quarta-feira, outubro 20, 2021

Nota: perorando sobre o PSD....

Já se sabe que Rui Abreu aparece como mandatário de Rangel no Funchal porque tendo-o sido nas directas de Janeiro de 2020 mandatário de Miguel Pinto Luz, e sendo este um dos mais ferrenhos apoiantes de Rangel, a ligação está estabelecida e o candidato derrotado deverá estar a colocar a sua "máquina" agora ao serviço de Rangel. As habilidades costumeiras no PSD.

Resta saber quem será o mandatário de Rio, não me espantando nada que João Jardim, que tem sido crítico do estilo e da "praxis" política da liderança social-democrata, sobretudo em relação ao PS e a Costa, opte desta feita por não se envolver demasiado na corrida interna que corre o risco de se transformar em mais um erro do PSD e da sua habitual luta interna pelo poder devido a ansiedades e ambições pessoais. Acresce que subjacente a estas "inocências" rangelistas, que não enganam ninguém, poderá estar o fenómeno da "viuvez passista" que espreita uma oportunidade para ressurgir e que, por via de Miguel Pinto Luz, pode ter encontrado uma âncora que lhe tem faltado e usar Rangel, repito, usar Rangel apenas como "lebre", na perspectiva de ganharem tempo e esperarem pelo seu momento. Verdade seja dita, e não mudo a minha opinião por causa das autárquicas - que nem uma vitória propiciaram ao PSD ao contrário do que alguns apregoam, já que apenas ganhou em 2 distritos continentais e na Madeira (e os deputados são eleitos por distritos e Regiões Autónomas...) - que Rio tem personificado uma liderança fraca, hesitante, pouco mobilizadora, temerosa, contraditória em certos momentos, vazia, sem dinâmica, etc, e que alguns méritos eleitorais citadinos não se ficam a dever em nada a ele. Rio, é o que eu penso, rodeou-se de desconhecidos que de política não sabem patavina, e que nada dizem nem aos militantes social-democratas, muito menos aos eleitores em geral que se estão borrifando para o que se passa no seio do  PSD. A "dondonquice" pindérica trazida para a política é uma das maiores patetices, opção que é própria de impreparados que acham que enganam as pessoas ou que são uma espécie de iluminados de coisa nenhuma. Política é política, governar é política, não uma forma de fazer anti-política. E para estar na política, bem ou mal, há que ter perfil para isso. 

Sigo com interesse e expectativa este debate no PSD, não me sinto minimamente estimulado a votar em nenhum deles, um pela desilusão, outro pela desconfiança do que esconde em termos futuros. Prefiro ficar sentado de sofá à espera de uma espécie de "D. Sebastião" da política e que seja capaz de mobilizar o PSD desde as suas estranhas até ao topo e recolocá-lo com a dignidade que deve ter no panorama das política interna, sem ter que a servir de bengala para insignificâncias (e insignificantes) ou andar a fazer figuras tristes com a extrema direita radical e asquerosa (LFM)

Sem comentários: