sexta-feira, janeiro 31, 2020

Avaliação bancária: preço dos imóveis aumentou mais em Oeiras

Uma análise dos dados disponíveis no sistema de geomarketing Sales Index da Marktest permite observar como o valor médio da avaliação bancária dos alojamentos aumentou mais no concelho de Oeiras e como em Lisboa o valor é o dobro da média nacional. De acordo com o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação realizado pelo INE, a avaliação bancária dos alojamentos atingia, em 2018, um valor médio de 1192 euros o metro quadrado no total do país (dados disponíveis para 242 dos 308 concelhos). Este valor oscilava entre os 1095 euros/m 2 no caso das moradias e os 1249 euros/m 2 no caso dos apartamentos. Os dados do INE, disponíveis no sistema de geomarketing Sales Index da Marktest, revelam ainda que, num conjunto de 41 concelhos, este valor de avaliação bancária não atinge os 800 euros/m 2. Em 114 concelhos o valor situa-se entre 800 e 1000 euros/m 2, em 72 concelhos está entre 1000 e 1500 euros/m 2 e em 15 concelhos supera os 1500 euros/m 2. Lisboa encabeça a lista dos concelhos com avaliação bancária mais elevada dos alojamentos, com 2300 euros/m 2, quase o dobro do valor médio nacional. Oeiras, com 2129 euros/m 2, Cascais, com 2039 euros/m 2, Porto, com 1804 euros/m 2, e Odivelas, com 1799 euros/m 2, completam a lista dos cinco concelhos com valores mais elevados das avaliações bancárias. No extremo oposto, entre os concelhos com informação disponível (242 concelhos), Alvaiázere, Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo, Tarouca e Seia apresentam os valores de avaliação bancária mais baixa, inferior a 734 euros/m 2. Comparando os dados de 2018 com os de 2012, vemos que foi no concelho de Oeiras que o preço por m 2 das avaliações bancárias mais subiu nestes anos, passando de 1454 para 2129 euros/m 2, um aumento de 46%. Em Odivelas, Porto e Tavira as avaliações bancárias também tiveram um aumento acima de 40% nos anos em análise. Em 185 outros concelhos o valor das avaliações de alojamentos registou um aumento entre 2012 e 2018, ao passo que em 38 conselhos se observou um recuo nestes valores (Marktest.com, Janeiro 2020)

Passos Coelho pede aliança à direita: “Temos de saber estar à altura”

O ex-primeiro-ministro e antigo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, dirigiu hoje um "voto público" ao PSD e ao CDS de "afirmação" e "união" para que os dois partidos possam fazer as "ações reformistas importantes" que o país precisa. O apelo não podia ser mais claro: PSD e CDS devem trabalhar juntos para alcançar uma maioria de direita que permita conquistar o poder e fazer as reformas de que Portugal precisa. "Isso está perfeitamente ao nosso alcance e o país precisa disso, e nós precisamos disso. É o voto que aqui quero deixar. Que o exemplo da Barca possa ser inspirador para os nossos partidos, e em particular para o meu, que é o PSD", afirmou Passos Coelho. O ex-governante, que falava durante a tomada de posse dos novos órgãos da concelhia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, terminou um discurso de quase 40 minutos, formulando um voto público aos dois partidos, em particular, ao seu. "Que possa encontrar o seu caminho, certamente de afirmação e de união, porque as pessoas têm de se saber unir. Se andarem em desavenças é mais difícil chegar a algum lado. Não estou a dizer que é impossível, mas é mais difícil", referiu.

No rasto de Schackleton e Amundsen em Lisboa (e na Madeira)

Como sobreviviam os exploradores do início do século XX? Para ajudar a perceber a história de homens como Roald Amundsen e Ernest Schackleton, o Museu de Farmácia adquiriu no início do século XXI, as farmácias portáteis destes dois exploradores.
Ernest Schackleton levou este estojo farmacêutico  na sua viagem com Scott ao pólo Sul entre 1908 e 1909. A peça faz parte da exposição permanente do Museu de Farmácia, Lisboa. Início de Setembro de 1910. Um navio aproxima-se da costa madeirense. Avista o farol de São Lourenço e navega depois até ao Funchal. 

Simulações: Tabelas de retenção na fonte de IRS a aplicar em 2020

As tabelas de retenção na fonte de IRS foram publicadas em Diário da República, na semana passada. Os casos variam consoante o salário e o enquadramento familiar, isto é, se o pensionista ou trabalhador dependente é casado, solteiro, com ou sem dependentes, ou jovem, mas o Governo diminuiu a diferença nas retenções na fonte a aplicar aos rendimentos do trabalho dependente e de pensões em 2020 face ao ano passado. Ainda assim, dois anos depois do desdobramento dos escalões há dois anos, as alterações não são suficientes para refletir a totalidade das mesmas (infografia Jornal Económico, por Mário Malhão)

Ações da Tesla com desempenho em bolsa eletrificante

Quem investiu mil dólares em ações da Tesla no dia 29 de junho de 2010, estreia da negociação dos títulos em bolsa, teve uma valorização de 2.284%. Face ao preço de fecho de quarta-feira, aqueles mil dólares valiam 22.840 dólares (infografia Jornal Económico, por Mário Malhão)

Um tesouro no Funchal que não precisa de mapa secreto

No passado, para encontrar tesouros, era necessário desencantar de um baú um mapa secreto, amarelecido pelos anos, onde o local estaria marcado por um X. Na Madeira, é mais simples. Basta perguntar pela Sé. Cerca de quinhentos anos depois da sua concepção, as pinturas do retábulo da Sé do Funchal voltam a ganhar vivacidade e redescobrem-se pormenores perdidos, encobertos pelo fumo das velas, pela maresia e pela passagem do tempo. A equipa de conservação e restauro espera encontrar pistas sobre a autoria das principais pinturas desta obra de arte flamenga, instalada em pleno oceano Atlântico.
Uma das mais espectaculares pinturas do retábulo-mor da Sé do Funchal é a Descida da Cruz, mas, naquele dia, os historiadores e os especialistas em conservação e restauro não estavam ali para admirar a produção artística. Algo naquele quadro não batia certo. Na Bíblia, são famosas as Três Marias, que acompanharam Maria de Nazaré, mãe de Cristo, quando este foi retirado da cruz. No entanto, na pintura flamenga que durante quatrocentos anos esteve à frente dos olhos dos crentes funchalenses, Maria de Nazaré não estava representada. Havia outros indicadores de anormalidade. Após a abertura de uma janela de limpeza, uma das Marias estava estranhamente pintada. A escala, a tonalidade e o estilo de pintura eram diferentes das outras duas.

Sondagem: PS cai pelo quarto mês consecutivo. Chega de André Ventura apanha PCP

Quatro meses depois das eleições legislativas de onde saiu vencedor mas sem maioria absoluta, o PS continua a perder apoio político. Segundo a sondagem da Intercampus realizada para o Negócios e CM/CMTV, o PS recolheria 32,8% dos votos se as eleições fossem hoje, menos 2,8 pontos do que em outubro e menos 3,5 pontos do que nas eleições de 6 de outubro. Com o PSD, passa-se o oposto, mas de forma menos marcada. O partido de Rui Rio tem vindo sempre a subir, mas de forma marginal, somando apenas um ponto em quatro meses – mas menos dois do que teve nas legislativas. Em quatro meses, a distância entre os dois principais partidos diminuiu assim de 10,8 para 7 pontos. 

segunda-feira, janeiro 27, 2020

Venezuela: Juan Guaidó procura apoio diplomático na União Europeia

O auto-proclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, lançou uma ofensiva diplomática na Europa para tentar desbloquear o impasse político que se vive no seu país. Guaidó esteve em Bruxelas, onde se encontrou com representantes das diferentes instituições europeias.

Quem era o avô de Sam Mendes que inspirou "1917"

Sam Mendes foi eleito o melhor cineasta em longa-metragem nos prémios do Sindicato de Realizadores de Hollywood.

PSD: Rui Rio decide processo disciplinar para deputados do PSD Madeira

Os três deputados do PSD eleitos na região da Madeira vão ser alvo de processo disciplinar.

Nota: rever estatuto e lei eleitoral a sério?

Parece que uma das apostas regionais, no plano político e parlamentar, tem a ver com a mudança da lei eleitoral. Concordo, mas acho muito pouco. Aliás, estou desejando de ver em que moldes essa pretensa mudança da lei eleitoral se vai operar: se de alto abaixo, com arrojo e pragmatismo, se apenas por via de uma demagógica criação de círculos para emigrantes que na realidade não passarão de uma ofensa tachista aos nossos emigrantes; ou se a mudança vai muito mais além disso, impondo de novo alguns círculos eleitorais - não necessariamente os 11 que antes existiram - para estancar o aumento da abstenção.
E a votação, será obrigatória como alguns recomendam, ou manter-se-á tudo na mesma?
E quanto às eleições europeias e a criação de círculos eleitorais mais pequenos - dividindo o Continente em círculos eleitorais mais pequenos e regiões autónomas - vão recomendar medidas concretas à Assembleia da República dado que só esta entidade pode aprovar (!) a lei eleitoral regional?
E será que os pequenos partidos, que beneficiam do círculo único e da aplicação do método de Hondt no apuramento dos mandatos, alguma vez concordarão com essa mudança que pode ser olhada como cirúrgica, tendenciosa e destinada a facilitar a vida aos partidos maiores e impedir os mais pequenos de alguma vez terem um eleito que seja? A abstenção, é sabido, assenta em duas causas essenciais, ambas resultantes do modelo eleitoral adoptado na Madeira numa negociação  precipitada que se borrifou para estudos e projeções feitas previamente, que pretendeu uma coisa e acabou por causa outras, processo que foi demasiado partidarizado em Lisboa com "ameaças" no sentido Lisboa-Funchal nomeadamente de imposição de modelos eleitorais tontos e outras curiosidades (pelo menos foi isso que nos disseram, na altura...). O que tivemos foi apenas a transformação das eleições, com base numa lista única, aumentando a distância entre candidatos e eleitores e permitindo as negociatas dos partidos, jogando com as maiores ou menores influências geográficas regionais, a que se junta, como referi, um "centralismo" eleitoral intolerával, devido à imposição de uma lista única, cometendo o mesmo erro das europeias. De facto, nunca percebi a forma desleixada como foi desvalorizada a ligação sentimental e política entre os eleitores e cada candidatura.
Lembro que a Madeira, em eleições legislativas (parlamento) é a única que aplica o repugnante princípio da lista única, cometendo o mesmo erro da lista única para o Parlamento Europeu, que é a causa de negociatas partidárias vergonhosas de lugares e, pior do que isso, a causa da lamentável abstenção registada desde as primeiras eleições europeias e que a casta partidária a fingir diz hipocritamente que se preocupa. Preocupa coisa nenhuma!
Aliás acho que vai sendo tempo deste povinho amolecido reagir e exigir uma mudança da lei eleitoral europeia ou, em alternativa, e se nada fizerem, boicotar as próximas europeias desacreditando-as ainda mais. Ninguém liga patavina a isso, estão-se todos borrifando porque os lugares são negociados e o que importa são os tachos em Bruxelas. Ninguém limita os mandatos a ninguém, mas em termos domésticos querem impor limitações a alguns cargos públicos decorrentes de eleição, enquanto outros passam ao lado.
Em vez de mudarem a lei eleitoral como dizem que querem, perdendo tempo com soluções idiotas (caso dos círculos da emigração melhjoprem o modelo adoptando, aproximando-o das pessoas que votam - já agora vejam na Assembleia da República desde 1976 quantos foram os emigrantes que foram candidatos nos vários partidos pelos círculos da emigração, quais os partidos que "papam," todos os miseráveis lugares  e  quais os partidos que realizam campanhas eleitorais junto das nossas comunidades para cativarem o interesse das pessoas e reduzirem a vergonhosa abstenção que ali existe, fruto de uma opção assumida pelas nossas comunidades realtivamente a  eleições nacionais, virando-lhes as costas.
Dúvidas? Vejamos a realidade eleitoral nas nossas comunidades em termos globais: 
Europeias-2019
Inscritos - 193.122 eleitores
Votantes - 5.555 eleitores, 2,9%
Abstenção - 97,1%
Europeias - 2014
Inscritos - 244.986 eleitores
Votantes - 5.129 eleitores, 2,1%
Abstenção - 97,9%
Europeias - 2019
Inscritos - 1.441.570 eleitores (!!!)
Votantes - 13.816 eleitores, 1%
Abstenção - 99%
Querem mais? Eu dou-lhes...
Legislativas - 2009
Inscritos - 167.007 eleitores
Votantes -  25.472 eleitores, 15,3%
Abstenção - 84,7%
Legislativas - 2011
Inscritos - 195.109 eleitores
Votantes -  33.059 eleitores, 16,9%
Abstenção - 83,1%
Legislativas - 2015
Inscritos - 242.852 eleitores
Votantes -  28.354 eleitores, 11,7%
Abstenção - 88,3%
Legislativas - 2019
Inscritos - 1.466.754 eleitores (!!!)
Votantes -  158.252 eleitores, 10,8%
Abstenção - 89,2%
E nem falo dos valores das presidenciais.
Portanto antes de se envolverem em negociações nos gabinetes, digam publicamente o que querem, que propostas pretendem ver discutidas e aprovadas, que garantias têm, por exemplo, de que a Assembleia da República respeitará integralmente as propostas que possam ser-lhe submetidas pela Assembleia Legislativa da Madeira, o que querem fazer quanto a uma revisão estatutária que cabe apenas e só ao parlamento nacional. Que garantias têm no Funchal de que a revisão do estatuto e da lei eleitoral não vai além do que a Madeira aprovar e propuser a Lisboa, e o que é que impede legal e constitucionalmente a Assembleia da República por exemplo, de aprovar e impor uma perspectiva mais redutora a qualquer das propostas, estatuto e lei eleitoral, que lhe venham a ser enviadas pelo parlamento madeirense? (LFM)

Nota: perorando sobre o congresso do CDS do qual o CDS-M não saiu reforçado

Depois do Congresso do CDS fiquei com a sensação de que o partido quer regressar ao seu espaço natural da direita, acabando com o jogo dúbio e hipócrita que Portas trouxe ao partido - ao ponto de PSD e CDS fazerem parte da mesma família política no Parlamento Europeu quando são diferentes em termos nacionais - tentando reocupar um espaço eleitoral que estimo entre os 4 e os 7 por cento. Desta forma o CDS procurará estancar a fuga de eleitores dessa área política para o Chega e mesmo para a Iniciativa Liberal. Mas não chega. Basta olhar a números, recuando a 2011, antes da coligação pré eleitoral com o PSD, para percebermos que o legado de Cristas é desastroso e que as perdas em 2019 não podem ser imputáveis apenas aos dois novos partidos:
Assembleia da República - 2009
592.997 votos, 10,4%, 21 deputados
Assembleia da República - 2011
653.987 votos, 11,7%, 24 deputados
Assembleia da República - 2019 (em 2015 concorreu coligado ao PSD)
221.774 votos, 4,2%, 5 deputados
Chega - 67.826 votos, 1,3%, 1 deputado
Iniciativa Liberal - 67.681 votos, 1,3%, 1 deputado
O erro político de Cristas, o seu deslumbramento, teve a ver com as autárquicas de 2017 em Lisboa, quando desvalorizou a péssima escolha do PSD (Teresa Leal Coelho) para a edilidade, decisão que funcionou a favor do CDS (Assunção Cristas). Vejamos:
Legislativas de 2009 (Lisboa)
PSD - 288.554 votos, 25,1%
CDS - 126.088 votos, 11%
Legislativas de 2011 (Lisboa)
PSD - 398.789 votos, 34,1% (vitória)
CDS - 161.227 votos, 13,8%
Legislativas de 2019 (Lisboa)
PSD - 248.937 votos, 22,6%
CDS - 48.502 votos, 4,4%
Autárquicas de 2017 (Lisboa)
PSD - 28.336 votos, 11,2% 
CDS - 51.984 votos, 20,6% (coligado com MPT e PPM)
Lembro-me que depois disso Cristas até disse publicamente, entre outras asneiradas, que o CDS queria liderar a direita portuguesa, envolvendo nessa trapalhada o PSD como partido a submeter a esse seu sono entretanto esfumado. Em 2019 foi o que se viu. Bateu de frente com estrondo e saiu sem honra e sem glória depois de 4 anos de oposição sem nada de positivo na Assembleia da República onde o CDS, tal como o PSD, se limitaram a acumular erros idiotas na contestação ao governo da geringonça. Percebe-se por isso o discurso do novo líder do CDS de corte radical com esse passado e a derrota de quem representava esse passado apesar de terem minimizado o desaire graças à incontornável  manipulação q.b. da máquina partidária dado que eram eles que estavam no poder até ao Congresso de Aveiro. A grande incógnita, agora, é saber qual a posição dos 5 deputados em São Bento (Cristas já renunciou ao mandato) dado que nenhum deles foi apoiante do novo líder centrista.
A segunda nota tem a ver com  o CDS-M e o paradoxo de sendo a única estrutura do partido que resistiu e que, apesar da copiosa derrota nas regionais, os 3 deputados em 47 foram essenciais para colocar o PSD refém de entendimento parlamentar, caso quisesse manter-se no poder. Pese as fotografias para consumo mediático - e sabemos como as coisas funcionam quando são os próprios a levaram fotógrafos para isso... - parece-me, pelas declarações feitas, que o CDS-M apostou no cavalo errado, não construiu pontes sobretudo quando em pleno Congresso se começou a perceber que o rio corria em sentido contrário, acabando por sair de Aveiro sem estar nas graças dos vencedores. Apenas Barreto por inerência do cargo integra a Comissão Executiva nacional. Mas para além disso apenas 2 nomes foram eleitos para o Conselho Nacional. Isto porque Rui Barreto foi nº 2 da lista de João Almeida - candidato que apoiou e que foi derrotado - ao Conselho Nacional e dessa lista entraram também Gonçalo Pimenta e Margarida Pocinho.
Curioso ainda o facto de Ricardo Vieira, ex-líder do CDS-M ter sido (estranhamente) afastado da comitiva de delegados regionais centristas ao Congresso de Aveiro, ter já manifestado publicamente a sua satisfação pela vitória de Francisco Rodrigues dos Santos ao afirmar no seu Facebook que "o CDS deu provas da sua maturidade e capacidade de serviço. Em mais um dos seus históricos Congressos deu a vitória ao Francisco Rodrigues dos Santos. O CDS reencontra o seu discurso fiel à sua matriz. Estou felicíssimo embora longe de Aveiro por razões alheias à minha vontade. A força do seu entusiasmo, a sinceridade das suas convicções e a sua capacidade de serviço, dá-nos a garantia de que o País tem no Francisco motivos de esperança para voltar a acreditar". Nunca se viu nos discursos feitos em Aveiro semelhante entusiasmo... (LFM)

domingo, janeiro 26, 2020

Venezuela agita la política española coincidiendo con la visita de Guaidó

La crisis en Venezuela logra colarse de vez en cuando en la política española hasta convertirse en epicentro de la batalla izquierda-derecha. La gira europea de Juan Guaidó, presidente encargado reconocido por España y la UE, y la decisión de Pedro Sánchez de no recibirlo en Madrid, al contrario de lo que hizo el viernes en París Emmanuel Macron —será la ministra de Asuntos Exteriores, Arancha González Laya, quien lo haga— ha desatado un fuerte choque entre el Gobierno y la oposición y también ha alejado a los expresidentes Felipe González y José Luis Rodríguez Zapatero, que discreparon en público sobre qué hacer con Guaidó. Venezuela vuelve siempre. Tras meses en segundo plano, la oposición ha elegido de nuevo una crisis muy sensible para los españoles como campo de batalla contra el Ejecutivo. Y Sánchez y su ministra de Exteriores, que se estrena prácticamente en política nacional con este asunto, han abierto un espacio para esa crítica al decidir que no sea el presidente, sino González Laya quien este sábado reciba a Guaidó.

Bruselas atribuye a España la responsabilidad de aplicar las sanciones a Venezuela

Bruselas ha atribuido en exclusiva a España la responsabilidad sobre la aplicación del régimen de sanciones vigente en la Unión Europea a la vicepresidenta de Venezuela, Delcy Rodríguez, que el pasado lunes aterrizó en el aeropuerto de Madrid. Rodríguez, junto a otros 24 dirigentes del régimen de Nicolás Maduro, tiene prohibido viajar a la UE y acceder al patrimonio que pueda tener en el continente desde junio de 2018. Los Veintiocho, incluida España, impusieron sanciones en 2017 y 2018 al entorno de Maduro al considerarlos responsables de "violaciones de los derechos humanos" y de haber "socavado la democracia" en su país. Los ministros de Exteriores decidieron atar corto a Rodríguez en junio de 2018 junto a otros miembros del Gobierno venezolano (como el vicepresidente económico Tareck El Aissami y el entonces ministro de Educación, Elías Jaua), y funcionarios del entorno de Maduro en los ámbitos de la justicia, las fuerzas armadas o el órgano electoral venezolano. Las sanciones consistían en la prohibición de viajar a la Unión Europea y la congelación de sus bienes en los países de la Unión. “La implementación de las restricciones de viaje es un asunto que corresponde a los Estados miembros y, por supuesto, esperamos que todos los Estados miembros cumplan con el régimen de sanciones que han acordado”, ha explicado este martes la portavoz comunitaria de Exteriores, Virginie Battu.

Venezuela: Guaidó em Madrid recebe chave de ouro mas não se reúne com Sánchez

Juan Guaidó, o autoproclamado presidente da Venezuela, terminou o périplo pela Europa em Madrid, onde recebeu a chave de ouro da cidade. Reportagem da correspondente da RTP Daniela Santiago.

Sam Mendes distinguido nos prémios do Sindicato de Realizadores

Sam Mendes foi eleito o melhor cineasta em longa-metragem nos prémios do Sindicato de Realizadores de Hollywood. Foi premiado pelo filme "1917", atualmente em exibição.

Venezuela: Ábalos se reunió con la ‘número dos’ de Maduro para evitar su entrada en España, según la policía

La vicepresidenta de Venezuela, Delcy Rodríguez, nunca llegó a entrar legalmente en territorio español durante su escala del pasado lunes en el aeropuerto madrileño de Barajas, según aseguran tanto fuentes del Gobierno como de la policía. Rodríguez tiene prohibido el ingreso en territorio de la Unión Europea (UE) como parte de las sanciones acordadas por Bruselas contra el régimen de Nicolás Maduro por su política represiva y la ausencia de libertades democráticas en ese país. La ministra de Exteriores, Arancha González Laya, ha insistido desde Rabat en esta idea. "La vicepresidenta de Venezuela no entró en la UE a través de España porque no puede hacerlo", ha garantizado.
Según fuentes policiales, el ministro José Luis Ábalos subió al avión para convencer a Rodríguez de que no abandonase el aparato, tras ser advertido de que esta pretendía bajar a tierra, lo que hubiera provocado un incidente diplomático. La mandataria venezolana insistía en descender de la aeronave, a pesar de que un comisario de policía le había comunicado que, si lo hacía, sería detenida en virtud de las sanciones europeas, según las citadas fuentes. Esta versión difiere de la de Ábalos, que aseguró el jueves que acudió al aeropuerto a título privado a recibir al ministro de Turismo venezolano, Félix Plasencia, con quien mantiene una relación de amistad, y que no mantuvo ningún encuentro formal con la vicepresidenta.

Precários: Há novos processos em tribunal contra a RTP

Vinte e seis trabalhadores precários na RTP avançaram com ações no Tribunal do Trabalho contra a estação pública para verem reconhecidos os seus direitos laborais. Destes, três são falsos recibos verdes em Lisboa — duas anotadoras e uma produtora — que aguardam marcação do julgamento e 23 são alegados falsos outsourcings (oito da RTP no Porto e 15 em Lisboa), adianta ao Expresso o advogado de defesa dos trabalhadores. Os 23 casos, que envolvem trabalhadores da WTVision (uma empresa externa que presta serviços à RTP ao nível do grafismo e inserção de carateres), já deram entrada em tribunal. “Alguns têm julgamentos a decorrer, outros terão início em 2020”, aponta Luís Samagaio.
Há ainda 20 trabalhadores do Porto, contratados pela Nome Código Green (outra empresa que dá apoio técnico-operacio­nal e de coordenação a operadoras de rádio e televisão, como a RTP), cujos processos estão a ser ultimados para entrarem em bloco em tribunal.

PSD: Surpresas da direção de Rui Rio em risco de sair

Sangue fresco precisa-se. Rui Rio vai renovar a direção social-democrata com um dado em mente: será preciso mais músculo político para enfrentar os próximos dois anos de mandato, absolutamente decisivos para as aspirações do líder social-democrata, que sempre entendeu as autárquicas de 2021 como o ponto de viragem para o PSD. Para já, as futuras composições da Comissão Permanente (onde têm assento os vice-presidentes e o secretário-geral do partido) e da Comissão Política nacional (direção alargada) estão no segredo dos deuses. “Rui Rio não fez convites, nem tratou disso. Neste momento, nem às paredes confessa”, comenta com o Expresso fonte próxima do líder. Na linha da frente dos remodeláveis está a vice-presidente Elina Fraga. A ex-bastonária da Ordem dos Advogados foi uma aposta de Rio (muito polémica, por sinal, depois das críticas que fez à ex-ministra Paula Teixeira da Cruz e ao Governo de Passos Coelho), mas terá acusado o desgaste destes dois anos, sem deixar uma marca evidente no núcleo duro. O mais certo é estar de saída. Ouvida pelo Expresso, a própria recusou confirmar um ou outro cenário e limitou-se a resumir o tema a “mera especulação”. Por confirmar está também a continuidade de Isabel Meirelles.

sexta-feira, janeiro 24, 2020

«Somos privilegiados»: Multimilionários exigem pagar mais impostos

Mais de 120 milionários e bilionários exigiram, em carta aberta, pagar impostos mais altos para evitar uma «crise global», numa altura em que vários líderes políticos e económicos mundiais estão reunidos até amanhã no Fórum Económico Mundial de Davos, na Suiça. Os signatários da carta, intitulada «Millionaires against Pitchforks», onde se incluem dois membros da Disney, o argumentista Richard Curtis, o co-fundador da Innocent Drinks Richard Reed e o empresário e filantropo Mo Ibrahim, descrevem-se como «os membros da classe mais privilegiada de seres humanos que já passaram pela Terra».
«Em muitos países, as tensões causadas pela desigualdade atingiram níveis de crise. A falta de confiança e o sentimento generalizado de injustiça estão a diminuir a coesão social básica. Este colapso dentro das nações exacerba as tensões entre os países», lê-se no texto. Com base nestes argumentos, defendem que «a comunidade global não conseguirá responder adequadamente à catástrofe climática que se aproxima» e que isso «será desastroso para todos, incluindo milionários e bilionários». E apelam: «Pedimos que deem um passo em frente agora – antes que seja tarde demais – para exigir impostos mais altos e justos para milionários e bilionários dentro dos seus próprios países e para ajudar a prevenir a evasão e evasão fiscal individual e corporativa através de esforços internacionais de reforma fiscal». A evasão fiscal atingiu «proporções epidémicas», dizem ainda, acusando as maiores empresas do mundo de «abusar de paraísos fiscais». Algumas, acrescentam, «não pagam qualquer imposto».
«A solução para esta crise global requer impostos mais altos sobre milionários e bilionários como nós», reafirmam. É preciso, contudo, «trabalhar em conjunto para avançar com sistemas fiscais eficazes dentro dos nossos respectivos países e internacionalmente – ou que nos recusemos a fazer parte da solução e aceitar que se falharmos, seremos os culpados» (Executive Digest)

Venezuela: La oposición exige a Ábalos que explique un encuentro en Barajas con la ‘número dos’ de Maduro

Los partidos de la oposición han reclamado al ministro de Transportes, José Luis Ábalos, que explique si se reunió en la madrugada del lunes en secreto en el aeropuerto de Madrid-Barajas con la vicepresidenta de Venezuela, Delcy Rodríguez, sobre la que pesan sanciones de la Unión Europea que le impiden entrar en espacio comunitario. El diario digital Vozpopuli ha publicado este jueves una información según la cual Ábalos mantuvo el encuentro con la número dos del régimen de Nicolás Maduro dentro de un avión privado de la compañía Sky Valet, en el que viajaba esta, aprovechando una escala técnica en su ruta hacia Turquía. Posteriormente, según el mismo medio, Delcy Rodríguez y seis de sus acompañantes, entre ellos su jefe de gabinete, accedieron a la sala VIP de la terminal de autoridades de Barajas. Según la misma información, Ábalos negó a los periodistas de Vozpopuli haberse reunido con la mandataria venezolana.

Nota: qual será o peso político do CDS-Madeira no CDS em travessia do deserto?

O CDS reúne-se este fim-de-semana em Congresso, em Aveiro. Confesso que não vou seguir atentamente o que se vai passar porque não creio que seja este o tempo, ainda, para que o CDS consiga recuperar do legado de Portas e do governo da troika que tanto mal fez aos cidadãos. Para além de João Almeida, que representa a continuidade, existem ainda 4 candidatos o que por si só revela a fragmentação e a degradação de um partido que nunca tendo sido importante, acabou por servir, em vários momentos, de bengala do poder, sobretudo do PSD.
Para mim, tanto o Congresso do CDS como o do PSD, no início de Fevereiro em Viana do Castelo, são uma espécie de Congressos da autocrítica interna, que deve ser feita sem constrangimentos ou limitações, congressos para prepararem o que eu classifico de inevitável a refundação de dois partidos que estão a fazer uma penosa travessia do deserto.
Mas este Congresso do CDS, para além do modelo diferente de eleição do líder - fora das directas que ao contrário do que se pensa e muitos dizem, não afastam nem eventuais campanhas de manipulação da votação, nem jogos de bastidores para a conquista de poder partidário - diferente comparativamente ao que se passa no PSD e no PS, fica marcado por um facto que não pode ser desvalorizado e que não sei se servirá de pretexto para o reforço da posição do CDS-Madeira na estrutura nacional.
O CDS-Madeira é a única estrutura do partido com responsabilidades de governação neste momento e apesar de ter sido derrotado e de se limitar a pouco mais de 8 mil votos nas regionais de Setembro do ano passado, conseguiu, dada a situação fragilizada do PSD-M (política e eleitoral), quer a presidência da Assembleia Legislativa da Madeira, principal órgão de governo próprio da Região, mais duas secretarias regionais no Governo da Madeira a que se juntam a Direcção Clínica - num esquema inédito, julgo que único, lamentável e desnecessário de partidarização desnecessária de uma função pública demasiado importante para ser envolvida nesses jogos partidários - e a liderança de algumas estruturas públicas regionais.
Duvido, apesar disso, que o CDS-Madeira esteja politicamente com a força suficiente para reforçar a sua posição política no seio do partido nacional, embora admita que algumas das principais figuras regionais do CDS que vão ao Congresso de Aveiro, podem ser incluídas nas listas dos vários (5)candidatos num jogo de troca de favores assumido pelos diferentes candidatos, realidade que é comum e normal em todos os partidos.
Repito, tanto no caso do PSD como agora do caso do CDS, estes congressos não trarão nada de novo, nem reforçarão os partidos do centro-direita junto dos eleitores. A fragilidade é muita, a falta de uma liderança unificadora e carismática é indesmentível e a herança deixada pelo governo PSD-CDS da troika continua bem viva. Por isso classifico estes congressos de momentos de autocrítica, de mudanças e de refundação numa altura em que parecem estar a fazer uma penosa travessia do deserto, na esperança de que as autárquicas de 2021 possam ser o primeiro sinal de eventual recuperação.
Tanto o CDS como o PSD continuam a sofrer com os aspectos mais negativos do legado governativo de Portas e Passos que criaram as condições necessárias para que a esquerda de unisse em 2015 num inédito acordo parlamentar que acabou por abrir portas a uma vitória eleitoral do PS, em 2019. E se PSD e CDS não mudarem as linhas essenciais do seu discurso, se não mudarem pessoas e modelos de funcionamento ultrapassados, se não apostarem numa nova mensagem, em novas prioridades e numa nova política de comunicação com o eleitorado, então temo que esta travessia do deserto por parte do centro- direita, vai-se prolongar muito mais do que seria de prever (LFM)

quinta-feira, janeiro 23, 2020

Nota: um 2020 (demasiado) decisivo para a RTP

Dificilmente 2020 será um ano de desafios para a RTP, desde logo o desafio da mudança, do salto qualitativo em frente, da disputa, finalmente, de audiências com os demais canais privados - mais ou menos em crise também - porque são as audiências que trazem receitas e estabelecem uma espécie de contrato de confiança com os espectadores.
A RTP tem que deixar de ser um parente pobre do audiovisual nacional, só porque é detida por um Estado a 100% e viciado em cativações. Se assim for, melhor será acabar com o serviço público de televisão - uma designação que dá para muita coisa e permite muitas adaptações em função dos vários interesses em jogo - e lançar a RTP para o mundo selvagem da privatização, no qual provavelmente pouco tempo sobreviveria.
Sendo o espelho do serviço público de rádio e televisão em Portugal, então cabe ao Estado, sem rodeios, sem truques, sem meias-palavras, assumir as suas responsabilidades e dotar a empresa de condições para que a resposta esperada pelas pessoas seja a adequada. A RTP não pode continuar a caminhar sem destino, sem GPS. Tem que traçar objectivos, consolidar a sua posição no sector, que preferencialmente devia ser a de liderança ou perto dela.
Para isso há que assumir e encarar internamente algumas questões prementes:

- resolver de uma vez por todas o dossier dos dos precários, clarificando o que está em cima da mesa, qual a dimensão do fenómeno, quais os casos resolvidos ou por resolver, quais as situações que são de falsa precariedade, a que se juntam, tal como é voz corrente nos corredores da empresa, alguns oportunismos espertalhões que se deixaram ir a reboque das reivindicações e movimentações suscitadas pelo tema. A RTP não pode continuar presente nas agendas mediáticas por causa deste tema, com pressão de candidatos à integração na empresa, com audiências a ministros, etc. Tem que resolver ou decidir, sim ou não, quais as situações resolvidas e clarificar de uma vez por todas quais os casos que recusa fazê-lo e por que motivo. Desejo que até Março/Abril de 2020 este dossier seja definitivamente fechado. Estou farto do envolvimento de partidos, por puro oportunismo, que julgam que ganham votos a reboque destes casos difíceis de entender. Falar deles para o espaço mediático, acreditam os mentores dessas tretas, dá-lhes protagonismo e dimensão eleitoral, o que é absolutamente patético. Acho que nalguns casos ajuda a "enterrar" o processo em vez de facilitar a sua resolução. Por exemplo actores ligados à área política do governo de coligação PSD de Passos - CDS de Portas, o que fizeram para resolver isto? Nada, pelo contrário, mais do que vender um canal atrofiaram financeiramente a empresa pública e pariram, pomposos modelos de gestão marcados por uma alegada "independência" da empresa face ao poder político, esquecendo o direito de veto do Ministro das Finanças relativamente ao gestor responsável financeiro pela RTP e a sua decisão sobre a libertação de recursos financeiros necessários (veja-se como se arrasta no tempo uma verba de mais de 15 milhões de euros, aprovada até por Bruxelas que há 3 anos aguarda simpaticamente pelo "sim" de Centeno). É voz corrente, retomando o tempo do anterior governo PSD-CDS, que caso não fosse a recusa de Portas e provavelmente a RTP seria hoje apenas uma recordação. De uma empresa extinta ou de outra vendida a capitais chineses ou angolanos - aliás isso mesmo foi denunciado pro Ana Gomes esta semana, a reboque do escândalo com Isabel dos Santos, a tal empresária que ninguém conhece em Portugal e da qual o poder político, financeiro e económico nacional nunca ouvir falar...
- resolver, segunda questão, de uma vez por todas os problemas técnicos que são gritantes, que retiram qualidade à RTP, que dificultam o acesso nalgumas (muitas) zonas do pais, num cenário que ofende qualquer pessoa minimamente inteligente. Há que resolver, de uma vez por todas, a falta de recursos para esse investimento e para a consequente modernização da empresa e dos seus meios de produção e de emissão. Se o Estado não propicia esses meios, se a Europa - que queima milhões com a banca e com as patifarias capitalistas no sector financeiro - entende que o serviço público de televisão não pode ser financiado directamente pelo Estado-patrão, dono da empresa pública, então há que encontrar alternativas e ter a imaginação para o fazer. Deixar que a degradação se acentue, que a RTP perca audiência, que os profissionais se desmotivem, é um erro que terá consequências. 
- finalmente há que estabilizar as relações profissionais e pessoais no seio da empresa. A RTP nesta fase em que precisa urgentemente de dar o salto qualitativo sob pena de estarmos a falar da sua sobrevivência, não pode andar envolta em confusões internas, em conflitos pessoais alimentados pro vaidades ou divergências entre pessoas, em confrontos de interesses e de grupos de pressão internos e externos, dividindo e fragilizando ainda mais uma empresa que não pode ficar refém de situações absurdas, muitas delas que deviam ser discutidas e resolvidas internamente mas que deliberadamente são colocadas no exterior, na agenda mediática, alimentando a fofoquice em torno da RTP e fragilizando-a ainda mais, até, e desde logo, junto da tutela, leia-se de Mário Centeno que reconhecidamente não gosta de jornalistas e olha com desconfiança para a comunicação social em geral. E não é o único, mesmo que António Costa viva disso, seja um produto do espaço mediático e dele dependa.
Dizem alguns que o tempo da interferência manipuladora do estado na RTP, melhor, do poder político que a cada momento passava pelo aparelho de estado, terminou graças a um modelo de gestão parido pelo governo de Passos e do CDS, no tempo da troika, em que a fragmentação da empresa, pelo menos para a venda de um canal era uma ameaça permanente, pelo menos entre 2011 e 2013. Aliás, muita coisa desse tempo "troikiano" sobreviveu ao primeiro governo da geringonça e dificilmente deixará de sobreviver ao segundo governo de uma geringonça mais envergonhada.
Se a RTP - continuo a pensar que deve haver a coragem de fazer mudanças no topo, porque é isso que acontece quando se percebe que a capacidade de pessoas chamadas a funções de responsabilidade se esgota com o tempo - não for capaz de dar a volta e abrir um novo caminho que a leva de forma seguro a objectivos - a empresa tem que ter objectivos de gestão e em termos de resultados da produção própria na informação e na programação - então tudo se complicará em torno deste tema, que não se compadece com sentimentalismos mais ou menos puxados à esquerda mais populista ou ingénua.
Texto do provedor
Lembro a propósito o texto do Provedor do Espectador acessível no site das RTP:
"Muitos telespetadores escrevem-me referindo-se à RTP como “a nossa televisão, paga com os nossos impostos”. O que sendo verdade, não é toda a verdade, pois a televisão, ao contrário da rádio pública, é também paga pelos anunciantes. Mas, no essencial, a afirmação é certa: esta é a televisão de todos nós. Contudo, não é fácil determinar com precisão as consequências concretas, em termos de programação e de informação, que daí decorrem.
Convém recordar que a SIC e a TVI também têm obrigações – e não tão poucas assim – que decorrem não só da lei geral, mas também do facto de terem concorrido a licenças definidas nos termos e com os encargos que o Estado português livremente definiu. Não podem, por isso, oferecer todo o tipo de programas nem programar tudo o que lhes poderia trazer mais e maiores audiências.
Quanto ao serviço público de televisão, o legislador tem, ao longo dos anos, variado entre definir obrigações genéricas ou imposições muito específicas. Chegou ao extremo de impor o número de vezes que, no espaço de um mês, programas com conteúdos bem precisos deviam ser emitidos, especificando para cada um deles uma determinada janela horária. Obrigações deste tipo continuam a existir, mas em menor número do que no passado.
Em qualquer caso, o que todos esperamos do serviço público de televisão não é apenas que cumpra uma série de deveres impostos pela lei. Esperamos que dê um contributo único e inquestionável no campo da divulgação do conhecimento e da cultura, das artes e da língua, dos direitos individuais e sociais, da coesão nacional e da qualidade informativa orientada pelos mais elevados padrões internacionais. Contributo que não se restrinja a este ou aquele programa, mas que seja uma marca distintiva de todos os programas em qualquer canal RTP".
Contrato de confiança
A RTP precisa de estabelecer um contrato de confiança com os telespectadores assente não em sentimentalismos mas na qualidade, numa programação diversificada que sem tabus corresponda ao que as pessoas desejam. Cada sociedade tem os seus hábitos de consumo, incluindo nos médias e na televisão mais em concreto.
Se ao invés disso se institucionalizar de forma radical uma espécie de primado das audiências, se a RTP usar de forma abusiva o conceito de "serviço público" - que não pode ser generalizado nem ser alargado a tudo, conforme as conveniências de cada um - por exemplo para recusar as emissões na RTP de jogos de futebol, que são as emissões que mais espectadores cativam  e, portanto, aquelas que mais receitas publicitárias geram, ou ignoram, e bem em meu entender, os procedimentos iguais aos da concorrência privada no que a concursos associados a programas de entretenimento e com recurso às chamadas de valor acrescentado que já foram, no passado recente um negócio altamente rentável para todas as entidades (em finais de 2018 que a SIC e a TVI fizeram menos 6,7 milhões de euros nessas chamadas e que os canais reconheceram que estavam a receber cada vez menos com os serviços multimédia, tendência que se iniciou em 2015).
É este salto institucional e qualitativo que tem que ser dado, não pode haver hesitações nem meias-palavras. A RTP é uma empresa pública, detida integralmente pelo estado, que deixou de poder ser financiada directamente pelo poder devido a restrições impostas por Bruxelas aos estados-membros, limitando-se apenas a receber receitas anuais da ordem dos 200 milhões de euros resultantes da CAV - contribuição para o audiovisual que manterá em, 2020 os mesmos valores em vigor desde 2018.
Com mais despesas, com a necessidade de efectuar investimentos tecnológicos habilmente adiados ou "cativados" - incluindo na RTP-Madeira - com o aumento dos custos com a elaboração de uma grelha minimamente concorrencial, com um aumento dos encargos financeiros para pagamento do pessoal que se juntou a integração de precários, é evidente que a situação financeira da RTP não seja famosa, e apesar dos esforços da Administração para apresentar números atraentes, a verdade é que isso está longe de corresponder a um patamar qualitativo minimamente atraente. Globalmente a RTP foi sempre o 3º canal, embora nos últimos meses esteja a beneficiar de quedas abruptas, que não são constantes e penso que não definitivas, da TVI que se encontra numa fase final do processo de aquisição pela Cofina, grupo que já é detentor do canal líder no cabo, a CMTV - e de reformulação das estrutura de funcionamento e da grelha de programação e informação.Li algures que o serviço público "tem obrigações fixadas na Lei e no contrato de concessão, mas o que todos esperamos dele não é apenas que cumpra uma série de deveres impostos pela Lei. Esperamos que dê um contributo único e inquestionável no campo da divulgação do conhecimento e da cultura, das artes e da língua, dos direitos individuais e sociais, da coesão nacional e da qualidade informativa".
Estamos num tempo de revisão do contrato de concessão do serviço público. O actual governo de Lisboa já anunciou que o processo está em marcha, que foram pedidos pareceres a organismos no âmbito da RTP. Espero e desejo que entidades públicas, nomeadamente o parlamento, organismos dos jornalistas, demais trabalhadores, espectadores, reguladores, entidades ligadas aos consumidores de televisão, parlamentos e governos das regiões autónomas, autarquias, etc, se envolvam num processo transparente, aberto, participado, que não pode ser redutor e reservado a uma espécie de casta elitista ligada à RTP, onde tudo gira em torno de uma auto-satisfação situacionista que esconde a realidade ou traça cenários que nada têm a ver com a realidade.
Temos que ter presente que a CAV, cobrada por imposição governamental aos consumidores e paga através das facturas de electricidade, garante à RTP uma verba da ordem dos 200 milhões de euros anuais que são um importante financiamento da empresa, mas que são insuficientes e não resolvem os problemas que hoje se colocam à empresa pública. Por tudo isto, 2020 será o ano mais do que decisivo para a RTP, um ano em que terão que ser  feitas opções e concretizadas mudanças a começar pelo topo da empresa, para que ela possa contar com novas ideias, novo élan, nova capacidade de gestão da empresa nos seus diferentes patamares, etc. Muitos anos a desempenhar a mesma função, sobrevivendo a mudanças até no poder político, acaba por ser algo estranho que suscita questionamentos e que pouco ou nada funciona a favor da RTP e do que ela hoje precisa para sair de uma perigosa banalização (LFM)

Venezuela: Guaidó pide a la UE seguir con las sanciones contra el régimen de Maduro

Tras dar por finiquitado el proceso de mediación en Venezuela auspiciado por Noruega, el presidente “encargado” del país, Juan Guaidó, buscó este miércoles en Bruselas el apoyo de la Unión Europea para seguir con las sanciones para arrinconar a Nicolás Maduro. El líder de la oposición puso todo el acento en la “presión” al régimen, pero no negó “una oportunidad” al grupo de contacto por el que sigue apostando el jefe de la diplomacia de la Unión Europea, Josep Borrell, que abogó por una solución “pacífica y democrática” de la crisis. Tras su visita con alfombra roja en Londres, Guaidó paró en la ciudad en la que se ganó una de sus primeras victorias diplomáticas. Hace un año, el Parlamento Europeo fue una de las primeras instituciones del continente que reconoció al líder opositor como presidente interino de Venezuela. Luego vendrían la mayoría de los Estados, aunque el veto de Italia impidió a la UE hacerlo en bloque.
Si la cuestión venezolana había quedado arrinconada por la crisis en Oriente Próximo, Guaidó volvió a situarla en el centro del debate de política exterior. En su visita de este miércoles, el líder venezolano recibió el “firme apoyo” de Borrell, quien reiteró su apoyo a la Asamblea Nacional como “único órgano elegido democráticamente en Venezuela” y a Guaidó como “presidente legítimo”.

Trabajos forzados y torturas: la marca de la guerra en la frontera entre Colombia y Venezuela

“En el departamento colombiano de Arauca y el Estado venezolano de Apure, los guerrilleros son la Policía”. Así resume Human Rights Watch la situación de seguridad en esta zona fronteriza entre Colombia y Venezuela. En medio de asesinatos y torturas por parte de los grupos armados, reclutamiento de menores y secuestros, el informe revela además un crimen que suele ser invisible: el trabajo forzado. Después de entrevistar a más de 100 personas, la ONG internacional llegó a la conclusión de que los "grupos armados no estatales" controlan "de forma violenta la vida cotidiana de la población" en esa zona. "Imponen sus propias reglas y, para asegurar su cumplimiento, amenazan a civiles a ambos lados de la frontera", asegura el demoledor informe. "Los castigos para quienes no obedecen van desde multas hasta trabajo forzado o incluso la muerte. Los residentes viven aterrorizados”, agrega el documento de la organización, que se desplazó en 2019 al lugar para recopilar la información.
En Arauca, donde no llegó la paz después de los acuerdos entre las FARC y el Gobierno, operan al menos dos grupos armados. De un lado, la guerrilla del Ejército de Liberación Nacional (ELN), que ha tenido una presencia continua desde hace medio siglo; y del otro, un grupo de disidencias de la guerrilla de las FARC, que tomó fuerza después de 2016. Ambos se encuentran también en el Estado de Apure, en Venezuela, según HRW. De ese lado de la frontera operan además las Fuerzas Patrióticas de Liberación Nacional (FPLN). “Este grupo, cuyo origen se remonta a la década de 1990, tiene una estrecha relación con las autoridades venezolanas en Apure”, denuncia la organización, presidida en América Latina por José Miguel Vivanco.

Venezuela: la policía allana las oficinas de Juan Guaidó en Caracas

Las fuerzas de seguridad de Nicolás Maduro han allanado este martes las oficinas de Juan Guaidó en Caracas. Mientras el líder opositor continuaba con su sorpresiva gira internacional por Europa, más de 40 funcionarios del Servicio Bolivariano de Inteligencia (SEBIN) ingresaron encapuchados y sin una orden judicial a la Torre Zúrich, un edificio al este de la capital venezolana, donde Guaidó tiene instalado su despacho como presidente encargado de Venezuela. La oposición también ha denunciado la desaparición de Ismael León, diputado de Voluntad Popular, justo antes del inicio de la sesión diaria de la Asamblea Nacional. Los funcionarios allanaron las oficinas de Guaidó por la tarde y permanecieron en ellas por más de cinco horas. Seguían ahí pasadas las 9 de la noche. “Sin orden, sin autorización y sin testigos, lo más probable es que intenten sembrar cualquier cosa”, ha denunciado la diputada opositora Delsa Solórzano. El hecho no es aislado. El 15 de noviembre pasado, en un procedimiento que involucró a agentes encapuchados y sin identificación, la sede de Voluntad Popular también fue allanada.

Nota: há coligações que podem ser tiros nos pés

Confesso que não sei bem, aliás não entendo mesmo nada, a utilidade de uma eventual coligação autárquica, PSD e CDS, alargada a todos os concelhos da RAM, quando a realidade política e eleitoral nada tem a ver com aritméticas. Tem a ver apenas e só com a falta de votos que impedem que os partidos em causa, juntos ou separados, reforcem a sua posição autárquica ou ganhem as Câmaras Municipais - penso que o objectivo principal é esse - que a oposição ganhou em 2013 e manteve em 2017.

Nota: a tal Isabel dos Santos que ninguém conhece ou ouviu falar...

O caso envolvendo Isabel dos Santos é um fenómeno típico do que é a descaradas hipocrisia da classe política portuguesa e de muitos meios de comunicação social nacionais, incluindo grupos pretensamente "limpos" neste conflito agora surgido com IS, que viveram muito à custa de entendimento, sobretudo publicitários, oriundos das empresas de que ela era accionista de referência.  Afinal Isabel dos Santos, a filha preferida do outrora poderoso presidente angolano, não foi sempre uma testa de ferro do pai? Desde quando os negócios dela nunca foram descaradamente protegidos pelo regime angolano? Alguma vez existiam dúvidas de que a fortuna acumulada ao longo dos anos, cerca de 2,5 mil milhões de euros, e que a colocaram no lote das mulheres mais ricas de África e do mundo, era um absurdo quando Angola foi sempre, e continua a ser, um país com muitas desigualdades sociais, com muita pobreza e fome? Mas apesar disso, é factual que ao longo dos anos a classe politica portuguesa não lhe estendeu sempre uma carpete submissa, num lambebotismo vergonhoso, não lhe vendeu empresas falidas ou em vias disso (EFACEC), não lhe vendeu bancos falidos e envolvidos em casos de corrupção e gamanço de colarinho branco (ex-BPN), não viu a banca vender-lhe participações em empresas de referências como a NOS, não conhecia as relações entre a SONAE e os negócios da empresária em Angola, etc, etc?

quarta-feira, janeiro 22, 2020

Vodafone encerra o ano na liderança do investimento publicitário

Segundo os dados da MediaMonitor, a Vodafone Portugal foi em dezembro o maior anunciante, sendo responsável por um share of voice de 3.5% face ao total do mercado publicitário de Tv, rádio, imprensa, outdoor, cinema e Internet e de 9.2% relativamente ao total dos 20 maiores anunciantes do mês. É de salientar que o período de recolha da informação relativa a dezembro de 2019 não está ainda concluído para todos os meios (ver nota da situação referente ao mês de dezembro). A Modelo Continente baixou para a segunda posição, com um share of voice de 3.0% face ao total do mercado publicitário e de 7.8% face ao total dos 20 mais. A Procter & Gamble subiu à terceira posição, com 2.7% do investimento publicitário total e 7.0% do colocado pelos 20 maiores anunciantes do mês.

Consumo de cerveja, questão de género?

O estudo TGI da Marktest quantifica, na primeira vaga de 2019, em 4 milhões e 810 mil indivíduos que consomem cerveja, um valor que representa 58.3% dos residentes no Continente com 18 e mais anos. Este valor é o mais elevado dos últimos 7 anos. O consumo deste produto é especialmente segmentado por sexo, com os homens a constituir 61% do total de consumidores de cerveja. Entre a população masculina, a penetração deste produto está 75% acima do registado junto da população feminina: 75.4% dos homens consomem cerveja, face a 43.1% das mulheres.
Em termos de idade, os maiores valores em penetração registam-se entre os 45 e os 54 anos. Os residentes no Grande Porto são quem regista maior taxa de penetração, com 67% de consumidores de cerveja, assim como os indivíduos das classes mais altas, com 64.8%. Os dados do TGI mostram ainda que, entre os consumidores de cerveja, 45.3% refere consumir pelo menos uma vez por semana. Os dados e análises apresentadas fazem parte do estudo TGI, propriedade intelectual da Kantar Media, e do qual a Marktest detém a licença de exploração em Portugal, é um estudo único que num mesmo momento recolhe informação para 17 grandes sectores de mercado, 280 categorias de produtos e serviços e mais de 3000 marcas proporcionando assim um conhecimento aprofundado sobre os portugueses e face aos seus consumos, marcas, hobbies, Lifestyle e consumo de meios (Marktest.com, Janeiro de 2020)

Protagonistas da informação em 2019

No ano de 2019, o Primeiro-ministro, António Costa, liderou a exposição mediática, ao protagonizar 2221 notícias com 109 horas e 4 minutos de duração durante o ano. Note-se que esta análise exclui eventuais programas, debates ou entrevistas realizadas no período e que na contabilização do tempo se considera o tempo total de duração da notícia.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ocupou a segunda posição, ao intervir na primeira pessoa em 1677 notícias, com 74 horas e 55 minutos de duração. Rui Rio, líder do PSD, foi terceiro, tendo estado perante os ecrãs por 59 horas e 46 minutos de duração, repartidos por 1236 notícias. Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda alcançou o quarto lugar, tendo protagonizado em 2019, 1183 notícias de 49 horas e 30 minutos de duração. O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, foi quinto, intervindo diretamente em 959 notícias de 39 horas e 13 minutos de duração.
Assunção Cristas (líder do CDS), Marta Temido (ministra da Saúde), Mário Centeno (ministro das Finanças), João Pedro Matos Fernandes (ministro do Ambiente e Sérgio Conceição (treinador de futebol, do Futebol Clube do Porto) completam a lista dos 10 nomes que protagonizaram notícias de maior duração total durante o ano de 2019. Esta análise considera apenas os serviços regulares de informação dos canais em análise durante o ano de 2019. Em análise, estão os seguintes programas: Jornal da Tarde, TeleJornal e Portugal em Directo (RTP1); 24: Sumário (RTP2); Primeiro Jornal e Jornal da Noite (SIC); Jornal das 8 e Jornal da Uma (TVI) (Marktest.com, Janeiro de 2020)

Venezuela: El Gobierno británico muestra su respaldo a Guaidó y Johnson le recibe en privado

El Gobierno de Boris Johnson mantuvo este martes la consonancia con la Administración estadounidense y con el Grupo Internacional de Contacto, la entidad promovida por la UE para mediar en la crisis venezolana. El ministro de Exteriores británico atendió al líder opositor, Juan Guaidó, compareció junto a él ante las cámaras y condenó duramente "lo que el régimen de [Nicolás] Maduro está haciendo para amenazar la democracia", pero el primer ministro Johnson optó por recibir al presidente de la Asamblea Nacional de Venezuela en su residencia de Downing Street, un encuentro privado del que el equipo del propio Guaidó difundió imágenes horas más tarde.
"El pueblo de Venezuela ya ha sufrido bastante. Merece un futuro mejor. (...) Apoyamos los esfuerzos de Juan Guaidó hacia una solución pacífica y democrática. En nuestro encuentro le he ofrecido nuestro apoyo sin fisuras para trabajar con nuestros socios internacionales y traer una solución a esta terrible crisis", ha dicho el ministro de Exteriores del Reino Unido, Dominic Raab, después de su encuentro con Guaidó, reconocido como presidente interino venezolano por más de 60 países.

Venezuela: Bienvenida oficial sin tratamiento claro para Guaidó

Alfombra roja, pero no se sabe muy bien para quién. Las instituciones comunitarias darán este miércoles una bienvenida por todo lo alto a Juan Guaidó, pero no queda muy claro en calidad de qué reciben al destacado político venezolano. El aspirante a derrocar a Nicolás Maduro como presidente de Venezuela se reunirá en primer lugar con el Alto Representante de Política Exterior de la UE, Josep Borrell, quien este lunes anunció de manera imprevista la visita de Guaidó.
Fuentes del Servicio Europeo de Acción Exterior de la Comisión Europea señalan que el visitante será recibido "en calidad de presidente legítimo de la Asamblea Nacional". Ese es el título, explican, con el que la diplomacia comunitaria se refiere a Guaidó. Pero el rival de Maduro se define a sí mismo como presidente encargado de Venezuela y así fue reconocido por numerosos países de todo el mundo, empezando por EE UU. Guaidó parece disfrutar de otro rango en su visita al Parlamento Europeo, donde tendrá como principal anfitriona a Dita Charanzová, vicepresidenta del Parlamento Europeo encargada de América Latina. En este caso, Guaidó es acogido como "presidente legítimo interino de Venezuela", según la invitación cursada desde el Parlamento para asistir a la rueda de prensa conjunta de Charanzová y el dirigente venezolano.

Guaidó intenta reactivar la presión internacional contra Maduro de la mano de EE UU y Colombia

Ante el desgaste de la situación interna, Juan Guaidó, reconocido por más de medio centenar de países como presidente encargado de Venezuela, busca reactivar desde la vecina Colombia la presión internacional contra el Gobierno de Nicolás Maduro. El líder de la oposición volvió a desafiar por sorpresa la prohibición de salir de su país para reunirse este lunes en Bogotá con el presidente Iván Duque y el secretario de Estado norteamericano, Mike Pompeo. En el marco de una cumbre antiterrorista, el jefe de la Asamblea Nacional se hizo eco de sus dos grandes aliados y enmarcó la crisis venezolana en la lucha contra el crimen transnacional al reiterar el llamado a elecciones libres y justas. El Gobierno de Maduro es “un régimen que ampara el terror y el odio”, señaló Guaidó en sus declaraciones a la prensa después de reunirse con Pompeo. En la misma línea de sus aliados, denunció que Venezuela financia a la guerrilla colombiana del ELN y admite en su territorio a la milicia libanesa Hezbolá. En alusión a los atentados que ha sufrido Colombia, señaló que en el caso venezolano “ese terror viene del Estado”, negó que su país esté dividido y lamentó que en su lucha ha tenido que enfrentar a los “paramilitares” del gobierno chavista. “Podemos cambiar la historia”, insistió.

segunda-feira, janeiro 20, 2020

Contas públicas: como Centeno coloca do défice no passado

Impacto das principais medidas orçamentais de carácter permanente têm impacto -0,45% do PIB. Do lado da despesa destacam-se a revisão da despesa e o aumento da despesa com pessoal associada ao descongelamento das carreiras e promoções, à atualização salarial de 0,3% e à revisão de carreiras especiais. No entanto, há medidas que compensam (Infografia de Mário Malhão, Jornal Económico)

2020: Conheça o calendário dos grandes eventos

Os milionários movem-se em círculos sociais restritos e gostam de ser convidados, ano após ano, para frequentar os mesmos eventos. Do Fórum Económico Mundial de Davos até ao festival Art Déco, na Nova Zelândia, o mapa dos poderosos não conhece fronteiras (Infografia de Mário Malhão, Jornal Económico)

Orçamento por ministério: mudança de titular dão altera liderança na despesa pública

Vieira da Silva passou o testemunho a Ana Mendes Godinho no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sem que isso beliscasse minimamente a posição dominante na hora de repartir as verbas do Orçamento do Estado para 2020. Apostas da nova legislatura, como o Ambiente e Ação Climática ou a Economia e Transição Digital, continuam a ter um peso reduzido num Executivo com 19 ministérios (Infografia de Mário Malhão, Jornal Económico)

Dívida pública: perder peso continua a ser o objetivo crucial

Na balança do endividamento, Portugal ainda está na classe dos pesos-pesados na Europa a par de Grécia e Itália, embora ainda longe do campeão mundial em título, o Japão. O crescimento económico e a descida do custo do financiamento têm ajudado, mas o caminho de redução da alavancagem face ao PIB ainda é longo. Ficar abaixo dos 100% só deverá ser possível a partir de 2023 (Infografia de Mário Malhão, Jornal Económico)

Com a bola nos pés, estes homens são os mais valiosos do mundo

Numa avaliação de mercado nos cinco principais campeonatos de futebol da Europa (Premier League, La Liga, Bundesliga, Serie A, Ligue 1), o CIES – Observatório do Futebol identificou 166 jogadores com um valor de mercado igual ou superior a 50 milhões de euros. Estes 166 atletas da Big 5 no seu conjunto representam mais de 12 mil milhões de euros. Os números enchem os olhos e entre os mais valiosos há seis portugueses (Infografia de Mário Malhão, Jornal Económico)