quarta-feira, fevereiro 29, 2012
Passos culpa Sócrates por "dose de austeridade maior"
303 mil desempregados já não recebem subsídio
Dívidas do Metro do Porto, CP e Refer superior à das autarquias
Número de pessoas a receber subsídio de desemprego bate recorde
Espanha: el déficit de las comunidades
Krugman: Portugal tem de baixar salários...
Passos Coelho não espera "medidas adicionais", mas…
Alberto João Jardim é o mandatário de Passos Coelho
Espanha: Castilla-La Mancha, Extremadura e Murcia foram as regiões mais incumpridoras
Espanha: presidente da Cantabria confessa que “não há nem um euro”!
Espanha: Castilla y León aplica “el céntimo sanitário”
Espanha: autonomías disparam o déficit de 2011 mais do que as piores previsões...
Dos tercios del desvío se deben a las comunidades
A las comunidades autónomas corresponden casi dos tercios de los 26.900 millones en los que se desvió el Estado español en las cuentas de 2011 respecto a lo que había pactado con Bruselas. Y también este desvío de última hora que ha empujado el déficit del 8,3% al 8,5% en apenas mes y medio. Pese a todo, Cristóbal Montoro se mostró conciliador. “No hemos venido aquí a señalar a nadie, todos somos responsables”, adujo. Tiene razones de peso: la inmensa mayoría de las comunidades están gobernadas ahora por el PP. De 2010 a 2011, las comunidades fueron incapaces de reducir el déficit, que en ambos ejercicios quedó anclado en el 2,94% del PIB. Es el único nivel de la Administración que no contribuyó en algo al mínimo ajuste logrado el ejercicio pasado. Un dato que revela varias cosas a la vez: la inoperancia de las medidas adoptadas por el Gobierno anterior para disciplinar a las autonomías o la dificultad de reducir gasto cuando lo que se gestiona es sanidad y educación. Hay además otro factor determinante: desde el principio, el Ejecutivo del PP ha dado por hecho que habría una apreciable desviación presupuestaria, lo que ha dado incentivos a las comunidades para contabilizar esta vez todas las facturas correspondientes a 2011 en el ejercicio del año pasado, y no pasar parte de los gastos a ejercicios posteriores. Al cierre presupuestario, la Comunidad de Madrid (PP) vuelve a ser, como en 2010, la única que cumple con el objetivo de déficit (1,13% frente al 1,3% exigido) y Castilla-La Mancha (PP) es, otra vez, la que arroja el mayor desequilibrio (7,3%), aunque no tan exagerado como el que llegó a anunciar el nuevo Ejecutivo de María Dolores de Cospedal. Montoro eludió las críticas a las comunidades, pero no al Gobierno anterior. “Si quiere a un responsable, mire hacia los que estaban en esta casa en 2011”, dijo en la sede del Ministerio de Hacienda. En la misma línea se expresó el ministro de Economía, Luis de Guindos. “Ha habido una desviación significativa, porque el año pasado no se hizo el esfuerzo que se debería de haber realizado”, afirmó en Nueva York”.
Rajoy discute financiamento das Comunidades Autónomas numa cimeira antes do verão
La inversión publicitaria retrocede a las cifras de hace ocho años
Espanha¨Presidente da “Generalitat” de Valência Fabra reconhece importância de uma revisão do papel das autonomías no Estado
Espanha: S&P rebaixa a Valencia para o nivel de lixo
César fala em diferença de tratamento entre regiões autónomas...
Rectificativo por causa da Madeira e da Saúde
Três em cada quatro autarquias sem dinheiro para pagar dívidas
115 municípios furaram tectos de endividamento
A saída para a crescente falta de recursos próprios (os impostos municipais e as taxas estão a descer devido à crise e as transferências do Estado Central a encolher), tem sido o recurso ao endividamento ou a acumulação de dívidas a fornecedores. A dívida bruta ascendia a 8,3 mil milhões de euros, um valor ao qual se somam mais 1,7 mil milhões contraídas pelas 591 empresas municipais e serviços municipalizados que gravitam na órbita das autarquias. Trata-se de um valor que cresce todos os anos desde pelo menos 2006, havendo inclusivamente autarquias que já ultrapassaram os limites permitidos por Lei. Segundo o Anuário, foram 115 as que registaram um endividamento líquido superior a 125% das receitas consideradas, embora os autores do estudo sublinhem que não estão aqui consideradas algumas excepções que a Lei autoriza".
IMI: Reavaliação torna casa própria mais cara
Taxas também sobem, apesar do aumento da base
Mas não é só. Além do valor base dos prédios, a taxa de IMI também sobe. Embora a decisão final seja de cada autarquia, o Governo autorizou-as a subir o intervalo de taxas em 0,1 pontos percentuais. Assim, os prédios avaliados poderão pagar entre 0,3% e 0,5%, sabendo-se já de antemão, pela prática corrente, que os municípios mais populosos têm escolhido a taxa máxima (enquanto até aqui não podiam ir além dos 0,4%). Assim, um imóvel que até aqui estava avaliado em 10.000 euros e seja colocado nos 200.000, passará a pagar €1.000 de imposto, mais 930 euros do que em 2012 (o que resulta da diferença entre 0,7%x€10.000 e 0,5%x €200.000).
Prestações mais suaves até 2014
Para evitar uma subida abrupta do valor final do imposto a pagar, foi criada uma cláusula de salvaguarda que, durante dois anos, garante aumentos graduais. Assim, o IMI respeitante aos anos de 2012 e 2013 e cobrado em 2013 e 2014, respectivamente, "não pode exceder a colecta do IMI devido no ano imediatamente anterior adicionada, em cada um desses anos, do maior dos seguintes valores: 75 euros ou um terço da diferença entre o IMI resultante do valor patrimonial tributário actualizado e o IMI devido em 2011", diz a lei. No exemplo acima descrito, em 2013, o proprietário pagará mais 310 euros de IMI do que em 2012 (ou seja, 380 euros), em 2014 pagará mais 620 euros do que em 2012 (690 euros) e em 2015 é que começará a pagar os 1.000 euros (mais 930 euros do que em 2012). Mas esta suavização só se aplica a quem for objecto da reavaliação geral (quem compra casa de novo de Janeiro de 2012 em diante está fora), não tenha prédios devolutos ou sedeados em off-shores.
Rendas condicionadas também têm excepções
Uma segunda suavização está prevista para os senhorios com contratos anteriores a 1990, que continuem congeladas: no final do processo, o valor patrimonial não pode ir além de 15 vezes o valor das rendas anuais. A mesma regra se aplicará aos imóveis com rendas para fins comerciais e contratos anteriores a 1995. Será, contudo, necessário que os proprietários apresentem uma participação nos serviços de finanças, até 31 de Agosto, identificando o valor da renda e a identificação fiscal do inquilino.
IDEIAS-CHAVE
Avaliação sem interferência do dono
Os imóveis que não foram transaccionados desde Dezembro de 2003 nem sujeitos a uma reavaliação à luz das novas regras do IMI vão agora ser automaticamente reavaliados. A generalidade dos proprietários não será incomodado com pedidos de informação. Receberá e casa uma carta ou email com o novo valor patrimonial tributário e, se discordar, tem 30 dias para pedir segunda avaliação. Se não lhe derem razão, e o valor não baixar, tem de pagar as custas, nunca inferiores a 204 euros.
Taxas sobem
Para todos os imóveis, as taxas vão subir em 0,1 pontos percentuais em 2013. Os prédios reavaliados poderão ser taxados entre 0,3% e 0,5%, enquanto os por reavaliar (teoricamente, em 2013 já não haverá nenhum) pagarão entre 0,5% e 0,8%.
Novas isenções baixam para três anos
Para quem adquire um imóvel de novo, ou faça obras e avalie a casa através do procedimento normal, poderá beneficiar de uma isenção de três anos, caso o valor patrimonial do imóvel seja inferior a 125.000 euros e o agregado não tenha um rendimento colectável médio superior a 153 mil euros. Quem adquiriu casa antes de 2012 e ainda está a gozar de isenções, poderá aproveitá-las até ao fim.
Senhorios com regime especial
Senhorios com rendas congeladas terão um valor patrimonial condicionado a 15 vezes o valor da renda. Mas têm de ter as rendas declaradas ao Fisco e fazer um requerimento".
Empresas municipais com endividamento líquido de 1.146 milhões
16 527 horas de programação nacional nas televisões
Esta análise foi realizada com base em dados da Marktest Audimetria e da MediaMonitor, através da Markdata Media Workstation (MMW)/Telereport (fonte: Marktest.com, Fevereiro de 2012)
Uma década de pessimismo em Portugal
A análise mensal mostra que apenas em quatro momentos se registaram valores um pouco acima de 50, em Julho de 2004 (52%), Março de 2005 (57.6%), Abril de 2005 (53.2%) e Setembro de 2009 (54.3%). Em Julho de 2004 terminava o Euro2004 em Portugal e Durão Barroso acabava de anunciar a sua demissão para vir a presidir a Comissão Europeia. Neste mês, o índice de expectativa dos portugueses subia para os 52%, depois de em Maio desse ano ter sido de 38.6% e em Junho de 48.7%. Entre Março e Abril de 2005, novas eleições legislativas haviam ocorrido há pouco, depois de Jorge Sampaio ter demitido o Governo de Santana Lopes e dissolvido a Assembleia da República. No plano internacional, falecia João Paulo II. Nestes meses, o índice de expectativa foi também optimista, com 57.58% em Março e 53.17% em Abril. Depois desta data, só 4 anos depois se observou outro momento de optimismo: em Setembro de 2009, com 54.3%, num mês marcado por novo acto eleitoral, para a Assembleia da República a 27 desse mês, depois do primeiro mandato de José Sócrates em que havia obtido maioria absoluta. Os momentos de fim de ciclo político têm assim marcado as expectativas dos portugueses nos últimos anos. Em 2011, este índice registou o valor médio anual mais baixo da década, de 23.8%, com um mínimo histórico de 13.7% em Outubro desse ano. O índice tem mostrado que as expectativas face à situação económica pessoal e familiar têm sido habitualmente menos pessimistas do que em relação à situação económica do país. No entanto, nos últimos dois meses de 2011 essa relação foi inversa, o que pode significar que as dificuldades económicas estão a chegar mais perto dos portugueses, que assim se revelam mais pessimistas. Considerando este índice de acordo com o perfil dos indivíduos, vemos que as mulheres são mais pessimistas do que os homens e que os jovens são menos pessimistas do que os mais idosos. Entre as regiões, são menores as diferenças observadas. Tomando o valor médio destes dez anos, os residentes na região do Grande Porto mostram-se menos pessimistas, enquanto os residentes no Sul são os mais pessimistas. A intenção de voto legislativo é a variável que mais influencia este indice e a análise do gráfico mostra como em momentos em que o PSD está no Governo as expectativas dos seus eleitores se encontram acima das expectativas dos que tencionam votar PS, e vice versa. A inversão das expectativas nos meses em que ocorreram eleições legislativas é claramente evidente neste gráfico, onde as linhas alternam conforme o partido que está no Governo (em Março de 2002 com o PSD, em Fevereiro de 2005 com o PS e em Junho de 2011 com o PSD de novo).
(fonte: Marktest.com, Fevereiro de 2012)
Quebra na intenção de voto no PSD
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Secretário de Estado dos Desportos: rectificação
Açores: Assembleia rejeita acusação de atrasos na emissão de pareceres e Madeira enviou com antecedência
RTP/Açores tem novo director
Número de funcionários públicos diminui 3,2% em 2011, mas querem mais ainda...
Sondagem: maioria dá nota negativa ao governo de coligação
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Ora diga-me lá
Ponto de ordem
Fumo branco?
Ora diga-me lá
Sobre o Falso
terça-feira, fevereiro 21, 2012
Lembrando (III)
Sabendo-se, e presumo que não estou a dizer nenhum enormidade, pese o silêncio que vem caracterizando este processo, e que em nada ajuda as pessoas que estão angustiadas e à espera de respostas concretas, que antes de Abril dificilmente a região disporá de condições financeiras para resolver todos os seus problemas, sendo certo que o Ministério das Finanças (a mando da troika) vai monitorizar todas as medidas que precisam ser tomadas na Região no quadro do novo acordo financeiro e sabendo-se também que a proposta de orçamento regional para 2012, que entrará no parlamento regional em 2 de Março, com discussão prevista para duas semanas depois, julgo que seria possível negociar-se alguma solução transitória que evite uma agonia que ameaça sufocar o desporto e colocar em causa, com uma simples cacetada, toda a política desportiva regional até hoje seguida. Não podemos ter mais dirigentes desportivos regionais a pagarem do seu bolso ou com recurso a cartão Visa as viagens dos atletas para que as suas equipas não sejam excluídas das provas nacionais, saindo claramente pela “porta do cavalo”, sem que tenham sido excluídas por razões desportivas. A verdade é que no actual estado de coisas, não existem alternativas. Tal como não há cartões Visa que aguentem muito mais despesas de alguns milhares de euros.
Quando se fala num novo ciclo ou numa pequena revolução, não estamos, como é evidente, a julgar o passado. As medidas foram tomadas, as prioridades foram estabelecidas, os apoios atribuídos, não há forma de voltarmos atrás. Nem faria sentido. Hoje, mais do que olhar para trás, é preciso olhar em frente mas resolvendo as situações que se coloca no presente. Sabemos todos que os dirigentes dos clubes – e não falo apenas no futebol, mas alargo a todas as demais modalidades – estão completamente mergulhados numa agonia colectiva que começa a colocar em causa as suas próprias vidas pessoas. Ora acho que não é justo que isso aconteça. As pessoas assumiram responsabilidades dirigentes, bem ou mal traçaram metas desportivas e estabeleceram opções em função dos orçamentos que foram negociados, pelo que esta situação hoje acarreta dificuldades que ameaçam as equipas e provavelmente vão originar uma onda de demissões dos dirigentes regionais, não sendo fácil, pelas situações entretanto ocorridas, encontrar substituições. Termo que no final desta época se crie um tremendo vazio no dirigismo desportivo regional, ao nível de todas as colectividades madeirenses, e que as eleições que serão marcadas venham a ser sucessivamente adiadas por falta de candidatos.
Continuo, e nisso sou muito pragmático, a achar que mais importante, por exemplo, do que discutir o que vai acontecer com o Estádio dos Barreiros, é mais importante e fundamental saber se se as infra-estruturas desportivas funcionam, se há dinheiro para pagar os custos com a sua manutenção, se as nossas crianças e os jovens têm água quente nos balneários, se a saúde tem os recursos essenciais para corresponder a um acentuado aumento da procura ou se as escolas funcionam com todos os recursos necessários, incluindo propiciar refeições aos alunos e ter dinheiro para comprar coisas banais. Já o disse aqui, insisto neste meu ponto de vista. Mas para além disso, há aspectos que precisam de decisões no momento adequado.
Até que ponto – e esta é apenas uma sugestão que me ocorre neste momento – não seria possível ao Governo Regional, depois de colocar a questão a Lisboa, negociar com uma instituição de crédito em concreto um fundo financeiro específico para garantir os pagamentos mais urgentes, alargando-os aos sectores da saúde e da educação? Penso que a ser possível esse entendimento, que passaria sempre por compromissos negociados, poder-se-ia permitir que esta situação de angustiante agonia não se protelasse por muito mais tempo. Obviamente que estamos a falar de compromissos que julgo terem sido inventariados pela Secretaria Regional das Finanças e enviados para Lisboa, conforme esclarece o programa financeiro, para serem depois reconfirmadas por uma entidade externa à região, seguindo-se a elaboração de um relatório, a concluir até final de Março. Só depois disso a Madeira poderá ter acesso aos recursos financeiros que aliviarão uma situação complexa e que nunca imaginei, reconheço, pudesse chegar aonde chegou. Não creio que Lisboa fique insensível à urgência destas medidas, ainda por cima quando a região funciona (?) em regime de duodécimos até aprovação do seu orçamento. Mas para que isso aconteça, para que se comece a tranquilizar a vida regional – há demasiada instabilidade, demasiada dúvida, demasiada angustia – obviamente que os dois governos precisam dialogar numa base construtiva e seria. Não estamos a falar de mais despesismo, estamos a falar de pagamento de dívidas a instituições que precisam responder minimamente ao que delas se espera, as farmácias, a saúde, as escolas e os clubes.
A economia regional certamente que a partir de Abril vai reanimar. Mas pagando por exemplo o que é devido aos clubes, dando condições para que a saúde e a educação possam funcionar minimamente sem as situações extremas que hoje acontecem, a economia regional acabará indirectamente por beneficiar, porque serão recursos financeiros que nela serão derramados" (JM, 21 de Fevereiro)