quinta-feira, julho 20, 2023

Sondagem: Governo dura até ao fim e o PSD não está pronto

Só os eleitores do Chega e da Iniciativa Liberal acreditam que haverá eleições legislativas antecipadas e, nesse caso, depois das europeias do próximo ano. O estado da nação pode não ser o melhor, mas é cada vez mais provável que o atual Governo dure até ao final da legislatura, ou seja, até ao outono de 2026. É essa, pelo menos, a opinião maioritária dos portugueses (56%), de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Quase a mesma percentagem dos que não acreditam que o PSD tenha, nesta altura, condições para ser alternativa ao PS (54%).

Em finais de maio, as opiniões sobre o futuro do Governo estavam praticamente divididas a meio: 44% dos inquiridos acreditavam que cumpriria o mandato, 42% que seria demitido antes disso pelo presidente da República. Pouco mais de um mês depois, tudo mudou e por cada português que prevê um fim antecipado para o primeiro-ministro António Costa há dois que estão convencidos que ficará por mais três anos. Essa previsão é quase unânime entre todos os segmentos da amostra (geografia, género, idade, classe social e voto partidário). As duas exceções são os eleitores do Chega e da Iniciativa Liberal, que ainda acreditam no fim prematuro do poder socialista. Quando se pergunta a essa minoria quando será esse fim, três quartos apontam para depois das eleições europeias do próximo ano.

Esquerda “veta” PSD

Note-se a quase coincidência na percentagem entre os que apostam na continuidade do Governo e os que não acreditam que o PSD possa ser alternativa ao PS, em caso de eleições antecipadas. Uma coincidência que se esgota no número, uma vez que a análise por segmentos revela algumas diferenças.

Em particular quando se tem em conta os segmentos do voto partidário: a maior desconfiança relativamente a Luís Montenegro vem dos eleitores dos três maiores partidos da Esquerda (CDU, PS e BE, por esta ordem), enquanto os sociais-democratas e os liberais são os únicos que acreditam na força dessa alternativa. Ainda assim, um em cada quatro eleitores do PSD também não encontra essa força no seu partido (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

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