segunda-feira, abril 24, 2023

Sondagem: Líderes partidários todos no vermelho

É mais uma situação inédita nos barómetros da Aximage para o JN, DN e TSF: não há um único líder partidário com saldo positivo na apreciação dos portugueses. Estão todos no vermelho, ou seja, com mais avaliações negativas do que positivas. Com António Costa em destaque: porque é, nesta altura, o pior classificado, com um saldo de 31 pontos negativos, e porque, há apenas um ano, conseguia um saldo positivo de 19 pontos. Ou seja, no espaço de um ano, sofreu uma queda vertiginosa de 50 pontos.

O secretário-geral do PS entrou em terreno negativo a partir de julho do ano passado, deixando, então, acima da linha de água um único líder partidário, João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, que assim se manteve até janeiro passado. Sucede que o novo líder, Rui Rocha, não tem direito a estado de graça e marca a sua estreia nos barómetros com saldo negativo (cinco pontos) e com uma queda nas intenções de voto (de 9,5% em janeiro ainda com Cotrim, para os 6,1% de abril).

Quem também já anunciou a saída foi a coordenadora do Bloco, Catarina Martins, que, por isso, se despede destes barómetros, não só com um saldo negativo (14 pontos), como a perder gás. Mas a maior queda na vaga de abril é a de Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP. Aparentemente, a maior notoriedade resultou numa maior taxa de rejeição: passou de um saldo negativo de 15 pontos (em janeiro) para 28 pontos (em abril).

Quando se coloca o foco na avaliação do eleitorado de cada partido ao seu respetivo líder, percebe-se que o mais consensual é André Ventura, do Chega, que recebe nota positiva de nove em cada dez. No outro lado da escala e, portanto, em posição incómoda, está Luís Montenegro: só um terço dos eleitores sociais-democratas lhe dá nota positiva. Tem um longo caminho para percorrer até para convencer os seus de que encabeça uma alternativa política (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

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