O estudo confirma que os três maiores partidos permanecem tecnicamente empatados, uma vez que a margem de erro do barómetro é de 4%. A nova sondagem mensal da Intercampus, divulgada esta segunda-feira e realizada para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV, mostra que a Aliança Democrática continua na liderança das intenções de voto, mas volta a descer e reduz a vantagem mínima que ainda mantinha sobre o PS e o Chega. O estudo confirma que os três maiores partidos permanecem tecnicamente empatados, uma vez que a margem de erro do barómetro é de 4%. De acordo com os resultados recolhidos entre 14 e 19 de novembro, a coligação liderada por Luís Montenegro surge com 23,4%, ligeiramente acima dos 22,6% atribuídos ao PS e dos 21,2% ao Chega.
Os dados agora conhecidos mostram que todas as principais forças políticas com representação parlamentar recuam face ao mês de outubro, sendo a descida mais expressiva a da própria AD, que perde 2,9 pontos percentuais. Já o PS cai 1,3 pontos percentuais e o Chega recua 1,7, acentuando o cenário de equilíbrio quase total que tem marcado os últimos meses. A sondagem foi concluída na véspera do início do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2026, onde mais de duas mil propostas de alteração estão a ser analisadas.
Apesar da tendência de descida que afeta os três maiores partidos, o barómetro Intercampus revela que algumas forças menores conseguem contrariar o ciclo negativo. A Iniciativa Liberal sobe para 7,2% (+0,6), o Livre reforça a sua posição à esquerda do PS com 5,8% (+0,7) e o Bloco de Esquerda recupera ligeiramente para 1,7% (+0,4), já depois da saída de Mariana Mortágua e da oficialização da candidatura de José Manuel Pureza. Em contraciclo, a CDU desce para 3,5% (-0,3) e o PAN recua para 2,2% (-0,6).
O estudo inclui ainda uma avaliação dos líderes partidários numa escala de 1 (“muito negativa”) a 5 (“muito positiva”). Luís Montenegro mantém uma classificação de 2,9, a mesma agora atribuída ao secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que melhora uma décima em relação ao mês anterior. Seguem-se Rui Tavares, porta-voz do Livre, avaliado com 2,8, e Mariana Leitão, líder da IL, com 2,7. Inês Sousa Real (PAN) e Nuno Melo (CDS) surgem com 2,5.
Na base da tabela aparecem André Ventura (Chega) e Paulo Raimundo (PCP), ambos com 2,4, numa avaliação negativa que apenas supera a de Mariana Mortágua, que obtém 2,1. O barómetro confirma, assim, um cenário político altamente fragmentado e em que os três maiores partidos se mantêm sem vantagem clara entre si, num quadro de instabilidade nas intenções de voto e de recuperação de pequenas forças políticas (Executive Digest)

Sem comentários:
Enviar um comentário