sexta-feira, julho 28, 2023

Operação Picoas: arguidos souberam das investigações 15 dias antes e esconderam provas

Os arguidos da ‘Operação Picoas’ tiveram conhecimento, 15 dias antes, que estavam a ser investigados e tomaram medidas para esconder provas, revelou o ‘Correio da Manhã’ – de acordo com o despacho das medidas de coação, Hernâni Antunes e Armando Pereira souberam que estava a ser preparada uma ação policial e na mira da Autoridade Tributária e do Ministério Público.

Álvaro Gil Loureiro, braço-direito dos dois arguidos, em particular Hernâni Antunes, terá sido o protagonista da ação de ocultação, indicou o juiz Carlos Alexandre, que extraiu uma confissão durante o interrogatório – o economista assumiu a responsabilidade na “destruição e ocultação de elementos de prova” através da limpeza dos equipamentos eletrónicos dos arguidos. Álvaro Gil Loureiro indicou ainda um sótão onde ocultou cerca de 130 pastas de documentos, tendo fornecido também as credenciais de acesso aos equipamentos eletrónicos apreendidos.

Durante o interrogatório, Armando Pereira reconhecer saber que as empresas em causa na investigação pertenciam a Hernâni Antunes, e que já o sabia quando a Altice celebrou contratos com as mesmas, salientando que o seu objetivo foi apenas de “ajudar”, indicou o despacho. Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes ficaram em prisão domiciliária, assim como ficam sujeitos ao termo de identidade e residência e proibição de contatos entre si; já Jéssica Antunes e Gil Loureiro ficaram obrigados a apresentações bissemanais na PSP e proibição de se ausentar do território nacional (Executive Digest)

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