terça-feira, julho 18, 2023

Europa a encolher? População já só representa 5,6% do total mundial e está em tendência de descida

O ‘Velho Continente’ tem perdido poderio económico e já não consegue competir como superpotência mundial com a China ou os EUA, e também a sua capacidade de influência cultural em isco, devido a uma população que está em ‘queda livre’: segundo os dados do Eurostat, a população europeia já só representa 5,6% do total mundial. Em 1974, o peso que tinham os europeus era o dobro, 10%, e a tendência de queda irá continuar a verificar-se: Em 20100, segundo as previsões do organismo estatístico da UE, só vai representar 4% da população mundial. No final dos anos 50, 13.7% da população mundial era de um dos atuais 27 Estados-membros da UE, para comparação.

Vários fatores têm contribuído para este declínio, como a redução da taxa de natalidade, mortalidade elevada que causa aslo natural negativo, perante o envelhecimento da população, e o saldo migratório, que mesmo assim tem servido de atenuante (com mais entradas do que saídas). A Europa atingira, segundo as previsões, os 453,3 milhões de pessoas em 2026, e a partir daí será uma verdadeira ‘queda livre’, até aos 420 milhões de europeus antes do final do século.

Os efeitos desta redução populacional são alvo de alerta do Eurostat. A prosperidade económica e a produtividade começarão também a cair, devido a maiores dificuldades em encontrar mão-de-obra.

Os números do Eurostat revelam que os países que tradicionalmente acolhem mão-de-obra estrangeira e refugiados, em especial no centro e norte da Europa, estão cada vez mais a limitar o números e trabalhadores estrangeiros que recebem, e isso terá efeitos negativos num futuro que já não se adivinha brilhante.

Da mesma forma, o peso da Europa na balança económica mundial também mostra tendências de decrescer devido a estas questões. EM 2011 representava 15,9% do PIB mundial, mas 10 anos depois, em 2021, o valor caiu para 14,8%.

Comparando com o peso da população, o peso PIB europeu representa quase três vezes o que representam os europeus perante a população mundial, ou seja, os cidadãos europeus são mais ricos do que o resto do planeta.

O PIB médio por habitante europeu situa-se nos 35 210 euros, sem descontar o peso da inflação.

As desigualdades entre países da UE são facilmente verificadas: Se por exemplo no Luxemburgo o PIB per capita está nos 260% da média da UE, na Bulgária está nos 57%. Portugal, com 77%, está nos últimos lugares, apenas atrás da Roménia, Letónia, Croácia, Eslováquia, Grécia e Bulgária (Executive Digest, texto do jornalista Pedro Zagacho Goncalves)

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