domingo, março 25, 2018

As dúvidas sobre o Facebook: e Portugal?

O escândalo do uso de perfis do facebook, quer nas eleições americanas, quer no referendo do Brexit, quer em outras eleições em países tão díspares como o Sri Lanka ou o Quénia - e os outros???? - veio colocar em cima da mesa não apenas a questão recorrente da segurança das redes sociais mas as normas de manuseamento dessas redes para fins que não os originariamente concebidos. O que hoje se discute é o papel que o Facebook tem tido em actos de natureza política - obviamente que o Facebook não ganha eleições como é evidente, mas pode influenciar uma parcela importante de eleitores indecisos - e se as redes sociais são úteis ou não à própria democracia participativa.
Eu gostaria de saber se a empresa envolvida no escândalo do Facebook - cujo presidente, entretanto demitido, esteve na última websummit em Lisboa - também teve práticas criminosas em Portugal, se alguma vez utilizou pelos mesmos métodos perfis de cidadãos portugueses. Gostaria que alguém com responsabilidade e autoridade me respondesse a esta pergunta demasiado simples mas demasiado complexa ao mesmo tempo

sábado, março 10, 2018

Interessa à Madeira: porque estão os turistas britânicos a abandonar Portugal?


Venezuela huye del hambre...


Alerta em defesa do ambiente: britânico filma mergulho num mar de lixo de plástico....


“O país onde o sol escolheu viver”, o vídeo de segurança da TAP


1.856 horas na TV e outros números que retratam os 2 anos de mandato de Marcelo

Se há mote que tem apregoado, é o de que as pessoas são mais importantes do que os números. Mas no caso de Marcelo Rebelo de Sousa, os números podem ser um excelente retrato da pessoa. O Presidente da República tomou posse há precisamente dois anos. É um mandato marcado pela diferença a vários níveis, na proximidade, na rapidez de reação, na clareza de discurso ou no constante comentário da actualidade. Dados fornecidos pela Cision o mostram destaque do Presidente da República na imprensa.

Porto Canal: Universo Porto da Bancada (08 Março 2018)


SIC-Notícias: Quadratura do Círculo (08 Março 2018)


SIC-Notícias: O Eixo Do Mal (03 Março 2018)


Polícia mata homem que protestava por falta de comida na Venezuela

As forças de segurança venezuelanas mataram a tiro um homem que protestava contra a falta de bens alimentares, denunciou na rede social Twitter o deputado da oposição Omar González. O incidente ocorreu em Barcelona, no Estado de Anzoátegui, 330 quilómetros a leste de Caracas, quando a vítima, de 48 anos, protestava contra a falta das chamadas bolsas CLAP, constituídas por cabaes com alimentos subsidiados pelo Estado.
"Com um tiro na cara agentes da polícia mataram um trabalhador que protestava, em Barcelona (Estado de Anzoátegui) porque não chegam as bolsas CLAP à sua comunidade", denunciou Omar González, que identificou a vítima como sendo Carlos Guarimata.
"Indignação nos bairros da zona sul de Barcelona, Anzoátegui, pelo assassinato de trabalhador que protestava por estar a morrer de fome", escreveu o deputado da oposição.

quarta-feira, março 07, 2018

Venezuelanos criaram “Frente Ampla” de luta “contra a ditadura”

Representantes de diversos sindicatos da saúde, académicos e estudantes realizaram na terça-feira uma assembleia de grémios, à qual chamaram "A Venezuela não se rende", para criar uma "Frente Ampla Nacional" de luta "contra a ditadura". O ato teve lugar na Aula Magna da Universidade Central da Venezuela (UCV) e nele participaram ainda vários políticos da oposição, representantes da Conferência Episcopal e da imprensa venezuelana.
“É nosso dever defender a democracia e construir o país. A Venezuela unida não se rende e por isso estamos aqui” disse a reitora da UCV, Cecília Garcia Arocha. A iniciativa serviu para condenar a falta de materiais médicos e as medicas tomadas pelo executivo. “Hoje cabe-nos unirmo-nos. Selar um pacto de bases cidadãs para condenar um Governo que nos tem levado à fome e à miséria”, disse o secretário executivo da Federação de Trabalhadores da Saúde, Pablo Zambrano.

Espanha: Cataluña fue la comunidad que más impuestos creó el año pasado y la que más tributos tiene

Los impuestos propios que aprueban las comunidades son una “jungla inexpugnable" de 82 figuras que gravan hechos tan diversos como cánones al agua, premios al bingo o bolsas de plástico. La calificación la ha dado el presidente del Consejo General de Economistas de España, Valentín Pich, está mañana en la presentación del Panorama de la Fiscalidad Autonómica y Foral 2018, un minucioso informe que año tras año da una instantánea de la realidad tributaria de las regiones. Cataluña lidera la clasificación de impuestos propios creados con 18 figuras, tres de ellos inconstitucionales y 4 creados en 2017: el de estancias de establecimientos turísticos, uno de emisión de elementos radiofónicos, el de bebidas azucaradas, el de emisiones de dióxido (este aún no ha entrado en vigor) y el de activos no productivos. Por todo ello recauda 630 millones, un 3,2% de sus ingresos (mas que la media, que supone un 2,2%, 2.090 millones) aunque pese a tener mas impuestos no es la que más ingresa por este concepto: lo es Canarias, con un 15,8%. Este liderazgo tributario de Cataluña se repite en el IRPF en un segmento muy concreto: es la región donde más impuesto pagan las rentas medias y bajas y las que ingresan hasta algo más de 30.000 euros.

Los problemas de escasez de Venezuela, en imágenes


terça-feira, março 06, 2018

Venezuela retrasa las elecciones del 22 de abril al 20 de mayo

Las elecciones presidenciales en Venezuela serán el próximo 20 de mayo, en lugar del 22 de abril, tal y como estaba previsto, según ha anunciado este jueves Tibisay Lucena, presidenta del Consejo Nacional Electoral de Venezuela, en declaraciones a la prensa. Lucena había informado horas antes la concreción de un "acuerdo de garantías electorales", firmado entre los competidores políticos del país, que contempla la celebración de las elecciones presidenciales en la segunda quincena de mayo. El pacto anunciado incluye la elección de los consejos legislativos estatales y municipales del país y, de momento, excluye la posibilidad de elegir una nueva Asamblea Nacional, tal y como habían insinuado algunos jerarcas chavistas hace pocos días. El anuncio evidencia un sorprendente matiz estratégico, en el cual parece hacerse un último esfuerzo por lograr la participación de parte de la oposición en las elecciones. Aunque muchos analistas consideran los anuncios insuficientes, queda claro que, al menos en el terreno teórico, el chavismo ha hecho algunas concesiones.

Venezuela entre a crise económica e a “mão dura” do regime ‘chavista’

A crise económica e social da Venezuela é vivida em simultâneio com a progressiva dureza do regime político de Nicolás Maduro, que nasceu a partir de um processo democrático agora contestado por opositores. Vários ‘chavistas’, apoiantes do ex-presidente Hugo Chávez, falecido a 05 de março de 2013, dizem acreditar que a revolução avança, mas que é preciso “mão dura” dos governantes para contra-atacar os ataques do imperialismo, o bloqueio internacional e a corrupção interna que se transformou “num grande inimigo”. “A morte do comandante (Hugo Chávez) deu pé a que os adversários internos e externos aumentassem os ataques à revolução. As coisas estão complicadas em quanto à insegurança, aos serviços e à economia, mas em qualquer momento conseguiremos dar a voltar e ressurgir”, disse à Lusa Ricardo Martínez.
Nostálgico pelas últimas recordações do “comandante”, este taxista de 38 anos, passa o dia a “ouvir conversas e queixas” de clientes em Caracas, diz acreditar que o Presidente, Nicolás Maduro, “tem que ser mais firme, no atuar, nas medidas para combater a crise e a população”. “Muitas vezes fico apenas ouvindo o que dizem. As pessoas estão muito radicalizadas, às vezes nem pensam sobre o que dizem e queixam-se de tudo. Vivemos um momento em que ninguém parece ver que há coisas boas a acontecer no país, que estamos lutando para ser nós mesmos”, disse. No entanto, vincou, apesar de Nicolás Maduro ser o “herdeiro” de Hugo Chávez, chegou ao poder fragilizado pelos seus próprios apoiantes que o viam como líder fraco e transitório.
“Cada vez tem mais força, quando fala, e apesar das adversidades tem avançado com o Plano da Pátria (programa de governo), que foi um legado do comandante”, frisou. Johan Lárez, 48 anos, trabalha na área da construção e é crítico da situação. “A economia não anda bem. Como o salário não dá para nada, as pessoas fazem menos arranjos e quase não pintam as casas. Antes ao fim da tarde das sextas-feiras todos os companheiros nos reuníamos para tomar umas cervejas. Agora cada quem segue o seu caminho, procurando trabalhinhos extras para poder garantir comida para a família”, explica. Admitindo que nunca pensou ver “o país numa situação tão grave”, explicou que tem duas crianças a estudar, o que pressiona o orçamento familiar “cada vez mais afetado pelo alto preço das coisas”. “Ficar doente é um luxo. Isso não me pode acontecer, porque sei de pessoas que conseguem os medicamentos, outras que gastam tudo na saúde. Qualquer doença, uma gripe, pode complicar a situação em casa”, disse. Por outro lado, é a mulher que gere os apoios estatais para alimentos a preços subsidiados.
“Ela converteu-se na melhor administradora. Vai aqui, acolá, até conseguir as coisas e ao melhor preço. Adaptou os nossos costumes para poupar”, disse. Vivendo a sul de Caracas, numa casa doada pelo Estado, Maria Escalante, 50 anos, insiste que “jamais votará pela direita” mas lamenta que a sociedade, os pobres e classe média dependam agora cada vez mais do Estado. Diariamente, depois de deixar a filha na escola, viaja todos os dias pelo menos durante 45 minutos para ir trabalhar na capital, desde Charallave a Caracas, um trajeto cada vez mais difícil, porque “quase já não há autocarros da urbanização até ao comboio”.
“A política tem de controlar a economia. Se Chávez (Hugo) fosse vivo as coisas seriam distintas. Quando algo estava mal ele assumia os erros e ordenava ratificar. Há uma guerra económica contra o país, mas nem toda a culpa pode ser atribuída a ela”, explicou. A viver diariamente com um orçamento limitado que a obriga da “fazer bem as contas”, aponta o dedo ao “bloqueio internacional”, à corrupção e ao “falso chavismo” como responsáveis pela crise, mas insiste que os venezuelanos precisam entender “que não podem viver sempre à espera que o Estado lhe dê tudo”. Escalante admite mesmo que a situação poderá vir a agravar-se e adverte que o Governo terá que ser seletivo com os apoios que dá à população, mas também ouvir mais as pessoas que trabalham para manter o país em atividade.
O oficial de segurança Francisco Moncada, 45 anos, continua tão “apoiante” da revolução como antes e lamenta muitos tenham deixado o país. “Há pessoas que não entendem que estamos apenas a passar por uma etapa difícil, agravada por pressões internacionais, mas que vamos sair disto em breve e vê-las regressar. Eu continuo fiel, não emigrarei. Para passar humilhações e dificuldades lá fora, prefiro viver e lutar aqui”, disse (Lusa)

Falando do Aeroporto da Madeira (VI)

Continuo a confiar 100% na TAP e na preocupação de cumprimento dos limites operacionais que a companhia segue, e bem, no aeroporto do Funchal. Por isso recomendo aos patos-bravos que acham que esses limites devem ser alterados sem discussão e sem cuidado e muita cautela, que, caso queiram, viajem todos junto num mesmo avião (se tiverem pilotos disponíveis...) para ver se se borram ou mijam de "cagufa" ou não,  durante as tentativas inevitavelmente fracassadas de aterragem no Funchal! Depois disso, talvez deixem de perorar asneiras. É fácil falar de limites de operacionalidade sentados de sofá. O problema é sempre dos passageiros que andam lá por cima, nas nuvens....

Falando do Aeroporto da Madeira (V)

O problema do aeroporto das Madeira, pelo que já apreciei pessoalmente várias vezes, tem a ver apenas com a dificuldade da estrutura em responder de forma atempada, eficaz e célere a uma situação de crise devido à inoperacionalidade causada pelo vento, e que envolve milhares de afectados. As próprias companhias deviam preparar-se com antecedência para essas situações e salvo a TAP - com muitas limitações - não o fazem.  Falo de dificuldades no que diz respeito ao apoio aos passageiros em terra afectados pela inoperacionalidade, encargos que são da responsabilidade do próprio aeroporto, quer da própria capacidade de resposta de muitas companhias aéreas que operam para a Madeira, repito que não especificamente a TAP, em garantirem de forma célere viagens alternativas aos passageiros afectados. Isso é que dá uma imagem pouco abonatória sobretudo quando as pessoas se queixam através dos meios de comunicação social, algo que todos sabemos ser recorrente. Mas já me disseram também que as companhias não conseguem garantir voos ligações alternativas sem terem a recalendarização dos voos feita pelas próprias companhias aéreas o que condiciona os balcões de atendimento.

Falando do Aeroporto da Madeira (IV)

Recentemente dois aeroportos em Canárias devido ao vento forte, foram palco de situações semelhantes de voos adiados, envolvendo milhares de turistas, mais do que as pessoas que no caso da Madeira são prejudicas nas inoperacionalidades do seu aeroporto. Os aviões foram desviados para vários aeroportos, dois deles para o Porto Santo. E qual foi o drama disso? Canárias "só" tem anualmente mais de dez vezes mais os turistas que a Madeira recebe. Só isso. Será que isso penaliza aquele destino turístico? Não me gozem.

Falando do Aeroporto da Madeira (III)

Será que algum inteligente acha que é chique obrigar os passageiros que viajam com destino ao Funchal a passarem por pesadelos nas tentativas de aterragem no Funchal só para que as companhias não cancelem voos e o aeroporto da Madeira não seja notícia recorrentemente pelos mesmos motivos? E se for notícia, qual é o problema disso? Por mim, para que nem restem dúvidas, todas as companhias que operem no Funchal acima dos limites de operacionalidade deviam ser multadas e denunciadas junto dos organismos internacionais.

Falando do Aeroporto da Madeira (II)

O que esta situação em torno do Aeroporto da Madeira  suscita - antes não, mas agora sim, dada a frequência de situações de inoperacionalidades - é a necessidade urgente de estudar uma alternativa, caso ela exista, nomeadamente retomando a abordagem ao Porto Santo, identificando vantagens e inconvenientes, enumerando obstáculos, incluindo em termos de apoio em terra, etc. Pessoalmente preciso ser convencido que os turistas desviados para o Porto Santo devido ao vento, farão uma "bela" viagem de barco de 2 horas e meia entre as duas ilhas, sujeitando-se a mar alteroso e ventos com a mesma intensidade que apresentam no aeroporto.

Falando do Aeroporto da Madeira (I)

Vamos ser pragmáticos: se temos ventos fortes no Aeroporto da Madeira (acima dos 50 km e com rajadas de 100 ou mais Km), muito para além dos limites racionais e lógicos da operacionalidade em vigor, e tratando-se de uma ilha turística que não pode ser prejudicada por aventuras e pela demagogia barata em torno da utilização do aeroporto em condições extremas, qual é o drama de não haver ligações de e para a Madeira nesse contexto? Ainda bem que não há. Ponto parágrafo!

Venezuela: Maduro puede poner en jaque al dólar, ¿sabe cómo?

Hace unos meses, aprovechando una charla sobre Blockchain y criptoactivos a la que acudían unos buenos amigos venezolanos, estuve trasteando con la información disponible existente sobre el petro, la que iba a ser la primera de las criptomonedas respaldada por un Gobierno, con capacidad de pago local y colaterizada por un activo físico como es el petróleo. Por orden de Maduro, la compañía estatal de petróleos venezolana (PDVSA) está obligada a realizar sus transacciones en petros y tanto servicios públicos como privados (consulados, hoteles…) pueden aceptar la criptomoneda como medio de pago legal. La primera conclusión que saqué de la lectura inicial fue la de estar no ante una criptomoneda al uso sino ante una nueva fórmula para intentar obtener financiación y con el objetivo claro de evitar el bloqueo financiero al que está sometido Venezuela. Aprovechando la fiebre existente en el mundo de las criptomonedas, nada como un buen golpe de ingenio para subirse al carro consiguiendo notoriedad y, si sale bien, hasta 6.000 millones de dólares a un precio del barril de petróleo en 60 USD.

Sin medicinas en Venezuela


Espanha: Madrid, País Vasco y Navarra, las regiones más competitivas

Más allá de la política, la economía divide España de Norte a Sur en dos mitades ante el diferente desempeño de las comunidades. El Consejo General de Economistas publicó ayer un estudio en el que mide la distinta competitividad regional según varios parámetros. La comunidad más competitiva en 2016 pero también en todos los años de la crisis es Madrid, con un 71% más que la media. Le sigue País Vasco (que desde 2012 ha desbancado en el segundo puesto a Navarra, tercera en el ranking) y Cataluña (un 30% más competitiva que la media), en cuarto lugar al menos desde 2008, primer ejercicio al que se remonta el estudio. El efecto capital y los bajos impuestos explican el liderato de Madrid. Las últimas comunidades del ranking son Extremadura (un 53% por debajo de la media nacional), Andalucía (un 39,4% de distancia), Castilla-La Mancha (-30,55), Canarias (un 28,9% por debajo) y Murcia (un 25%), todas sureñas. Pese a que la crisis apenas ha variado el ranking, ello no quiere decir que no haya habido cierta convergencia regional en algunos casos estos años. Andalucía es, junto a Baleares, la comunidad que más ha mejorado su competitividad desde 2008: ha aumentado su atractivo un 27,4%, líder junto al 27,9% de Baleares. Entre las comunidades con una competitividad por debajo de la media, ambas regiones, junto a Canarias, Cantabria, Castilla y León y Comunidad Valenciana han elevado su pujanza desde 2008 con mayor rapidez que el resto, por lo que sus economías están convergiendo con las de las regiones más atractivas.

Los presos venezolanos comen ratas para matar el hambre

Comer basura o comer ratas a veces es la única opción en Venezuela. Alejandro Manuel Mago Coraspe, de 41 años, tuvo que mitigar su hambre en la prisión cazando ratas hasta que una de ellas –infectada– lo mandó al hospital Ruiz y Páez de Ciudad Bolívar, al sur del país. El recluso presenta un cuadro severo de desnutrición e intoxicación por haberse comido una rata probablemente envenenada. La salud de Mago Coraspe, encarcelado desde hace ocho meses por haber robado un coche, es precaria. Tiene las piernas y los pies inflamados, pero esto no le ha impedido contar su tragedia a la ONG «Una ventana a la libertad», que lucha por los derechos humanos en las cárceles venezolanas. Acostado en su cama clínica con un brazo esposado y una Biblia en la mano, el preso admite que no era la primera vez que comía ratas: «Yo las he comido varias veces, por la necesidad, por el hambre. Pero las que me comí recientemente no las mate yo, las agarré muertas del contenedor de basura que tenemos en el penal. Las cocinamos, pero quedaron como crudas. Así mismo las comimos. Yo creo que estaban envenenadas y por eso me cayeron mal. Las otras que me he comido las he matado yo», relató de forma pausada.

Venezuela huye del hambre

Una pareja joven, veintitantos años, llega junto a su niño, casi casi recién nacido, al mercado de Cúcuta. Se quedan pegados mirando fijamente a la vitrina de uno de los puestos. Y rompen a llorar.  Llevan meses, casi un año sin ver una pastilla de jabón. Un bote de desodorante. Un frasco de colonia. Acaban de cruzar el Puente de Simón Bolívar, que se ha convertido en uno de los lugares más transitados del mundo. En la frontera entre Venezuela y Colombia, los gritos de un niño se mezclan con ritmos de salsa y merengue. El sol y las nubes se alternan en el cielo, pero hace calor, bastante calor, la humedad se te pega a la piel, y cuesta distinguir la ropa del sudor. Un mercado caótico domina la escena. A la venta, productos de todo tipo y color: patatas negras, zapatos usados, cortes de pelo, pañales, papel higiénico, cebollas, motocicletas…Un camino que recorren, cada día miles de venezolanos en éxodo, huyendo de la ruina que arrasa su país. La pobreza ataca a todos los grupos sociales, como explica Expósito: ”mujeres famélicas que cruzan, entremezcladas con otras absolutamente operadas. Un contraste imposible.”
“Llegan aquí, ven la vitrina y se ponen a llorar. Llevan años sin ver un jabón o un desodorante”.