que acabam por ter um impacto político público negativo e que é insustentável. Desculpem mas é o que eu penso e acho que os dois partidos deveriam tomar pelo menos no final desta semana - o processo de substituição pode demorar e estamos numa fase de votação das propostas de Plano e Orçamento regionais para 2019 - as atitudes que garantam a continuidade de autoridade moral que neste momento acho que perderam aos olhos dos madeirenses. Sem atitude persecutória e deixando isso à consciência de cada um e à autoridade política de quem de direito, acho que é bom que os dois partidos dêem imediatamente o exemplo  em vez de meterem a cabeça na areia e fingir que nada aconteceu. Há limites para tudo mas penso que na política ainda há uma linha vermelha que não pode,. seja em que circunstâncias for, pisada ou ultrapassada (LFM)

quarta-feira, dezembro 12, 2018

Pobreza: entre a urgência de medidas e o populismo pré-eleitoralista

Temos falado muito (mais ouvido falar...) da pobreza, na Madeira, no País e na Europa. Confesso que a pobreza e a miséria me incomodam. E muito. E incomodam muito mais quando se percebe, seja em que dimensão geográfica vivermos, que ela também decorre da incapacidade política e governativa para encontrar soluções socialmente equilibradas que atenuem esse sofrimento.
Quando me falam em pobreza, miséria, privação extrema, sofrimento levado aos limites, etc, tudo isso cruzado com a pretensa "justiça divina", é óbvio que o somatório de pequenos factos contraditórios acabam por nos afastar de quaisquer atitudes religiosas mais complacentes (antes marcadas por uma impensável incondicionalidade, sem exigências de retorno), indiferentes ao facto de terem sido construídas ainda na infância mas que ao poucos se desvaneceram, principalmente quando nos apercebemos da falta de uma lógica e da injustiça de situações que vemos na nossa caminhada.
O que me incomoda mais, demasiado, é o facto de ficar com a percepção de que sempre que ouvimos os políticos  dos nossos dias - esgotadas outras bandeiras eleitoralistas e mais propensas ao populismo baratucho - falarem a espaços de pobreza, eles apenas o fazem porque foram confrontados com dados estatísticos, sem disfarçarem uma intencionalidade eleitoralista subjacente. Oportunismo eleitoralista que é negativamente proporcional à sinceridade medida pelas acções concretas e não pelo discurso demagógico e populista, mais ou menos fácil,  enraizado numa incontornável tendência de caça ao voto. Quando já nem sequer estamos a um ano de nova consulta popular, é óbvio que quanto maior for a "preocupação" (meti aspas...) dos políticos - então na oposição esse discurso populista é olhado como um potencial "maná dos céus" que acaba sempre por falhar, e ainda bem... - menor é a realidade concreta de eficaz combate a essa pobreza que mancha uma sociedade e ofende a dignidade humana que por alegada intercepção divina a todos devia estar garantida.
O problema é que os políticos não elaboram um quadro da realidade social, limitam-se a usar indicadores estatísticos de terceiros, não cruzam informações, não localizam geograficamente os problemas, limitam-se a actuar com base na dedução e na facilidade, maior ou menor, do discurso mediatizado, na esperança que ele possa render uns votitos, sem que exista uma sincera preocupação em reduzir o número de cidadãos na pobreza ou nos limites dela. (LFM)

Orçamento regional - 2019: o costume. E qual o problema? Zero

O Orçamento Regional-2019, tal como sempre esperei e aqui escrevi - nunca seria no último ano da Legislatura que a oposição e esquerda, ainda por cima pressionada por sondagens pouco agradáveis (mas apenas sondagens, por enquanto....) votaria na abstenção embora o perigo para ela resulte de um outro "bicho-papão" que a seu tempo dará cabo deles, como veremos em 2019... - passou com o votos do PSD-Madeira e o "cautelismo" (e calculismo) abstencionista do CDS-Madeira. Mais uma demonstração de que a política é, e será sempre, política, e que em política "paninhos quentes" e teorias idiotas não cabem nos manuais de procedimento. Bipolarização? E depois? Bipolarização alargada? E qual é o problema? Confronto entre centro-direita e centro-esquerda? Mas qual é a novidade? E qual o mal disso? (LFM)

Mobilidade: um desafio ao Tribunal de Contas

Eu desejava muito - porque é uma instituição respeitada e competente - que o Tribunal de Contas pudesse realizar uma auditoria à aplicação do subsídio de mobilidade nas ligações aéreas entre o Continente e as Regiões Autónomas, auditoria essa que clarificasse também, e de uma vez por todas, o impacto que o novo modelo teve no aumento das tarifas aéreas, e qual o valor pago, em termos de devolução, aos passageiros das ilhas.
Uma auditoria que nos dissesse ainda quais os valores praticados por outras companhias aéreas europeias para percursos com a mesma duração de voo, se há ou não estratégia comercial concertada no tocante à fixação de preços das tarifas entre os vários operadores e, finalmente,  se estamos, sim ou não, perante uma camuflada forma de financiamento indirecto de companhias aéreas que, deste modo indirecto, arrecadam dezenas de milhões de euros, contornando a proibição da comissão europeia.
Aliás, perante declarações recentes de um secretário de estado segundo o qual o Estado poderá gastar no final deste ano uns absurdos 80 milhões de euros com o subsídio de mobilidade, muito francamente acho que o TdC devia debruçar-se sobre este tema.
Eu sei que para um trabalho destes é preciso tempo, recursos humanos e acesso a toda a informação. Sei que provavelmente companhias aéreas como a Easyjet poderiam opor-se a ceder essa informação e que provavelmente a TAP sentir-se-ia igualmente desvinculada dessa obrigação. Não sei neste caso, como é que o TdC contornaria essa situação, mas tenho a certeza absoluta que seria uma auditoria credível, excelente - até porque não confio no regulador (ANAC) claramente "feito" com  os operadores - e que desmistificaria muita prosa que nos últimos dois anos tem surgido à volta do tema da mobilidade aérea. E finalmente, saber qual o custo para o Estado com este novo modelo de subsidio de mobilidade, por Região, e quantas devoluções do excedente por viagem foram formalizadas aos passageiros e em que valores, também separando Madeira e Açores. Aqui fica pelo menos uma dica porque se não for o TdC a tomar essa iniciativa não acredito que mais ninguém o faça, nem a IGF (curiosamente esta semana alvo de investigações policiais e judicias no âmbito do combate a alegados casos de corrupção) nem o regulador (LFM)

sábado, dezembro 08, 2018

Mistério: advogado simulou a própria morte?

As primeiras dúvidas sobre a possível simulação de morte de Álvaro Dias, que foi condenado a cinco anos e meio de prisão um mês antes da sua morte, foram levantadas pelos lesados deste advogado, que ficaram sem hipótese de reclamar justiça após as burlas de que dizem ter sido alvo. O tribunal deu por provado que Álvaro Dias cometeu um crime de burla e dois de falsificação. Quase todas as burlas foram efetuadas através de sentenças falsas que Álvaro Dias produziu nos dois tribunais arbitrais que criou: o primeiro, em 2002, com a chancela da Universidade de Coimbra e de reputados professores universitários, e o segundo, em 2006, com um nome diferente mas a funcionar na mesma morada e com Álvaro Dias também ao leme.Este segundo tribunal arbitral foi autorizado pelo ex-secretário de Estado e ex-porta voz do PS, João Tiago Silveira, apesar de ao ministério da Justiça, nessa data, já ter chegado uma queixa a referir que Álvaro Dias falsificava sentenças para beneficiar os seus clientes (veja aqui)

CNE contra mudança para instalações “sem segurança” decidida pela Assembleia

A Comissão Nacional de Eleições considera que a mudança de instalações, decidida pela Assembleia da República, será feita para um local mais inseguro, e viola várias leis.

E-mails indiciam que administradores da EDP manipularam Manuel Pinho

O Ministério Público começou a usar como prova no caso dos CMEC e-mails apreendidos a António Mexia e a outros administradores da elétrica. O Ministério Público está na posse de e-mails com alegadas provas de que a EDP manipulou o ex-ministro Manuel Pinho no caso dos chamados CMEC e da extensão do domínio público hídrico. Algumas comunicações mostram que a elétricas dava indicações ao governante sobre como agir e até chegou a enviar propostas de decreto-lei para o governo aprovar.

Prestação da casa deve manter-se baixa até 2020

As prestações baixas no crédito à habitação devem manter-se durante mais um ano e meio. Isto porque as taxas Euribor só devem voltar a valores positivos em meados de 2020. A estimativa foi feita pelo Banco de Portugal que, ainda assim, deixa alguns avisos ao setor bancário

Dois portugueses assassinados na Venezuela em menos de uma semana

Em menos de uma semana foram assassinados dois empresários portugueses na Venezuela. O caso mais recente ocorreu na madrugada de quinta-feira, em Caracas, onde um comerciante foi assaltado e morto a tiro.O Presidente da República diz estar preocupado com a escalada de violência contra os emigrantes portugueses que vivem na Venezuela.

Jorge Jesus Entrevista à CMTV (2ª Parte, 04 Dezembro 2019)


Jorge Jesus Entrevista à CMTV (1ª Parte, 03 Dezembro 2019)


Não me digam! Já chega....

Não me digam! Já chegam, só este ano são mais 800 milhões para tapar as patifarias na banca. E os patifes continuam por aí, soltos e a gozar da merda que fizeram sem que ninguém lhes vá ao focinho!

Coisas chatas...

Pois é, há coisas chatas, tão chatas que nunca deviam ser divulgadas em momentos de crise. Mas sempre acabam por o ser. Que eu saiba um ano tem 365 dias. Eles pararam 312 dias? Mesmo? Viva a Ministra da Justiça, muito faladora, pouco ou nada prática e, mais do que isso, claramente sem perfil nem "tomates" para o cargo

Recomendação a deputados e jornalistas (?)

Um recomendação ao grupo parlamentar do PSD-M e a quem interessar: evitem atropelos que mediaticamente rebentam com tudo. Os meios de comunicação começam a medir muito bem o espaço concedido aos partidos. No mesmo dia em que o Vice-Presidente do Governo aborda no Funchal os investimentos previstos em 2019 para a capital os deputados social-democratas falam numa questão muito importante, a devolução do IRS às famílias madeirenses (Governo Regional já devolveu 10 milhões às famílias em IRS). Temo quer este atropelo mediático de duas questões diferentes uma da outra (mas ambas da área governativa), acabem por neutralizar o efeito pretendido. Registo finalmente que o PSD-M acaba de alinhar pelos mesmos procedimentos da oposição, os quais andou anos a criticar (bem sei que os tempos são outros e que depois de 2015 o ano de 2019 está à porta): as conferências de imprensa em locais públicos sem qualquer empatia com as pessoas, se é que era essa a intenção subjacente. e sem qualquer razoabilidade, salvo a de transformar os jornalistas em lamentáveis "sopeiros" de caprichos que vêm e vão com o tempo (até que eles se irritem, se é que no meio de tanta precariedade exploradora que por aí anda, eles têm a coragem e a dignidade para o fazer). Duvido da eficácia deste tipo de iniciativas mediatizadoras da política. Mas, enfim, quem sou eu para opinar sobre este tema - a relação entre política e espaço mediático - se há tantos "especialistas" nesta área por aí à solta... (LFM, fotos DN-Madeira)

O Expresso entrou na capelinha das aparições

Há cem anos que é o coração do maior santuário do País. Sofreu um atentado à bomba, mas nem isso, nem a resistência inicial da hierarquia da Igreja foram capazes de demover milhares de fiéis de fazer dela um lugar de peregrinação diária. "Capela Mundi" é o título da exposição que, em Fátima, conta a história da Capelinha das Aparições. O curador da mostra, Marco Daniel Duarte, entrou com o Expresso no local de culto e desvendou alguns dos seus segredo

quinta-feira, dezembro 06, 2018

Reforma: começou a trabalhar em 2016? Esta informação é para si


Os trabalhadores que estão a entrar no mercado de trabalho vão perder um quarto do salário quando se reformarem. É o que diz um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico divulgado esta semana. O documento revela também que Portugal é um dos países da OCDE que mais gasta com pensões pagas a quem perde o marido ou mulher.

Operadores privados alertam para situações de concorrência desleal


Deve ou não o estado intervir nos meios de comunicação social? O mote para o debate foi lançado pelo próprio Presidente da República, que se tem mostrado preocupado com a crise no setor, mas para os operadores privados, a preocupação não é de agora.

O filme de um voto fantasma: como Mercês Borges registou Feliciano no OE


Maria das Mercês Borges foi a deputada que registou Feliciano Barreiras Duarte no momento da votação do Orçamento do Estado para 2019 na generalidade. Veja como tudo aconteceu

Repórter TVI: Telmo, como a sua dedicação à dança está a ajudar muitas pessoas


No passado domingo vimos como a vida familiar de Telmo Ferreira, o menino de Câmara de Lobos, mudou quando a sua história foi divulgada pela TVI. Hoje, nesta segunda parte, mostramos-lhe como a sua dedicação à dança está a mudar a vida de muitas outras pessoas. O trabalho da Associação Dançando com a Diferença é já uma referência a nível internacional e no último ano até já abriu um pólo em Viseu. Hoje o Telmo toca a vida de pais, filhos e avós que, com ele, descobrem caminhos de vida que pareciam perdidos e que ele enche de esperança (aqui e aqui)

Repórter TVI: a vida de Telmo, após a reportagem de há um ano e meio


A história de Telmo tocou o coração de milhões de portugueses quando foi revelada pela TVI, há quase ano e meio. O menino maltratado de Câmara de Lobos, na Madeira, que desafiou o destino ao conseguir fugir da miséria e do abandono, tornou-se um exemplo e uma inspiração para milhares de pessoas. Vinte e cinco anos após o ter deixado, a mãe de Telmo viu a reportagem e foi surpreendida com uma verdade que estava escondida. Uma reportagem de Paulo Salvador com imagem de Ricardo Ferreira e edição de Pedro Guedes (aqui)

Família investiu mais de €130 mil numa casa mas perdeu o imóvel


Nos negócios imobiliários, muitos empresários enriquecem à custa da falência de outras empresas. Nesta reportagem, conta-se a história de uma família que investiu mais de 130 mil euros numa casa onde viveu durante 15 anos. Ao fim desse tempo, e com 96% do apartamento pago, perderam o imóvel para um investidor que conseguiu comprar a mesma casa por apenas 20 mil euros. O casal garante que nunca foi contactado pelo liquidatário judicial, a quem acusa de manobras pouco claras (aqui)

Madeira: nasceram dois lobos-marinhos bebés nas ilhas Desertas

O Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) anunciou, através das redes sociais, que a população de lobos-marinhos na Reserva Natural das Desertas - subarquipélago da Madeira - , aumentou. Foi no passado dia 22 de novembro que os vigilantes detetaram a existência de duas novas crias desta espécie, um macho e uma fêmea. O instituto adiantou ainda que os animais têm mães diferentes, sendo elas a 'Fêmea Y´e a ´Parêntesis'. Até ao momento, o IFCN só conseguiu detetar estas duas crias, no entanto, é expectável que se venham a ser encontradas mais. O lobo-marinho, ou foca-monge do mediterrâneo, são uma espécie em vias de extinção e em Portugal existem exclusivamente nas Ilhas Desertas e ilha da Madeira. Estima-se que existam cerca de 25 a 30 exemplares deste animal no nosso país (aqui)

Retrato da extrema-direita espanhola


segunda-feira, dezembro 03, 2018

MRS, a comunicação social, a RTP...

Marcelo Rebelo de Sousa colocou há dias o dedo na ferida, quando falou da comunicação social, do preente e do futuro, sobretudo do futuro. Acho que o PR - jornalista com larga experiência, desde os primórdios do Expresso - sabe melhor do que ninguém o que se passa e sabe que o fundamentalismo político e as posturas partidárias radicalizadas estão a destruir um dos suportes de qualquer democracia. Um regime político de liberdade, uma democracia parlamentar, só existem com uma comunicação social pujante, isenta e com condições de afirmação na  sociedade. Se a comunicação social se fragiliza, se os meios de comunicação deixam de ter condições para desempenharem a sua função, se os jornalistas se sentem ameaçados peça precariedade e por constrangimentos intoleráveis, obviamente que passamos a ter uma comunicação social vulnerabilizada e facilmente cedente aos apetites mais vorazes de grupos de pressão, regra geral económicos e financeiros, que depois acabam por usar os meios de comunicação social onde metem as patas como instrumentos ao serviço das suas estratégias e de defesa dos seus interesses, sempre contra alguém.
O problema de MRS - que teve o mérito de colocar a sociedade a discutir o assunto e de contribuir para que os meios de informação percam a vergonha de assumirem uma realidade que dificilmente pode ser escondida por muito penosa que ela seja - é que a gravidade da situação não poupa nem os meios de comunicação social do Estado. Ou seja, não sei até que ponto o estado está hoje interessado em perder tempo com a comunicação social, sobretudo quando ela incomoda, tal como não sei qual será, de facto, o futuro da imprensa, quando vemos empresas que sempre foram poderosas no sector da impressão - veja-se o caso da Lisgráfica que tentou evitar a falência, esforço que parece estar a esbarrar com o insucesso por conta do persistente acumular de significativos passivos mensais - estarem agora irremediavelmente condenadas, sofrendo os efeitos de uma acentuada queda das tiragens dos jornais e revistas.

Óscares do turismo insistem na Madeira...


Portugal ganhou 16 prémios atribuídos pelos World Travel Awards numa gala realizada pela primeira vez em terras lusas. Lisboa é dupla vencedora nos "óscares do turismo". O resultado é histórico. Portugal foi eleito o “Melhor Destino do Mundo” pelo segundo ano consecutivo. O país ganhou um total de 16 “óscares do turismo”, atribuídos pelos World Travel Awards, numa cerimónia que ocupou o Pátio da Galé, em Lisboa, este sábado à noite. A capital portuguesa é, aliás, uma das grandes vencedoras: Lisboa foi eleita “Melhor Cidade Destino” e “Melhor Destino City Break” a nível mundial.
Esta foi a primeira vez que a gala de entrega dos prémios — que já vai na sua 25.ª edição — se realizou em Portugal, à semelhança do que aconteceu a 23 de Novembro, quando o Pavilhão Carlos Lopes recebeu a estreia em absoluto da gala do Guia Michelin em terras lusas. O resultado desta edição dos World Travel Awards também é histórico, sobretudo quando comparado com os sete prémios que o país venceu no ano passado e com os quatro atribuídos em 2016. 2018 viu chegar 16 galardões, comummente conhecidos como “óscares do turismo”.

Secretariado do PSD-M: o erro (político) desnecessário de Rubina Leal


Eu não mudo de opinião e por isso, na sequência de um texto que escrevi há várias semanas - mas reconheço que ninguém liga puto a isso até porque  porque os procedimentos internos de decisão são integralmente semelhantes aos que em 2014 foram criticados e imputados ao anterior líder e catalogados de inadequados - considero que Rubina Leal, enquanto responsável pela estrutura do PSD do Funchal nunca, repito, NUNCA, poderia ter integrado o secretariado do partido. Não se trata de questões relacionadas com a pessoa mas apenas considerações de natureza partidária, apenas e só partidária.
O secretariado de um partido  é um órgão de gestão corrente, política e administrativa, dando atenção aos assuntos do partido, internos e externos, sempre sob a a orientação a Comissão Política e particularmente do seu Presidente.
Nas campanhas eleitorais a pressão e as exigência que se coloca ao secretariado aumenta substancialmente.
Rubina Leal tem de se concentrar no Funchal, saber até que ponto o PSD-M no Funchal está curado do impacto negativo das autárquicas de 2013 e de 2017. RL tem que mobilizar as bases, saber se as estruturas partidárias de apresentam valores empolados de militância que não assentem em nenhuma ficção. Tem que pensar e estruturar três campanha eleitorais. Tem que fazer urgentemente um retrato da realidade política e social de cada freguesia, tem que conhecer os sítios de cada freguesia, tem que criar novos canais de contacto permanecente com as bases partidárias que em ano eleitoral precisam ser diferentes do que acontece quando não há desafios eleitorais pela frente. Rubina Leal não precisa do secretariado, não devia envolver-se no secretariado do partido, porque duvido que este órgão do PSD-M venha a privilegiar o Funchal nas acções de campanha e nos apoios previstos nas três campanhas eleitorais, em detrimento dos demais municípios. Isso seria desastroso para o PSD-M porque dificilmente não deixaria de gerar irritação e causar reacções negativas da parte das estruturas partidárias nas demais freguesias e concelhos fora do Funchal.

Espanha: Extrema-direita entra no parlamento da Andaluzia em eleições ganhas pelo PSOE


O PSOE foi o partido mais votado, mas com os piores resultados da sua história, nas eleições de hoje na região espanhola da Andaluzia, que foram marcadas pela chegada da extrema-direita ao parlamento regional. Os partidos tradicionais espanhóis são os grandes derrotados da consulta de hoje, quando estão escrutinados 98% dos votos, com o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) a passar de 47 deputados regionais (num total de 109) para 33, enquanto o Partido Popular (PP, direita) passa de 33 para 26.

A foca mais rara à face da Terra encontra-se na Madeira


Em trinta anos, a investigação com o mais esquivo mamífero marinho do território português avançou extraordinariamente. as focas-monge são agora um tesouro bem mais conhecido. Navegando nas águas envolventes de uma ilha paradisiacamente florestada, a tripulação da caravela que se encontrava sob comando de João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo, os melhores navegadores e cartógrafos portugueses do início do século XV, mostrou-se perplexa. O som intenso e assustador semelhante a uivos de lobos que provinha daquelas margens rochosas despertava um misto de emoções. Repletos de medo, mas movidos pela curiosidade, estes marinheiros foram ao encontro do que seria o primeiro contacto do povo lusitano com uma população de lobos-marinhos.
Pouco tempo foi necessário para perceberem que estes seres estranhos, monstruosos e assustadores, tinham afinal de contas características bastante dóceis. Com a descoberta de um novo recurso de fácil exploração, iniciou-se um massacre que levou uma comunidade com cerca de dois mil animais à beira da extinção. Procurado pela sua pele que fornecia um excelente couro e pela gordura, usada nos sistemas de iluminação e cosmética, o lobo-marinho foi um dos primeiros produtos obtido e comercializado do Novo Atlântico para a Europa.