domingo, outubro 24, 2021

Philip Morris conclui aquisição da farmacêutica Vectura por mais de mil milhões de euros...

 


A produtora dos cigarros Marlboro, a Philip Morris International, concluiu a aquisição da farmacêutica Vectura com a compra de 75% das suas ações, tornando-se assim acionista maioritária da empresa. De acordo com informações avançadas pela ‘CNN’, o valor da aquisição ronda os 1.1 mil milhões de euros. A Vectura é uma empresa britânica especializada no desenvolvimento de produtos para o tratamento de doenças respiratórias como a asma. A empresa fabricou 13 medicamentos inalados para empresas como a Novartis e a GlaxoSmithKline para tratar doenças pulmonares, incluindo asma. A Executive Digest tinha já noticiado o interesse da Philip Morris em adquirir a Vectura, tendo apresentado diversas propostas à administração.

“A aquisição da Vectura, na sequência do acordo recentemente anunciada para comprar a Fertin Pharma, irá posicionar-nos para acelerar esta jornada ao expandir as nossas capacidades em formulações de produtos orais e inaláveis inovadores”, comentou à data o CEO da Philip Morris, Jacek Olczak.

A ‘CNN’ explica que esta aquisição “aumenta os esforços da empresa de tabaco para gerar mais da metade da sua receita líquida com produtos livres de fumo, como cigarros eletrónicos e medicamentos respiratórios em quatro anos (Executive Digest, texto do jornalista André Manuel Mendes)

Este mapa mostra o impacto da Humanidade na Terra. Algumas regiões estão “às escuras”

 


A superfície da Terra tem sofrido várias modificações ao longo dos séculos. Algumas foram provocadas pela Natureza, outras pela Humanidade e é nestas que se foca o novo mapa desenvolvido por David M. Theobald e divulgado pelo Visual Capitalist. Com base nos dados do Earth System Science Data (ESSD), nasce uma representação do impacto do ser humano nos diferentes continentes. Quanto mais colorida e clara for a mancha, maior é o impacto do ser humano em termos de modificação da região. Numa primeira análise, fica logo claro que Europa, Estados Unidos da América, Índia e parte da China são as regiões mais impactadas pela presença humana, uma vez que são as mais iluminadas. Por outro lado, Austrália, Rússia, grande parte do Canadá e do continente africano mostram-se praticamente “às escuras”, ou seja, modificações de origem humana a assinalar.

De acordo com o Visual Capitalist, o impacto das populações na Terra é cada vez mais difícil de ignorar, especialmente quando nos aproximamos rapidamente dos 8 mil milhões de pessoas. As cidades, as infraestruturas, a agricultura e a poluição são algumas das áreas que provocam “stress” ao planeta e aos ecossistemas naturais.

Juntam-se ainda a extração de recursos energéticos, minas, centros de produção energética, estruturas de transporte (estradas e caminhos de ferro, por exemplo), desflorestação ou alterações à paisagem natural (como barragens e lagos artificiais). No total, os investigadores estimam que 14,6% – ou 18,5 milhões de quilómetros quadrados – de território foi modificado. Esta é uma dimensão superior à da Rússia, por exemplo (Multinews, texto da jornalista Filipa Almeida)

Taxar o consumo: é fácil, rende milhões

 


Os impostos sobre os combustíveis em Portugal são altos, mas não é de agora, nem são caso único. Somos um dos campeões europeus a cobrarem impostos sobre o consumo, Na hora de encaixar receita, os impostos indiretos são um grande aliado dos Governos. IVA, combustíveis (o famoso ISP), automóvel (IA), tabaco (IT), são tudo impostos que se diluem no preço final dos bens e que permitem ao Estado cobrá-los sem que a maior parte dos consumidores perceba quanto pesam na fatura final. Além de serem ‘anestesiantes’, precisamente porque quase não se dá por eles, estes impostos têm outra vantagem: são simples e fáceis de administrar, recaindo sobre os comerciantes e prestadores de serviços a obrigação de atuarem como cobradores.

O caso do ISP é uma das poucas exceções. Sempre que há uma subida dos preços dos combustíveis, vem à baila que Portugal cobra muitos impostos sobre os combustíveis. A comparação é sobretudo expressiva quando olhamos para Espanha (onde eles são baixos) mas também nos destacamos face à média europeia. Quando abastecemos um depósito com gasolina, 58% do preço final são impostos e, quando o abastecemos com gasóleo, 53% vai para o Estado. Estamos entre os países europeus que mais carregam na tributação (ver gráficos). Contudo, nem o peso dos impostos sobre os combustíveis é um fenómeno recente nem tão pouco é um caso único.

Os 10 “cofres secretos” mais apetecíveis para os milionários esconderem o dinheiro

 

Segundo a organização Tax Justice Network, as Ilhas Caimão são o paraíso fiscal mais tentador para os mais ricos guardarem as suas fortunas em offshores – e fugirem aos impostos. Portugal aparece no 76º lugar, um pouco abaixo do meio da tabela. O top-10 está longe de ser preenchido por lugares remotos do planeta; estão lá alguns dos países mais desenvolvidos. Sem surpresa, as Ilhas Caimão são o “cofre secreto” mais apetecível para os mais endinheirados esconderem o seu dinheiro em offshores. O território ultramarino britânico, em pleno Mar das Caraíbas, domina a tabela das jurisdições mais “qualificadas” para o efeito elaborada pela Tax Justice Network, uma organização fundada em Londres com o propósito de combater a evasão fiscal no mundo. Como se sabe, esta é uma das estratégias mais populares quando o objetivo é escapar aos impostos, embora uma coisa não implique obrigatoriamente a outra.

O Financial Secrecy Index, ou Índice do Segredo Financeiro, é definido através da ponderação entre o grau de secretismo em cada território (ou jurisdição), ao qual é atribuída uma pontuação até 100 com base em 20 critérios de avaliação, e o volume de serviços financeiros offshore fornecidos, à escala planetária. Portugal surge na 76º posição (num total de 133), com um score de 54,03 pontos no grau de secretismo (quanto mais próximo de 100, menor a transparência do sistema financeiro) e 0,1% no peso que representa a atividade financeira offshore dentro do país, no contexto mundial.

Numa altura em que os Pandora Papers revelaram o envolvimento de várias personalidades mundiais nestes esquemas, do rei Abdullah II da Jordânia ao ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, passando pela cantora Shakira e o treinador de futebol Pep Guardiola, sem esquecer os políticos portugueses Manuel Pinho, Vitalino Canas e Nuno Morais Sarmento, aqui fica o top-10 dos paraísos fiscais mais opacos.

Ihas Caimão (76,08 em grau de secretismo + 4,6% da atividade offshore no mundo)

É um dos locais mais populares da atividade offshore. Alguns dos maiores bancos, fundos e empresas do mundo têm negócios neste pequeno arquipélago das Caraíbas formado por três ilhas. Tem um dos maiores níveis de secretismo no ranking da Tax Justice Network.

O que tenho de fazer para conseguir o desconto de 10 cêntimos no combustível? É simples

 

Para combater o aumento histórico do preço dos combustíveis (em grande parte devido à enorme carga fiscal), o Governo oferece um desconto de 10 cêntimos por litro a todos os contribuintes durante cinco meses e um máximo de cinco euros por mês. Por uma vez, o processo de adesão é simples. Antevendo uma onda de contestação que já começava a crescer na rua e provavelmente assutado com o aumento histórico do preço de combustível - a gasolina chegou a custar mais de dois euros por litro, mais do que um litro de cerveja - o Governo anunciou uma panaceia que vai durar cinco meses: 10 cêntimos de desconto por cada litro de gasolina ou gasóleo até a um máximo de cinco euros por mês ou cinquenta litros de combustível. A medida vai custar 133 milhões de euros ao erário público (nós) e durará até março de 2022. Mas o que fazer para conseguir o desconto? Desta vez, o Estado facilita a vida aos contribuintes. Agora, é só esperar que os problemas ocorridos com o IVAucher da restauração, alojamento e do espetáculo - fraca adesão dos comerciantes e atrasos nos reembolsos - não se repitam.

1º Passo: Aderir ao IVAucher

É essencial ter internet e aderir ao programa IVAucher através de um qualquer dispositivo móvel ou fixo como o telemóvel ou um computador. O programa pede o número de contribuinte e o número de telemóvel (para ceder um código) e funciona de uma forma simples e amiga do utilizador. É igualmente necessário estar registado no Portal das Finanças. São três cliques no total.

2º Passo: Abastecer numa bomba amiga

A adesão ao programa é voluntária para todos: consumidores e comerciantes, ou seja, condutores e postos de abastecimento. de combustível. Portanto, é melhor perguntar se a bomba onde costuma abastecer aderiu ao programa. O abastecimento é pago na totalidade e o desconto é devolvido por transferência bancária. O que nos leva ao ....

... 3º Passo: "Deseja fatura com número de contribuinte?": Sim, desejo

Para, finalmente, receber os 10 cêntimos por litro é essencial pedir fatura e dar o número de contribuinte no momento do pagamento. A devolução é feita através de transferência bancária que será feita depois de cada abastecimento. O programa começa em novembro (Expresso, texto do jornalista Rui Gustavo)

quarta-feira, outubro 20, 2021

Nota: perorando sobre o PSD....

Já se sabe que Rui Abreu aparece como mandatário de Rangel no Funchal porque tendo-o sido nas directas de Janeiro de 2020 mandatário de Miguel Pinto Luz, e sendo este um dos mais ferrenhos apoiantes de Rangel, a ligação está estabelecida e o candidato derrotado deverá estar a colocar a sua "máquina" agora ao serviço de Rangel. As habilidades costumeiras no PSD.

Resta saber quem será o mandatário de Rio, não me espantando nada que João Jardim, que tem sido crítico do estilo e da "praxis" política da liderança social-democrata, sobretudo em relação ao PS e a Costa, opte desta feita por não se envolver demasiado na corrida interna que corre o risco de se transformar em mais um erro do PSD e da sua habitual luta interna pelo poder devido a ansiedades e ambições pessoais. Acresce que subjacente a estas "inocências" rangelistas, que não enganam ninguém, poderá estar o fenómeno da "viuvez passista" que espreita uma oportunidade para ressurgir e que, por via de Miguel Pinto Luz, pode ter encontrado uma âncora que lhe tem faltado e usar Rangel, repito, usar Rangel apenas como "lebre", na perspectiva de ganharem tempo e esperarem pelo seu momento. Verdade seja dita, e não mudo a minha opinião por causa das autárquicas - que nem uma vitória propiciaram ao PSD ao contrário do que alguns apregoam, já que apenas ganhou em 2 distritos continentais e na Madeira (e os deputados são eleitos por distritos e Regiões Autónomas...) - que Rio tem personificado uma liderança fraca, hesitante, pouco mobilizadora, temerosa, contraditória em certos momentos, vazia, sem dinâmica, etc, e que alguns méritos eleitorais citadinos não se ficam a dever em nada a ele. Rio, é o que eu penso, rodeou-se de desconhecidos que de política não sabem patavina, e que nada dizem nem aos militantes social-democratas, muito menos aos eleitores em geral que se estão borrifando para o que se passa no seio do  PSD. A "dondonquice" pindérica trazida para a política é uma das maiores patetices, opção que é própria de impreparados que acham que enganam as pessoas ou que são uma espécie de iluminados de coisa nenhuma. Política é política, governar é política, não uma forma de fazer anti-política. E para estar na política, bem ou mal, há que ter perfil para isso. 

Sigo com interesse e expectativa este debate no PSD, não me sinto minimamente estimulado a votar em nenhum deles, um pela desilusão, outro pela desconfiança do que esconde em termos futuros. Prefiro ficar sentado de sofá à espera de uma espécie de "D. Sebastião" da política e que seja capaz de mobilizar o PSD desde as suas estranhas até ao topo e recolocá-lo com a dignidade que deve ter no panorama das política interna, sem ter que a servir de bengala para insignificâncias (e insignificantes) ou andar a fazer figuras tristes com a extrema direita radical e asquerosa (LFM)

terça-feira, outubro 19, 2021

A propósito de foguetes lançados indevidamente por alguns partidos antes da festa



A minha preocupação é sempre a de facilitar a leitura pelas pessoas dos resultados eleitorais. Este levantamento mostra o partido mais votado nas autárquicas de 2021 nos distritos e regiões autónomas, e respectivas percentagens, e os partidos ou coligações mais votados nas capitais de distritos e regiões autónomas e respectivas percentagens. Quando se fala em cenários eleitorais e quando se sabe que os deputados são eleitos por método de Hondt em função da votação total obtida pelos partidos em cada distrito ou Região Autónoma - e não as votações nas cidades nem nas capitais - seria talvez recomendável que o debate voltasse a ser o mais realista possível. Sobretudo para a direita e o centro-direita que me parece estar a dar foguetes sem razão para tal. Leiam o quadro e tirem as vossas conclusões. Ressalvando as naturais diferenças entre actos eleitorais e a falta de rigor nestas comparações, mas apresentando apenas como exemplo para que as pessoas percebam melhor, se os resultados das autárquicas de 2021 fossem transpostos para uma eleição legislativa nacional (onde, por exemplo, os movimentos de cidadãos estão impedidos de concorrer) na Madeira - 3 deputados do PSD e 3 deputados do PSD em 2019 - seriam eleitos 4 deputados do PSD sozinho ou das várias coligações autárquicas de 2021 concorrentes (PSD, PSD+CDS e CDS) e 2 do PS. Já no caso dos Açores - 3 deputados do PS e 2 do PSD em 2019 - seriam eleitos 3 deputados contando os votos do PSD sozinho ou das várias coligações autárquicas de 2021 concorrentes (PSD, PSD+CDS, PSD+CDS+PPM, e CDS) e e 2 do PS. Isto porque na Madeira os votos do PSD e CDS, sozinhos ou coligados, totalizaram 65.179 votos contra 41.524 votos do PS, sozinho e na coligação no Funchal (o que é indevido devido ao facto de ter envolvido diversos partidos). Já nos Açores os votos do PSD e do CDS, sozinhos e coligados, ascenderam a 57.096 votos contra 53.537 votos do PS sozinho. Este quadro mostra que o PSD apenas foi o partido mais votado em 2 distritos continentais e uma Região Autónoma (Madeira) (LFM)

Quem conquistou a presidência das CMs das capitais de distritos e Regiões Autónomas



 (LFM)

Quem conquistou a presidência das CMs das 25 maiores cidades portuguesas


 

(LFM)

sábado, outubro 16, 2021

OE-2022: transferências para as Regiões desde o ano da troika (2011)



Este quadro mostra os valores das transferências do OE para as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, entre 2011 (ano de chegada da troika a Portugal...) e o Orçamento deste ano, 2022, na rubrica "Transferências para as regiões autónomas". Deste quadro constam as verbas constantes do respectivo quadro anexo ao OE. Segundo os Censos-2021 da população, os Açores tinham 236.657 residentes enquanto na Madeira a população ascendia a 251.060 indivíduos

OE-2022: transferências do OE para os Municípios das Regiões Autónomas




Este quadro mostra os valores das transferências do OE para as freguesias das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, entre 2002 e 2022, na rubrica pomposamente designada de "Transferências para os Municípios - participação dos Municípios nos impostos do Estado". Dele constam apenas as verbas que figuram do respectivo quadro anexo ao OE.  Lembro que os Açores têm 19 Câmaras Municipais contra 11 na Madeira. Enquanto na Madeira existem 54 freguesias nos Açores elas ascendem a 156 entidades. Por outro, segundo os Censos-2021 da população, os Açores tinham 236.657 residentes enquanto na Madeira a população ascendia a 251.060 indivíduos

OE-2022: transferências do OE para as Juntas de Freguesia das Regiões Autónomas




Este quadro mostra os valores das transferências do OE para as freguesias das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, entre 2002 e 2022, na rubrica pomposamente designada de "Transferências para as freguesias - participação das freguesias nos impostos do Estado". Dele constam apenas as verbas que figuram do respectivo quadro anexo ao OE.  Lembro que os Açores têm 19 Câmaras Municipais contra 11 na Madeira. Enquanto na Madeira existem 54 freguesias nos Açores elas ascendem a 156 entidades. Por outro, segundo os Censos-2021 da população, os Açores tinham 236.657 residentes enquanto na Madeira a população ascendia a 251.060 indivíduos

OE-2022: transferências do OE para as Regiões Autónomas



Este quadro mostra os valores das transferências do OE para as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, entre 2004 e 2022, na rubrica "Transferências para as regiões autónomas". Dele constam as verbas constantes do respectivo quadro anexo ao OE

sexta-feira, outubro 15, 2021

O seu Wi-Fi revela por onde anda - e esses dados podem ser recolhidos sem você saber. Esta é a prova (e saiba como o evitar)



Não é uma vulnerabilidade, não é um ciberataque, mas pode ser uma lacuna técnica que permite que qualquer curioso, sem grande esforço, recolha dados sobre as conexões Wi-Fi que são feitas pelos telemóveis de desconhecidos. O que fazem as pessoas que caminham na rua com Wi-Fi ligado? E se for o sistema Bluetooth do carro? Dois especialistas da empresa CyberS3c aceitaram o repto e responderam literalmente às duas questões.

No primeiro caso, bastou uma mão cheia de segundos para os dois especialistas em cibersegurança recolherem dados apresentados pelos telemóveis de centenas de pessoas enquanto cruzavam um espaço público de Lisboa – e com isso ficaram em condições de recolher informação que indicia locais visitados e rotinas do dia.

Para obterem esta informação, os responsáveis da CyberS3c apenas necessitaram de comprar uma antena de Wi-Fi que funcionou como potencial recetor das comunicações de telemóveis que se encontram com Wi-Fi ligado nas imediações, e ainda um sistema operativo Linux no computador (mas também dar para fazer o mesmo com alguns sistemas operativos Windows).

O lapso da ligação entre os telemóveis de quem passa e o portátil com a antena comprada na Internet por 15 euros bastou para recolher listas de outros recetores a que os utilizadores em causa se conectaram no passado – e sem qualquer ilegalidade envolvida no processo.

Com esta informação, e eventualmente o cruzamento com mapas e pesquisas na Internet, seria possível conhecer os hábitos de uma ou mais pessoas, mas os investigadores lembram que esta divulgação de dados não se deve a uma vulnerabilidade ou ataque, mas à própria forma como opera o Wi-Fi, que revela automaticamente dados de outras conexões do passado sempre que estabelece uma ligação a um novo ponto de acesso.

Nos carros, a fuga de dados é similar, mas poderá ser igualmente incisiva. Além de permitir localizar um carro que, eventualmente, se pretenda seguir, a rede sem fios fornece dados que poderão ser igualmente reveladores de percursos dos automobilistas. Em qualquer dos casos, há apenas uma solução: desligar sempre o Bluetooth ou o Wi-Fi sempre que deixou de ser usado (Expresso, texto dos jornalistas Hugo Séneca e José Cedovim Pinto)

Os talibãs tomaram o poder no Afeganistão pela segunda vez em 25 anos. Como foi possível?



A geografia, os interesses geopolíticos e as características socioculturais fazem do Afeganistão um país único no mundo. O regresso dos talibãs ao poder deve ser interpretado à luz de todas essas especificidades. Análise a um dos grandes problemas do nosso tempo em 2 minutos e 59 segundos (Expresso)

Chamam-lhe “demónio”: a história de um mês contada em seis minutos - o Cumbre Vieja



Começou há quase um mês e não pára: a lava expelida pelo Cumbre Vieja, o vulcão da ilha de La Palma (Espanha), vai escorrendo lenta mas implacavelmente colina abaixo, criando novos fluxos e fajãs e engolindo tudo por onde passa. “Um demónio”, chamam-lhe as pessoas que tentam em desespero esvaziar as suas casas para que alguma coisa lhes reste. Este é o relato vídeo do que se passou e que vem com uma lição: “Contra a natureza nada se pode” (Expresso, texto do jornalista Rúben Tiago Pereira)

Suicídio tem vindo a diminuir mas taxa em Portugal ainda é das mais altas do sul da Europa



Em 2019, suicidaram-se em Portugal quase três pessoas por dia. Mas pensa-se que possam ter sido ainda mais, uma vez que os suicídios nem sempre são devidamente registados. E vários estudos indicam que o número de tentativas é cerca de 25 vezes superior ao número de suicídios. No mês da Prevenção do Suicídio, falamos dos números sobre esta realidade. Jornalismo. O tema do suicídio é delicado e os desafios e batalhas na vida de cada pessoa podem levar, em certos contextos, a momentos de profundo desespero e dor. Além do vídeo em que falamos sobre os números desta realidade, deixamos aqui alguns conselhos dados pela Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Se suspeitar que alguém tem pensamentos suicidas:

Não ignore. O suicídio é evitável: esteja atento aos sinais de alerta. Leve-os a sério. Não assuma que os pensamentos e sentimentos suicidas são meras chamadas de atenção ou manifestações inconsequentes. Pensamentos e sentimentos suicidas são sinais de grande sofrimento emocional e de que a pessoa precisa de ajuda, preferencialmente profissional.

SINAIS DE ALERTA

Se a pessoa...

Ameaçar suicidar-se

Procurar formas de cometer suicídio

Procurar aceder a comprimidos, armas ou outros meios com o propósito de se suicidar

Visitar locais que não constituem ambientes seguros ou estão associados a comportamentos suicidários

Dar/distribuir os bens pessoais

Organizar papéis e tarefas pessoais (por exemplo, pagar créditos)

Despedir-se de familiares e amigos

Sentir desespero e falta de esperança

Sentir-se inútil e um fardo para os outros

SE TIVER PENSAMENTOS SUICIDAS

Peça ajuda. Partilhe com alguém o que está a sentir. Falar com um familiar ou amigo de confiança pode ajudar a sentir-se menos sozinho/a e a obter ajuda

Em caso de emergência ligue o 112 - (INEM)

Em situação de crise ligue 808 24 24 24 (Serviço de Aconselhamento Psicológico da Linha SNS24)

Saiba que não está sozinho/a e que tal como outros pensamentos e sentimentos, também estes não são para sempre e podem ser ultrapassados

Respire profundamente e deite ar fora durante mais tempo do que leva a inspirar. A respiração pode ajudar a sentir-se mais calmo/ (Expresso)

Nota: A ilusão manipuladora das coligações...



Nunca deixei de pensar que,  para além das matemáticas eleitorais que frequentemente não batem certo e de me limitar a pensar apenas em ganhos eleitorais ou mandatos, as coligações servem para conquistar o poder, manter-se no poder ou esconder fragilidades nomeadamente dos partidos mais pequenos e insignificantes que não querem, perder espaço e tudo fazem para fugir a humilhações eleitorais que os tornem dispensáveis. As coligações também servem aos grandes porque acabam por arranjar umas bengalas - e quanto a isso o PCP é mestre, porque há anos que se refugia numa coligação que todos sabemos ser uma ficção (os Verdes) - que lhes permitem sucessos eleitorais, "porque muitas vezes, "por um voto se ganha e por um voto se perde". Os mais pequenos, temendo serem "engolidos" pelos partidos maiores nas respectivas áreas políticas, ganham espaço, visibilidade e alguma capacidade de pressão e de manipulação que nunca teriam caso concorressem sozinhos e obtivessem a sua real dimensão eleitoral. Ou seja as coligações eleitorais (pré ou pós) serão sempre uma negociata quando em causa está apenas e só o poder.

Acresce que neste pequeno mundo das negociatas coligacionistas – que nem sempre correm bem por que uma coisa é o que as lideranças partidárias decidem outra coisa é o que o pensam e decidem os eleitores dos protagonistas dessas coligações, o que faz muitas vezes que o 2 + 2 inicialmente perspectivado nem sempre seja igual a 4… - um propósito não menos importante é o de esconder fragilidades eleitorais e impedir leituras mais agrestes dos resultados (há sempre espaço para evitar especificidades que ajudam a esconder uma fragilidade eleitoral óbvia).

Dúvidas?

Em 2011 nas legislativas, PSD e CDS, concorrendo separados, totalizaram 50,4%, cerca de 2,750 milhões de votos e 132 mandatos eleitos. Em 2015, coligados (uma opção patética e derrotada porque insuficiente) PSD e CDS totalizaram cerca de 2,1 milhões de votos, 38,4% e 107 eleitos, o que originou a geringonça conforme promessa da esquerda ainda na campanha eleitoral. Finalmente em 2019, PSD e CDS separados não foram alem dos cerca de 1,7 milhões de votos, 32% e 84 deputados eleitos.

O que se passa com a pretensa crise política - ou ameaça de crise - em torno do OE-2022, é que tanto PCP como o Bloco, apesar de não serem parceiros de uma coligação formal com o PS mas antes protagonistas e parceiros de um entendimento parlamentar à esquerda, nunca permitirão aventureirismos que os prejudiquem, até porque os últimos resultados eleitorais foram derrotas e deixaram avisos, se dúvidas existissem, de que ambos estão em certa medida reféns do PS. Neste caso a coligação existe, de forma envergonhada, porque na realidade a geringonça, apesar ao "descaramento" da sua primeira versão em 2015, pomposamente assumida a três,  foi perdendo gás  com os anos, nomeadamente quando PCP e Bloco perceberam, quer nas autárquicas de 2017 e de 2021 (que foram desastrosas para eles) quer nas legislativas de 2019, que elas beneficiaram sobretudo o PS e penalizaram uma colagem excessiva, Quanto às coligações acho que PSD e o CDS têm motivos para perceber que já não enganam as pessoas com "matemáticas" tendenciosas e manipuladas (olhem o quadro anexo que mostra que entre 2011 e 2019 o somatório do PSD e do CDS, para as legislativas nacionais, é sempre a descer, em votos, percentagem e mandatos.) (LFM)

Nota: um Rio que ainda não despediu as vestes de dirigente autárquico local



Pensava eu que o PSD tinha tido tempo suficiente para aprender a lição e combater os “milagreiros” idiotas que pensam nos seus interesses e nos lugares - bastou que se falasse em crise política e num potencial cenário de eleições antecipadas, e com ela nos 80 a 90 lugares a eleger em São Bento, para que todos percebessem o que querem certos “salvadores” de coisa nenhuma que conspurcam a política e ridicularizam os partidos.

Eu não sei se é desta que Rangel concretizará a sua ambição desde que Passos o humilhou em anteriores directas no PSD mas que valeram ao derrotado um tacho europeu. O que eu sei é que Rangel andou “pelas Europas” desde 2009 e que em 2019 protagonizou - com um PS em alta - um humilhante resultado eleitoral para o PSD, com menos de 750 mil votos e uns insignificantes 24%, 6 eleitos!

Não quero com isto dizer que defenda a continuidade "deste" Rio sem chama, sem perfil, sem capacidade de mobilizar o PSD e de ganhar o voto do eleitorado do centro que faz as suas descomprometidas opções eleitorais em função de factos e acontecimentos. da agenda política e mediática. Mas também não sei se entre Rio e Rangel - estranhamente muito apressado em chegar ao cadeirão da São Caetano antes de legislativas... - curiosamente ambos do Porto, haverá tanta diferença assim e para melhor. Duvido. Uma coisa eu sei, com Rangel o PSD virará à direita no discurso e na gestão das relações com o poder socialista, algo que eu acredito que nem o CDS nem o Chega apreciarão.

O que Rio ainda não percebeu, e daí a sua fragilidade e uma aparentemente confusão e dificuldade em lidar com a estratégia partidária do PSD face ao PS e a Costa, é que ele - que nunca foi ministro e construiu o seu mediatismo político na Câmara do Porto, ao contrário de Costa que tem outra tarimba curricular - deixou de ser um dirigente local, neste caso do Porto, e que a amizade que tem por Costa pelo simples facto de terem liderado as duas principais autarquias do país, em simultâneo não pode ser impeditiva de nada nem condicionar seja o que for, a começar pelo discurso político do PSD. Se ele entender isso, talvez consiga inverter a tendência de "despacho" que parece pender sobre a sua cabeça. Se persistir nesse erro, então não pode continuar a pensar que os méritos das autárquicas, imputáveis essencialmente aos candidatos locais, se ficam a dever ao líder do PSD. Puro engano



Neste momento Rui Rio dificilmente parece ter o ambiente político e o perfil necessários para levar o PSD a um resultado eleitoral nacional melhor do que as humilhações sofridas no pós-passismo - repito, as autárquicas resultaram sobretudo dos méritos dos candidatos locais e não propriamente do que Rio andou ou não a dizer na campanha eleitoral. Mas o que o PSD precisa interiorizar é a necessidade de saber, antes de qualquer aventureirismo, se consegue encontrar de um modo tão apressado uma alternativa mais consistente e mobilizadora que a actual liderança (fraca) de Rio e da sua equipa (de desconhecidos) (LFM)

Nota: as "maluquices" tontas do costume (no PSD)



O que faltava mesmo ao PSD - que reconhecidamente padece de uma liderança fraca e sem chama a par dos doentios efeitos perniciosos da "viuvez passista" de má memória que alimenta uma minoria dfe saudosistas - que, apesar de tudo se aguentou melhor do que todos vaticinavam nas autarquicas deste ano, é que se transformasse numa espécie de “gaiola das malucas” com todos à batatada por causa dos tachos. Independentemente das críticas, severas e fundadas, de ser uma oposição sem chama, de comunicar mal com os cidadãos, de ter um discurso muitas vezes frio e distante, sem uma evidente preocupação humanista, e de parecer temer ou até preferir depender das manhosices de António Costa e do PS, Rui Rio está longe de ser uma alternativa estimulante quando se trata de discutir a liderança do governo. E os sinais de que o PSD pode voltar ao "mais do mesmo" das escolhas de uns actores medíocres que nada dizem ao povo eleitor, parece estar a caminho... (LFM)

AL-2021: afinal o que mudou (mesmo) nos mandatos das Câmaras Municipais da RAM

 

O OE-22 e os municípios e freguesias da RAM



Em 2021 as transferências do OE para as Câmaras Municipais da Madeira ascenderam a 81.076,3 milhões de euros. No caso das freguesias as transferências do OE-2021 para as freguesias da RAM elas totalizaram 4.491,8 milhões de euros.

No caso da proposta - ainda não votada - de OE-2022 as transferências previstas para as Camaras Municipais da RAM totalizam 82.002,5 milhões de euros, enquanto que as verbas previstas para as freguesias da Madeira se situam nos 5.173,9 milhões de euros. Estamos a falar, entre 2021 e 2022, em ganhos de 926 mil euros no caso das Câmaras e de mais 682 mil euros no caso das freguesias madeirenses. Mesmo assim, 5 dos 11 municípios madeirenses vão receber em 2022 menos verbas do OE do que receberam em 2021, sendo Santana e São Vicente os mais penalizados.