segunda-feira, julho 31, 2023

Nota: eu sou do tempo...

Eu sou do tempo em que as sondagens eram olhadas com alguma desconfiança - alguns falavam em encomenda, outros sustentavam, sem consistência, que eram trabalhos feitos à medida e em função dos interesses de quem as paga, etc - e as reacções obedeciam a uma espécie de "manual", algo primário, mas reconhecidamente eficaz: se fossem positivas, eram apenas sondagens, e portanto apenas um estímulo para continuar o caminho; se negativas, eram sondagens desvalorizadas, que valem o que valem, já que a verdadeira "sondagem" é aquela que ficaríamos a conhecer no dia das eleições, nas urnas, quando as pessoas votarem sozinhas, sem pressões, de acordo com a sua liberdade e a sua consciência. Alturas houve em que, no caso do PSD-Madeira, tínhamos sondagens que alternavam, sempre na véspera da festa do Chão da Lagoa, com "casos" e notícias polémicas pela dimensão mediática que era concedida aos factos e que nada tinham a ver com a realidade no terreno ou no partido.

Ressalvando o caso da dívida, em 2011, julgo que nenhuma outra situação teve impacto eleitoral no PSD e influencia nas opções dos eleitores que, não sendo filiados social-democratas, eram simpatizantes e eleitores do PSD que ficaram alarmados com o impacto das medidas que Lisboa imporia ao Funchal como foi anunciado (e prometido) pelo governo de Passos, Portas e Vitor Gaspar, antes e durante a campanha eleitoral (escuso especular sobre a intenção subjacente a tal anúncio). Aliás essas eleições regionais de 2011 - um dia alguém fará a história do que se passou... - foram as piores que me recorde em termos operacionais e logísticos, foram boicotadas a começar pelo PSD nacional do ridículo Passos Coelho, que apostou tudo no afastamento falhado de João Jardim (nem comentou a vitória do líder madeirense na noite eleitoral, substituindo-se pelo insignificante secretário-geral ao contrário do que fez depois das regionais nos Açores onde Berta Cabral foi copiosamente derrotada). O problema é que Passos contou com alguns apoios e cumplicidades na Madeira que foram responsáveis por apelos nos subterrâneos mais nojentos da política, incluindo em grupos falsos e identidades falsas nas redes sociais, sem esquecer apelos ao voto na oposição, pedidos de recusa em envolvimento na campanha eleitoral e nas acções programas, tudo isto numa lógica de aposta na garantia de garantir uma substancial abstenção. Eu lembro-me muito bem do que se passou, lembro-me muito bem a quem foram imputadas responsabilidades na altura por tudo o que se passou. E todos eles, muitos deles ainda no activo, alguns já amuaram entretanto com o novo poder, sabem do que falo e de quem falo!

Lembro que estou a falar desses tempos "ignóbeis" da nossa história mais recente, tempos em que de um lado havia os "incompetentes", "iletrados", "burros", "analfabetos", "submissos", "corruptos", "gatunos", "manipuladores", "interesseiros", "manhosos", "violentos", "ameaçadores",  etc, etc. E do outro apenas santinhos e santarrões e anjinhos espertalhões e manhosos, sabichões e letrados da política, transparentes de alto abaixo, sem envolvimento em negócios pretos...ou escuros, bandalhos que  saltitavam do paraíso para o céu, com passagem pela terra, onde tudo era feito pela calada, realidade bem pior do que a dos pretensos "pecadores" que os ajinhos da treta tanto criticavam, por muito que usassem a roupagem da brancura a fazer lembrar aquela máxima do "OMO que lava mais branco que o branco"!

Enfim, tudo isto para diozer que hoje tivemos apenas mais uma sondagem - o DN-Madera publica sondagens desde Março deste ano, basta cponssultá-las - que demonstraram, no mneu caso, aquela que sempre foi uma constatação, a de que o PSD-M só perde eleições se cometer asneiradas ou se cair numa espiral de patetices internas ou de manipilação do processo de decisão. Hoje, como no passado, não há dúvidas: a partir do momento em que o órgão competente do PSD-M aprove a lista de candidatos às regionais - mesmo que se discorde, e é sabido que discordo 1000% da opção pela coligação pré-eleitoral, embora a compreenda a decisão imposta ao partido numa lógica de observância e respeito por alguns valores fundamentais a observar na política séria, mesmo que com custos - não há mais lugar a polémicas opu a perdas de tempo, por muuto justos que seja os argumentos e válidas as justificações para uma contestação que deve ser remetida para o seu devido lugar a partir dol momento em que deixa de fazetr sentido.

O PSD-M sempre foi - ao contrário do CDS que nunca sonhou lá chegar - um partido de poder que nas regionais de 2019 falhou os seus propósitos, que tem vindo a perder votos e que em 2019 precisou de convencer o CDS para não ser atirado para a oposição, num tempo estranho de pressões, sacanagens, ameaças, berraria, contradições, falsidades, manipulação, etc, tudo passado nos bastidores mas que um dia espero, e desejo, que alguém possa desvendar publicamente a revelar tudo o que se passou naquele que foi o momento e o tempo mais difíceis e penosos para o PSD-Madeira. Veremos o que vai acontecer este ano, na certeza, reafirmo-o uma vez mais, que só por causa de uma qualquer hecatombe, ele não será vitorioso para o PSD-M e os seus parceiros a reboque que se comportaram, uma vez mais, no processo de indicação dos nomes (apenas 1 mulher em seis indigitados!!!) para a lista, de forma inadequada (LFM)

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