Presidente (71%) e primeiro-ministro (59%) continuam a beneficiar da avaliação positiva dos portugueses. Mas, no que toca à confiança, o inquilino de Belém (57%) vale o triplo do de S. Bento (16%). Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa protagonizaram, em abril, um braço de ferro político e constitucional. O confronto não parece, no entanto, ter afetado a popularidade de nenhum deles. De acordo com os resultados do barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, conseguiram até aumentar o saldo positivo. O presidente mantém-se, como sempre, uns degraus acima do primeiro-ministro, com a diferença entre os dois a ser particularmente visível no que diz respeito à confiança: quando os portugueses são obrigados a escolher entre um e outro, Marcelo vale o triplo de Costa.
O inquilino de Belém até desceu um ponto na
percentagem de avaliações positivas, entre março e abril (tem agora 71%).
Sucede que também caíram significativamente as avaliações negativas, o que lhe
permite ter agora um saldo positivo de 61 pontos percentuais (mais seis do que
no mês passado).
O fenómeno repetiu-se com o inquilino de S. Bento: caiu dois pontos nas avaliações positivas (tem agora 59%), mas também são menos os que lhe dão nota negativa, o que resulta num saldo positivo de 40 pontos (melhor, só em julho do ano passado).
Socialistas divididos
A melhor prova de que é um realinhamento sem grandes
custos políticos para o presidente está noutro dos indicadores deste barómetro:
quando é preciso escolher em qual dos dois líderes depositam mais confiança, os
portugueses continuam a preferir Marcelo (57%) a Costa (16%).
Isso é válido também para os eleitores socialistas,
ainda que a desvantagem do primeiro-ministro seja neste caso de apenas três
pontos. Como tem sido habitual, o maior desequilíbrio em favor do presidente
está à Direita, e em particular entre os que votam no PSD. Os comunistas são os
únicos que confiam mais em Costa do que em Marcelo.
Apesar dos arrufos políticos pontuais e da ligeira
oscilação nos apoios ao nível partidário, Marcelo e Costa continuam a partilhar
um património comum quando estão em causa, por exemplo, os segmentos etários e
geográficos. Entre as tradições mais sólidas, a cada barómetro mensal, está o
apoio massivo dos cidadãos mais velhos - no caso do presidente, oito em cada
dez dão nota positiva; no caso do primeiro-ministro, são agora sete em dez.
No que diz respeito às diferentes regiões do país,
António Costa volta a ter como praças-fortes as duas áreas metropolitanas, com
ligeiro ascendente do Porto (68%) sobre Lisboa (65%). No resto do país, as
avaliações positivas estão um pouco abaixo da média.
No caso de Marcelo Rebelo de Sousa, o ponto mais alto
da popularidade está também numa das metrópoles, concretamente na região de
Lisboa (74%). Sendo que o apoio ao presidente está distribuído de uma forma
mais equilibrada por todas as regiões do país.
69%
Continua a ser muito elevada a percentagem de
portugueses que pede maior exigência do presidente sobre o Governo (apenas 25%
dizem que não). Mesmo entre os socialistas é essa a opinião maioritária (53%).
55%
A avaliação ao Governo segue sempre as tendências
verificadas para Costa, ainda que alguns furos abaixo. Em abril, a maioria de
avaliações são positivas e, como diminuem as negativas, o saldo é melhor (33
pontos percentuais) (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)
Sem comentários:
Enviar um comentário