quarta-feira, fevereiro 26, 2025

Curiosidades: Mulher viaja de avião para o trabalho todos os dias porque é mais barato do que aluguer

Uma mãe na Malásia está chamando a atenção ao revelar que prefere viajar de avião todos os dias para trabalhar em vez de morar na mesma cidade onde fica seu emprego. Racheal Kaur, funcionária da AirAsia, mora em Penang, a cerca de 400 quilómetros de Kuala Lumpur, onde está seu escritório. Sua rotina começa antes do amanhecer: acorda entre 4h e as 4h15, arruma-se rapidamente e sai de casa às 5h para pegar um voo que descola às 5h55. Em menos de 40 minutos, ela aterra na capital, caminha cinco minutos até o trabalho e chega ao escritório antes das 7h45. À noite, repete o trajeto inverso, voltando a casa por volta das 19h.

A escolha incomum de Racheal não é um capricho. Ela calcula que, mesmo pagando por duas passagens aéreas diárias, a decisão economiza dinheiro e tempo. Como funcionária da companhia aérea, ela recebe descontos nas tarifas, o que reduz significativamente os custos. Além disso, o aluguer em Penang é mais acessível: a sua hipoteca mensal é de aproximadamente 1.000 ringgits (cerca de 215 euros), enquanto em Kuala Lumpur o valor subiria para 1.500 ringgits (cerca de 323 euros). A diferença mensal, segundo ela, compensa os gastos com os voos (fonte: Internet, Tráfego Aéreo Brasil)

Mundial-2030: novo estádio de Gra Canária

Já se sabe como será o novo estádio da Gran Canaria, que terá capacidade para cerca de 44.000 pessoas e será uma das sedes oficiais do Mundial de Futebol de 2030. O projeto vencedor tem como nome ‘La Nuvem’, um trabalho da empresa L35 Arquitetos, escolhido pelo júri depois de estudar todas as propostas. Sem dúvida, e segundo o que se pode ver nas imagens, o novo recinto de Sete Palmas será maravilhoso (Canarias Te Quiero)

Canárias: Governo ajuda municipio a demolir mamarracho

 

El Gobierno de Canarias ha concedido una ayuda de 2,5 millones de euros al Ayuntamiento de Santa Cruz de Tenerife para demoler el hotel inacabado de Añaza, que lleva así desde el año 1975, cuando sus propietarios lo dejaron abandonado tras dos años desde que iniciaron las obras. El edificio, que fue construido por una promotora alemana, consta de 22 plantas de altura y 741 apartamentos, y el plazo de ejecución para su demolición será de unos 36 meses.

En su día, el ayuntamiento capitalino envió muchas notificaciones a sus dueños para que costearan el derrumbe del hotel y dieran su autorización para realizar algunos trabajos de seguridad para evitar riesgos a los transeúntes, pero no lograron localizarles y nunca recibieron respuesta, por lo que en 2019 el consistorio santacrucero instaló una valla de 4 metros de altura para impedir el acceso de personas, colocó cámaras de seguridad y puso un cartel de señalización de ‘peligro’. Con la demolición de este hotel inacabado no solo se terminará con los problemas de seguridad, sino también con el negativo impacto paisajístico, ya que la instalación afea mucho el lugar (Canarias Te Quiero)

Canarias: população aumenta

 

Canarias aumentó su población el año pasado en 26.814 personas, y ya tiene 2.228.862 habitantes, medio millón más que a comienzos de este siglo, cuando solo había 1.716.276. El mayor incremento se ha producido en Tenerife, con 10.956 personas más, para situarse ya con una población total de 955.063 habitantes. En todas las demás islas también hubo aumentos poblacionales, que fueron los siguientes:

- Gran Canaria, 6.772 personas más, para quedarse en un total de 863.943 habitantes.

- Lanzarote, 4.446 personas más y un total ya de 163.467 habitantes.

- Fuerteventura, 2.977 personas más y un total de 127.043 habitantes.

- La Palma, 1.229 más y 85.104 habitantes totales.

- La Gomera, 274 más y ya tiene 22.436 habitantes.

- El Hierro, 160 personas más y 11.806 habitantes (Canarias Te Quiero)

Curiosidades: Marcações numa pista de aeroporto

A pista é utilizada para aterragens e descolagens. Diferente das taxiways que possuem marcações amarelas, a pista possui marcações brancas. Essas marcações o que significam?

O início da pista chama-se cabeceira.

Pode ser usada para aterragem e descolagem.

Na cabeceira fica um número que identifica a pista.

Esse número é relacionado à direção magnética que a cabeceira está direcionada (assim como uma bússola), então o número da pista pode variar de 01 até 36 (sempre de 10 em 10).

Os dois lados terão sempre uma diferença de 180º. Se um lado da cabeceira é 36, o outro é 18, por exemplo.

Se a pista está direcionada para 270º em relação ao norte magnético, então o número da pista será 27, e a cabeceira oposta será 09.

Caso haja mais de uma pista paralela, ao lado do número haverá também uma letra, que pode ser R (right, indicando direita), L (left, indicando esquerda) ou C (indicando pista central). E caso a pista esteja fechada, haverá a marcação de um X nela.

As outras faixas que aparecem ao longo da pista indicam a zona de toque, além do comprimento dela. Há também a marca dos 1.000 metros (ou ponto de mira), indicada por um retângulo branco, que é o local ideal onde a aeronave deverá tocar durante um pouso.

E para finalizar, há também a marcação dos limites laterais da pista, indicada por uma linha branca contínua, e a linha central da pista, indicada por uma linha tracejada branca e usada como um guia para os pilotos se manterem no eixo da pista (fonte: Internet, Tráfego Aéreo Brasil)

Curiosidades: aumentou a turbulência durante os voos de avião

Uma pesquisa da Universidade de Reading, na Inglaterra, mostrou que a turbulência durante os voos de avião aumentou nas últimas quatro décadas em várias regiões do mundo. De acordo com os pesquisadores, o aumento acompanha os efeitos da mudança climática. b«Num ponto específico sobre o Atlântico Norte — uma das rotas de voo mais movimentadas do mundo — o tempo de turbulência foi de 17,7 horas anuais, em 1979, para 27,4 horas, em 2020, um aumento de 55%.

Segundo a equipe responsável pelo estudo, publicado na Geophysical Research Letters, o aumento da temperatura global por conta das emissões de carbono causa o aumento das “cortantes de vento” — também chamadas de “windshear” —, um termo da aviação que descreve a mudança na velocidade/direção do vento em curtas distancias, o que causa a turbulência nas aeronaves. De acordo com o professor Paul Williams, cientista atmosférico da Universidade de Reading e coautor do estudo, “após uma década de pesquisa mostrando que a mudança climática aumentará a turbulência do ar claro no futuro, agora temos evidencias sugerindo que o aumento já começou” (fonte: Internet, Tráfego Aéreo Brasil) 

Curiosidades: o farol chamado Þrídrangaviti, Islândia

Que está no topo da mais alta de três rochas, cerca de dez quilómetros (seis milhas) da costa islandesa. Foi construído em 1939 sobre um penhasco extremamente íngreme e perigoso. Os construtores escalaram os penhascos até o topo do pilar, trabalhando à mão sobre rochas escorregadias, chuva e ventos fortes, sabendo que um deslize poderia lançá-los no Atlântico Norte gelado. Agora, graças aos avanços na aviação, os trabalhadores da manutenção podem chegar de helicóptero ao farol remoto. Este farol tem a reputação de ser um dos mais remotos e difíceis de alcançar do mundo. A altura do penhasco proporciona uma vista deslumbrante do Atlântico Norte e tem sido essencial para guiar os navios pelas águas traiçoeiras da região durante décadas (fonte: Internet, Tráfego Aéreo Brasil)

Canárias: drone desvia aviões em Tenerife


El avistamiento de un supuesto dron sobrevolando el aeropuerto de Gran Canaria ha provocado el desvío de tres vuelos a Tenerife Sur, un incidente que tuvo lugar la pasada madrugada. Las multas en España por hacer volar un dron a menos de 8 kilómetros de un aeropuerto pueden alcanzar los 225.000 euros si se hace de forma recreativa, pero si es a modo profesional puede ascender hasta los 4,5 millones de euros, y me cuesta creer que algún particular se vaya a arriesgar a usar su aparato en semejante lugar, sabiendo que si lo pillan tiene que pagar una multa tan elevada, por lo que no descarto que ese objeto avistado sea de manufactura extraterrestre (Canarias Te Quiero)

Canárias: compañía Jet2 ha advertido que “ponga fin a las protestas antiturísticas”

Según Steve Heapy, consejero delegado de la aerolínea inglesa de bajo coste, en nuestras islas y en varios puntos de la Península “se está jugando un peligroso juego que hay que parar, porque si no los turistas podrían optar por otros destinos como Marruecos o Turquía”. Heapy también se ha referido a los políticos de nuestras administraciones y sus “comentarios despectivos”, que hacen que los viajeros se sientan aquí “indeseados y nada valorados” (Canarias Te Quiero)

segunda-feira, fevereiro 24, 2025

Resultados eleitorais na Alemanha




Eram apontadas como as eleições mais importantes para a Europa nestes tempos de incertezas e de muitos braços-de-ferro, por causa da Ucrânia, de Trump mas sobretudo devido à ameaça de nova crise económica a pairar nos horizontes europeus. Com uma participação sensacional de 84% dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais a Alemanha deu, previsivelmente, a vitória sem maioria absoluta aos conservadores da CDU liderada por Merz. Uma participação que foi a maior desde a reunificação alemã, superando os 76,4% registados nas legislativas de 2021.

Perante os resultados, tudo indica, dado que ninguém quer coligação envolvendo a extrema-direita (AFS) que existe uma forte probabilidade de voltarmos a ter a chamada "grande coligação" envolvendo os dois maiores partidos - CDU e os social-democratas do SPD, os grandes derrotados da noite eleitoral, com o pior registado desde o final da segunda grande guerra! Com 630 deputados o parlamento alemão garante a maioria absoluta com 316, pelo que conservadores e social-democratas soma um total de 328 eleitos. Refira-se que os Liberais ficaram fora do parlamento e que a esquerda do Die Linke - com origem nos antigos movimentos comunistas do pais - foi a mais votada em Berlim (LFM, fonte: Deutsche Welle)

 







sexta-feira, fevereiro 21, 2025

Falando de eleições regionais

(LFM)

Opinião: Regionais

As eleições regionais de 23 de Março apresentam vários desafios aos diferentes partidos. Desafios que diferem entre si, na exacta proporção da dimensão social e dos objectivos eleitorais dos partidos. Uma coisa são partidos do chamado arco da governação (ou próximo), outra coisa são partidos que apenas lutam pela eventual eleição de um seu representante no parlamento regional e cuja vitória é, desde logo, a de terem sequer apresentado um a lista de candidatos. Realidades incomparáveis como é evidente. Obviamente que os processos judiciais que estiveram na origem da crise política regional podem ser colocados em cima da mesa, mas a verdade é que o tema não conheceu nenhuma evolução agravadora da realidade já de todos conhecida. Aliás, na altura em que escrevo este texto, não deixa de ser estranho - salvo se tudo aconteceu sem que tivéssemos sabido - que os secretários regionais e o Vice-Presidente da ALRAM (secretário-geral do PSD) a quem foi levantada a imunidade parlamentar, ainda não tenham sido chamados a depor perante as autoridades judiciais competentes e que coordenam o processo de investigação que ficou conhecido em Maio do ano passado.

Dado novo foi o arquivamento do processo visando o titular do Turismo, por decisão do Ministério Público que não terá visualizado matéria de facto para dar andamento à denúncia anónima, num caso que não envolve directamente corrupção nem tem ligação aos demais. Mas a notícia da sua existência acelerou as movimentações partidárias do "impoluto" Chega que culminaram com a moção de censura. Um arquivamento decidido pelo MP “por inexistência de crime” e “insuficiência de indícios” mas que enfureceu, visível e perceptivelmente, alguns sectores políticos da oposição e alguns "justiceiros da trampa" que vazam nas redes sociais as suas frustrações, quiçá por temerem eventual igual desfecho igual nalguns dos outros casos...

Os desafios dos partidos

Diferentes são de facto as "guerras" que envolverão os partidos nas regionais de 23 de Março, sendo possível, traçado no caso de cada um deles, objectivos e enumerar algumas dificuldades:

- PSD - apostado em vencer as regionais e em chegar aos 20 a 21 deputados. Reconhecidamente é um partido fortemente pressionado por suspeitas surgidas de casos judiciais que precisam rapidamente de ser clarificados para que a tranquilidade seja devolvida. Duvido que o eleitorado fiel do PSD-M confunda a árvore com a floresta mesmo que esteja agastado com certas situações. Até porque estar no poder é melhor que na oposição e, pior ainda, ser atirado por culpa própria e divisões internas para uma penosa travessia no deserto;

- PS - sem mudanças de protagonistas e com a mesma atitude de ir a reboque da agenda suscitada pelo espaço mediático o PS-M sabe que a pressão que o JPP exercerá pode penalizá-lo e que eventuais projectos políticos à sua esquerda podem também prejudicá-lo nas urnas. Beneficiando do facto dos "seus" processos judiciais estarem em banho-maria, o PS-M vai ficar a saber se as percepções penalizadoras do PS nacional constante de  sondagens, também o atingirão;

- CDS - sem grandes mudanças de pessoas na lista, o proposito é manter um grupo parlamentar e ter uma posição parlamentar que lhe garanta a continuidade da presidência da Assembleia. Um discurso populista e assente em promessas, umas atrás das outras, parece ser a tática a usar de novo;

- PCP e Bloco - o regresso ao parlamento é propósito comum, mas existem factores internos e externos - caso do discurso e da falta de renovação no PCP e do potencial impacto associado à polémica interna surgida no Bloco em Lisboa - que podem condicionar os objectivos eleitorais. A que se junta uma nova e atenta Frente eleitoral...

- Chega - Claramente quer pelo menos manter um grupo parlamentar, mas há a percepção de que podem ter sido cometidos erros políticos no processo da moção de censura, sobretudo erros temporais e políticos, a que se junta a constatação de que quem manda de facto no Chega-Madeira é o Presidente em Lisboa o que pode não agradar aos eleitores madeirenses, incluindo os mais conservadores. Acresce que a agressividade constante do discurso pode estar a saturar e a levantar dúvidas entre eleitores do partido que não se identificam com extremismos e outros exageros;

- Iniciativa Liberal - tem o propósito de manter pelo menos o representante. Não creio que existam condições para aspirar a mais do que isso e mesmo assim a saída de Nuno Morna, que tem sido a figura pública do partido, saída essa em condições ainda não devidamente explicadas, pode fragilizar o partido e, em última instância, penalizar a intenção de eleição de pelo menos um deputado. Uma excessiva e prescindível colagem a uma solução parlamentar de esquerda pode tornar a IL numa "desnecessidade" eleitoral;

- Força Madeira - a coligação de Raquel Coelho - sem dúvida a figura com maior visibilidade mediática e experiência política - para além de ter sido uma boa aposta, na lógica dos 3 partidos e caso eles mantenham as suas melhores votações, pode aspirar, se beneficiar de mais-valias-externas, nomeadamente fugas do eleitorado do PCP e do Bloco, e pelos motivos atrás referidos, a eleger 1 deputado que é o seu grande objectivo. Não deixa de ser uma empreitada difícil de as eleições apostarem no apelo ao voto útil que em 2019 mostrou do que é capaz de fazer, à esquerda;

- JPP - entusiasmada pela votação de Maio de 2023 – mas sem saber se é realmente sua ou se resultou de mais-valias surgidas num determinado momento, contexto e por motivos concretos (que passam por “fugas” no universo eleitoral do PSD), o JPP quer sobretudo ter um papel importante numa eventual solução de esquerda no futuro parlamento e "ajustar” contas com o PS. A subida da parada expressa nos objectivos eleitorais, são “depressivos” para o partido e pressionam essencialmente o PS, já que ambos disputam uma mesma faixa eleitoral. Mas o JPP tem de estar atento à sua esquerda onde PCP e Bloco, apesar das dificuldades porque passam, tentam o regresso ao parlamento, aos quais se junta a Frente eleitoral acima referida. Estamos a falar de eleitorado disputado sobretudo à esquerda, pelo JPP, pelo PS e pelos partidos à esquerda de ambos;

- PAN - Acho que luta pela sobrevivência parlamentar num contexto difícil a que se juntam algumas posições dúbias que não ajudam em nada a que seja olhado pelos eleitores como uma necessidade eleitoral e política num contexto que será fortemente bipolarizado e pela pressão de partidos à esquerda do PAN. Pode vir a ser penalizado pela coligação de Raquel Coelho sobretudo pelo eleitorado à esquerda. Vai precisar de trabalhar muito e de ser firme nas ideias e coerente politicamente falando. Não apenas “mais um” numa esquerda fragmentada;

- Restantes partidos - não prevejo sucesso eleitoral por parte de nenhum deles, além de quererem dar um sinal de sobrevivência, que não é compatível com votações insignificantes ainda por cima num quadro político e eleitoral fortemente bipolarizado, em que farão apelos ao não “desperdício” de votos nos partidos mais pequenos, antecipação que não favorece projectos pequenos e ainda por cima isolados e “distantes” das pessoas. Partidos que habitualmente só perto de eleições dão sinal de vida, muitos deles sem actividade política, sem sede, sem dirigentes – apenas candidatos – sem congressos regionais que os legitimem reforçadamente, etc (continua, textos publicados no Tribuna da Madeira de 14 e 21.2.25)


quinta-feira, fevereiro 20, 2025

Campanhas eleitorais: É tão "fácil"....

É tão fácil reunir à volta de uma mesa uma task-force - ou algo do género - para preparar uma campanha eleitoral e despejar ideias que serão depois discutidas e seleccionadas, ou não, por quem de direito.

É tão fácil idealizar a mancha de um cartaz, as cores a utilizar, os protagonistas do espaço, a(s) frase(s) essencial(is) a constar, a dimensão do cartaz e depois a localização para a sua implantação exterior.

É tão fácil elaborar postais de apelo ao voto ou de apresentação dos candidatos ou mesmo produzir info-mails para inundar as caixas de correio das pessoas, de forma indiscriminada.

É tão fácil vender gato por lebre, enganar as pessoas, prometer o que sabem não ser possível, entrar numa espirar de demagogia e de populismo desmedido ou optar por um ambiente descontrolado caracterizado pelo vale tudo - incluindo a criação de uma rede de páginas fantasmas nas redes sociais, assentes em perfis falsos, através dos quais atacam adversários políticos, alguns desses escroques e fdp indo até mais longe do que as meras trincas políticas – tudo isto “justificado” pela ânsia de poder, pela falta de noção do ridículo ou pela fome de visibilidade mediática, sem antes de tudo isso ter a dignidade ou a coragem de se colocar em casa frente a um espelho e pensar seriamente no que vê, no que vale essa imagem projectada e na mediocridade que comporta.

Difícil já é elaborar um manifesto eleitoral para uma campanha eleitoral séria e com conteúdo, reunindo propostas para todos os sectores de actividade, sérias e exequíveis, documento esse que sirva de base a um eventual programa de governo, isto apenas no caso dos partidos com aspirações de poder.

É tão fácil elaborar tempos de antena, distribuindo-os pelos candidatos e elaborando uma espécie de cartilha com as ideias-força essenciais para serem repetidamente utilizadas nos espaços de antena, nas rádios ou nas televisões.

Já não é tão fácil, como acontecia no passado - quando a política estava no terreno em contacto muito mais frequente, mesmo que corresse o risco de ser incomodativo e saturador para com as pessoas - elaborar planos de acções de campanha, com o envolvimento de pequenas equipas de militantes e candidatos no terreno, continuamente, ao nível do sítio, da freguesia e do concelho, equipas que todos os dias, mas sobretudo aos fins-de-semana, batam o terreno e garantem visibilidade. Tudo isto contando com festividades e celebrações litúrgicas aos fins-de-semana que durante anos foram os alvos preferenciais das campanhas eleitorais, dado que ali se concentra elevado número de cidadãos a quem pretendemos passar a mensagem.

O problema é outro, mais complexo, mais difícil, o de saber chegar às pessoas, de conseguir ganhar a sua confiança, de estar habilitado a construir uma imagem de seriedade e de credibilidade, o saber motivar o eleitorado a dar ao candidato uma oportunidade. Isso é que é difícil porque não tem nada de artificial, tudo funciona com naturalidade, no domínio das emoções e das relações humanas.

Não, não há espaço para segredos, nem truques, nem especialistas neste âmbito: ou é ou não é, ou é sim ou é não. Não restam alternativas. E é aqui que as coisas depois falham, porque há uma realidade que muitas vezes os políticos e candidatos, por comodismo, ignoram deliberadamente ou escamoteiam, correndo riscos de humilhação eleitoral, na medida em que insistem em construir um mundo irreal, ilusório, que depois nada tem a ver com o mundo real, com a realidade concreta que se sente quando os candidatos e as suas máquinas de campanha vão para o terreno, ouvir as pessoas, falar com elas, trocar ideias, ouvir elogios, reclamações e insultos, tomar um copo numa tasca ou fazer porta-a-porta onde o grau de receptividade pode ser avaliado, dado que o contacto directo com os cidadãos varia muito em função de vários factores.

Difícil é os partidos e os candidatos fazerem estudos prévios sobre os níveis de abstenção nas freguesias, tentar perceber as causas desses fenómenos, procurar inverter a tendência, ouvindo as pessoas, as suas reclamações, as suas principais ambições ou desejos, as desilusões e frustrações com a política e os políticos, etc, no fundo adaptando uma atitude e um discurso a uma realidade que frequentemente é descartada por quem deveria saber, passados 50 anos de democracia, o que é uma campanha eleitoral, para que serve, etc (LFM)

quinta-feira, fevereiro 13, 2025

A coligação de Raquel Coelho: 1 ou 2 deputados?

A   Força Madeira é uma coligação constituída pelo PTP, RIR e MPT. Tanto PTP como o MPT já foram parceiros de coligações com o PS, para regionais e autárquicas, mas essa aposta não lhes correu politicamente bem. O RIR liderado por uma profissional de enfermagem é um partido relativamente recente no xadrez político regional. Tanto ele como o MPT, apostam a a sua visibilidade na liderança e no aproveitamento do espaço mediático.

Esta coligação é uma aposta inteligente de Raquel Coelho, com  experiência política suficiente para perceber que o PTP, sozinho, dificilmente regressaria ao parlamento. Ora escolhendo partidos que se encontram na mesma condição do PTP - e contando com eventuais desgastes eleitorais em partidos da esquerda, casos do PCP, com um discurso algo repetitivo e ultrapassado e sem renovação de protagonistas, e do Bloco de Esquerda a braços com um potencial impacto negativo resultante das medidas administrativas polémicas internas - julgo que Raquel Coelho tem todas as possibilidades, caso os 3 partidos da coligação mantenham as suas votações, de eleger um deputado - grande objectivo desta coligação. Ou mais até...

E basta olhar para os números:

  •       2015 - RIR não existia e tanto o PTP como o MPT concorreram coligados ao PS na coligação fracassada liderada por Vitor Freitas.
  •       2019 - RIR obteve 1.739 votos, 1,2%, mais do que os 1.426 votos e 1% do PTP. O MPT ficou-se pelos 506 votos, 0,4%. Estamos a falar de 3.671 votos. O PCP elegeu um deputado com 2.577 votos e o Bloco com 2.489 votos não elegeu  nenhum representante. A coligação neste caso, com este somatório, elegeria um deputado, mas a verdade é que o RIR nunca mais repetiu aquela votação-surpresa de 2019
  •       2023 - O RIR desceu para 727 votos, 0,5%, o PTP totalizou 1.369 votos, 1% e o MPT totalizou 696 votos, 0,5%. Total de 2.792 votos. Bloco de Esquerda e PAN elegeram 1 deputado cada qual com mais de 3.000 votos!
  •       2024 - finalmente nas últimas regionais o RIR teve 527 votos, 0,4% contra 1.222 votos e 0,9% do PTP e 577 votos e 0,4% do MPT. Um total de 2.326 votos que na realidade foram o pior valor desde 2019, o que não deixa de constituir um aviso para os partidos desta coligação. Até porque o PAN com 2.531 votos elegeu um deputado! Uma diferença de 205 votos!

Esta realidade reforça a minha convicção de que, juntando as eventuais mais-valias por perdas eleitorais do PCP e do Bloco - caso se confirmem - a coligação, mantendo a votação nos 2.300/2.500 votos - somatório dos 3 partidos - pode eleger 1 ou mesmo 2 deputados o que lhe daria um grupo parlamentar que, a acontecer, constituiria uma clara vitória pessoal de Raquel Coelho, sem dúvida o rosto desta nova coligação (LFM)

sábado, fevereiro 08, 2025

Opinião: Não perco tempo

Não, hoje não vou perder tempo, por enquanto, com deambulações em torno de uma “crise” política e institucional regional, fabricada no exterior, em Lisboa, e que colocou a careca de muitos pretensos autonomistas, bem à vista de todos. Lutamos desde 1976 para termos o nosso espaço próprio de afirmação, para sermos senhores do nosso presente e do nosso futuro, e eis-nos, indiferentes, cúmplices até, a tolerar retrocessos, na política e nos partidos, expressos em casos de ingerência vergonhosa de políticos continentais nas questões regionais, ainda por cima por causa de ajustes de contas políticos e vinganças pessoais que nada têm a ver com a Região. A Madeira foi vítima disso - independentemente de outros factores mal geridos... – os Açores já o tinham sido antes e o país idem. Estamos num tempo do vale tudo em que os eleitores é que precisam dizer o que querem, se a estabilidade, se o espectáculo e a palhaçada, promovendo incompetentes e “sérios” até que um dia se instalem no poder...

Nós não somos perfeitos, nunca fomos perfeitos. Alguns acham que sim. Puro engano, pura mentira. Como seres humanos, cometemos erros, somos muitas vezes injustos na avaliação que fazemos dos outros quando erram, na forma como os "condenamos" sem sequer ouvirmos os argumentos em sua defesa. Mas já reagimos com violência, quando somos o epicentro dos acontecimentos ou os alvos dos ataques e da devassa pública, esquecendo que muitos dos que cometem erros - pelos quais terão obviamente de pagar, nos locais próprios e depois de julgados e condenados - têm famílias que necessitam ser respeitadas e preservadas, mantidas longe dos holofotes da hipocrisia social generalizada, do "justicialismo" fomentado na praça pública. Temos quase sempre com os outros, as atitudes desprezíveis que não queremos que nos sejam aplicadas. Uma inconstância contraditória que tem muito a ver com erros cometidos por alguns dos nossos, politicamente falando. Mas se em política existe o conceito de família, então também na política, sobretudo nos partidos, as famílias não se desagregam perante a mínima contrariedade, nem entram em convulsões ou em conflitos públicos só porque algum dos seus falhou, quando seguiu caminhos desviantes ou teve comportamentos que nenhum de nós subscreve.

O PSD-Madeira é um partido que existe desde 1974, com erros e virtudes, com  potencialidades e fragilidades, com mais-valias e defeitos, etc. Por ele passaram muitos. Conheci tantos, uns por convicção, outros por oportunismo, outros ainda que nem sabem como vieram lá parar. Estou lá desde o início, desde que o caminho começou a ser percorrido em 1974. Nunca fui, nunca serei acusador de ninguém, porque não quero ser nem me julgo melhor do que ninguém. Cada um é como é. Quem é acusado tem que assumir o ónus da sua defesa. Quem é culpado que tenha oportunidade de ser julgado, que seja penalizado apenas pela sua culpa e responsabilizado pelos seus erros, respondendo perante a única entidade terrena com competências para isso, a Justiça e os seus Tribunais, ela própria mergulhada num tempo de contradições, de ineficácias, de comportamentos dúbios, muitos deles também indignos, sobretudo quando é ela, alegadamente, a alimentar a "justiça popular", trazendo-a para o exterior da sua redoma, numa sociedade onde a liberdade e os direitos individuais dos cidadãos deviam ser respeitados e acatados. A violação do segredo de justiça, incluindo a divulgação de informações processuais, alimentam a ditadura selvagem e nojenta das redes sociais.

Uma justiça que deixa escapar para a arena pública segredos processuais, muitos ainda em fase preliminar, fomentando deste modo a "condenação pública" de pessoas sem direito à presunção de inocência, pessoas que podem muitas vezes estar inocentes, uma justiça que ao fim de mais de 10 anos não tinha acusado e julgado um político - Sócrates - que originou uma profunda mudança na relação entre a política, as denúncias anónimas e a justiça, é uma justiça doente, a precisar ela própria de regenerar-se. Mas isso ela não admite! (LFM, texto publicado no Tribuna da Madeira de 07.02.2025)

Presidenciais e o dilema socialista: “Condicionar” perfil de candidatos “é intromissão partidária”

A certeza anunciada que o PS iria “ter” um candidato a Presidente e que este sábado haveria “condições” para apoiar um nome caiu, para já. Esse candidato está em “reflexão” (DN-Lisboa)

Sondagem: Pedro Nuno Santos e Mariana Mortágua agravam rejeição e só Montenegro tem positiva

 

Primeira avaliação do desempenho dos líderes partidários neste ano do Barómetro DN/Aximage mostra uma tendência geral de avanço à direita e de recuo à esquerda. André Ventura e Paulo Raimundo melhoram e ficam menos isolados no fundo da tabela, com a coordenadora bloquista a registar a descida mais acentuada, enquanto Rui Tavares deixa de ter saldo positivo (DN)

Cuidado com estes avisos: Lisboa incluída na lista de destinos a evitar em 2025 devido ao turismo excessivo, segundo a Fodor’s

O portal de viagens Fodor’s incluiu Lisboa na sua lista anual de destinos a evitar em 2025, a chamada No List, que destaca locais afetados pelo turismo excessivo e pelo descontentamento das comunidades locais. A capital portuguesa surge entre 15 destinos que, segundo a publicação, enfrentam desafios devido ao elevado número de visitantes. Além de Lisboa, a lista inclui Bali, na Indonésia; Koh Samui, na Tailândia; o Monte Everest; Agrigento e Veneza, em Itália; as Ilhas Virgens Britânicas; Kerala, na Índia; Quioto e Tóquio, no Japão; Oaxaca, no México; North Coast 500, na Escócia; Barcelona, Maiorca e as Ilhas Canárias, em Espanha.

Turismo excessivo e protestos locais

De acordo com o Fodor’s, a seleção de destinos na No List não pretende promover um boicote, mas sim alertar para os problemas gerados pelo turismo massivo. A publicação sublinha que, apesar de serem locais “deslumbrantes, intrigantes e culturalmente significativos”, muitos deles enfrentam “desafios reais e urgentes”, sobretudo devido ao impacto negativo do turismo nas comunidades locais.

“O primeiro passo para aliviar um problema é reconhecer que ele existe”, justifica o portal de viagens, acrescentando que a intenção da lista é “destacar os destinos onde o turismo está a colocar pressões insustentáveis sobre os locais e as comunidades”. Nos últimos anos, várias cidades incluídas nesta lista, incluindo Lisboa, têm assistido a manifestações contra o turismo de massas. O aumento do custo de vida, a especulação imobiliária impulsionada pelo alojamento local e a descaracterização dos bairros históricos estão entre os motivos de contestação dos residentes, que exigem medidas para equilibrar a presença de turistas com as necessidades da população. A Fodor’s conclui que estas “tensões precisam de ser abordadas”, para que os destinos turísticos mais populares “possam permanecer assim para a próxima geração” (Executive Digest, texto do jornalista  Pedro Zagacho Goncalves)

Chega: Os 15 deputados e dirigentes com problemas com a Justiça e Fisco

Nas últimas semanas, o partido de André Ventura foi atingido pelo caso de Miguel Arruda (furto de malas), José Paulo Sousa (taxa crime de álcool) e Nuno Pardal Ribeiro (prostituição de menores). Recorde todos os casos. "Limpar Portugal" era um dos slogans da campanha do Chega nas legislaturas de 2024. Porém, tem sido recordado por outra razão: o surgimento sucessivo de deputados e dirigentes do partido liderado por André Ventura com problemas com a Justiça. Em reação ao caso de Nuno Pardal Ribeiro, acusado de prostituição de menores, Ventura afirmou no dia 6 de fevereiro que as penas que o partido defende para os corruptos e "bandidos" são as mesmas que defende para os casos dentro do partido. Tal inclui a castração química para casos de pedofilia ou abuso de menores. O caso de Nuno Pardal Ribeiro foi revelado no dia 6. O deputado da Câmara Municipal de Lisboa foi acusado de prostituição de menores agravada por ter tipo envolvimentos sexuais com um jovem de 15 anos. Desde então, pediu a renúncia ao mandato e ficou sem uma avença que tinha com a Câmara de Loures. 

Tornou-se também público o caso de José Paulo Sousa, deputado da Assembleia Regional dos Açores apanhado a conduzir sob o efeito de álcool. Quando foi testado na operação STOP, encontrava-se com uma taxa de 2,25 gramas de álcool por litro de sangue, considerado taxa crime.

"Saudação nazi" ou "indicação de sentido de voto"? A nova polémica de Miguel Arruda no Parlamento

Depois ser o único a votar contra o voto de pesar pela morte de Maria Teresa Horta, o ex-Chega causou confusão ao fazer um gesto parecido à saudação nazi, como acusou o Livre. Arruda refuta acusação. De volta ao Parlamento após um período de baixa psiquiátrica, Miguel Arruda foi, esta sexta-feira, o centro das atenções durante o período das votações no plenário. Primeiro, foi o único deputado a ser contra o voto de pesar de Maria Teresa Horta. E, depois, durante as votações seguintes, o deputado não-inscrito (que deixou o Chega após a polémica com o alegado roubo de malas em aeroportos) levantou o braço, repetidamente, num gesto semelhante a uma saudação nazi. A indicação foi feita por Rui Tavares, deputado do Livre, que o sinalizou ao presidente em exercício, o socialista Marcos Perestrello. Numa interpelação à mesa, o também porta-voz do Livre disse que Arruda fez, pelo menos duas vezes, "de forma consciente e deliberada", o "gesto da saudação fascista, nazi ou romana" enquanto votava. Além disso, acrescentou em jeito de alerta, que se se normalizam "saudações nazis no Parlamento então não resta mais nada para normalizar". "A minha consciência como democrata, historiador e europeu não me deixa passar em claro uma situação destas", disse Rui Tavares. Em resposta, Marcos Perestrello disse não se ter apercebido desse gesto. Mas vincou que "é realmente condenável", caso se confirme que era, efetivamente, uma "saudação nazi".

De acordo com Miguel Arruda, que pediu a palavra após a acusação, o gesto servia "só" para "sinalizar o sentido de voto desse modo". "Há vários líderes a fazerem o mesmo, até de esquerda", disse o deputado não-inscrito. Esta resposta não convenceu Rui Tavares, que disse ser difícil acreditar "num deputado que quando confrontado com ter sido apanhado em flagrante a roubar malas em vídeos diz que é inteligência artificial". No passado, Miguel Arruda argumentou, após a polémica do roubo das malas, que as imagens em que consta a apropriar-se de bagagens no aeroporto podem ter sido "manipuladas" com recurso a esta tecnologia. No passado, Miguel Arruda já tinha feito declarações polémicas, nomeadamente por fazer apologia ao Estado Novo e pelas relações com neonazis, considerando que Mário Machado (líder do grupo nacionalista 1143) é "com certeza um preso político" após ter sido condenado por um tweet em que apelava à "prostituição forçada" de mulheres de esquerda. No final de janeiro, numa conversa com uma dupla de humoristas conhecida como Jovem Conservador de Direita, Arruda disse pertencer "ao Mário" - com os comediantes a clarificarem se se tratava de Mário Machado. Ao Expresso, o deputado não-inscrito negaria depois essa relação, dizendo que "foi uma paródia" (DN-Lisboa, texto do jornalista Rui Miguel Godinho). Veja o video aqui

Hugo Soares garante que nenhum autarca do PSD acusado será candidato

O secretário-geral do PSD já avisou o deputado Carlos Eduardo Reis que "não têm condições para continuar a exercer o mandato" depois do caso Tutti Frutti. O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, afirmou esta sexta-feira ter “confiança ilimitada na seriedade” dos autarcas do partido e prometeu que nenhum presidente de junta acusado por crimes de relevância será candidato nas eleições deste ano.

“Nenhum presidente de junta acusado em crimes de relevância será candidato pelo PSD” nas próximas eleições autárquicas, assegurou à entrada para uma iniciativa do partido na Guarda. Hugo Soares manifestou, contudo, confiança na seriedade e no trabalho dos autarcas sociais-democratas. “Tenho uma confiança ilimitada na seriedade dos autarcas deste país. Eu não sou daqueles, nem o PSD é um partido daqueles que lança suspeição constante sobre os autarcas. Os autarcas deste país são verdadeiros missionários”, afirmou Hugo Soares. Em declarações aos jornalistas, à entrada para a sétima edição da Academia do Poder Local (APL) do PSD, Hugo Soares disse haver casos de suspeita, em tribunal, que devem ser julgados “de forma exemplar”. “Agora, separemos o trigo do joio, assentemos o princípio da presunção da inocência e, quando há responsabilidades políticas para tirar, o PSD habituou os portugueses a tirá-las, como eu fiz esta semana”, salientou.

Tutti-Frutti abala imagem dos partidos a poucos meses das eleições autárquicas

A operação Tutti-Frutti terá impacto nas próximas eleições autárquicas? Politólogos alertam para o reforço da narrativa do Chega e "desgaste" dos políticos na opinião pública. A sete ou oito meses das eleições autárquicas, o mediático processo Tutti-Frutti vem abalar ainda mais a imagem dos políticos que já mostra desgaste na opinião pública. Por enquanto, sai vencedor o Chega que “reforça a sua narrativa antissistema e anticorrupção”, mas o eleitorado tem “memória política curta” e “tolera” algumas práticas de corrupção nos partidos com que simpatiza, apontam os politólogos consultados pelo ECO/Local Online.

A esta distância das eleições autárquicas, agendadas entre setembro e outubro deste ano, a credibilidade dos políticos e da democracia pode sair beliscada junto dos portugueses com esta acusação do Ministério Público contra 60 arguidos por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento de capitais e tráfico de influência.

“Pode acentuar essas perceções de nepotismo, de más práticas, de corrupção. E é claro que é negativo, nomeadamente para o PSD e o PS. Mas parece que o principal beneficiário neste momento será o Chega, com a ressalva de que a memória política dos eleitores tende a ser relativamente curta e normalmente os acontecimentos mais impactantes são os mais atuais”, assinala André Azevedo Alves, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica. No caso específico de Lisboa, aumenta substancialmente o custo político da Iniciativa Liberal em apoiar Carlos Moedas.

RTP: Nós e a Inteligência Artificial

Os avanços na inteligência artificial estão a acelerar a um ritmo surpreendente. Neste documentário, Anne-Marie Tomchak examina como esta tecnologia em rápida evolução está a transformar a experiência humana. Decidir como vamos lidar com as possibilidades e os riscos da IA, ??está a tornar-se uma das conversas mais importantes do nosso tempo. Anne-Marie educa e capacita o público com o conhecimento necessário para aproveitar ao máximo esta tecnologia, em vez de ficar sobrecarregado pelo seu poder (Veja aqui)

Austrália: a grande viagem

A viagem de Adelaide a Darwin é uma aventura épica pela Austrália que cobre cerca de 3571 quilômetros (2219 milhas) ao longo da Stuart Highway, cortando o coração do país. Aqui estão os detalhes principais da jornada:

▪️1. Distância e Duração

• Distância: 3571 km (2219 milhas)

• Tempo de Condução: Aproximadamente 37 horas de tempo de condução (distribuídas por vários dias).

• Duração Sugerida: Reserve de 7 a 10 dias para aproveitar totalmente a viagem e parar em pontos interessantes ao longo do caminho.

▪️2. Visão Geral da Rota

A viagem segue quase toda a Stuart Highway. Esta icónica rodovia norte-sul conecta Adelaide, no sul da Austrália, a Darwin, no Território do Norte.

A confissão de Celine Dioin

"René foi o único homem que beijei e amei. Tínhamos uma diferença de idades de 26 anos, e conheci-o quando tinha apenas 12 anos. Em 1981, ele tinha 38 anos, e depois de ouvir uma das minhas demonstrações, ficou tão impressionado que decidiu hipotecar sua casa para financiar meu primeiro álbum, muito antes de eu construir minha fortuna de $500 milhões. Nossa história de amor durou 21 anos, durante os quais tivemos três filhos. René foi o único homem com quem tive uma relação íntima e romântica. Após sua morte em janeiro de 2016, causada pelo câncer, não tenho intenção de procurar um novo amor. Ainda o amo; estou sempre apaixonada por ele. Eu encontro amor em meus filhos, meus fãs e pessoas que trabalham ao meu lado. Vou dormir imaginando que ele está ao meu lado. Durmo e atuo no palco com ele. Ainda me sinto casada com ele" - Céline Dion 

RTP: Ikea, O Caçador de Árvores

A cada 5 segundos, uma estante BILLY é vendida. Mas os números surpreendentes da marca sueca têm um custo: dependem da exploração descontrolada da madeira e do trabalho humano. Este documentário acompanhou e investigou durante mais de um ano a cadeia de produção da gigante do mobiliário que gerou uma receita de 44,6 mil milhões de euros em 2022 e atrai mais de 5 mil milhões de visitantes às suas lojas e website todos os anos.

Das florestas boreais da Suécia, às plantações brasileiras e às costas da Nova Zelândia, descobriram como a IKEA explora intensamente a madeira em todo o mundo, alimenta o tráfico ilegal deste recurso e ameaça as últimas preciosas florestas europeias. Há muito esquecido, o abate intensivo está agora a provocar indignação e raiva entre os cidadãos da Polónia e dos países bálticos, que estão cada vez mais preocupados com o destino dos domínios florestais públicos dos seus países e com a perda de biodiversidade (Veja aqui)

quinta-feira, fevereiro 06, 2025

Madeira: Tribunal da Relação apreende passaporte a Pedro Calado e reverte decisão

O Tribunal da Relação de Lisboa reverteu num acórdão desta quinta-feira a decisão do juiz Jorge de Melo no caso de corrupção na Câmara do Funchal, repondo assim os indícios de corrupção e prevaricação, entre outros crimes imputados ao então presidente da autarquia, Pedro Calado, e aos empresários Custódio Correia e Avelino Farinha, apurou a CNN Portugal. Pedro Calado terá mesmo que entregar o passaporte por perigo de fuga para Angola ou Dubai, onde tem ligações.  Trata-se de uma vitória do Ministério Público e da investigação da Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, que foi fortemente criticada pelo recurso a um avião da Força Aérea para a operação de buscas na Madeira, em janeiro do ano passado, quando detiveram os suspeitos, e pelo facto de o juiz de instrução ter libertado todos os suspeitos, considerando que não existiam indícios da prática dos crimes (CNN-Portugal, texto do jornalista Henrique Machado)

Pagar adiantado à ANA por Alcochete? “É uma fraude”

O CEO da Ryanair acusa a ANA de ter pedido subida das taxas para pagar aeroporto que não se sabe quando estará pronto (DN-Lisboa)

Desemprego de jovens licenciados dispara e recibos verdes atingem maior valor dos últimos seis anos

Número de contratos de prestação de serviços (vulgo recibos verdes) aumentou mais de 4%, havendo agora 139 mil pessoas com este tipo de vínculo. Este é o valor mais elevado dos últimos seis anos (desde final de 2018), mostra o INE (DN-Lisboa)

Lentidão e absolvições “mancham” Justiça que “deve ser transparente”

Ao DN, Paula do Espírito Santo e Luís de Sousa analisam as consequências da acusação da Operação Tutti-Frutti, que vão muito para lá dos “nomes visados” (DN-Lisboa)

Jogo de Merz com a AfD está a fazer ricochete na CDU e a potenciar a extrema-direita na Alemanha

Partido conservador continua favorito às eleições de dia 23, mas perdeu 2 pontos numa sondagem e viu o SPD subir 3 noutra. À falta de uma coligação pós-eleições, analistas já falam num governo CDU apoiado informalmente pela AfD (DN-Lisboa)

Sondagem: Mulheres despediam André Ventura e mantinham Mariana Mortágua


Entre os sete líderes da Oposição, André Ventura é o mais penalizado pelos portugueses: 42% dizem que a sua opinião sobre o líder do Chega piorou no último mês e 49% acrescentam que devia ser substituído na liderança do partido. De acordo com o barómetro da Pitagórica para o JN, TSF e TVI/CNN, Rui Tavares está na posição contrária: apenas 12% admitem alguma desilusão e 70% sugerem que continue como principal figura do Livre. Felizmente para Ventura, o conjunto dos portugueses não tem voto na matéria. Aliás, entre os eleitores do Chega, há poucas dúvidas, deve continuar a ser ele o líder (é o que dizem 87%). E se o barómetro ouvisse apenas os homens, as notícias também não seriam más: teria um saldo positivo de 14 pontos (porque são mais os que o querem manter no cargo, do que os que defendem o seu afastamento). Sucede que a rejeição entre as mulheres é muito elevada, com um saldo negativo de 20 pontos. A exemplo, aliás, da avaliação que divulgamos esta segunda-feira, em que 77% das portuguesas lhe davam nota negativa.

Tutti-Frutti. PSD e PS exigem que implicados deixem todas as “funções políticas”

Em causa estão os líderes da concelhia e da distrital do partido, em ano de Eleições Autárquicas decisivas, três presidentes de junta (Estrela, Santo António e Areeiro) impedidos pela limitação de mandatos de se recandidatarem e dois deputados. Autarca socialista da Penha de França e Rui Paulo Figueiredo “não têm condições” para se manterem em funções, diz PS (DN-Lisboa)