A Europa, tradicionalmente um destino favorito para os turistas americanos, está a perder espaço nas preferências de viagem para 2025, principalmente devido aos altos custos, de acordo com um novo relatório publicado pela Comissão Europeia de Viagens (ETC). O estudo, realizado em conjunto com a operadora de trens Eurail BV, indica que a parcela de viajantes dos EUA que estão a planear visitar o continente caiu de 45% em 2024 para 37% em 2025, o menor nível desde 2021, revela a ‘Bloomberg’. A pesquisa, que envolveu 7.087 entrevistados de países como Austrália, Brasil, Canadá, China, Japão, Coreia do Sul e EUA, revela que o custo elevado das viagens é o principal fator por trás da queda no interesse dos americanos pela Europa. De acordo com o estudo, a preferência por viagens domésticas surge como o segundo impedimento mais significativo, logo atrás do preço.
A diminuição no número de turistas americanos representa uma preocupação para a indústria de turismo europeia, que depende em grande parte dos gastos desses viajantes para manter os seus negócios. Apesar da queda, o diretor executivo da ETC, Eduardo Santander, afirmou que a Europa ainda continua a ser atraente para os turistas dos EUA, com um crescimento no número de chegadas de americanos em 2024 comparado aos níveis de 2019. A chave para sustentar esse crescimento, segundo ele, será aumentar a acessibilidade e a conectividade dos voos.
A pesquisa também aponta que, globalmente, quase metade dos entrevistados indicaram que os custos das viagens são uma grande preocupação. Isso é refletido numa diminuição no interesse pela Europa em 2025, com apenas 44% dos viajantes internacionais a planear visitar o continente, comparado a 49% em 2024. No entanto, a China destaca-se como o único país com um aumento no apetite por viagens europeias, com 61% dos turistas chineses a planear férias na Europa neste ano, um aumento em relação aos 57% de 2024.
Além disso, o estudo destaca que os viajantes estão a preferir estadias mais curtas, com menos de sete noites, em vez de viagens mais longas, que mostram uma queda de interesse. O tempo limitado de férias remuneradas também se revela como um fator impeditivo para viagens de longa distância, que se torna a segunda barreira mais comum, atrás do custo (Executive Digest)
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